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27/07/2024
 

Opinião

“Mathias Velho: o bairro que cresci no epicentro do fim do mundo” (por Fernanda Nascimento)

Redação

Publicado

em

Por Fernanda Nascimento – Jornalista canoense

Escrever sobre a histórica tragédia do Rio Grande do Sul e a maior catástrofe climática do Brasil talvez seja uma tarefa mais simples para quem, como eu, nasceu e cresceu no bairro que é o epicentro do fim do mundo. Não tenho certeza se consigo descrever o que vejo e o que sinto. Tampouco imagino que quem não esteja aqui consiga sentir tudo isso. Nessa tentativa de tradução, talvez o que eu esteja fazendo seja compreender o inexplicável presente.

Nasci em Canoas e até os 23 anos morei na casa dos meus pais, na Mathias Velho. No terreno que hoje está debaixo d’água eles criaram cinco filhos. Seu Nilson e Dona Rejane se conheceram por lá mesmo e seis quilômetros separam a casa em que vivem da Entrada da
Mathias – aquele começo do bairro onde as pessoas resgatadas por barcos chegaram a partir de 4 de maio.

Minha avó materna era uma das moradoras mais antigas do bairro. Negra e vinda de São Luiz Gonzaga, na região das missões, a dona Geni lutava com as forças que possuía para criar os sete filhos. Dona Ilda, minha avó paterna, também morou na mesma rua. E a São
Borja, hoje alagada, é o endereço em que moram ou moraram muitos tios e primos, parentes por parte de pai ou mãe.

Arquivo pessoal

Enchentes dos anos 60

A enchente de 1941 é a tragédia climática de referência para os gaúchos. Há mais de 70 anos o nível que o Guaíba chegou naquela oportunidade, 4,76m, era utilizado como uma referência triste. Mas, em Canoas, no imaginário dos moradores as piores lembranças são
as enchentes dos anos 1960, especialmente a de 1967. Compreendo isso como fruto da ocupação tardia do bairro. Meu pai viveu as enchentes dos anos 1960 e isso quase foi motivo de uma tragédia ainda maior em 2024.

Com quase 80 anos, ele conta histórias sobre como a região em que mora, mesmo distante do início do bairro, é mais alta, um resultado da topografia irregular da região. Histórias sobre como, aos 20 anos, andou com água na altura do peito em alguns locais e na nossa
rua podia caminhar. Ele tinha certeza que estava seguro lá e relutou em sair de casa, mesmo com o alerta de evacuação na região. No primeiro dia da enchente, as imagens e vídeos que vimos dos vizinhos que ficaram por lá mostravam a água na altura das janelas
da casa.

Assim como o pai, outros milhares de moradores também não acreditaram na força das águas. E, mesmo para quem acreditou desde o princípio, o que vimos e o que estamos vivendo é inimaginável. A verdade é que, mesmo acompanhando a tragédia que acontecia na Serra e no Vale do Taquari, e sabendo que as águas desceriam para o Rio dos Sinos, não tínhamos a menor ideia do que aconteceria.

Farol

Farol – Foto: Arquivo Pessoal

Nós perdemos o grande amigo da família: o Farol, cachorro do meu pai. Fui responsável por trazê-lo para casa e isso aconteceu de uma forma inusitada, que até hoje não sei explicar porque aconteceu. Nunca tivemos um cão e meus pais sempre
disseram que não queriam animais – uma opção após o trauma da perda de bichos que haviam morrido quando meus irmãos mais velhos ainda eram crianças.

Mas, em uma viagem para o Farol de Santa Marta, em Laguna, conheci o Farol. Um filhote recém nascido de uma ninhada de pequenos vira-latas. Trouxe. O cachorro viajou de ônibus, de balsa e em ônibus intermunicipal num percurso de mais de 8 horas. Com o adendo de que estava dentro de uma mochila. Não latiu em nenhum momento e chegou. Ganhou o nome do local de origem: Farol.

Meu pai, como a maioria das pessoas que acabam amando seus animais, inicialmente não queria o bicho. Pouco tempo depois, o Farol se transformou no cão mais mimado da rua, quiçá do bairro. Ele tinha 12 anos. Era o caramelo mais obeso que conhecemos, pesando
mais de 40kg.

No dia 3 de maio, foi dado o alerta de evacuação até a rua São Lourenço – uma rua antes dos meus pais. Meu pai não queria ir. Quando finalmente decidiu que sairia, o Farol resistiu em subir no carro. Quis morder meu pai e meus irmãos. Na hora da saída, em meio ao caos,
o pai decidiu que iria e deixaria muita comida e água para o Farol. Comida em todo o pátio. A chave de casa ficou com um vizinho – que ficaria por lá, pois tinha uma residência de dois andares e, como já disse, também não imaginava que a água pudesse chegar até ali.

