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17/10/2024
 

Policial

OPERAÇÃO CAPA DURA: Ex-servidora da Secretaria de Educação de Porto Alegre diz que foi orientada a mudar versão

Redação

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OPERAÇÃO CAPA DURA: Ex-servidora da Secretaria de Educação de Porto Alegre diz que foi orientada a mudar versão - Imagem captura

Segundo informações fornecidas pelo Grupo de Investigações da RBS (GDI) nesta terça-feira, 20, Mabel Luiza Leal Vieira, anteriormente assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre, detida sob suspeita de participação em um esquema de corrupção relacionado à compra de materiais escolares, disse em seu depoimento à polícia que a fraude foi coordenada por Alexandre Borck, então secretário de Modernização e Gestão de Projetos.

Conforme a matéria da RBS, em junho de 2023, reportagens revelaram que materiais didáticos estavam armazenados em um depósito da secretaria, assim como em escolas, com Chromebooks e milhares de livros em condições inadequadas e sem uso. Estima-se que a aquisição desses materiais, supostamente direcionada para o mesmo grupo econômico, tenha custado quase R$ 100 milhões.

Os advogados de defesa de Borck argumentaram que “não há qualquer elemento nas investigações que incrimine de forma alguma o cliente” e que “as declarações da servidora são contraditórias e as acusações são infundadas”.

Segundo o relato de Vieira à polícia, Borck teria distribuído pendrives contendo atas de registro de preço para serem utilizadas pela Smed na compra dos materiais, indicando assim o suposto favorecimento em compras.

Áudios gravados

Em outubro do ano anterior, áudios gravados por Vieira foram divulgados durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores, nos quais ela descrevia como Borck teria distribuído os pendrives com dados previamente preparados para serem inseridos no sistema de licitações, já especificando a empresa da qual os materiais escolares seriam adquiridos.

Duas semanas após a divulgação dos áudios, Vieira gravou um vídeo contradizendo as gravações. Quando questionada pela polícia sobre essa controvérsia, ela alegou que o que havia narrado nos áudios era verdadeiro, e que gravou o vídeo seguindo orientações da ex-secretária municipal de Educação, Sônia da Rosa, também detida sob suspeita de envolvimento no esquema.

Ainda segundo o texto, os advogados de defesa de Sônia informaram que só irão se manifestar nos autos do processo.

Relembre o caso

A Operação Capa Dura, realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira, 23, resultou na prisão temporária de quatro indivíduos. Embora as autoridades não tenham divulgado os nomes, a reportagem da GZH noticiou nesta manhã que uma das detidas é a ex-secretária municipal da Educação de Canoas, Sônia da Rosa, que teve cargo assumido no município no início do último mandato de Jairo Jorge, tendo saído meses depois para assumir titularidade na Smed.

Duas outras servidoras públicas que desempenharam papéis de destaque na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) entre 2022 e 2023 também foram detidas: Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen.

Mabel ocupava o cargo de assessora técnica no gabinete de Sônia, enquanto Michele desempenhava a função de coordenadora pedagógica na Smed. As três deixaram seus cargos em junho de 2023, após investigações do Grupo de Investigação da RBS (GDI) exporem compras de livros com suspeitas de favorecimento a um mesmo grupo econômico, além do armazenamento inadequado de materiais escolares em galpões.

O quarto alvo da prisão temporária é o empresário Jailson Ferreira da Silva, envolvido nas cinco transações de livros com a Smed sob investigação pela Operação Capa Dura. No total, a prefeitura de Porto Alegre adquiriu 544 mil livros, totalizando R$ 34 milhões em gastos.

Jailson atuou como representante comercial da editora Inca Tecnologia de Produtos e Serviços em todas essas vendas. Uma das compras investigadas foi feita junto à Sudu Inteligência Educacional, mas essa empresa comercializou os mesmos livros da Inca, com a participação de Jailson.

A prisão temporária, que visa aprofundar as investigações, terá duração de cinco dias, conforme a legislação. Os quatro detidos serão interrogados e posteriormente encaminhados ao sistema prisional para cumprir a medida.

A investigação, conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), concentra-se em suspeitas de fraudes licitatórias e associação criminosa. Os mandados foram emitidos pelo juiz Orlando Faccini Neto, da 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

Sônia assumiu a titularidade da Smed em 3 de março de 2022, trazendo para sua equipe pessoas de confiança, como Mabel e Michele. Todas são servidoras de carreira em Canoas. Em 9 de março de 2022, com menos de uma semana no cargo, Sônia se reuniu com Jailson para discutir os livros da editora Inca para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Uma semana depois, a Smed iniciou processos administrativos que resultaram em seis compras junto às empresas ligadas a Jailson, totalizando R$ 43,2 milhões em pagamentos. A maioria dessas aquisições, cinco delas, está relacionada aos livros sob investigação, totalizando R$ 34 milhões.

A Operação Capa Dura examina aquisições realizadas pela Smed por adesão à ata de registro de preço, conhecida como “carona”, que agiliza o gasto público. A prefeitura utilizou a autonomia concedida à Smed pelo prefeito Sebastião Melo em maio de 2022, permitindo compras por carona. Após a revelação do caso pelo GDI, Melo revogou essa autonomia.

Nas compras por carona, é necessário apresentar orçamentos de outros fornecedores para demonstrar a “vantajosidade”. O GDI revelou que os orçamentos foram fornecidos por empresas do grupo econômico de Jailson.

