Destaques
Após auditoria, Prefeitura rompe com administração do HNSG
“Nós só vamos pagar pelos serviços realizados. Identificamos uma diferença astronômica entre a cobrança realizada pelo hospital e os serviços efetivamente prestados à população”, diz o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB). Tal afirmação acaba com um ciclo de relacionamento entre a Prefeitura e a Associação Beneficente de Canoas (ABC), mantenedora do Hospital Nossa Senhora das Graças. Em nota, divulgada na manhã de quinta-feira, 16, a Prefeitura afirma que, após a realização de uma auditoria, só serão feitos repasses que correspondam exatamente à totalidade dos serviços prestados.
De acordo com a auditoria contratada pela prefeitura, nos meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro, a maioria dos atendimentos que deveriam ter ocorrido não chegaram a 50% do pactuado. “Em neurologia, houve uma cobrança por 200 consultas mensais, quando apenas quatro ocorreram de fato”, destaca Busato.
Problemas de gestão
A empresa Rodrigues & Rodrigues foi contratada para realizar a auditoria no Hospital Nossa Senhora das Graças. O procedimento apontou graves problemas:
Fragilidade ou inexistência da documentação e normatização dos processos e procedimentos operacionais;
Praticamente inexistem indicadores da gestão. Eventuais informações são extraídas de controles paralelos com flagrante fragilidade de veracidade e precisão das informações disponibilizadas;
Procedimentos e normas desatualizados;
Documentação somente em arquivo físico (impresso);
Identificação de áreas com número de colaboradores maior que a real necessidade;
Falta de disponibilidade de informações para controle da gestão (indisponibilidade das políticas contratuais);
Indefinição de supervisão de setores;
Alguns gestores desconhecem o número de colaboradores hoje sob sua gestão;
Identificação de atraso no faturamento e nos registros contábeis;
Último balancete foi fechado em agosto de 2016;
Defasagem dos equipamentos de informática do hospital;
Ataque de um vírus, ocorrido em dezembro de 2016, deixou o hospital dez dias sem sistema e levou à perda de informações e documentações operacionais;
Desmotivação dos funcionários, que apresentam baixa autoestima (desprestigiados) e estão descontentes (com salários abaixo do mercado);
Falta de treinamento e capacitação dos colaboradores.
Superintendente pede demissão
Ainda, como símbolo do rompimento entre Prefeitura e ABC, o então superintendente do Hospital Nossa Senhora das Graças, Rinaldo Simões, pediu demissão na última terça-feira, 15. “A decisão pelo afastamento é em caráter irrevogável e se deve à incompatibilidade com a ABC”, afirma a Prefeitura.
Simões retornará à secretaria da Saúde, como secretário adjunto. “A prefeitura se omitiu de indicar um novo superintendente e passará a ter uma relação independente do hospital, porque entende que Rinaldo Simões enfrentou dificuldades para implantar um novo modelo de gestão. Houve resistência por parte da ABC”, explica o prefeito Luiz Carlos Busato.
Destaques
DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
Destaques
DESASTRE NO RS: Número de mortes chega a 66; Jairo Jorge afirma que dois óbitos ocorreram em Canoas
Um boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã deste domingo, 5, confirmou 66 mortes no Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas que assolam o Estado desde o último sábado, 27.
Outros seis óbitos já confirmados estão sendo investigados, para verificar se têm relação com a tragédia; o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, disse em entrevista a uma rádio gaúcha neste manhã que o município registrou duas mortes.
Em breve mais informações.
Destaques
Tragédia em Canoas deixa milhares de desabrigados e cena é de guerra
As chuvas começaram no sábado, 27, e praticamente não pararam mais no Rio Grande do Sul. Inicialmente, os pontos críticos vieram da região do Vales, da serra gaúcha e cidades do interior do Estado.
Ao todo, foram confirmadas 56 mortes e mais de 60 pessoas desaparecidas (dado subestimado de acordo com inúmeros relatos de parentes, amigos e vizinhos de vítimas de alagamentos, deslizamentos, desabamentos de casas…
Em Canoas o drama começou após a água transbordar do Rio Gravataí, na noite quinta-feira, e invadir a Av. Guilherme Schell em direção ao bairro Rio Branco. Nesta sexta-feira, 4, o temido fato do dique localizado no bairro Mathias Velho não suportar a pressão das águas aconteceu.
Desde então, mais de sete bairros tiveram que ser evacuados por pedido da Prefeitura de Canoas, mas nem todos conseguiram sair de suas casas tamanha altura das águas. Agora, o cenário é dramático, principalmente nas regiões dos bairros Rio Branco, Mato Grande, Mathias Velho, Niterói.
Há relatos de centenas de pessoas ilhadas e/ou em cima do telhado, e o resgate tem sido dividido entre forças municipais e de voluntários, inclusive de outras cidades. A dificuldade se concentra na necessidade de obter lanchas, barcos e jet-skis.
Acolhidos
Até o momento, mais de 7,5 mil pessoas nos abrigos da Prefeitura. Principais necessidades de doações são de produtos de higiene, limpeza e colchões.
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