Na manhã seguinte, em meio às notícias da enchente e do resgate, meu pai chorava abraçado em um urso de pelúcia. Quando liguei para ele, a primeira coisa que ele tentou falar, em meio a soluços, foi sobre o cachorro. E se nas primeiras horas os resgates eram todos destinados aos humanos, logo depois, percebemos a possibilidade de tentar buscar o Farol. Mais de cinco barcos foram até lá e não o encontraram – no último, um amigo da família foi até o fundo do terreno, espaço mais alto, e conseguiu resgatar a cachorra da minha prima. Mais jovem, a Bombom resistiu.

Na busca online pelas páginas que começaram a catalogar os animais resgatados e nos abrigos que se estendem por toda a parte não alagada de Canoas, tentamos encontrar o Farol. Meus irmãos percorreram vários locais. Minha irmã chegou a ir ao hospital veterinário
em busca de um cachorro que realmente parecia ele. Mas não era.

Assim que cheguei em Canoas também percorri abrigos e voltei arrasada por perceber a quantidade de animais bem cuidados, tristes, à espera de seus tutores. Somente em um dos sites online havia mais de 2.500 animais cadastrados. Nas palavras de um dos voluntários
do local: “chegam 20 cachorros por dia e saem dois”.

Uma tarde, vi meu pai sentado com o olhar triste. Sentei ao lado e ele me disse: “Não fico triste pela casa. Eu nunca tive nada nessa vida, mesmo. O que me dói é o meu cachorrinho”. Assim que a água começou a baixar conseguimos encontrar o corpo dele, em 17 de maio.
Meus pais choraram o choro preso há 15 dias. Desabamos.

Valos e diques

É engraçado como depois de uma tragédia as memórias são acionadas para coisas e situações do cotidiano que nos passam despercebidas. Canoas é repleta de diques – locais de contenção construídos para escoamento da água e que hoje têm sido questionados em sua eficácia. Na quadra da nossa casa, no fim da rua, sempre existiu o Dique da Curitiba, aquele mesmo que, mais para o fundo do bairro, estourou e por onde começou a enchente em toda a Mathias.

Há menos de 10 anos esse dique foi canalizado. Até então, o cheiro de podre por ali era frequente. Lembro de falar “fulano mora perto do dique”. Na rua do dique, uma rua de chão batido pavimentada somente em 2022, andávamos de bicicleta porque era mais tranquilo. Agora, na enchente, soube que o maior medo de infância da minha irmã era cair no dique.

Outra coisa muito comum quando não havia canalização eram os valos ou valas: o local por onde a água corria. Inclusive, havia um local no bairro passível de referenciação com a simples frase: “é perto do valão”. Na infância, o amigo imaginário do meu irmão mais novo se chamava Valo.

Abrigo voluntário

Com 60% da cidade atingida pela enchente, Canoas teve mais de 90 mil pessoas deslocadas de casa. Cerca de 20 mil precisaram ir para abrigos. As outras foram para casas de amigos, parentes e conhecidos. Quem anda pela parte seca enxerga as ruas e casas cheias de pessoas, carros e bichos. Desconheço quem não esteja na seguinte situação: desabrigado ou abrigando alguém.

Assim como meus pais, a maioria dos meus irmãos reside em Canoas. Com o alerta de evacuação e com a chegada das águas nos bairros Mathias Velho, Canoas, Harmonia e em parte do Centro, três deles precisaram sair de casa. Por sorte, há dois anos, um dos meus
irmãos comprou uma casa espaçosa do outro lado da cidade. E foi para lá que todo mundo se deslocou no dia 3. E é lá que permanecem.

O saldo da enchente na minha família é de três casas alagadas, um centro de treinamento embaixo d’água, uma clínica odontológica ilhada, uma loja de móveis e seu estoque submersos no bairro Navegantes, em Porto Alegre. Naquela casa, 15 pessoas foram diretamente atingidas pela enchente.

Mas, o saldo mais duro é pensar no que não volta. Minha mãe lembrou que perdeu os trabalhinhos de pré-escola de todos os filhos – alguns papéis com mais de 40 anos. Dona Rejane passa o dia inteiro envolvida em mil afazeres domésticos – e mesmo que a gente se antecipe e faça o que ela pretendia fazer, em uma tentativa vã de fazê-la descansar, a mãe vai lá e encontra algo novo para fazer. Uma hora ela me disse: “Minha filha, me deixa. Eu  preciso ocupar a minha cabeça para não enlouquecer”.

