Conecte-se conosco

header-top


 






 

14/06/2025
 

Saúde

Vacina contra meningite para adolescentes de 11 a 14 anos disponível no SUS

Redação

Publicado

em

Vacina contra meningite para adolescentes de 11 a 14 anos disponível no SUS

Um dos tipos mais grave de meningite e sua forma mais aguda, a meningococcemia, podem ser prevenidas com uma vacina disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 11 a 14 anos.

Chamada de Meningocócica ACWY, ela é feita em dose única e protege contra quatro tipos da bactéria que causa a doença. Em determinados casos, essa infecção pode chegar a uma letalidade de 70%.

Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, já foram registrados neste ano 22 casos e três mortes pela doença no Rio Grande do Sul (dados parciais já notificados até o dia 27 de agosto). Em 2023, foram 47 casos e oito óbitos.

A vacina meningocócica ACWY (Conjugada) foi originalmente implantada pelo Ministério da Saúde no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para adolescentes em 2020, na época para jovens de 11 e 12 anos. Em 2022, a faixa etária foi ampliada até os 14 anos.

A faixa etária de maior risco de adoecimento para a doença meningocócica é a de crianças menores de cinco anos de idade, especialmente menores de um ano. No entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela circulação da doença.

Eles são a faixa etária com maior número de casos assintomáticos, ou seja, são portadores da bactéria sem apresentar sintomas e que podem transmitir a outras pessoas, já que o meningococo pode persistir na nasofaringe por semanas ou até que a pessoa faça tratamento com o antibiótico indicado por um profissional de saúde.

Cobertura no RS

Os dados da vacinação com a meningocócica ACWY apontam no Rio Grande do Sul uma cobertura abaixo do preconizado, que seria de 80%. No ano passado, o índice ficou em 61,1%. Neste ano, com dados parciais ainda sujeitos a alterações, a cobertura está neste momento em 55,8%.

Doença meningocócica

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por microrganismos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas. De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave e dentre elas.

Nos casos em que é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo), leva o nome de doença meningocócica, que pode levar a uma inflamação da meninge (meningite meningocócica) e/ou a uma meningococcemia, quando atinge a corrente sanguínea gerando uma infecção generalizada.

Cinco tipos (sorogrupos) de meningococo causam a maioria dos casos de doenças meningocócicas: A, B, C, W e Y. O sorogrupo mais frequente no Brasil é o C, razão pela qual a vacina foi incluída em 2010 no calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Desde então o número de casos de todos os tipos de meningite caiu quase três vezes no país, e o de casos do tipo C caiu quase quatro vezes. O sorogrupo B é hoje o mais predominante entre crianças.

Em todas as faixas etárias é o segundo, atrás do C e à frente do W e do Y. O tipo A não acontece mais no Brasil.

Transmissão e sintomas

O meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias e da saliva, durante contato próximo ou demorado com o portador, especialmente entre pessoas que vivem na mesma casa.

Essa bactéria não é tão contagiosa como o vírus da gripe, por exemplo, e não há transmissão por contato casual ou breve, ou simplesmente por respirar o ar onde uma pessoa com a doença tenha estado.

Já os ambientes com aglomeração de pessoas oferecem maior risco de transmissão e contribuem para desencadear surtos.

A evolução da doença meningocócica é rápida, com o surgimento abrupto de sintomas como febre alta e repentina, intensa dor de cabeça, rigidez do pescoço, vômitos e, em alguns casos, sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental.

A disseminação do meningococo pelos vasos sanguíneos pode produzir manchas vermelhas na pele (petéquias, equimoses) e até necroses que podem levar à amputação do membro acometido.

O risco de morte pela doença é alto: 10% a 20%, podendo chegar a 70%, se a infecção for generalizada (meningococcemia). Entre os sobreviventes, cerca de 10% a 20% ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos, membros amputados.

O tratamento é feito com antibióticos e outras medidas de preservação do equilíbrio do organismo, em Unidade de Terapia Intensiva isolada.

