Saúde
Justiça do Trabalho retira bloqueio de conta do Hospital Universitário
A conta corrente do Hospital Universitário de Canoas (HU) foi desbloqueada. Isso ocorre após decisão da Vara do Trabalho de Colatina, do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, no Espírito Santo. O despacho, publicado no final da tarde da quinta-feira, 14, foi comunicado pela Intervenção do HU pela Prefeitura de Canoas.
O bloqueio da conta da instituição de saúde ocorria desde o dia 19 de fevereiro. O entrave resultava de problemas relacionados à antiga gestora do hospital, a Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam), que se tornou ré em uma ação trabalhista no Espírito Santo. Desde maio de 2022, a Prefeitura opera a gestão do HU enquanto faz nova licitação para a seleção de empresa gestora.
“Com a retirada do bloqueio, acontecerá a devolução de cerca de 1,2 milhão retido aos cofres” explica o secretário da Fazenda de Canoas, Luis Davi Vicensi. A Procuradoria Geral do Município trabalhou nos esforços para liberar a conta e, assim, restabelecer os fluxos financeiros do hospital.
Crise financeira foi anunciada em fevereiro
No dia 27 de fevereiro, o prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques, ao lado do secretário da Fazenda, Luis Davi Vicensi Siqueira, do secretário Municipal de Saúde, Jurandir Maciel e dos diretores dos três hospitais de Canoas, apresentou os números referentes que indicavam uma crise nas contas públicas da Prefeitura. O encontro aconteceu no Paço Municipal.
Com dados apurados até o dia 20 de fevereiro, o levantamento prévio do economista e responsável pela pasta da Fazenda apontou um déficit financeiro passou de R$ 154,5 milhões para R$ 421,9 milhões, de 2022 para 2023.
Números apresentados
O déficit orçamentário (receitas menos despesas) previsto no Município é de R$ 499,7 milhões. Ou seja, a Prefeitura pode chegar, ao final de 2024, com o caixa no vermelho em quase R$ 1 bilhão.
Entre os dados levantados pelo estudo financeiro estão possíveis reflexos em índices constitucionais da Saúde e da Educação. No exercício de 2023, Canoas aplicou 23,32% em saúde, ultrapassando o mínimo de 15% exigido por lei. Já na Educação, um dos pilares de toda e qualquer administração, o percentual de investimento foi 16,73%, enquanto o mínimo exigido era de 25%.
Saúde
Quais locais de atendimento de saúde os cidadãos canoenses devem procurar?
De acordo com a gestão municipal, atualmente, Canoas conta com 23 espaços oferecendo atendimentos de saúde básica. Todos os serviços oferecem atendimentos médicos, de enfermagem e psicossociais, além de procedimentos ambulatoriais e vacinação.
Os atendimentos acontecem de segunda a sexta, das 8h às 17 horas. A unidade Rio Branco, que está funcionando na antiga sede da UPA do Idoso, também atende nos finais de semana.
Unidades abertas
- CAIC | 7h às 19h+
Rua 21 de Março, 100, Guajuviras - CERNE |8h às 17h
Rua Engenheiro Kindler, 1460, Harmonia - CONCOBAN | 8h às 17h
Rua Fernando Ferrari, 2674, Niterói - ESTÂNCIA VELHA | 7h às 19h
Rua São Mateus, s/nº, Estância Velha - FÁTIMA/ PRATA | 8h às 17h
Rua João Nicolau, 218, Fátima - FERNANDES | 8h às 17h
Rua Gomes Freire de Andrade, 1036, Nossa Senhora das Graças - GUAJUVIRAS | 7h às 19h
Av. 17 de Abril, 1991, Guajuviras - IGARA | 8h às 17h
Av. Farroupilha, 8001, São José - MATO GRANDE/CENTRAL PARK | 8h às 17h
Rua República, 560, Mato Grande - NITERÓI | 7h às 19h
Rua Mal. Rondon, 132, Niterói - NOVA NANCY | 8h às 17h
Rua Barbosa Lima Sobrinho, 884, Guajuviras - NOVA NITERÓI | 8h às 17h
Rua Quaraí, 401, Niterói - OLARIA | 8h às 17h
Rua Walter de Oliveira Ilha, 90, Estância Velha - RIO BRANCO/ BOA SAÚDE/ PEDRO LUIS DA SILVEIRA | 8h às 17h
Rua José de Alencar, s/n, Rio Branco (Antiga UPA do Idoso) – também atende aos finais de semana - SANTA ISABEL | 8h às 17h
Rua Frei Orlando, 141, Centro - SÃO JOSÉ | 8h às 17h
Rua João Pessoa s/n.°, São José - SÃO LUÍS | 8h às 17h
Rua Teófilo Otoni, 268, São Luís - SÃO VICENTE | 8h às 17h
Rua Walter de Oliveira Ilha, 90, Estância Velha - UNIÃO | 8h às 17h
Rua São Borja, 395, Mathias Velho - SANTO OPERÁRIO | 8h às 17h
Rua da Associação, 331, Vila Cerne
Unidades abertas em outros locais
- MATHIAS VELHO/ PRAÇA AMÉRICA | 8h às 17h
Rua Florianópolis, 1686, Mathias Velho (estacionamento do HPSC) - NATAL | 8h às 17h
Rua Profa. Dona Sara, 100, Harmonia - PRATA | 8h às 17h
Avenida Irineu Carvalho Braga, 2781, Fátima
Saúde
Arritmia cardíaca deve ser investigada e tratada (por Guilherme Gazzoni – cardiologista)
Palpitação, mal estar e tontura são os principais sintomas, mas podem ocorrer ainda falta de ar, dor no peito e, em alguns casos, desmaio.
