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08/06/2025
 

Economia

Três em cada dez negócios em áreas que foram inundadas em maio seguem operando menos que o normal

Redação

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Cerca de três em cada dez estabelecimentos localizados em áreas que foram inundadas seguem operando em níveis abaixo da normalidade em todo o Rio Grande do Sul.

O dado foi divulgado na sexta edição do Boletim Econômico-Tributário da Receita Estadual, publicada na sexta-feira, 28. O documento traz os impactos das enchentes nas movimentações econômicas dos contribuintes do ICMS do Rio Grande do Sul.

Conforme o levantamento, o nível de atividade dos estabelecimentos é parecido entre os que integram o chamado Regime Geral, de maior porte, e os do Simples Nacional, composto por micro e pequenas empresas.

Dos 3.307 estabelecimentos do Regime Geral localizados nas áreas que foram inundadas, 650 (20%) apresentaram nível de atividade baixo no período entre 19 e 26 de junho. Ou seja, o volume de vendas foi inferior a 30% da média normal registrada antes das enchentes.

Outros 7% operaram com nível médio (entre 30% e 70% do normal) e 73% estiveram com oscilações dentro da normalidade (nível de atividade a partir de 70% do habitual). O índice de normalidade vem mostrando evolução a cada semana, desde o período entre 8 e 14 de maio, quando foi de apenas 32%.

No caso do Simples Nacional, dos 5.107 estabelecimentos em áreas que foram inundadas, 1.219 (24%) estão operando atualmente com nível baixo, 3% em nível médio e 73% dentro da normalidade.

A evolução semanal também demonstra aumento dos estabelecimentos com níveis considerados normais. No período mais crítico da crise, o percentual foi de apenas 36%.

Os dados são corroborados pela análise do valor das operações de empresas localizadas nas regiões inundadas. As vendas a consumidores finais registraram baixa de 26% e as vendas entre empresas caíram 27% na comparação da média dos últimos sete dias com o período anterior às enchentes.

No pior momento da crise, esses índices chegaram a ser de -83% e -79%, respectivamente.

O número de empresas que emitiram notas fiscais nas áreas inundadas também caiu, considerando o mesmo período comparativo: a quantidade de empresas vendendo a consumidor final baixou 35% e a quantidade de empresas emitindo notas para outras empresas caiu 16%.

Vendas da indústria por setor e região

O volume de vendas das indústrias do Rio Grande do Sul mostra impacto maior nos setores de tabacos (-16,0%), metalmecânico (-14,7%) e insumos agropecuários (-10,9%). A variação é relativa ao período de 29 de maio a 25 de junho de 2024 frente ao mesmo período de 2023.

Na visão por região do Estado, as maiores baixas são verificadas na Fronteira Noroeste (-44,3%), no Vale do Caí (-16,2%), no Alto Jacuí (-12,9%), no Sul (-7,5%) e no Vale do Rio Pardo (-7,0%). Os dados apresentados refletem não somente os impactos das enchentes, mas também outros fatores econômicos e sazonais.

Detalhes por setor

A sexta edição do boletim também aprofunda os dados relativos a dois setores da economia gaúcha: móveis e eletroeletrônicos.

  • Dos 10,7 mil estabelecimentos do setor de móveis contribuintes do ICMS existentes no Rio Grande do Sul, 91% estão em municípios afetados (48% em calamidade e 43% em emergência). Eles respondem por 96% da arrecadação do setor. Destes, 14% estão em áreas que foram inundadas – representando 13% da arrecadação setorial.
  • Dos 2,3 mil estabelecimentos do setor de eletroeletrônicos no Rio Grande do Sul, 92% estão em municípios afetados (56% em calamidade e 36% em emergência). Eles respondem por 96% da arrecadação do setor. Destes, 20% estão em áreas que foram inundadas – representando 28% da arrecadação setorial.

