Cultura
CARNAVAL RIO: Viradouro e Portela se destacam na segunda noite do grupo especial
Por Daniela Uequed e Douglas Angeli
A Unidos do Viradouro fechou o grupo especial do carnaval carioca com um enredo primoroso e original sobre o culto feminino de Dangbé, o vodun serpente e arco-íris difundido em Daomé e trazido para o Brasil. Como não podia deixar de ser, o desfile, concebido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, foi marcado por fortes coreografias e visual bastante colorido, complementado pelo azul e rosa do amanhecer de terça-feira.
Os pontos altos da apresentação da Viradouro foram a comissão de frente, com a serpente, o casal de mestre-sala de porta-bandeira, Rute Alves e Julinho Nascimento, a bateria do mestre Ciça e o conjunto de alegorias e fantasias desenvolvendo densamente o enredo. Vice-campeã no ano passado, a escola de Niterói é forte candidata ao seu terceiro título na apuração desta quarta-feira.
A Portela apresentou ao público e aos jurados sua nova proposta estética sob a criação dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, com o enredo Um defeito de cor, baseado no livro de Ana Maria Gonçalves, que desfilou no primeiro tripé juntamente com o ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida.
A comissão de frente, com bela encenação, promoveu o reencontro fictício entre Luiza Mahin e Luís Gama, mãe e filho, e a primeira alegoria representou o Benin tendo a águia, símbolo da escola, em visual diferente, com estampas e galhos retorcidos. A melhor alegoria da escola, entretanto, sofreu uma pequena avaria na parte traseira, com um dos pisos inclinando.
Estandarte de Ouro
Na manhã de terça a Portela foi agraciada com o tradicional prêmio Estandarte de Ouro, do jornal O Globo, como melhor escola e melhor enredo, mas no desfile houve erros de evolução que devem tirar a escola da briga pelo título.
A primeira escola a desfilar foi a Mocidade Independente de Padre Miguel, com o enredo sobre o caju e samba cujo refrão foi cantado com empolgação pelo público. A concepção e o desenvolvimento do enredo, entretanto, deixou a desejar, faltando densidade narrativa e apresentando soluções simplórias nas alegorias e fantasias.
A comissão de frente chamou a atenção interagindo com uma integrante fantasiada de Carmen Miranda que aparecia na arquibancada do sambódromo, facilitado pelo recurso da nova iluminação, que focava no ponto exato.
Após a Portela, foi a vez da Vila Isabel reeditar seu enredo Gbalá, de 1993, desta vez com o carnavalesco Paulo Barros. Na comissão de frente, Oxalá conduzia as crianças ao templo da criação na esperança de que elas possam salvar o mundo de suas mazelas, como a fome, a poluição e a corrupção, representadas no carro abre-alas. As duas primeiras alegorias tiveram nível superior em um desfile cujo apuro estético foi decaindo, prejudicando o bom desenvolvimento do enredo, distante do estilo consagrado pelo próprio carnavalesco.
A Estação de Primeira de Mangueira, uma das grandes expectativas do público, trouxe sua homenagem a Alcione. Amigos da cantora participaram do desfile, como Maria Bethânia, presente no pede-passagem da escola. O enredo contou a história de Alcione desde suas origens no Maranhão, chegando ao Rio de Janeiro, à fama e à relação com a escola especialmente pelo papel na escola mirim, a Mangueira do Amanhã.
O conjunto das fantasias e alegorias apresentou desequilíbrio de qualidade entre os setores, com altos e baixos. O samba foi bem cantado pelas alas, na melhor performance do quesito harmonia da noite, com destaque também para a bateria.
Antes da noite culminar com a apresentação da Viradouro, o Paraíso do Tuiuti celebrou a luta de João Cândido, o almirante negro, contra os maus-tratos na Marinha. A segunda alegoria trazia um navio com imagens da escravidão e encenação dos castigos aos quais os marinheiros negros eram submetidos na época da revolta da Chibata, com representação de sangue jorrando que deixou a pista tingida. O nível das alegorias e fantasias, no entanto, foi muito baixo do meio para o fim do desfile, somado a abertura de buraco na segunda cabine de jurados.
A grande campeã do carnaval carioca será conhecida na apuração de quarta-feira a partir das 16h.
Cultura
Cia Municipal de Dança promove espetáculo solidário no Theatro São Pedro
O espetáculo solidário Dança em Boa Cia acontecerá no dia 31, às 20h, no Theatro São Pedro, para arrecadação de fundos em benefício dos artistas, escolas e companhias atingidos pela enchente.
A apresentação reunirá a Cia Municipal de Dança de Porto Alegre e 20 convidados. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria duas horas antes do espetáculo.
Os recursos arrecadados serão destinados ao fundo criado pela Associação Gaúcha de Dança (Asgadan). O evento tem a parceria da Asgadan e do Theatro São Pedro e é produzido pela Cia Municipal de Dança e pelo Centro de Dança da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.
