Economia
Três em cada dez negócios em áreas que foram inundadas em maio seguem operando menos que o normal

Cerca de três em cada dez estabelecimentos localizados em áreas que foram inundadas seguem operando em níveis abaixo da normalidade em todo o Rio Grande do Sul.
O dado foi divulgado na sexta edição do Boletim Econômico-Tributário da Receita Estadual, publicada na sexta-feira, 28. O documento traz os impactos das enchentes nas movimentações econômicas dos contribuintes do ICMS do Rio Grande do Sul.
Conforme o levantamento, o nível de atividade dos estabelecimentos é parecido entre os que integram o chamado Regime Geral, de maior porte, e os do Simples Nacional, composto por micro e pequenas empresas.
Dos 3.307 estabelecimentos do Regime Geral localizados nas áreas que foram inundadas, 650 (20%) apresentaram nível de atividade baixo no período entre 19 e 26 de junho. Ou seja, o volume de vendas foi inferior a 30% da média normal registrada antes das enchentes.
Outros 7% operaram com nível médio (entre 30% e 70% do normal) e 73% estiveram com oscilações dentro da normalidade (nível de atividade a partir de 70% do habitual). O índice de normalidade vem mostrando evolução a cada semana, desde o período entre 8 e 14 de maio, quando foi de apenas 32%.
No caso do Simples Nacional, dos 5.107 estabelecimentos em áreas que foram inundadas, 1.219 (24%) estão operando atualmente com nível baixo, 3% em nível médio e 73% dentro da normalidade.
A evolução semanal também demonstra aumento dos estabelecimentos com níveis considerados normais. No período mais crítico da crise, o percentual foi de apenas 36%.
Os dados são corroborados pela análise do valor das operações de empresas localizadas nas regiões inundadas. As vendas a consumidores finais registraram baixa de 26% e as vendas entre empresas caíram 27% na comparação da média dos últimos sete dias com o período anterior às enchentes.
No pior momento da crise, esses índices chegaram a ser de -83% e -79%, respectivamente.
O número de empresas que emitiram notas fiscais nas áreas inundadas também caiu, considerando o mesmo período comparativo: a quantidade de empresas vendendo a consumidor final baixou 35% e a quantidade de empresas emitindo notas para outras empresas caiu 16%.
Vendas da indústria por setor e região
O volume de vendas das indústrias do Rio Grande do Sul mostra impacto maior nos setores de tabacos (-16,0%), metalmecânico (-14,7%) e insumos agropecuários (-10,9%). A variação é relativa ao período de 29 de maio a 25 de junho de 2024 frente ao mesmo período de 2023.
Na visão por região do Estado, as maiores baixas são verificadas na Fronteira Noroeste (-44,3%), no Vale do Caí (-16,2%), no Alto Jacuí (-12,9%), no Sul (-7,5%) e no Vale do Rio Pardo (-7,0%). Os dados apresentados refletem não somente os impactos das enchentes, mas também outros fatores econômicos e sazonais.
Detalhes por setor
A sexta edição do boletim também aprofunda os dados relativos a dois setores da economia gaúcha: móveis e eletroeletrônicos.
- Dos 10,7 mil estabelecimentos do setor de móveis contribuintes do ICMS existentes no Rio Grande do Sul, 91% estão em municípios afetados (48% em calamidade e 43% em emergência). Eles respondem por 96% da arrecadação do setor. Destes, 14% estão em áreas que foram inundadas – representando 13% da arrecadação setorial.
- Dos 2,3 mil estabelecimentos do setor de eletroeletrônicos no Rio Grande do Sul, 92% estão em municípios afetados (56% em calamidade e 36% em emergência). Eles respondem por 96% da arrecadação do setor. Destes, 20% estão em áreas que foram inundadas – representando 28% da arrecadação setorial.
Arrecadação de ICMS
Outro destaque do Boletim é o impacto gerado na arrecadação do ICMS entre 1º de maio e 25 de junho. O valor projetado antes das enchentes para o período era de R$ 7,62 bilhões. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 5,93 bilhões, ou seja, uma redução de R$ 1,69 bilhão (-22,2%).
As perdas de arrecadação têm sido uma preocupação tanto do Estado quanto das prefeituras. Em reunião da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, na quinta-feira, 27, a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, destacou que o tema da recomposição das receitas já era relevante mesmo antes das cheias.
Ela afirmou que é preciso apoio para que os gestores possam suportar as novas despesas, tendo em vista que os recursos do não-pagamento da dívida precisam ser revertidos para investimentos em reconstrução. “Já vínhamos de um cenário de busca de alternativas para recomposição das receitas tributárias e, agora, temos um desafio que será ampliado por muito tempo nas despesas correntes.”
Sobre o boletim
O Boletim Econômico-Tributário da Receita Estadual avalia os impactos das enchentes no comportamento da economia gaúcha, com análises como a crise meteorológica pode impactar no equilíbrio fiscal e o que está sendo feito para mitigar os efeitos no Estado.