Arrecadação de ICMS

Outro destaque do Boletim é o impacto gerado na arrecadação do ICMS entre 1º de maio e 25 de junho. O valor projetado antes das enchentes para o período era de R$ 7,62 bilhões. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 5,93 bilhões, ou seja, uma redução de R$ 1,69 bilhão (-22,2%).

As perdas de arrecadação têm sido uma preocupação tanto do Estado quanto das prefeituras. Em reunião da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, na quinta-feira, 27, a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, destacou que o tema da recomposição das receitas já era relevante mesmo antes das cheias.

Ela afirmou que é preciso apoio para que os gestores possam suportar as novas despesas, tendo em vista que os recursos do não-pagamento da dívida precisam ser revertidos para investimentos em reconstrução.  “Já vínhamos de um cenário de busca de alternativas para recomposição das receitas tributárias e, agora, temos um desafio que será ampliado por muito tempo nas despesas correntes.”

Sobre o boletim

O Boletim Econômico-Tributário da Receita Estadual avalia os impactos das enchentes no comportamento da economia gaúcha, com análises como a crise meteorológica pode impactar no equilíbrio fiscal e o que está sendo feito para mitigar os efeitos no Estado.

Inicialmente, o documento é publicado com periodicidade semanal nos canais da Secretaria da Fazenda. As duas primeiras edições do boletim também tiveram colaboração da Receita Federal para obtenção dos dados relacionados às Notas Fiscais eletrônicas (NF-e).

A publicação apresenta dados que revelam os impactos das enchentes na realidade das empresas, na atividade econômica, nos setores econômicos e na arrecadação do ICMS, principal imposto estadual.

Além disso, constam também as medidas que estão sendo implementadas pela administração tributária gaúcha para mitigar os efeitos para os contribuintes e para a sociedade como um todo. O objetivo é ampliar a transparência e apoiar o processo de tomada de decisão para o enfrentamento da crise meteorológica.

Economia

Pix Automático chega dia 16 de junho; entenda como será

Redação

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Pix Automático chega dia 16 de junho; entenda como será
Um dos meios de pagamento mais usados no país, o Pix segue em processo contínuo de aperfeiçoamento pelo Banco Central (BC) para que seus usuários tenham uma experiência cada vez mais eficiente, cômoda e segura. A próxima grande inovação do Pix já tem nome e data para entrar em funcionamento: trata-se do Pix Automático, que estará disponível a partir de 16 de junho.
O anúncio oficial acontece nesta quarta-feira, 4, durante o Conexão Pix, em São Paulo. Estarão presentes o Presidente do BC, Gabriel Galípolo; o Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Gomes; o Diretor de Regulação do BC, Gilneu Vivan; a Diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Izabela Correa; e o Diretor de Administração do BC, Rodrigo Teixeira.
O evento também contará com a presença de representantes de empresas recebedoras, prestadores de serviços de pagamento e de iniciação, e desenvolvedores de soluções para o ecossistema do Pix.
Facilidade para quem paga 
O Pix Automático vai facilitar a vida dos usuários quando o assunto for pagamento de contas recorrentes, como as de energia, água, telefone, mensalidades escolares e de academias, serviços de streaming. Para isso, bastará autorizar o pagamento da conta pelo Pix Automático uma única vez, e os débitos serão quitados de forma automática na data programada  – bom para quem paga e para quem recebe.
“O Pix Automático será inovador, prático, fácil de ser usado tanto por quem vai pagar quanto por quem vai receber, barato e inclusivo. No dia combinado, o pagamento acontecerá normalmente pelo Pix, sem que o pagador precise se preocupar. Será bom para todos”, destaca Breno Lobo, Chefe Adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC.
As autorizações poderão ser canceladas a qualquer momento pelo pagador. Será possível definir um valor máximo para cada cobrança (impedindo débitos de valor superior ao estipulado), escolher receber ou não as notificações de agendamento dos pagamentos, verificar o histórico de autorizações e gerenciar o limite exclusivo para transações via Pix Automático (pagamentos feitos por Pix Automático não afetam o limite Pix disponível para outras transações).