Prevenção

A melhor forma de se prevenir contra a meningite é mantendo a caderneta de vacina em dia. Além da vacina meningocócica ACWY, há outras que também protegem contra diversos tipos de meningites.

Sendo uma doença grave e contagiosa, a meningite é capaz de provocar sequelas e até mesmo a morte. A vacinação é a forma mais eficaz de evitar infecção. Sete vacinas são recomendadas e estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

– BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa. Esquema vacinal: dose única (ao nascer);

– Penta: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite e contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.  Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade e 3ª dose aos 6 meses de idade;

– Pneumocócica 10-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade;

– Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Esquema vacinal: 1ª dose aos 3 meses de idade; 2ª dose aos 5 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade;

– Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y. Esquema vacinal: uma dose em adolescentes de 11 e 14 de idade, a depender a situação vacinal.

Vacinas contra meningite para grupos especiais:

– Pneumocócica 23-valente (povos indígenas): uma dose na população indígena a partir de cinco anos de idade sem comprovação vacinal com as vacinas pneumocócicas conjugadas.

Administrar a segunda dose, respeitando o intervalo mínimo de cinco anos após a primeira dose.

– Pneumocócica 23-valente (pessoas de 60 anos e mais em condições especiais): uma dose a partir de 60 anos de idade para idosos não vacinados que vivem acamados e/ou institucionalizados (como casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos e casas de repouso).

Administrar a segunda dose, respeitando o intervalo mínimo de cinco anos após a primeira dose.

– Pneumocócica 13-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.

Essa vacina é disponibilizada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para os seguintes grupos especiais: indivíduos ≥ 5 anos de idade, incluindo adultos nas condições de HIV/Aids, paciente oncológico, transplantados de órgãos sólidos e transplantados de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea).

 

Saúde

Superlotada, Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas atende exclusivamente casos de risco de morte

Redação

Publicado

em

Superlotada, Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas atende exclusivamente casos de risco de morte
A Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre tem enfrentado superlotações frequentes. Nos últimos 30 dias, apenas durante um turno, o número de pacientes não ultrapassou a lotação da área.
Nesta semana, além do grande número de crianças, os casos foram se tornando mais graves, exigindo ainda mais das equipes. Com isso, nesta quarta-feira, 11, a instituição, em acordo com a prefeitura municipal, precisou restringir os atendimentos. Enquanto o cenário se mantiver, apenas casos novos trazidos pelo SAMU ou de risco de morte serão admitidos.

De acordo com a instituição, na tarde de hoje, 35 crianças com situações de alta complexidade – incluindo intubação – estão sendo atendidas nas 14 vagas existentes, enquanto outras 15 crianças aguardam assistência. Estão sendo usados no limite máximo todos os recursos materiais e humanos disponíveis. Enquanto a situação se mantiver, pacientes sem gravidade serão redirecionados a outros pontos da rede.

Continuar a ler

Saúde

Conferência de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora começa no dia 13 de junho

Redação

Publicado

em

Conferência de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora começa no dia 13 de junho

A 4ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT) será realizada nos dias 13, 14 e 15 de junho, no Hotel Embaixador, localizado no Centro Histórico de Porto Alegre. As sete macrorregiões de saúde do Rio Grande do Sul estarão representadas. Estima-se que 600 pessoas delegadas de 151 municípios participarão da conferência.

A abertura do evento será às 9 horas do dia 13/06, com a presença de gestores, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram cadastradas 1.692 propostas prioritárias provenientes da realização das etapas municipais e regionais, que foram sistematizadas pela Comissão de Relatoria, resultando em um caderno com 96 propostas que serão apreciadas pelas pessoas delegadas nos grupos de trabalho da conferência.

As delegações municipais foram analisadas e homologadas pela Secretaria Geral da Conferência, garantindo a paridade na sua composição: 50% de pessoas do segmento usuário, 25% do segmento trabalhadores e 25% do segmento gestores. Foram homologadas delegações de 151 municípios.

