Opinião
“Mathias Velho: o bairro que cresci no epicentro do fim do mundo” (por Fernanda Nascimento)
Por Fernanda Nascimento – Jornalista canoense
Escrever sobre a histórica tragédia do Rio Grande do Sul e a maior catástrofe climática do Brasil talvez seja uma tarefa mais simples para quem, como eu, nasceu e cresceu no bairro que é o epicentro do fim do mundo. Não tenho certeza se consigo descrever o que vejo e o que sinto. Tampouco imagino que quem não esteja aqui consiga sentir tudo isso. Nessa tentativa de tradução, talvez o que eu esteja fazendo seja compreender o inexplicável presente.
Nasci em Canoas e até os 23 anos morei na casa dos meus pais, na Mathias Velho. No terreno que hoje está debaixo d’água eles criaram cinco filhos. Seu Nilson e Dona Rejane se conheceram por lá mesmo e seis quilômetros separam a casa em que vivem da Entrada da
Mathias – aquele começo do bairro onde as pessoas resgatadas por barcos chegaram a partir de 4 de maio.
Minha avó materna era uma das moradoras mais antigas do bairro. Negra e vinda de São Luiz Gonzaga, na região das missões, a dona Geni lutava com as forças que possuía para criar os sete filhos. Dona Ilda, minha avó paterna, também morou na mesma rua. E a São
Borja, hoje alagada, é o endereço em que moram ou moraram muitos tios e primos, parentes por parte de pai ou mãe.
Enchentes dos anos 60
A enchente de 1941 é a tragédia climática de referência para os gaúchos. Há mais de 70 anos o nível que o Guaíba chegou naquela oportunidade, 4,76m, era utilizado como uma referência triste. Mas, em Canoas, no imaginário dos moradores as piores lembranças são
as enchentes dos anos 1960, especialmente a de 1967. Compreendo isso como fruto da ocupação tardia do bairro. Meu pai viveu as enchentes dos anos 1960 e isso quase foi motivo de uma tragédia ainda maior em 2024.
Com quase 80 anos, ele conta histórias sobre como a região em que mora, mesmo distante do início do bairro, é mais alta, um resultado da topografia irregular da região. Histórias sobre como, aos 20 anos, andou com água na altura do peito em alguns locais e na nossa
rua podia caminhar. Ele tinha certeza que estava seguro lá e relutou em sair de casa, mesmo com o alerta de evacuação na região. No primeiro dia da enchente, as imagens e vídeos que vimos dos vizinhos que ficaram por lá mostravam a água na altura das janelas
da casa.
Assim como o pai, outros milhares de moradores também não acreditaram na força das águas. E, mesmo para quem acreditou desde o princípio, o que vimos e o que estamos vivendo é inimaginável. A verdade é que, mesmo acompanhando a tragédia que acontecia na Serra e no Vale do Taquari, e sabendo que as águas desceriam para o Rio dos Sinos, não tínhamos a menor ideia do que aconteceria.
Farol
Nós perdemos o grande amigo da família: o Farol, cachorro do meu pai. Fui responsável por trazê-lo para casa e isso aconteceu de uma forma inusitada, que até hoje não sei explicar porque aconteceu. Nunca tivemos um cão e meus pais sempre
disseram que não queriam animais – uma opção após o trauma da perda de bichos que haviam morrido quando meus irmãos mais velhos ainda eram crianças.
Mas, em uma viagem para o Farol de Santa Marta, em Laguna, conheci o Farol. Um filhote recém nascido de uma ninhada de pequenos vira-latas. Trouxe. O cachorro viajou de ônibus, de balsa e em ônibus intermunicipal num percurso de mais de 8 horas. Com o adendo de que estava dentro de uma mochila. Não latiu em nenhum momento e chegou. Ganhou o nome do local de origem: Farol.
Meu pai, como a maioria das pessoas que acabam amando seus animais, inicialmente não queria o bicho. Pouco tempo depois, o Farol se transformou no cão mais mimado da rua, quiçá do bairro. Ele tinha 12 anos. Era o caramelo mais obeso que conhecemos, pesando
mais de 40kg.