Artistas participantes:
- Cia Municipal de Dança de Porto Alegre
- Al Malgama
- Alexandre Santos Estúdio de Dança
- Ballet da UFRGS
- Ballet Elizabeth Santos
- Ballet Lenita Ruschel – Ballet
- Ballet Vera Bublitz
- Carol Dalmolin Estúdio de Dança
- Companhia H
- Duo TAP (Gabriella Castro e Leonardo Dias)
- Flamenco RS (Andrea Franco, Silvia Canarim e Juliana Prestes)
- Gira Centro de Dança
- Grupo Andanças
- Grupo Diversidade
- Grupo Gross
- Pertence Cultural – Projeto Fábrica de Sonhos
- Restinga Crew
- Tanguera Estúdio de Danza
- Transforma Cia de Dança
- Uthopia Cia de Dança
Ingressos
– Na bilheteria do teatro 2h antes do espetáculo
– Plateia: R$ 60
– Camarote Central: R$ 50
– Camarote lateral: R$ 40
– Galeria: R$ 30
Descontos
- 50% para idosos com idade igual ou superior a 60 anos;
- 50% para estudantes em até 40% da lotação do teatro:
– até 15 anos mediante RG;
– acima de 16 anos portando carteira da UGES, UEE, UNE; - 50% para jovens entre 16 e 29 anos, pertencentes a famílias de baixa renda, mediante comprovação de matrícula do Cadúnico
- 50% para pessoas com deficiência, inclusive seu acompanhante quando necessário, e doadores de sangue.
Outros descontos
- 50% para artistas com registro profissional e regulamentado na carteira de trabalho
- 50% para até 50 associados da AATSP.
Cultura
Bolsa do Ministério da Cultura para o RS tem inscrições abertas até 5 de agosto
O Ministério da Cultura disponibilizou R$ 4,5 milhões de reais para 150 bolsas culturais no Rio Grande do Sul após as enchentes de maio.
A Bolsa Funarte de Apoio às Ações Artísticas Continuadas 2024 tem inscrições abertas até o dia 5 de agosto. As bolsas podem ter valor bruto de até R$ 30 mil.
A iniciativa, que faz parte do Programa Retomada Cultural RS, é destinada a espaços, eventos, grupos e coletivos artísticos dos segmentos das artes visuais, circo, dança, música e teatro, com formalização jurídica e atuação de pelo menos três anos consecutivos nos 95 municípios em situação de calamidade pública no Estado.
A inscrição ocorre por um formulário presente no edital, que está disponível na Plataforma Prosas.
As bolsas são destinadas para uma ou mais atividades artísticas como pesquisa e criação de novas obras, desenvolvimento técnico e artístico, participação em eventos estratégicos, ações de intercâmbio e circulação, restauração de acervos artísticos, entre outras.
O edital também está disponível no site da plataforma.
Dúvidas devem ser enviadas para o mail retomadars@funarte.gov.br.
Cultura
Festival Movimenta Cena Sul tem inscrições abertas, prevendo oportunidades para cerca de 300 trabalhadores
Com o foco em apoiar trabalhadores da cultura afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o governo do Estado anunciou, entre uma série de medidas emergenciais para o segmento cultural, o Festival Movimenta Cena Sul.
A iniciativa ocorre de 19 a 27 de julho, com desdobramentos de ações descentralizadas que seguirão até dezembro. As inscrições estão abertas até 5 de julho para a primeira fase e 15 de julho para a segunda.
Sobre o festival
O festival é uma iniciativa que propõe ações para fomentar a cadeia produtiva das artes cênicas no Rio Grande do Sul. A programação contempla 15 apresentações no Theatro São Pedro e Multipalco, quatro oficinas virtuais e 30 intervenções artísticas em municípios do Estado.
O festival prevê atrair mais de 10 mil espectadores com uma programação integralmente gratuita e beneficiar cerca de 300 trabalhadores do setor.
Dividido em duas etapas, o festival selecionará, na primeira, 15 espetáculos de teatro, dança e circo que receberão de R$ 10 mil a R$ 15,3 mil por apresentação.
Além disso, o evento também contempla um eixo formativo com quatro oficinas virtuais abordando as temáticas de dramaturgia, produção, técnicas de palco e decolonialidade.
Seleção de profissionais
Para participar das oficinas, serão selecionados 160 profissionais das artes cênicas, sendo que 80 receberão uma bolsa de R$ 700 cada, e 80 poderão participar como ouvintes.
A segunda etapa ocorrerá entre 16 de agosto e 1º de dezembro, contemplando 30 propostas de intervenções artísticas que podem ser executadas em escolas, abrigos e espaços alternativos de diversos municípios do Rio Grande do Sul, com cachê de R$ 3 mil cada.
“O apoio ao festival corrobora o trabalho do governo do Estado para restabelecer a força da cultura gaúcha, com medidas que contribuem decisivamente para agilizar a necessária recuperação do setor cultural”, afirma a secretária da Cultura, Beatriz Araujo.
A seleção dos projetos será feita por uma curadoria de profissionais das artes cênicas e de instituições envolvidas, por meio de chamada pública. Os formulários de inscrições estarão disponíveis no site do Theatro São Pedro.
O Festival Movimenta Cena Sul tem realização da Associação Amigos do Theatro São Pedro (AATSP); apoio da Fundação Teatro São Pedro (FTSP) e do Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACEN), ambos vinculados à Secretaria da Cultura (Sedac); apoio cultural da Associação de Produtores de Teatro do Brasil (APTR) e da SP Escola de Teatro; e patrocínio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).
Chamada pública – Festival Movimenta Cena Sul:
Inscrições
Ação 1 – Espetáculos de artes cênicas
Ação 3 – Intervenções artísticas
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