De volta para minha terra

Acompanhar de longe uma tragédia envolvendo a própria família é desolador. E eu demorei para conseguir me deslocar para Canoas já que, com todas as estradas bloqueadas, um deslocamento de 15km que era realizado em 25min ou 30min, se transformou em uma
viagem de 60km realizada em, no mínimo, 1h30min. E que pode demorar mais de 4h – situação que vivi no meu retorno.

Em Canoas, fiquei por dias tentando ajudar como podia. Comprei roupas quentes, roupas de cama, material de limpeza etc. Mas o que sinto é a dor porque meu sobrinho de 5 anos diz que quer voltar para casa e não pode. Um dia minha irmã me viu triste por não poder fazer tudo. Ela, que perdeu a casa, me olhou e disse: “Mana, tu não vai conseguir comprar um guarda-roupa inteiro para cada um da
família”. Impotência.

O que vem

Nesses dias de suspensão do espaço-tempo, vivemos em uma realidade de espera pela baixa dos rios e pelo retorno. Um retorno para limpar, mesmo sabendo que não encontraremos o mesmo lugar que deixamos, porque ele já não existe mais.


Texto enviado pela autora à redação do Grupo O Timoneiro

Opinião

Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas

Redação

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Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas

Prof Dra.Gilca Lucena Kortmann

Psicóloga CRP-07/38742/ Neuropsicóloga

Todo aluno ao entrar na escola, traz consigo uma bagagem de valores, aptidões, angústias, um mundo interior configurado a partir de uma combinação de fatores que procedem de fontes biológica e ambiental na qual desponta como fator primacial a influência dos pais, colegas, professores. As aprendizagens de crianças e adolescentes são processos evolutivos que estão imbricados no relacionamento destes com a escola e com a figura do professor(a), e em tempos pós pandêmicos, seguidos de manifestações da natureza que colocou a todos em situação de cansaço mental ou estafa mental, estresse crônico com sobrecarga das funções do cérebro, causando desregulação no sistema nervoso, abrimos espaço para reflexão e compreensão dos sentimentos , manifestações em termos de saúde mental destes atores envolvidos no espaço escolar procurando identificar as respostas tóxicas frente a este estresse que viveram  e vivem após inúmeras perdas: de casa , escolas, pertences de recordações..

Quando as crianças e adolescentes vivenciam uma dificuldade forte frequente e prolongada,  sem apoio emocional de um adulto, entre elas estão a negligência, abuso físico e emocional, ou exposição à violência, ou elevada carga de perdas como esta que vivemos no RS no mês de maio, com as catástrofes climáticas, devemos tomar  alguns cuidados com as soluções adotadas especialmente no caso das crianças e adolescentes , pois o estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa, e quando produzido, desencadeia mudanças químicas em seus corpos que  podem afetar os sistemas imunológico, endocrinológico e psiconeurológico.

Vivemos neste momento, uma enxurrada de informações, em uma velocidade e complexidade que interpela nossa vida pessoal, profissional, com inúmeras demandas, produzimos o tempo todo e, em nosso entorno problemas sociais, angústias, depressões, cansaço dos professores: tristezas, isolamentos, problemas com o sono (Revista Nova Escola/2021).

De que forma acolher nossos alunos? Crianças e adolescentes com comportamentos disruptivos por excesso de telas, e quando os pais retiram ficam sem controle de impulsos, sem controle das suas emoções, pais desgastados faltam com ajuste parental. Portanto, o trabalho de refletir sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, fazer modificação na rotina diária, no estilo de vida é um desafio. Força de vontade, é um fator preponderante, não espere! Dê seu modelo.

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Opinião

Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim)

Redação

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Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim*)

Por Flavio Paim*

Conforme os Canoenses vão vendo reduzir aos poucos as agruras da Catástrofe Climática e o Sistema de Transporte Público da Cidade e da Região começa a ser restabelecido, também aparecem os velhos problemas do Sistema.

De novidade até aqui, por conta da catástrofe, O TRENSURB está operando com Tarifa Zero… Por Enquanto. Mas o preço da Passagem de ônibus, mesmo com as empresas subsidiadas por mais de R$ 1 milhão/mês pela Prefeitura, segue caro. E muitas vezes nem o número de ônibus e nem seus trajetos dão conta do que a população precisa, como tem nos mostrado matérias e mais matérias na mídia local.

E não bastasse o enorme custo para quem usa o Transporte Público, se ele não é adequado, obriga muita gente que poderia usá-lo, a andar de carro, e com isto congestionando o trânsito e em tempos de Catástrofe climática, nunca esquecendo também o poder poluente de milhares de carros movidos a combustível fóssil, contribuindo para aumentar o aquecimento do Planeta.

Em Canoas e na Região Metropolitana, o poder público deveria aproveitar toda a comoção gerada pela Catástrofe, e rever muita coisa no funcionamento de serviços na cidade, incluindo o Transporte Coletivo.