Além disso, haverá uma seção dedicada ao Pix Automático na área do Pix no aplicativo de todos os bancos, em que será possível ver todos os agendamentos referentes à modalidade, permitindo melhor controle e melhor gestão do fluxo de caixa pelos cidadãos, inclusive com a possibilidade de cancelar os agendamentos a qualquer momento.

Benefícios para quem recebe 

Para quem receberá o Pix, também há uma série de vantagens. Há, por exemplo, a possibilidade de aumento da base de clientes que são usuários do Pix (que hoje já são mais de 160 milhões), diversificação de formas de pagamento (poderá ser usado por clientes que não usam cartão ou boleto) e potencial para redução da inadimplência (uma vez que a cobrança será automática).
A ampla oferta do serviço, inclusive por instituições iniciadoras de pagamentos, deve aumentar o poder de negociação de quem recebe. É esperado um menor custo operacional, pois será preciso contratar uma única instituição participante do sistema para oferecer o serviço. Além disso, será utilizada a moderna infraestrutura do Pix, que gera ganhos de eficiência para o processo de cobrança das empresas.

Segurança 

A segurança é um dos princípios fundamentais do Pix. O BC trabalha continuamente para garantir que o Pix e suas funcionalidades, incluindo o Pix Automático, mantenham elevado padrão de segurança.
Em casos de cobranças indevidas no Pix Automático, o ressarcimento deverá ser solicitado via Mecanismo Especial de Devolução (MED). Assista a esse vídeo do BC te Explica e saiba mais sobre o assunto. No caso do Pix Automático, a devolução será obrigatória para o banco do cidadão nos casos em que houver qualquer erro do banco na gestão da autorização concedida.
Nos casos de fraude ou golpe, continuam valendo as regras do MED: os dois bancos envolvidos na transação precisam fazer a avaliação do caso; e a devolução dos recursos só ocorre se houver concordância sobre a fraude e disponibilidade de saldo na conta do recebedor.
Além disso, apenas empresas idôneas e com CNPJ ativo há pelo menos seis meses poderão ofertar o Pix Automático como forma de pagamento.

Gratuidade 

O Pix Automático não terá tarifa para os pagadores, mas empresas recebedoras poderão ser tarifadas (para informações sobre valores, o prestador de serviços de pagamento deve ser consultado).

Na prática 

O Pix Automático oferece diferentes formas pelas quais o pagador poderá autorizar os pagamentos recorrentes, para que o recebedor escolha aquela mais adequada ao seu modelo de negócio.
Uma delas será via notificação pelo celular: o pagador escolhe o Pix Automático como meio de pagamento, e o prestador de serviços de pagamento do recebedor envia uma notificação ao aplicativo do banco do pagador, informando que há uma nova autorização pendente. O pagador confere os dados, como valores, identificação do recebedor, periodicidade e data do débito, e em seguida confirma a autorização do Pix Automático.
Outra opção é por meio do site do recebedor: nele, o usuário escolhe pagar com o Pix Automático; seleciona o banco; confere os dados do pagamento, e é automaticamente direcionado para o aplicativo da sua conta para confirmar a autorização.
A autorização do Pix Automático também pode ser concedida, combinada ou não a um pagamento, por meio da leitura de um QR Code ou de um Pix Copia e Cola.  É o caso das empresas que geram uma fatura para pagamento ou daquelas que exigem um pagamento imediato para a liberação de um serviço, que poderão oferecer o Pix Automático a seus clientes no mesmo QR Code do Pix usado para o pagamento da fatura ou do serviço.