A recente morte do jogador do Nacional do Uruguai, Juan Manuel Izquierdo, de apenas 27 anos, trouxe às rodas de conversa a importância de ficarmos atentos aos problemas cardíacos. Nos hospitais da Rede de Saúde da Divina Providência, casos de arritmia cardíaca fazem parte do cotidiano das equipes médicas.
O cardiologista e eletrofisiologista, Guilherme Gazzoni, do Hospital Divina, explica que a arritmia cardíaca é uma condição médica que ocorre quando o ritmo dos batimentos cardíacos se torna anormal, muito rápido ou muito lento.
“As arritmias cardíacas são alterações na geração e/ou condução do impulso elétrico no coração”, comenta. Palpitação, mal estar e tontura são os principais sintomas, mas podem ocorrer ainda falta de ar, dor no peito e, em alguns casos, desmaio ou, até, manifestar-se como morte súbita.
“O desmaio é um importante sinal de alerta na avaliação clínica”, esclarece o cardiologista. No entanto, a arritmia também pode ocorrer de forma assintomática (sem sintomas).
A avaliação cardiológica geral, e não só de arritmias, é muito importante, principalmente quando a pessoa tem história familiar de morte súbita ou arritmias graves e quando inicia atividade física na sua rotina.
Gazzoni alerta que as arritmias podem ser prolongadas e sustentadas ou podem ocorrer de maneira rápida e intermitente. “Podemos dividir as arritmias em taquicardias, quando o coração acelera, e em bradicardias, quando os batimentos ficam reduzidos.”
O diagnóstico é realizado por meio de avaliação clínica e exames. Eletrocardiograma, holter, teste ergométrico e estudo eletrofisiológico são os mais comumente realizados. Em alguns casos, outros exames cardiológicos, como o ecocardiograma, ressonância e cateterismo cardíaco são necessários.
Tratamento
Para o tratamento das taquicardias (coração acelerado) são utilizados medicamentos e , quando indicado, ablação por cateter – um tipo de cauterização das arritmias realizada em unidade endovascular apropriada para cateterismos cardíacos.
Em casos de bradicardia (coração lento) o tratamento muitas vezes consiste com o implante de marca-passo, variando o tipo de dispositivo conforme a necessidade do paciente.
Em alguns casos pode haver indicação de marcapasso especiais como o cardiodesfibrilador cardíaco para prevenção de morte súbita ou ressincronizador cardíaco para tratamento de insuficiência cardíaca.
Saúde
Secretaria da Saúde reforça orientações à população por conta da fumaça causada por queimadas
Apesar do alerta, a equipe de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde não identificou um aumento de casos de síndrome gripal não relacionados a vírus respiratórios, que podem ser influenciados por outros fatores, como a fumaça resultante de queimadas.
Esses dados, porém, são parciais e sujeitos a alterações em decorrência da oportunidade de preenchimentos das notificações, bem como o hiato entre o início dos sintomas e a busca por atendimento.
Recomendações para a população
- Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas.
- Redução da exposição: evite atividades ao ar livre em horários de alta poluição e mantenha portas e janelas fechadas.
- Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores.
- O uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.
- Atividades físicas: evite exercícios físicos em períodos de elevada concentração de poluentes.
- Orientações a grupos vulneráveis: crianças, idosos e gestantes devem estar atentos a sintomas respiratórios e, se necessário, buscar atendimento médico imediatamente.
Poluição é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
No Brasil, as queimadas e os incêndios florestais são importantes fontes de poluição atmosférica e contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, resultando na exposição humana com efeitos diretos e indiretos na saúde, meio ambiente e oferta de serviços de saúde.
Grupos populacionais mais suscetíveis (crianças, idosos, gestantes, indivíduos com doenças cardiorrespiratórias, de baixo nível socioeconômico e trabalhadores ao ar livre) podem estar sob maior risco de apresentarem algum efeito na saúde relacionado à poluição do ar.
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