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05/12/2024
 

Comunidade

Trabalhadores da obra da Vala da Curitiba afirmam não receber

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Vala da Curitiba. Foto: Bruno Lara/OT

Vala da Curitiba. Foto: Bruno Lara/OT

 

Por Bruno Lara
@bruno_lds

 

Desde novembro de 2015 sem receber o salário. Esta é a realidade dos funcionários que trabalham na canalização da Vala da Curitiba, obra que, segundo o Portal da Transparência da Prefeitura de Canoas, já levou dos cofres públicos R$ 772.838,71 somente este ano. A obra ficou parada por mais de 10 dias, mas já foi retomada com a promessa de que os valores atrasados serão pagos integralmente.

Os funcionários são contratados pela Engeterra Terraplenagem e Transportes. Em 2015, foram empenhados para a empresa R$ 3.279.553,50. Mesmo assim, segundo os que trabalham na Vala, já são sete meses sem receber os vencimentos mensais, tampouco o 13º salário e, em alguns casos, com duas férias atrasadas.

Os que lá trabalham informaram à equipe de reportagem que o proprietário que assinou o convênio com a Prefeitura “vendeu a firma para outro empresário”, que prometeu pagar em dia e também os atrasados para que a obra fosse retomada. “Ele botou o acordo: vai pagar o mês rigorosamente em dia e, em cada mês que fizer a medição, vai pagando um mês atrasado”, relatou um dos mais de 50 funcionários que preferiu não ser identificado.

Recurso federal

Conforme estabelece o contrato, no valor total de R$ 27.183.840,89, assinado em 15 de janeiro de 2015, a Engeterra foi contratada para “a execução da canalização da vala lateral à rua Curitiba (Trechos 1A, 1B e 2), em galeria aberta de concreto armado com uma extensão de 2.388 metros”.

O site do programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Ministério do Planejamento, informa que a obra “drenagem urbana sustentável na Vala da Curitiba – Canoas – RS”, de responsabilidade do órgão, tem investimento previsto de R$ 72.970.578,32. Em outro empenho, este de R$ 69.604.773.29,00, aparece no site para “drenagem urbana sustentável na Vala da Curitiba”. “inclui investimentos 2007 a 2010”, explica o site.

A reportagem de O Timoneiro tentou entrar em contato com o antigo proprietário da empresa, mas até o final da edição ele não foi encontrado. A empresa também não respondeu às ligações.

Dois trechos

São dois trechos atendidos pela nova estrutura. O primeiro começa na rua Camaquã e vai até a rua encantado, obra no valor de R$ 27,18 milhões. O segundo segue da rua Tupanciretã até a rua Santiago, custando R$ 29,17 milhões, sempre costeando a rua Curitiba, no bairro Mathias Velho.

A equipe de reportagem de OT visitou as obras na quinta-feira, 14, e constatou que as mesmas se encontram paradas. Da rua Gramado, pouco antes da casa de bombas número 6, nada ou muito pouco foi feito até o momento, e a casa de bombas número 8, que é construída ao lado da casa nº 6, segue a passos lentos. Somente o chamado “trecho 3”, entre as duas que esta na fase de canalização tem 2.612 metros. Os trechos 1 e 2, com 2.302 metros, compreende a rua Tupanciretã até a rua São Paulo.

História antiga

Em junho de 2009, o prefeito Jairo Jorge assinou em Brasília um contrato com o Governo Federal para um empréstimo de R$ 94 milhões para tratar do saneamento básico da cidade. O recurso, à época, era para as valas do Leão e da Curitiba. A parte física da obra começou em 2011, com R$ 72,69 milhões provenientes do PAC2.
Em julho de 2014, segundo o site da Prefeitura, a obra tinha prazo de 24 meses, ou seja, dois anos, para a sua conclusão. A extensão total prevista da galeria é de cinco mil metros de extensão.

Em setembro de 2013 outra parte se iniciou, esta apontada como de responsabilidade do Consórcio Retromac-Centersul. Este aparece no Portal da Transparência com contratos para a “execução do revestimento do canal da vala paralela à rua Curitiba”. Só neste ano, já foram empenhados ao consórcio R$ 3.436.230,43 para a atividade.

O que diz a Prefeitura

Segundo a Prefeitura, a obra se iniciou de fato “em 18/03/2015” com prazo para o término de 730 dias. Sobre a troca na direção da empresa respondeu: “Não temos conhecimento da nova direção da empresa, somente que foi solicitado pela Engeterra, empresa que ganhou a licitação da obra, a autorização para subcontratação da Empresa Engemold, a fim de executar até 30% do contrato conforme proc. 32.179/2016, ação que é prevista no contrato e na lei que regulamenta as licitações”.