Serão eleitas na 4ª CESTT doze propostas prioritárias, três por eixo temático, para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que acontecerá em Brasília entre os dias 18 a 21 de agosto, bem como 64 pessoas delegadas que representarão o estado do Rio Grande do Sul no evento.

A conferência discutirá três eixos: “Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”, “As Novas Relações de Trabalho e a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora” e “Participação Popular na Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras para o Controle Social”.

Desde que a conferência foi lançada, em novembro de 2024, ocorreram as etapas municipais e regionais e uma conferência livre. Estas enviaram as propostas a serem discutidas na Conferência Estadual. As propostas aprovadas na 4ª CESTT serão envidas para a etapa nacional, a ser realizada em Brasília, de 18 a 21 de agosto de 2025.

Promovida pelo Conselho Estadual da Saúde (CES) e pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a conferência tem como objetivo debater, propor, deliberar e aprovar propostas para atualizar e fortalecer as estratégias a serem observadas pelas esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) na atualização das políticas estadual e nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora.

Confira:

Programação

Dia 13/06/2025 (sexta-feira) – Plenária de Abertura

Local: Hotel Embaixador (R. Jerônimo Coelho, 354- Centro Histórico – POA/RS)

8h30min-12h – Credenciamento

8h30min – 11h – Credenciamento pessoa delegada titular

11h – 12h – Credenciamento pessoa delegada suplente

10h – Mesa de abertura

– Inara Ruas – Presidente da 4ª Conferência Estadual de Saúde do

Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT)

– Alfredo Gonçalves – Coordenador Geral da 4ª Conferência Estadual de

Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT)

– Representante da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS)

– Agnes Soares da Silva – Diretora do Departamento de Vigilância em

Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde (DVSAT/MS)

– Maria Celeste de Souza da Silva – Superintendente Estadual do

Ministério da Saúde no Rio Grande do Sul (SEMS/RS)

– Heliana Neves Hemetério – Conselheira Nacional de Saúde (CNS)

11h – Atividade cultural

12 – 13h30min – Intervalo

13h30min – Mesa de Debates: “Conversando e Construindo a Saúde do

Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”

− Luiz Alfredo Scienza – Auditor-Fiscal do Trabalho na área de segurança

e saúde do trabalhador da Superintedência Regional do Trabalho e

Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS)

− Valdete Souto Severo – Juíza do Trabalho do Tribunal Regional do

Trabalho da 4ª Região (TRT4)

− Heliana Neves Hemetério – Conselheira Nacional de Saúde

representante da Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras

Feministas – Candaces (CNS)

Mediação: Luciane Antes

17H – Encerramento

 

Dia 14/05/2025 (sábado) – Grupos de Trabalho

GTs 1 a 5 no Hotel Embaixador (R. Jerônimo Coelho, 354) –

GTs 6 a 20 no Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot (R. José

Honorato dos Santos,101)

9h – 12h – Grupos de Trabalho (GTs)

12h – 13h30min – Intervalo

13h30min – 15h – Grupos de Trabalho (GTs)

16h – Eleição da delegação para a 5ª CNSTT

Local: Hotel Embaixador (R. Jerônimo Coelho, 354)

18h – Encerramento

Dia 15/06/2025 (domingo) – Plenária Final

Local: Hotel Embaixador Rua Jerônimo Coelho, 354

9h – Deliberação do resultado dos GTs

9h30min – Início da votação das propostas prioritárias para a 5ª CNSTT

9h45min – Leitura e aprovação das moções

10h15min – Homologação da delegação eleita para a 5ª CNSTT

11h – Apresentação das propostas prioritárias eleitas para a 5ª CNSTT

11h15min – Encerramento

 

Continuar a ler

Saúde

Futuro da Fundação Municipal de Saúde de Canoas é debatido na Câmara com manifestação do lado de fora

Redação

Publicado

em

Futuro da Fundação Municipal de Saúde de Canoas é debatido na Câmara com manifestação do lado de fora

A Câmara Municipal de Canoas realizou, na terça-feira 10, um Grande Expediente com foco na situação da Fundação Municipal de Saúde (FMSC). O espaço foi solicitado pelo vereador Emílio Neto (PT), com o objetivo de esclarecer informações relacionadas à possível extinção da entidade, responsável pela atenção básica de saúde no município.