Open Finance 

Os recebedores também podem optar por oferecer o Pix Automático por meio da infraestrutura do Open Finance, plataforma que permite a integração de serviços entre diferentes bancos e demais instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Nesse caso, o recebedor deve contratar uma instituição que presta o serviço de iniciação de pagamentos.
Para o pagador, tudo acontece de forma automática, bastando seguir a jornada de autorização indicada pela empresa.
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Economia

Receita extra do Refaz Reconstrução auxilia na recuperação do ICMS até abril

Redação

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Receita extra do Refaz Reconstrução auxilia na recuperação do ICMS até abril

Abril teve uma arrecadação recorde para o mês em função do maior programa de regularização de dívidas de ICMS já realizado no Estado. Com o Refaz Reconstrução, uma das ações do Plano Rio Grande, a Receita Tributária Líquida apresentou crescimento de R$ 1,5 bilhão nos quatro primeiros meses do ano quando comparada ao mesmo período do ano passado.

Porém se descontados os efeitos do Refaz Reconstrução, a arrecadação de ICMS não apresentou variações reais em relação ao ano passado, indicando relativa estabilidade após a recuperação mais forte ocorrida no pós-enchente. Os números indicam também que as perdas causadas pela Lei Complementar (LC) 194/2022 nas alíquotas de combustíveis, comunicações e energia elétrica ainda não foram totalmente recuperadas.

As informações foram divulgadas durante a apresentação do Relatório de Transparência Fiscal (RTF), realizada na sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), em Porto Alegre. A condução ficou a cargo da titular da pasta, Pricilla Santana, e do chefe da Divisão de Informação e Normatização Contábil da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), Guilherme Lentz.

A arrecadação extraordinária do ICMS e a suspensão dos pagamentos da dívida com a União, aliados a outros fatores – como a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e o controle das despesas – foram essenciais para o encerramento de mais um quadrimestre com resultados positivos nas contas públicas. O resultado orçamentário dos primeiros quatro meses de 2025 foi um superávit de R$ 4,8 bilhões (R$ 1,3 bilhão superior ao mesmo período do ano passado), como efeito do Refaz Reconstrução.

O resultado primário, indicador que demonstra a capacidade do Estado em pagar a dívida, fechou o quadrimestre positivo em R$ 1,7 bilhão. A Receita Corrente Líquida (RCL) apresentou crescimento de R$ 3,1 bilhões. O incremento na RCL permitiu que o comprometimento da despesa com pessoal do Poder Executivo encerrasse o quadrimestre em 43,55%, abaixo do limite prudencial (46,55%).

O saldo da dívida consolidada cresceu R$ 9,4 bilhões. O crescimento que já ocorria devido ao escalonamento das parcelas possibilitado pelo RRF manteve-se, a partir de junho, com a entrada em vigor da LC 206/2024. A lei postergou o pagamento da dívida por 36 meses e determinou a substituição da CAM (coeficiente de correção monetária) pelo IPCA para a atualização do saldo, além de determinar juro zerado nesse período.

Ao fim do prazo previsto, pela regra atual, a atualização do saldo devedor voltará a ser realizada por meio da CAM nas condições atuais. A dívida com a União está em R$ 103,1 bilhões, um acréscimo de R$ 7,4 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado.

No enfrentamento de questões fiscais históricas, a dívida do Caixa Único, que já foi de quase R$ 10 bilhões em 2019, também vem caindo ao longo dos últimos anos. Foi zerada ao final de 2024, o que se manteve no final de abril de 2025.

Destaca-se também o ingresso de R$ 530 milhões da operação de crédito vinculada ao pagamento de precatórios (Pró-Sustentabilidade), captada no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Nos primeiros meses de 2025, foram pagos quase R$ 1 bilhão de precatórios.

“Os dados mostram que o Estado segue com compromissos relevantes na despesa e que a receita tem limitações para sua expansão, sendo reforçada quando há eventos extraordinários – como no caso das privatizações e, agora, pelo Refaz. Quando excluímos esses fatores, percebemos que a arrecadação não recuperou os números de 2021”, avalia Pricilla. “Nesse cenário, o não pagamento da dívida com a União por 36 meses tem sido fundamental para garantir fôlego ao Estado na reconstrução.”