Sobre os salários atrasados, afirmou: “Não temos conhecimento dos pagamentos dos funcionários e de fornecedores contratados pela Engeterra e ou Engemold. Nossa obrigação legal é fiscalizar o andamento da obra, quanto ao cumprimento do cronograma de execução em consonância com o regramento estabelecido no contrato, conforme preconiza a legislação vigente”, disse.

 

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Lista de selecionados remanescentes para retirada de geladeiras do Programa Canoas Volta pra Casa é divulgada

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Lista de selecionados remanescentes para retirada de geladeiras do Programa Canoas Volta pra Casa é divulgada

Na segunda-feira, 2, foi divulgada pela Prefeitura de Canoas a relação dos selecionados remanescentes e que ainda não retiraram a geladeira do Programa Canoas Volta pra Casa. A listagem foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM).

Segundo o Escritório de Projetos, o eletrodoméstico pode ser retirado, em uma última oportunidade, nesta terça, 3, e na quarta-feira, 4, no horário das 9h às 16h, no depósito junto ao Senai (Rua Napoleão Laureano, 11, Centro).

Confira a listagem:

Canoas Volta Pra Casa – Listagem 02122024

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Eleitores canoenses podem votar na Consulta Popular – Reconstrução RS até sexta-feira, 6

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Eleitores canoenses podem votar na Consulta Popular – Reconstrução RS até sexta-feira, 6

Os eleitores de Canoas já podem votar nas prioridades regionais para a Consulta Popular – Reconstrução RS, que começou nesta segunda-feira, 2, e segue até as 23h59 de sexta-feira, 6. Essa é a última etapa do processo participativo, pelo qual são definidas prioridades regionais que serão incorporadas ao orçamento do Estado.

Além da internet e na Coordenadoria da Pessoa Idosa (Rua Clemente Pinto, 92, Nossa Senhora das Graças), os cidadãos poderão usar o WhatsApp, através do número (51) 3210-3260, para eleger as ações que consideram essenciais.

Como participar

Para participar da votação pelo site, é preciso acessar o portal da Consulta Popular, informar o título de eleitor e, então, escolher a ação que deseja ver implementada.

Caso não tenha em mãos o número do título, poderá obtê-lo por meio do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seguida, o cidadão será encaminhado à cédula de votação regional, que contém as ações.

Consinos

O Corede do Vale do Sinos (Consinos) terá R$ 2.042.857,14 para serem aplicados em projetos de desenvolvimento regional eleitos pela comunidade.

O Consinos é formado por 14 municípios do Vale do Sinos: Araricá, Campo Bom, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Ivoti, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapiranga e Sapucaia do Sul.

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Servidora canoense receberá homenagem póstuma no CAD Mathias Velho

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Servidora canoense receberá homenagem póstuma no CAD Mathias Velho

A Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública, prestará uma homenagem póstuma a servidora do Centro de Acesso a Direitos (CAD), Elisandra Jaqueline dos Passos. Falecida em agosto deste ano, Elisandra será lembrada com a instalação de uma placa que dará nome a uma das salas do CAD Mathias Velho.

Um ato está programado para o dia 3 de dezembro, na unidade onde ela trabalhava como agente de ação social ao longo de oito anos. A denominação da estrutura teve o aval da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e será chancelada por meio de decreto a ser assinado pelo prefeito Jairo Jorge. Responsável pela contratação da servidora à época, a Fundação La Salle se junta a homenagem.

Jaqueline dos Passos

Jaqueline dos Passos

Jaqueline dos Passos

Nascida no dia 27 de dezembro de 1973, Jaqueline dos Passos faleceu em decorrência de parada cardíaca, aos 50 anos, no período em que lutava contra um câncer no estômago.

Moradora do bairro Mathias Velho, ela era mãe de duas filhas. A profissional passou a integrar o quadro de colaboradoras da Segurança Pública de Canoas, como agente de ação social, a partir da Casa da Cidadania, em  2016.

A partir de contrato com a Fundação La Salle, Jaqueline permaneceu nos projetos do sistema integral de prevenção à violência de Canoas, passando pelo Centro de Prevenção às Violências e pelo Centro de Acesso a Direitos até o seu falecimento, em 22 de agosto de 2024.

Segundo relatos de colegas e amigos, Elisandra era engajada pelas causas sociais, amava atuar na prevenção às violências, em especial com adolescentes e jovens que o CAD atende. Ainda tinha uma atuação ímpar nas visitas domiciliares e nas buscas ativas, trabalho que executava com maestria.

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