No dia 3 de maio, foi dado o alerta de evacuação até a rua São Lourenço – uma rua antes dos meus pais. Meu pai não queria ir. Quando finalmente decidiu que sairia, o Farol resistiu em subir no carro. Quis morder meu pai e meus irmãos. Na hora da saída, em meio ao caos,
o pai decidiu que iria e deixaria muita comida e água para o Farol. Comida em todo o pátio. A chave de casa ficou com um vizinho – que ficaria por lá, pois tinha uma residência de dois andares e, como já disse, também não imaginava que a água pudesse chegar até ali.
Na manhã seguinte, em meio às notícias da enchente e do resgate, meu pai chorava abraçado em um urso de pelúcia. Quando liguei para ele, a primeira coisa que ele tentou falar, em meio a soluços, foi sobre o cachorro. E se nas primeiras horas os resgates eram todos destinados aos humanos, logo depois, percebemos a possibilidade de tentar buscar o Farol. Mais de cinco barcos foram até lá e não o encontraram – no último, um amigo da família foi até o fundo do terreno, espaço mais alto, e conseguiu resgatar a cachorra da minha prima. Mais jovem, a Bombom resistiu.
Na busca online pelas páginas que começaram a catalogar os animais resgatados e nos abrigos que se estendem por toda a parte não alagada de Canoas, tentamos encontrar o Farol. Meus irmãos percorreram vários locais. Minha irmã chegou a ir ao hospital veterinário
em busca de um cachorro que realmente parecia ele. Mas não era.
Assim que cheguei em Canoas também percorri abrigos e voltei arrasada por perceber a quantidade de animais bem cuidados, tristes, à espera de seus tutores. Somente em um dos sites online havia mais de 2.500 animais cadastrados. Nas palavras de um dos voluntários
do local: “chegam 20 cachorros por dia e saem dois”.
Uma tarde, vi meu pai sentado com o olhar triste. Sentei ao lado e ele me disse: “Não fico triste pela casa. Eu nunca tive nada nessa vida, mesmo. O que me dói é o meu cachorrinho”. Assim que a água começou a baixar conseguimos encontrar o corpo dele, em 17 de maio.
Meus pais choraram o choro preso há 15 dias. Desabamos.
Valos e diques
É engraçado como depois de uma tragédia as memórias são acionadas para coisas e situações do cotidiano que nos passam despercebidas. Canoas é repleta de diques – locais de contenção construídos para escoamento da água e que hoje têm sido questionados em sua eficácia. Na quadra da nossa casa, no fim da rua, sempre existiu o Dique da Curitiba, aquele mesmo que, mais para o fundo do bairro, estourou e por onde começou a enchente em toda a Mathias.
Há menos de 10 anos esse dique foi canalizado. Até então, o cheiro de podre por ali era frequente. Lembro de falar “fulano mora perto do dique”. Na rua do dique, uma rua de chão batido pavimentada somente em 2022, andávamos de bicicleta porque era mais tranquilo. Agora, na enchente, soube que o maior medo de infância da minha irmã era cair no dique.
Outra coisa muito comum quando não havia canalização eram os valos ou valas: o local por onde a água corria. Inclusive, havia um local no bairro passível de referenciação com a simples frase: “é perto do valão”. Na infância, o amigo imaginário do meu irmão mais novo se chamava Valo.
Abrigo voluntário
Com 60% da cidade atingida pela enchente, Canoas teve mais de 90 mil pessoas deslocadas de casa. Cerca de 20 mil precisaram ir para abrigos. As outras foram para casas de amigos, parentes e conhecidos. Quem anda pela parte seca enxerga as ruas e casas cheias de pessoas, carros e bichos. Desconheço quem não esteja na seguinte situação: desabrigado ou abrigando alguém.
Assim como meus pais, a maioria dos meus irmãos reside em Canoas. Com o alerta de evacuação e com a chegada das águas nos bairros Mathias Velho, Canoas, Harmonia e em parte do Centro, três deles precisaram sair de casa. Por sorte, há dois anos, um dos meus
irmãos comprou uma casa espaçosa do outro lado da cidade. E foi para lá que todo mundo se deslocou no dia 3. E é lá que permanecem.
O saldo da enchente na minha família é de três casas alagadas, um centro de treinamento embaixo d’água, uma clínica odontológica ilhada, uma loja de móveis e seu estoque submersos no bairro Navegantes, em Porto Alegre. Naquela casa, 15 pessoas foram diretamente atingidas pela enchente.