Com o TRENSURB como eixo, não só Canoas, mas a Região Inteira poderia e deveria repensar linhas de ônibus, adequando-a mais as necessidades de quem precisa, mas também de todos que tem que se locomover, melhorando a qualidade dos ônibus e oferecendo o Serviço de forma gratuita aos cidadãos, como já acontece em centenas de cidades Brasil afora.

E dirão: “Mas já vamos ter que gastar uma naba de dinheiro pra reconstruir a Cidade. E aí tu propõe gastar mais ainda?”

Mas aí é que está: Se temos que reconstruir e refazer serviços, incluindo o Transporte Público, não é o caso de reconstruirmos de forma diferente, já que da forma como estava, já não dá mais?

Há anos atrás, na época de gestão anterior do Prefeito Jairo Jorge, um Estudo mostrou que o custo total do financiamento da Tarifa Zero para os Canoenses, não custaria mais do que 2% do PIB do Município.

Este Estudo a época aliás, foi encomendado por conta de termos aqui na Cidade a Refinaria Alberto Pasqualini, pela qual a Cidade recebe volumosos Royalties, mas que também é responsável pela produção dos combustíveis fósseis que ajudam no aquecimento Global, responsável sim pelas ,mudanças climáticas que estão acontecendo aqui e em todo o Planeta.

Não se trata de voltarmos aos tempos das cavernas, mas de adaptarmos o que temos, incluindo por enquanto o Petróleo, para financiar uma nova forma de vivermos coletivamente na nossa Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

E de quebra ainda sermos referência no tema para o Brasil e o mundo, já que além de Canoas, poderíamos ter toda a Região cortada pelo Trensurb adotando não Sistemas municipais de Transporte Público, mas um Sistema Único e Integrado de todo o Transporte Público da Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Quem imaginou que um dia você poderia andar de ônibus sem pagar passagem? Agora, isso é uma realidade em centenas de cidades no país. Agora já acontece em muitas Cidades no Brasil”, diz o Deputado Federal Gilmar Tatto, da FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA TARIFA ZERO, criada em 2023 para discutir isto a nível Federal e inclusive ver formas de Custeio, além das que a Prefeitura pode oferecer.

Depois de várias reuniões com trabalhadores do Transporte Público de Canoas e da Região Metropolitana, me convenci de que esta é uma demanda Urgente e Necessária, seja do ponto de vista da mobilidade, da economia, como também do Meio Ambiente.

*Coordenador Instituto Solidariedade

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Opinião

PSICOLOGIA: Mutirão de cuidados (por Marianna Rodrigues)

Redação

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PSICOLOGIA: 'Esgotamento do trabalho' (por Marianna Rodrigues)

Mutirão de cuidados

Por Marianna Rodrigues*

As águas baixaram, mas não necessariamente isso significa um alívio. Para milhares de pessoas, aqui começa outro momento doloroso: reencontrar-se com os objetos perdidos e conhecer o tamanho das suas perdas.

Se você conhece alguém que está nessa situação, essa não é a hora de pedir calma e dizer que vai ficar tudo bem. Estar ao lado auxiliando nas tarefas práticas e, em meio a isso, estar disponível para escutar todo tipo de desabafo é o caminho mais recomendado para fornecer o devido cuidado em saúde mental neste momento.

Eu sei, intuitivamente o que queremos é dizer alguma coisa que faça quem está do outro lado sentir-se melhor. No entanto, diante de necessidades tão urgentes, o que irá produzir uma mudança no estado emocional de quem está em meio ao luto são ações concretas que possibilitem a reconstrução das suas vidas com dignidade.

Em outras palavras, estamos falando, no mínimo, de comida na mesa, de um teto seguro e de renda para poder seguir em frente. Não estamos lidando com um processo de luto comum, estamos lidando com o luto após efeitos de uma catástrofe.

Além disso, o choro, a raiva, a dor, possuem um papel importante aqui. “Ficar bem” não será um processo rápido, ou seja, não será através de uma conversa ou de um medicamento que iremos “conter” a dor do outro. Inclusive, qualquer tentativa de contenção pode aprofundar o trauma.

Por essas razões, se você pode estar ao lado de quem está lutando para reconstruir-se, contribua com as ações concretas e esteja disponível para escutar. Lembre-se: A volta para os bairros e o contato com as casas destruídas pode provocar muitas emoções. Não deixe de acionar a Rede de Atenção Psicossocial da cidade, através das UBS, dos CAPS ou das equipes de psicólogos que foram montadas, caso você entenda que precisa de ajuda.

*É psicóloga clínica (CRP 07/30799), Mestre e Doutoranda em Psicologia Social e
Institucional (UFRGS) e pesquisadora.

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