Inicialmente, o documento é publicado com periodicidade semanal nos canais da Secretaria da Fazenda. As duas primeiras edições do boletim também tiveram colaboração da Receita Federal para obtenção dos dados relacionados às Notas Fiscais eletrônicas (NF-e).
A publicação apresenta dados que revelam os impactos das enchentes na realidade das empresas, na atividade econômica, nos setores econômicos e na arrecadação do ICMS, principal imposto estadual.
Além disso, constam também as medidas que estão sendo implementadas pela administração tributária gaúcha para mitigar os efeitos para os contribuintes e para a sociedade como um todo. O objetivo é ampliar a transparência e apoiar o processo de tomada de decisão para o enfrentamento da crise meteorológica.
Economia
Sistema de adesão ao Refaz Reconstrução já está disponível

A adesão ao Refaz Reconstrução já está disponível. Contribuintes com débitos de ICMS podem acessar o sistema e aproveitar os benefícios do programa de regularização. Para aderir, basta acessar a página do Refaz no Portal de Atendimento da Receita Estadual.
A regulamentação do programa foi divulgada, na quarta-feira, 19, por meio da Instrução Normativa RE 021/25, construída pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), por meio da Receita Estadual, em conjunto com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
O documento detalha as condições, modalidades e regras para adesão ao programa, garantindo segurança jurídica e clareza para os contribuintes interessados. Além disso, o Decreto 58.067, publicado na terça-feira, 18, institui oficialmente o Refaz Reconstrução como parte das medidas do governo do Estado para apoiar a recuperação financeira das empresas atingidas por eventos meteorológicos.
O Refaz Reconstrução faz parte do Plano Rio Grande. O programa permite a regularização de débitos com redução de até 95% em juros e multas, proporcionando uma oportunidade para que empresas possam restabelecer sua capacidade financeira.
O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, destaca a importância do programa para a recuperação econômica do Rio Grande do Sul e o compromisso da administração estadual em facilitar a adesão.
“Estamos trabalhando para que os contribuintes tenham um processo totalmente on-line e simplificado. Além disso, disponibilizamos um FAQ detalhado para tirar dúvidas e oferecemos atendimento por meio da RÊ, a assistente virtual da Receita Estadual, garantindo que todos que precisarem possam ser auxiliados de forma ágil e eficiente”, afirma.
Modalidades e benefícios
Os contribuintes podem optar por diferentes modalidades de regularização:
- Pagamento à vista: redução de até 95% nos juros e multas.
- Parcelamento: opção de parcelamento em até 120 vezes, com reduções proporcionais nos encargos.
Tire suas dúvidas
A Receita Estadual disponibilizou um FAQ sobre o Refaz Reconstrução para esclarecer dúvidas como:
- Quem pode aderir ao Refaz Reconstrução?
- Como funcionam os descontos?
- Quais são os prazos para adesão?
Além disso, contribuintes podem buscar atendimento pelo canal “Fale Conosco” da Receita Estadual, a RÊ. Para utilizar o serviço, basta acessar o portal e selecionar a opção correspondente ao assunto desejado. O atendimento on-line permite o encaminhamento de questionamentos de forma rápida e eficiente.
Economia
Abono salarial começa a ser pago nesta segunda, 17, para quase 2 milhões de trabalhadores

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) começou a pagar hoje, 17, o segundo grupo de trabalhadores nascidos em fevereiro com direito ao abono salarial. Serão pagos abonos a 1.976.258 trabalhadores com direito a receber o benefício, com a liberação de R$ 2.345.419.265 bilhões. São elegíveis para esse grupo os trabalhadores nascidos em fevereiro, e as consultas de valores estão disponíveis na CTPS Digital e no portal http://gov.br
O Abono Salarial será pago a 1.707.645 trabalhadores de empresas privadas com direito ao PIS – pagos pela Caixa Econômica Federal e 268.613 mil trabalhadores são servidores públicos com direito ao PASEP – pagos pelo banco do Brasil. Neste calendário o valor do abono salarial varia de R$ 127 a R$ 1.158 de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano-base de 2023.
Em 2025, o calendário de pagamento do abono salarial referente ano base 2023 iniciou em 17 de fevereiro e os valores ficarão disponíveis aos trabalhadores até o fim do calendário em 29/12/2025.
Quem tem direito
Tem direito ao abono salarial os trabalhadores que atendem aos critérios de habilitação, como estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, contados da data do primeiro vínculo; ter recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até dois salários-mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; ter seus dados, do ano-base 2023 informados pelo empregador corretamente no eSocial.
Pagamento na CAIXA
O pagamento do abono salarial na Caixa será realizado prioritariamente por crédito em conta CAIXA, quando o trabalhador possuir conta corrente ou conta poupança ou Conta Digital; por crédito pelo aplicativo CAIXA Tem, em conta poupança social digital, aberta automaticamente pela CAIXA.
Para o trabalhador não correntista será realizado o pagamento em canais como agência, lotéricas, autoatendimento, CAIXA Aqui e demais canais de pagamentos oferecidos pela Caixa.