Mas, o saldo mais duro é pensar no que não volta. Minha mãe lembrou que perdeu os trabalhinhos de pré-escola de todos os filhos – alguns papéis com mais de 40 anos. Dona Rejane passa o dia inteiro envolvida em mil afazeres domésticos – e mesmo que a gente se antecipe e faça o que ela pretendia fazer, em uma tentativa vã de fazê-la descansar, a mãe vai lá e encontra algo novo para fazer. Uma hora ela me disse: “Minha filha, me deixa. Eu preciso ocupar a minha cabeça para não enlouquecer”.
De volta para minha terra
Acompanhar de longe uma tragédia envolvendo a própria família é desolador. E eu demorei para conseguir me deslocar para Canoas já que, com todas as estradas bloqueadas, um deslocamento de 15km que era realizado em 25min ou 30min, se transformou em uma
viagem de 60km realizada em, no mínimo, 1h30min. E que pode demorar mais de 4h – situação que vivi no meu retorno.
Em Canoas, fiquei por dias tentando ajudar como podia. Comprei roupas quentes, roupas de cama, material de limpeza etc. Mas o que sinto é a dor porque meu sobrinho de 5 anos diz que quer voltar para casa e não pode. Um dia minha irmã me viu triste por não poder fazer tudo. Ela, que perdeu a casa, me olhou e disse: “Mana, tu não vai conseguir comprar um guarda-roupa inteiro para cada um da
família”. Impotência.
O que vem
Nesses dias de suspensão do espaço-tempo, vivemos em uma realidade de espera pela baixa dos rios e pelo retorno. Um retorno para limpar, mesmo sabendo que não encontraremos o mesmo lugar que deixamos, porque ele já não existe mais.
Texto enviado pela autora à redação do Grupo O Timoneiro
Opinião
“Quando o Jogo Se Torna Armadilha: A importância da Educação Financeira em Tempos de Apostas” (por Cristiane Souza)
O crescimento das plataformas de apostas, popularmente conhecidas como “bets“, tem gerado um impacto profundo e preocupante em diferentes segmentos da população brasileira, especialmente entre as famílias em situação de vulnerabilidade econômica.
O fácil acesso a essas plataformas, aliado à promessa de ganhos rápidos, atrai indivíduos que, diante de oportunidades limitadas e dificuldades financeiras, veem no jogo uma esperança de alívio imediato. No entanto, essa promessa frequentemente se transforma em uma armadilha perigosa, levando a perdas financeiras expressivas e aumentando ainda mais a instabilidade das famílias.
Um dos aspectos mais alarmantes desse fenômeno é o uso de recursos provenientes de programas assistenciais, como o Bolsa Família, para financiar apostas. Segundo dados do Banco Central, em agosto deste ano, cerca de 3 bilhões de reais destinados a apoiar famílias em extrema pobreza foram direcionados para plataformas de apostas. Embora o Bolsa Família seja apenas uma das fontes de renda afetadas, o impacto das apostas não se restringe a esses beneficiários, atingindo diversas famílias de baixa renda que, por falta de orientação financeira, acabam comprometendo seu sustento em busca de ganhos ilusórios, oferecidos por jogos online.
Nesse aspecto, a educação financeira surge como uma ferramenta essencial para evitar que famílias sejam atraídas pelas armadilhas do jogo. Porque muitas vezes, a falta de conhecimento sobre os riscos envolvidos nas apostas e a ausência de planejamento financeiro adequado levam as pessoas a decisões impulsivas, agravando sua situação econômica. A falta de controle sobre os gastos, a tentação de compensar perdas com novas apostas e a dificuldade em priorizar necessidades básicas criam um ciclo vicioso que coloca em risco não apenas as finanças, mas também o bem-estar emocional e social dessa população.
É crucial que a educação financeira seja acessível e adaptada às realidades dessas populações, ensinando-as a planejar, poupar e gastar de forma consciente. Mais do que nunca, em um cenário de crescente popularidade das apostas, as famílias, especialmente as em situação de vulnerabilidade precisam ser capacitadas para tomar decisões financeiras responsáveis, evitando que o sonho de um ganho rápido as leve a uma armadilha de dívidas e frustrações.