Ao justificar o pedido, o vereador Emílio afirmou que a primeira reunião entre o secretário Fernando Bermúdez e a direção da Fundação teria gerado preocupação.

“Ele externou o seu desejo de extinção da Fundação. Depois disso, veio a confirmação de um estudo de viabilidade e os rumores se espalharam”, disse.

Emílio também mencionou a fala do prefeito, negando a intenção de encerramento, mas reforçou a necessidade de esclarecimentos públicos.

“Mesmo com o vídeo do prefeito dizendo que são boatos, eu ainda acho importante essa reafirmação aqui na Casa do Povo.”

Durante o debate, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcelo Matias, defendeu a continuidade da FMSC.

“Esses profissionais representam a base da saúde pública da cidade. A Fundação consolidou vínculos com a comunidade e garantiu estabilidade no atendimento”, afirmou.

Segundo ele, o modelo atual permite que os trabalhadores desempenhem suas funções com segurança, o que impacta diretamente na qualidade da assistência.

“Não houve movimento dos médicos da Fundação por instabilidade. Houve, sim, tranquilidade para trabalhar.” Matias também alertou sobre os riscos de uma possível transição para vínculos mais frágeis.

“A substituição por contratos temporários pode romper o elo entre profissionais e comunidade. A Fundação é reconhecida por manter esse vínculo”, disse.

Ele encerrou destacando que, ao defender a Fundação, não se trata de um debate corporativista, mas sim de um posicionamento em defesa da saúde pública. “Defender os trabalhadores da Fundação é defender cada cidadão que precisa desse cuidado.”

Em nome do Executivo, o secretário de Relações Institucionais, Rossano Gonçalves, afirmou que “não há, e nunca houve, por parte do Executivo, a intenção de extinguir ou estudar a extinção da Fundação”.

Segundo ele, qualquer fala que tenha sugerido o contrário não foi autorizada pela gestão. Rossano informou que o contrato com a FMSC foi prorrogado por dois meses, conforme previsto em lei, e que está em trâmite um novo processo de contratação. O secretário também anunciou a criação de uma comissão com representantes da área da saúde para discutir o futuro da entidade.

“Essa portaria será publicada na segunda-feira. A reestruturação não será apenas da Fundação, mas de todo o sistema municipal de saúde. E não haverá decisão de cima para baixo”, declarou. Ao final, reafirmou que a Fundação continuará atuando e que o processo será conduzido com participação dos trabalhadores e das entidades representativas.

Representando os servidores da FMSC, o técnico Sérgio Willian Prinstrop disse que a forma como o tema foi conduzido gerou insegurança entre os profissionais.

“Não se trata de boato, desde a semana passada os fatos foram se confirmando. Conhecemos os trâmites administrativos, não nos mobilizaríamos à toa”, afirmou.

Segundo ele, a ausência de um novo contrato de longo prazo e a decisão por apenas um aditivo contratual de dois meses reforçaram a preocupação da categoria. Sérgio também questionou o fato de o secretário de Saúde acumular a presidência da Fundação.

“A Fundação é ordenada pela Secretaria. Se o mesmo gestor ordena e executa, onde está a autonomia administrativa?”, disse.

Ele ainda mencionou que a entidade nunca teve apontamentos por órgãos de controle e que o foco de eventuais reestruturações deveria estar nos níveis secundário e terciário da saúde.

“A atenção básica é a única área que não tem histórico de crise no município. Se é o único setor que funciona, por que mexer?”

Continuar a ler
publicidade
Graduação Lasalle

Destaques