Destaques
Homenagem aos 50 anos do jornal O Timoneiro realizada na Câmara
A sessão da Câmara de Vereadores da terça-feira, 6, foi para homenagear os 50 anos do jornal O Timoneiro. O Grande Expediente, proposto pelo vereador Airton Souza (PP), lembrou aniversário, comemorado em julho.
Em seu pronunciamento, o vereador Airton ressaltou que OT, fundado em 29 de julho de 1966, ajudou a construir a história de Canoas. Ele destacou características que considera fundamentais para a credibilidade do jornal, citando o profissionalismo, imparcialidade e a responsabilidade com as informações prestadas aos cidadãos. “É um jornal que está sempre ao lado da notícia”, afirmou.
Para marcar a solenidade, Airton fez a entrega do Troféu Canoas ao diretor do OT, Jorge Uequed, que recebeu a homenagem acompanhado dos filhos Jorge e Gisele Uequed. Em sua fala, o diretor disse que o homenageado da noite era Canabarro Tróis filho, o Tonito, co-fundador e ainda hoje colunista do jornal, que não pôde comparecer à sessão por problemas de saúde. Uequed salientou que Tonito foi o responsável pela linha editorial do jornal e ensinou que um jornal não pode brigar com os fatos. “Essa homenagem não é um reconhecimento apenas, mas uma demonstração de amor à democracia e de respeito à liberdade de imprensa”, declarou.
Vice-prefeita e deputado
A Vice-prefeita eleita de Canoas, Gisele Uequed, participou da sessão e enfatizou que a publicação é marcada pelo espírito de coragem e de princípios, com respeito aos canoenses e ao dinheiro público. É com esse espírito que, tenho certeza, veremos nos próximos 50 anos. O espírito de coragem, onde não há medo, e sim princípios que sejam, em primeiro lugar, respeitar os canoenses e respeitar o dinheiro público da nossa cidade. E é por isso que eu me sinto muito à vontade de participar de um governo onde eu vou ter O Timoneiro como oposição, sempre me fiscalizando. É isso que a gente quer da política”, disse.
O deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT) também participou da homenagem e afirmou, em seu pronunciamento, que o OT traz à tona os assuntos da cidade. “É importante que assuntos relevantes da cidade tenham a repercussão necessária”, salientou.
Em seu discurso, o diretor Jorge Uequed destacou a fundação do jornal, em plena ditadura militar. “Eles representavam o pensamento daqueles que queriam que a cidade tivesse posição. Ali estava a mão firme, sempre apontada para o interesse popular, do Antônio Canabarro Tróis filho, o Tonito, o verdadeiro homenageado pela grandeza de O Timoneiro”, enfatizou.
Bancadas
Vereadores de diferentes bancadas parabenizaram o cinquentenário do jornal. Juares Hoy (PTB) afirmou que a postura do semanário atende ao que a sociedade canoense espera de um veículo de comunicação e destacou a preocupação do semanário com a busca pela verdade. Ivo Lech (PMDB) disse que a população aguarda ansiosamente pelas sextas-feiras para conferir o conteúdo de cada edição do jornal. “É a síntese de um jornal livre”, avaliou. Dario da Silveira (PDT) salientou que o OT e Jorge Uequed ajudaram a escrever a história da cidade. Paulinho de Odé (PT) destacou a importância dos funcionários e colaboradores para o sucesso do jornal.
César Augusto Ribas Moreira (PRB) também parabenizou a publicação e cumprimentou todos os envolvidos em sua produção. José Carlos Patricio (PSD) enfatizou que o OT é fonte de informação e que suas notícias instigam e atualizam os leitores. “Que o jornal continue atuante e forte”, afirmou. Francisco da Mensagem (PSB) cumprimentou a equipe do jornal e lembrou do período em que atuou como subprefeito. Disse que sempre buscou atender prontamente as demandas. Aloisio Bamberg (PCdoB) parabenizou o OT e agradeceu o apoio recebido de Jorge Uequed no início de sua trajetória política.
No encerramento da homenagem, o presidente da Câmara, Paulo Ritter (PT), classificou a publicação como “exemplo de um jornalismo que tem posição e que luta por ela”. Acompanharam o Grande Expediente, funcionários e colaboradores do jornal e familiares e amigos de Jorge Uequed.
Destaques
“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos
Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.
Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.
Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.
Resgate
Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.
No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade. A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.
Prazeres
Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.
“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
Destaques
Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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