Além disso, a conscientização sobre os perigos das apostas deve ser acompanhada por políticas públicas que incentivem o uso responsável dos recursos e ofereçam alternativas viáveis para melhorar a qualidade de vida dessas famílias. O jogo, em si, não é a raiz do problema, mas sim a combinação de vulnerabilidade econômica, falta de informação e ausência de planejamento financeiro que expõe famílias aos riscos das apostas.
Em tempos de apostas, é urgente reforçar a importância da educação financeira para proteger as famílias e oferecer-lhes a oportunidade de construir um futuro mais seguro e estável. Somente com conhecimento e conscientização será possível romper com o ciclo de perdas e garantir que os recursos recebidos sejam utilizados para sua verdadeira finalidade: promover dignidade e segurança.
Cristiane Souza – Educadora financeira e estudante de Psicologia
Opinião
ARTIGO: “Palmas para um derrotado” (por Carlos Marun- Ex-Ministro de Estado)
No dia 24 de Julho de 2024 a Democracia Americana viveu mais um dia triste, coisa que tem infelizmente se tornado comum por lá. Quase a totalidade dos congressistas republicanos e boa parte dos democratas receberam sob aplausos Benjamin Nethaniahu, que pela 6a vez discursou no Capitólio, um símbolo da Democracia Universal, onde um fascínora como este Primeiro-Ministro sequer deveria ser autorizado a pisar.
Nethaniahu chegou ao poder depois do assassinato por um correligionário seu, com um tiro pelas costas, de Ytzak Rabin, um líder forjado na guerra e que teve coragem de buscar a paz. Convenceu o eleitorado israelense de que ele não precisava de paz, mas de segurança. Recebeu uma procuração deste eleitorado para acabar com o processo de Paz. E o fez, também com um tiro pelas costas. Continuou escravizando os palestinos e fortalecendo militarmente Israel, sempre com o apoio incondicional dos Estados Unidos da América.
Tudo parecia estar correndo bem. É verdade que Nethaniahu para continuar no poder e longe da cadeia teve que se unir ao que de mais radical e fanático existe na política israelense, mas os líderes da maioria dos Estados Árabes, contaminados pelo vírus da indignidade, já caminhavam para iniciar negócios com Israel, através de acordos de Paz que se constituíam em tratados comerciais e que esqueciam os Palestinos.
Até que chegou o 07 de outubro. Infelizmente, no lugar de limitar sua ação aos ataques a bases militares de Israel inicialmente praticados, o Hamas permitiu que se instalasse a barbárie de um imenso atentado terrorista. Isto, naturalmente aproximou de Israel e solidariedade do mundo. E o contra-ataque foi ao início imensamente apoiado. Biden foi até lá abraçar Bibi, encostou em Gaza um imenso porta-aviões e autorizou Nethaniahu a lá buscar o armamento que quisesse a fim de destruir o Hamas. O conflito acabaria em alguns dias pensaram muitos. Afinal em 1967 foram necessários somente 6 dias para que Israel derrotasse vários exércitos árabes de uma vez só.
Mas daí as coisas começaram a fugir do script. Nethaniahu não queria só aniquilar o Hamas. Queria aniquilar Gaza. O alvo preferencial passou a ser a infraestrutura do enclave. Seus prédios, escolas, hospitais, igrejas… suas crianças. Um Genocídio começou a ser executado e, desta vez, televisionado. O Mundo começou a se horrorizar com o que assistia. O apoio a barbárie praticado pelas Forças Armadas de Israel, sob o comando de Nethaniahu e de seu governo composto por assassinos fanáticos, começou a minguar. E a se transformar em um pesado fardo para os que mantinham esta posição.
E os combates? Ali o fiasco está sendo pior. Em mais de 9 meses de luta, já são 688 os militares israelenses reconhecidamente mortos e mais de 10 mil os feridos, tudo isto no enfrentamento a um grupo de milicianos famintos e mal armados. E não passaram de 7 os reféns vivos libertados. As FFAA de Israel só tem sido eficientes nos bombardeios aéreos, isto porque não existem armas antiaéreas em Gaza e porque o chão é impossível de errar. E no chão do “gueto” mais densamente povoado do mundo, as bombas não tem dificuldade para acertar as cabeças de civis, sejam eles homens, mulheres ou crianças, que se protegem sob lonas de barracas.