A despesa do Estado apresentou aumento de 7%, com destaque para o crescimento de 14% em Pessoal e Encargos e de 12% em Outras Despesas Correntes, compensados pela diminuição de 93% nos gastos com o serviço da dívida.

A despesa de pessoal deste primeiro quadrimestre, que representa aproximadamente 71% da despesa do Estado, apresentou variação de 14% (R$ 1,5 bilhão) quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa variação decorre do aumento de pagamentos a ativos e inativos com origem, principalmente, na reestruturação de carreiras do funcionalismo estadual, aprovada em 2024 e com vigência a partir de janeiro de 2025. Além disso, a despesa com pessoal foi impactada pelo pagamento recorde de precatórios, já que a maioria deles se refere a despesas de pessoal.

Analisando as despesas do Estado por função, o peso dos gastos previdenciários fica em evidência, alcançando 34% da despesa total efetiva, valores superiores aos gastos nas principais funções (saúde, educação e segurança). Na sequência, os maiores gastos são com as funções saúde (17%), segurança (12%) e educação (12%).

Esses percentuais não guardam relação direta com a aplicação dos preceitos constitucionais de aplicação obrigatória de recursos em educação (25%) e saúde (12%), cujos cômputos baseiam-se na comparação de gastos nestas áreas com rubricas específicas de Receitas.

Os percentuais de aplicação mínima são verificados ao final de cada ano – porém, no quadrimestre, já foram aplicados 26,29% em educação e 10,12% em saúde, considerando a Receita Líquida de Impostos e Transferências acumulada de janeiro a abril.

No primeiro quadrimestre de 2025, o montante de R$ 1,3 bilhão que seria destinado ao pagamento da dívida com a União foi transferido ao Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), em razão da LC 206/2024. Desde junho de 2024 já foram destinados R$ 3,2 bilhões ao fundo. Esses valores estão sendo utilizados nas medidas de enfrentamento dos danos causados pelas enchentes do ano passado.

No capítulo sobre projeções, o RTF destaca que, baseadas no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2026 (PLDO 2026), recentemente entregue à Assembleia, o cenário evidencia déficits primários até 2027. Essa projeção decorre do alto montante de execução de despesas primárias com recursos destinados ao Funrigs e pelo pagamento de precatórios com recursos de operações de crédito.

Em 2025, é esperado resultado orçamentário superavitário principalmente pelo ingresso de novas receitas de operações de crédito destinadas à quitação de precatórios. Nos anos seguintes, são esperados déficits orçamentários significativos, pelo crescimento das despesas em ritmo mais acelerado do que o crescimento esperado das receitas, especialmente com o aumento gradual do serviço da dívida com a União.

Refaz Reconstrução garantirá ganhos de arrecadação no futuro

Além dos valores que já ingressaram no caixa do Estado devido a pagamentos à vista, o Refaz Reconstrução, viabilizado pela Receita Estadual e Procuradoria-geral do Estado (PGE), seguirá tendo repercussão na arrecadação do RS em função da opção de parte dos contribuintes pelo parcelamento das dívidas.

O acréscimo de receita que o Rio Grande do Sul terá até 2038 chega a R$ 3,5 bilhões, segundo estimativas da assessoria econômica da Sefaz. E, até o final da reforma, daqui a 50 anos, alcançará R$ 11,4 bilhões em valores de 2025.

Isso ocorrerá porque, pela regra de transição da reforma tributária, parte do bolo arrecadado com o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) seguirá sendo distribuído nas próximas décadas de acordo com a arrecadação média de ICMS e Imposto Sobre Serviços (ISS) obtida pelos Estados e municípios entre 2019 e 2026.