Ele, representante comercial da Inca, utilizou sua empresa, a World Soluções Educacionais, para apresentar um orçamento mais elevado no processo administrativo, justificando a vantajosidade na compra de livros junto à Sudu — outra empresa representada por Jailson nesta aquisição.

Os processos administrativos iniciaram-se com termos de referência que já incluíam orçamentos das empresas vendedoras dos livros, contrariando o procedimento padrão. Mabel, ex-servidora, foi uma das envolvidas na instrução desses processos.

Durante depoimentos nas CPIs que investigaram as suspeitas na Câmara de Vereadores, servidoras de carreira afirmaram que Michele, ex-coordenadora pedagógica, ordenou a elaboração dos termos de referência de forma supostamente direcionada à Inca e à Sudu.

Nota da Prefeitura de Porto Alegre

“A Prefeitura de Porto Alegre reforça que a apuração de ocorrências na Secretaria Municipal de Educação (Smed) iniciou no âmbito Executivo, por determinação do prefeito, em junho do ano passado.

Todas as informações levantadas na auditoria interna foram divididas com os órgãos de controle para aprofundamento das investigações, além da adoção de medidas de reestruturação na operação logística e de aquisições no órgão. A gestão prima pela transparência e lisura na aplicação dos recursos públicos e tem todo o interesse em elucidar os fatos, estando em plena colaboração com as instituições.” 

Leia também: OPERAÇÃO CAPA DURA: Após colaborar com a polícia, duas investigadas são soltas

Leia também: Prorrogada prisão de ex-secretária da Educação e empresário investigados por fraude de licitação

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A Passarela da Cabeça – romance policial conta a história do crime que chocou Canoas

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A Passarela da Cabeça - romance policial conta a história do crime que chocou Canoas

Um crime ocorrido em Canoas, no dia 2 de fevereiro de 1976, é o ponto de partida do romance policial A Passarela da Cabeça, de Hildebrando Pereira, que será lançado na Livraria Pandorga, em Canoas, no sábado, 28, e na Feira do Livro de Porto Alegre, no dia 15 de novembro.

Passados quase 50 anos, Hildebrando deixa com seus personagens, a tarefa de elucidar o chocante crime, no qual uma cabeça humana é encontrada na recém-inaugurada passarela da cidade.

Onde e quando?

O livro será lançado no dia 28 de setembro, às 17 horas, na Livraria Pandorga (Frederico Guilherme Ludwig, 370 — Centro, Canoas). Ocasião em que o escritor estará autografando a obra para amigos e curiosos em conhecer esse inusitado fato ocorrido na cidade nos anos 70.

Canoas Podcast

O Canoas Podcast, do Grupo O Timoneiro, gravou um episódio com o escritor falando sobre o caso que virou livro. Assista abaixo:

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Duas pessoas são presas por furto de energia após fiscalização em Canoas

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Duas pessoas são presas por furto de energia após fiscalização em Canoas

Na segunda-feira, 16, equipes da RGE, com o apoio da Polícia Civil, executaram mais uma ação contra fraudes e furtos de energia em Canoas.

A ação tinha como alvo uma residência que vinha sendo investigada após denúncias. No local, foi identificada uma ligação direta na rede da RGE, sem medidor para controle do consumo. Os dois proprietários foram presos em flagrante por furto de energia e liberados após pagamento de fiança.

Crime

Fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal com penas que podem chegar a até quatro anos de prisão.

Após confirmado o furto, a RGE realiza os cálculos e estima a quantidade de energia furtada, ou seja, o que foi consumido pelo estabelecimento e que deixou de ser pago à distribuidora. Desta forma, a companhia pode fazer a cobrança retroativa dos valores.

Outra consequência das fraudes e furtos é a piora na qualidade do serviço de distribuição de energia, uma vez que as ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas.

Eficiência

O investimento em inteligência artificial, acoplado a novos sistemas com geração de alarmes para direcionamento de inspeções, resulta em maior assertividade do trabalho desenvolvido pela Diretoria Comercial do Grupo CPFL em seus processos de monitoramento e análise.

Deste modo, a Companhia consegue preventivamente identificar possíveis variações no consumo de energia que indiquem perdas comerciais.

Além dos investimentos em processos, o grupo também tem trabalhado em conjunto com os órgãos públicos e as autoridades policiais para coibir a prática de fraudes e furtos.

Essas ações, aliadas aos diversos projetos de blindagem de rede e de medição implementados pela companhia, como o projeto das Caixas Blindadas e atuação em clientes sem contratos (clandestinos), permitem diminuir a necessidade de inspeções in loco.

As tecnologias de monitoramento contínuo e à distância permitem que a distribuidora aumente a produtividade das equipes, intensifique suas iniciativas contra o crime sem a necessidade de deslocar os técnicos e evite a reincidência de furtos.

 

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Guarda Municipal prende homem por tráfico de drogas em Canoas

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Guarda Municipal prende homem por tráfico de drogas em Canoas

No sábado, 20, a Guarda Municipal de Canoas prendeu um homem de 33 anos por tráfico de drogas. Os agentes avistaram o suspeito durante uma ronda pela Avenida Irineu de Carvalho Braga, no bairro Rio Branco.

Tentativa de fuga e prisão

Ao perceber a presença dos guardas, o homem tentou fugir, invadindo pátios de residências. Após ser imobilizado, ele resistiu e tentou lutar com os agentes. Durante a revista, a GM encontrou dois pacotes com substâncias semelhantes a entorpecentes.

Encaminhamento à delegacia

A Guarda Municipal de Canoas levou o homem à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para registrar a ocorrência.

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