Este novo cenário militar tem animado outros grupos a participarem do conflito em apoio aos Palestinos, aí se destacando o Hezbolah, que há anos já acabou com a ocupação militar do Sul do Líbano, e os Houtis, que do distante Iêmen tem sido hoje a novidade e que já conseguiram atingir até Tel-Aviv.
Biden, acossado por movimentos internos de repúdio a um genocídio praticado com o uso de munição americana teve que passar a rever sua posição. Chegou a aprovar na ONU um razoável plano de cessar-fogo, mas tem recebido em troca a costumeiramente ingrata e arrogante resposta negativa de Bibi.
É este o Nethaniahu que viajou a Washington. Humilhado e isolado. Foi pedir mais munição, em um reconhecimento de que sozinho não pode vencer o Hamas. No lugar disto foi recebido com protestos e apelos por um cessar-fogo tanto de Biden como de de ambos os candidatos a eleição presidencial. Recebeu também aplausos de muitos congressistas é verdade e penso que Nethaniahu visitou o único lugar do mundo onde pode ser hoje aplaudido. Em Israel não pode sequer sair às ruas.
Porém, eis que, quando isto parece se constituir em mais um episódio do triste “fim de carreira” da Democracia Americana, surge o pronunciamento de Kamala Harris imediatamente após seu encontro com Bibi, e renova as nossas esperanças. Ela de forma altiva hipotecou apoio irrestrito a existência de Israel, mas repudiou a forma da vingança de Nethaniahu e reafirmou apoio a instalação do Estado da Palestina. Ou seja, a única coisa aproveitável desta desastrada visita é que aqueles viciados em otimismo como eu passamos a ter para quem torcer naquela eleição.
Carlos Marun- Ex-Ministro de Estado
Opinião
Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas
Prof Dra.Gilca Lucena Kortmann
Psicóloga CRP-07/38742/ Neuropsicóloga
Todo aluno ao entrar na escola, traz consigo uma bagagem de valores, aptidões, angústias, um mundo interior configurado a partir de uma combinação de fatores que procedem de fontes biológica e ambiental na qual desponta como fator primacial a influência dos pais, colegas, professores. As aprendizagens de crianças e adolescentes são processos evolutivos que estão imbricados no relacionamento destes com a escola e com a figura do professor(a), e em tempos pós pandêmicos, seguidos de manifestações da natureza que colocou a todos em situação de cansaço mental ou estafa mental, estresse crônico com sobrecarga das funções do cérebro, causando desregulação no sistema nervoso, abrimos espaço para reflexão e compreensão dos sentimentos , manifestações em termos de saúde mental destes atores envolvidos no espaço escolar procurando identificar as respostas tóxicas frente a este estresse que viveram e vivem após inúmeras perdas: de casa , escolas, pertences de recordações..
Quando as crianças e adolescentes vivenciam uma dificuldade forte frequente e prolongada, sem apoio emocional de um adulto, entre elas estão a negligência, abuso físico e emocional, ou exposição à violência, ou elevada carga de perdas como esta que vivemos no RS no mês de maio, com as catástrofes climáticas, devemos tomar alguns cuidados com as soluções adotadas especialmente no caso das crianças e adolescentes , pois o estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa, e quando produzido, desencadeia mudanças químicas em seus corpos que podem afetar os sistemas imunológico, endocrinológico e psiconeurológico.
Vivemos neste momento, uma enxurrada de informações, em uma velocidade e complexidade que interpela nossa vida pessoal, profissional, com inúmeras demandas, produzimos o tempo todo e, em nosso entorno problemas sociais, angústias, depressões, cansaço dos professores: tristezas, isolamentos, problemas com o sono (Revista Nova Escola/2021).
De que forma acolher nossos alunos? Crianças e adolescentes com comportamentos disruptivos por excesso de telas, e quando os pais retiram ficam sem controle de impulsos, sem controle das suas emoções, pais desgastados faltam com ajuste parental. Portanto, o trabalho de refletir sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, fazer modificação na rotina diária, no estilo de vida é um desafio. Força de vontade, é um fator preponderante, não espere! Dê seu modelo.
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