Na prática, portanto, os R$ 2,4 bilhões a mais pagos pelos gaúchos em 2025 e 2026, ampliará a receita média do Rio Grande do Sul em R$ 500 milhões anuais – ou 0,05% sobre o total do IBS sujeito à essa regra especial de rateio.

“A arrecadação atual e os ganhos que cada Estado tem hoje contam para o futuro cálculo. Por isso, sempre dissemos que o Rio Grande do Sul precisa ampliar sua participação nesse bolo nacional do IBS, como já vem ocorrendo em muitos Estados”, ressalta Pricilla.

Sobre o Relatório de Transparência Fiscal

O RTF visa ampliar a transparência na gestão financeira. Tem origem no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) e no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do primeiro quadrimestre de 2025, elaborados pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e publicados no Diário Oficial do Estado em 30 de maio, além de contar com dados da Receita Estadual e do Tesouro do Estado.

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Economia

Porto Alegre terá gasolina a R$ 3,99 no Dia da Liberdade de Impostos

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Porto Alegre terá gasolina a R$ 3,99 no Dia da Liberdade de Impostos

Na quinta-feira, 5, dois postos de combustíveis de Porto Alegre estarão com o litro da gasolina a R$ 3,99 para marcar o Dia da Liberdade de Impostos.

Nesta  17ª edição do evento, serão distribuídos 5 mil litros de gasolina sem impostos, com limite de 10 litros por automóvel, no Posto Self-Service Cristóvão Colombo (Av. Cristóvão Colombo, 128, bairro Floresta) e no Posto Self-Service Ipiranga (Av. Ipiranga, 8.901, bairro Partenon). O abastecimento será liberado com a apresentação de fichas, distribuídas gratuitamente nos dois postos participantes.

Cada posto contará com 500 fichas para serem distribuídas por ordem de chegada, o que permitirá o abastecimento de mil veículos. A atividade começa às 8h.

A ação é nacional e marca o momento em que o brasileiro, simbolicamente, começa a usar o seu dinheiro para si, depois de quase metade do ano ter passado para que fossem pagos exclusivamente os impostos. O objetivo da data é conscientizar a população sobre o peso da carga tributária no Brasil. Na capital gaúcha, a ação será coordenada por Instituto Atlantos, Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Instituto Liberdade, Rotary Club, Students for Liberty e Postos Self-Service.

“Temos orgulho de sermos pioneiros no Rio Grande do Sul em ações como ‘chope, xis e sorvete sem imposto’, sempre com o objetivo de despertar a consciência do cidadão sobre a elevada carga tributária que incide sobre o consumo”, afirma o presidente do Instituto Atlantos, Vinicius Bubols. “Convidamos toda a população a participar e refletir sobre os efeitos da tributação no nosso dia a dia.”

“O Dia da Liberdade de Impostos é uma ação essencial para tornar visível aquilo que, no dia a dia, passa despercebido: a enorme carga tributária que recai sobre o consumo. Ao mostrar, de forma concreta, o impacto dos impostos no preço da gasolina, convidamos a sociedade a refletir sobre a relação entre o que pagamos e o que recebemos do Estado. É um movimento de conscientização que reforça nosso compromisso com a liberdade econômica e a responsabilidade fiscal”, explica a diretora de Comunicação do IEE, Milena Waitikoski da Silva Pedroso.

No Rio Grande do Sul, o preço médio da gasolina é de R$ 6,17. Os impostos federais respondem por 11,4% desse valor (R$ 0,70) e o estadual (ICMS), por 23,8% (R$ 1,47), de acordo com dados da Petrobras.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em 2025 o brasileiro destinará cerca de 40,82% de sua renda ao pagamento de impostos, taxas e contribuições. Ainda assim, o país ocupa a última posição no Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), que avalia a qualidade dos serviços públicos prestados em comparação à arrecadação. Na gasolina, a carga tributária é de 35,2%, conforme dados divulgados pela Petrobras.

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