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09/11/2024
 

Comunidade

Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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Mais de 400 colchões e roupas de cama doados para moradores do bairro Fátima, em Canoas

Redação

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Mais de 400 colchões e roupas de cama doados para moradores do bairro Fátima, em Canoas

A Prefeitura de Canoas e a organização humanitária Visão Mundial fizeram, na manhã desta sexta-feira, 8, mais uma ação de doações no Centro de Distribuição da EMEF Paulo VI, no bairro Fátima. Foram entregues colchões e roupas de cama para a população.

Além das cestas básicas, itens de vestuário e água, disponibilizadas para as 400 pessoas que receberam fichas, elas puderam levar para casa também os itens doados à Administração Municipal pelo governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong. Já ocorreram entregas também no Rio Branco, Mathias Velho e Mato Grande.

Parceria

O prefeito Jairo Jorge agradeceu a parceria da Visão Mundial que, desde a enchente de maio, tem auxiliado a comunidade e está ajudando a equipar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Rio Branco.

Mais de 400 colchões e roupas de cama doados para moradores do bairro Fátima, em Canoas

Foto: Fran Beck

 “Não temos mais recebido doações. As cestas básicas que a Prefeitura distribui todos os meses é o governo quem compra. À medida que vamos nos afastando da tragédia climática, as pessoas já não lembram mais para continuar ajudando. Garanto que até 31 de dezembro vamos continuar distribuindo as cestas básicas e mantendo o passe livre nos ônibus, enquanto durar a calamidade”, reforçou.

Segundo a supervisora da organização humanitária Visão Mundial, Luciane Pereira de Azevedo, a entidade tem auxiliado a população de Canoas também com orientações sobre saúde e assistência social, para ajudar no retorno às casas depois da enchente.

 

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Canoas já substituiu 4.300 lâmpadas tradicionais por LED visando redução de custos de energia

Redação

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Canoas já substituiu 4.300 lâmpadas tradicionais por LED visando redução de custos de energia

Na terça-feira, 5, Canoas alcançou a marca de 4.300 lâmpadas substituídas por LED através da parceria público-privada de iluminação pública.

A iniciativa visa substituir todas as lâmpadas tradicionais por tecnologia LED, o que representará a modernização de cerca de 31 mil pontos de iluminação. Com essa mudança, espera-se uma redução significativa nos custos de manutenção e consumo de energia.

Até o momento, os bairros contemplados pela operação de modernização são Mathias Velho, São Luís, Igara e Guajuviras. No caso do Mathias Velho, 90% da iluminação do bairro já foi modernizada com a instalação de painéis de LED.

Além da instalação das lâmpadas de LED, o projeto inclui a implantação de um sistema de telegestão em 100% dos pontos de iluminação pública. Essa tecnologia permitirá o controle e a gestão remota de cada ponto de luz, facilitando o monitoramento em tempo real e a identificação de falhas.

Mais segurança

De acordo com Tarcísio Farias de Lima, morador da rua 25b, localizada no Setor 1 do bairro Guajuviras, a vida vai mudar para melhor depois da instalação dos painéis de LED.

“Moro aqui neste lugar desde que o Guajuviras se iniciou, e é uma felicidade muito grande saber que nossa rua vai ficar muito mais iluminada. Trabalho como segurança em uma universidade, onde toda o sistema de iluminação foi trocado por LED, e melhorou demais depois da substituição. Além de nos sentirmos mais seguros à noite com uma iluminação mais eficaz, a rua vai ficar muito mais bonita. É perfeita esta iniciativa da Prefeitura”, avaliou Lima.

O secretário de Serviços Urbanos, Lucas Lacerda, destaca o formato inovador da operação.

 “O projeto de modernização faz parte de uma concessão pública com duração de 24 anos, durante a qual a concessionária responsável pelo serviço implementará e manterá as melhorias. Um ponto importante a destacar é que não haverá aporte financeiro por parte da Prefeitura. Ao final do período de concessão, todos os bens utilizados para a prestação do serviço serão revertidos ao município, livres de quaisquer ônus ou encargos”, explicou o secretário.

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Canoas recebe a Caravana de Direitos no bairro Mathias Velho

Redação

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Canoas recebe a Caravana de Direitos no bairro Mathias Velho

A Caravana de Direitos, promovida pela Advocacia-Geral da União (AGU) e Defensoria Pública da União (DPU), em parceria com a Prefeitura de Canoas, volta a oferecer assistência jurídica gratuita aos afetados pela enchente de maio.

Funcionamento

O serviço em prol desta população em situação de vulnerabilidade social está sendo oferecido desde 9 horas desta segunda-feira, 28, e vai até a sexta-feira, 1º de novembro, na EMEF Prof. Thiago Würth, avenida Rio Grande do Sul, 4.240, no bairro Mathias Velho, das 9h às 17h. Os atendimentos serão por ordem de chegada.

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