Pagamento no Banco do Brasil
No Banco do Brasil o pagamento do abono salarial será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária; transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento para trabalhadores não correntista e que não possua pix.
Informações adicionais poderão ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158.
O calendário completo de pagamento pode ser acessado no linK: https://portalfat.mte.gov.br/wp-content/uploads/2024/12/Resolucao-no-1011-de-18-de-dezembro-de-2024-Calendario-do-AS-2025-.pdf
Economia
BRDE alcança R$ 278,7 milhões em novos financiamentos durante Expodireto 2025

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) está fechando sua participação na Expodireto Cotrijal 2025 registrando R$ 278,7 milhões em novos financiamentos e pedidos encaminhados para o fortalecimento do agronegócio gaúcho.
Mesmo diante do cenário de perdas na safra de grãos por conta de uma nova estiagem que afeta o Rio Grande do Sul, o volume de negócios nos cinco dias de feira, que acontece em Não-me-Toque, supera em 8,2% o montante alcançado na última edição.
A necessidade de crédito emergencial para capital de giro representou a maior demanda que chegou ao banco durante a Expodireto, que encerrou nesta sexta-feira, 14. Ao todo, o BRDE celebrou R$ 70 milhões em operações para atenuar os impactos dos últimos eventos climáticos sobre a produção.
É o caso da Cotrijal, a maior cooperativa agroindustrial do estado e organizadora da feira, que buscou junto ao BRDE uma linha no valor de R$ 50 milhões, cujo termo foi celebrado em ato com a presença do governador Eduardo Leite. A Cotrijal ainda firmou outra operação de R$ 22 milhões para ampliação e modernização de seis unidades de recebimento de grãos.
Na avaliação do diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, o desempenho alcançado durante a Expodireto confirma a capacidade de resiliência da cadeia do agro.
“Mesmo com todos os desafios que o clima nos impõe, representa uma demonstração de confiança do setor. Apesar das recentes elevações da taxa Selic, o que restringe o acesso ao crédito, percebemos também uma demanda por investimentos voltados aos ganhos de produtividade no campo, o que é estratégico para a nossa economia”, frisou Ranolfo.
Neste contexto apontado pelo presidente do BRDE está a busca por financiamento para ampliar a capacidade de armazenagem. Os projetos para construção de silos e unidades de recebimento de grãos representou o segundo segmento mais demandado durante a Expodireto, com R$ 62,7 milhões (22% do total). Linhas para aquisição de máquinas e equipamentos vêm na sequência, com R$ 55,5 milhões em propostas recebidas pelo banco (20%).
Inovação
A demanda por financiamento para projetos de inovação seguiu com destaque na atuação do BRDE durante a feira, com R$ 38,7 milhões. Assim como em 2024, o BRDE participou novamente da Arena Agrodigital, onde apresentou as diferentes modalidades de apoio para o fortalecimento do ecossistema de inovação do RS. O BRDE é referência na região Sul no apoio à inovação, o que inclui os programas de aceleração de startups.
Os pedidos estão relacionados em especial para desenvolvimento de novos produtos e modernização dos processos industriais (Indústria 4.0). Já os novos financiamentos para construção e ampliação de unidades industriais somaram R$ 32 milhões. Os projetos de geração de energia com fontes renováveis totalizaram R$ 19,9 milhões em demanda.
Setor público
Além de participar de encontros com cooperativas e instituições de crédito parceiras do BRDE no financiamento ao produtor rural, o diretor de Planejamento, Leonardo Busatto, aproveitou a Expodireto para reforçar as parcerias com as prefeituras gaúchas situadas na região Central.
Um dos municípios com perspectiva de ter o apoio do banco é de Cruz Alta. No encontro com a prefeita, Paula Librelotto, o diretor apresentou as diferentes possibilidades de financiamento para obras de infraestrutura e projetos nas áreas sociais, mas também a alternativa de estruturação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para qualificar a gestão de serviços que são prestados à comunidade.
“Assim como o BRDE tem um histórico de apoio ao agronegócio, a parceria com o setor público está muito presente na nossa missão. Municípios com maior capacidade em oferecer serviços públicos de maior qualidade conseguem contribuir ainda mais no desenvolvimento econômico e social da região, incluindo a retenção de talentos”, frisou Busatto.
Ao longo do ano passado e a partir do esforço para auxiliar os municípios na reconstrução após os eventos climáticos, o BRDE registrou R$ 190 milhões em novas operações para o setor público considerando apenas o Rio Grande do Sul.
BRDE – RESULTADOS EXPODIRETO 2025
Capital de giro – Emergencial……… R$ 70.000.000,00 (25%)
Armazenagem …………………….……… R$ 62.721.000,00 (22%)
Máquinas ………………………………………… R$ 55.450.000,00 (20%)
Inovação …………………………………………. R$ 38.700.000,00 (14%)
Obras Indústria ……………………………. R$ 32.000.000,00 (11%)
Energia Renovável …………………………. R$ 19.900.000,00 (7%)
TOTAL……………………………………. R$ 278.771.000,00
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