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03/06/2025
 

Policial

OPERAÇÃO CAPA DURA: Ex-servidora da Secretaria de Educação de Porto Alegre diz que foi orientada a mudar versão

Redação

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OPERAÇÃO CAPA DURA: Ex-servidora da Secretaria de Educação de Porto Alegre diz que foi orientada a mudar versão - Imagem captura

Segundo informações fornecidas pelo Grupo de Investigações da RBS (GDI) nesta terça-feira, 20, Mabel Luiza Leal Vieira, anteriormente assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre, detida sob suspeita de participação em um esquema de corrupção relacionado à compra de materiais escolares, disse em seu depoimento à polícia que a fraude foi coordenada por Alexandre Borck, então secretário de Modernização e Gestão de Projetos.

Conforme a matéria da RBS, em junho de 2023, reportagens revelaram que materiais didáticos estavam armazenados em um depósito da secretaria, assim como em escolas, com Chromebooks e milhares de livros em condições inadequadas e sem uso. Estima-se que a aquisição desses materiais, supostamente direcionada para o mesmo grupo econômico, tenha custado quase R$ 100 milhões.

Os advogados de defesa de Borck argumentaram que “não há qualquer elemento nas investigações que incrimine de forma alguma o cliente” e que “as declarações da servidora são contraditórias e as acusações são infundadas”.

Segundo o relato de Vieira à polícia, Borck teria distribuído pendrives contendo atas de registro de preço para serem utilizadas pela Smed na compra dos materiais, indicando assim o suposto favorecimento em compras.

Áudios gravados

Em outubro do ano anterior, áudios gravados por Vieira foram divulgados durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores, nos quais ela descrevia como Borck teria distribuído os pendrives com dados previamente preparados para serem inseridos no sistema de licitações, já especificando a empresa da qual os materiais escolares seriam adquiridos.

Duas semanas após a divulgação dos áudios, Vieira gravou um vídeo contradizendo as gravações. Quando questionada pela polícia sobre essa controvérsia, ela alegou que o que havia narrado nos áudios era verdadeiro, e que gravou o vídeo seguindo orientações da ex-secretária municipal de Educação, Sônia da Rosa, também detida sob suspeita de envolvimento no esquema.

Ainda segundo o texto, os advogados de defesa de Sônia informaram que só irão se manifestar nos autos do processo.

Relembre o caso

A Operação Capa Dura, realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira, 23, resultou na prisão temporária de quatro indivíduos. Embora as autoridades não tenham divulgado os nomes, a reportagem da GZH noticiou nesta manhã que uma das detidas é a ex-secretária municipal da Educação de Canoas, Sônia da Rosa, que teve cargo assumido no município no início do último mandato de Jairo Jorge, tendo saído meses depois para assumir titularidade na Smed.

Duas outras servidoras públicas que desempenharam papéis de destaque na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) entre 2022 e 2023 também foram detidas: Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen.

Mabel ocupava o cargo de assessora técnica no gabinete de Sônia, enquanto Michele desempenhava a função de coordenadora pedagógica na Smed. As três deixaram seus cargos em junho de 2023, após investigações do Grupo de Investigação da RBS (GDI) exporem compras de livros com suspeitas de favorecimento a um mesmo grupo econômico, além do armazenamento inadequado de materiais escolares em galpões.

O quarto alvo da prisão temporária é o empresário Jailson Ferreira da Silva, envolvido nas cinco transações de livros com a Smed sob investigação pela Operação Capa Dura. No total, a prefeitura de Porto Alegre adquiriu 544 mil livros, totalizando R$ 34 milhões em gastos.

Jailson atuou como representante comercial da editora Inca Tecnologia de Produtos e Serviços em todas essas vendas. Uma das compras investigadas foi feita junto à Sudu Inteligência Educacional, mas essa empresa comercializou os mesmos livros da Inca, com a participação de Jailson.

A prisão temporária, que visa aprofundar as investigações, terá duração de cinco dias, conforme a legislação. Os quatro detidos serão interrogados e posteriormente encaminhados ao sistema prisional para cumprir a medida.

A investigação, conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), concentra-se em suspeitas de fraudes licitatórias e associação criminosa. Os mandados foram emitidos pelo juiz Orlando Faccini Neto, da 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

Sônia assumiu a titularidade da Smed em 3 de março de 2022, trazendo para sua equipe pessoas de confiança, como Mabel e Michele. Todas são servidoras de carreira em Canoas. Em 9 de março de 2022, com menos de uma semana no cargo, Sônia se reuniu com Jailson para discutir os livros da editora Inca para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Uma semana depois, a Smed iniciou processos administrativos que resultaram em seis compras junto às empresas ligadas a Jailson, totalizando R$ 43,2 milhões em pagamentos. A maioria dessas aquisições, cinco delas, está relacionada aos livros sob investigação, totalizando R$ 34 milhões.

A Operação Capa Dura examina aquisições realizadas pela Smed por adesão à ata de registro de preço, conhecida como “carona”, que agiliza o gasto público. A prefeitura utilizou a autonomia concedida à Smed pelo prefeito Sebastião Melo em maio de 2022, permitindo compras por carona. Após a revelação do caso pelo GDI, Melo revogou essa autonomia.

Nas compras por carona, é necessário apresentar orçamentos de outros fornecedores para demonstrar a “vantajosidade”. O GDI revelou que os orçamentos foram fornecidos por empresas do grupo econômico de Jailson.

Ele, representante comercial da Inca, utilizou sua empresa, a World Soluções Educacionais, para apresentar um orçamento mais elevado no processo administrativo, justificando a vantajosidade na compra de livros junto à Sudu — outra empresa representada por Jailson nesta aquisição.

Os processos administrativos iniciaram-se com termos de referência que já incluíam orçamentos das empresas vendedoras dos livros, contrariando o procedimento padrão. Mabel, ex-servidora, foi uma das envolvidas na instrução desses processos.

Durante depoimentos nas CPIs que investigaram as suspeitas na Câmara de Vereadores, servidoras de carreira afirmaram que Michele, ex-coordenadora pedagógica, ordenou a elaboração dos termos de referência de forma supostamente direcionada à Inca e à Sudu.

Nota da Prefeitura de Porto Alegre

“A Prefeitura de Porto Alegre reforça que a apuração de ocorrências na Secretaria Municipal de Educação (Smed) iniciou no âmbito Executivo, por determinação do prefeito, em junho do ano passado.

Todas as informações levantadas na auditoria interna foram divididas com os órgãos de controle para aprofundamento das investigações, além da adoção de medidas de reestruturação na operação logística e de aquisições no órgão. A gestão prima pela transparência e lisura na aplicação dos recursos públicos e tem todo o interesse em elucidar os fatos, estando em plena colaboração com as instituições.” 

Leia também: OPERAÇÃO CAPA DURA: Após colaborar com a polícia, duas investigadas são soltas

Leia também: Prorrogada prisão de ex-secretária da Educação e empresário investigados por fraude de licitação

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Fernando Collor é preso após ordem de Alexandre de Moraes e será transferido para Brasília

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Fernando Collor é preso após ordem de Alexandre de Moraes e será transferido para Brasília

O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió (AL), enquanto se preparava para viajar a Brasília, onde planejava se apresentar voluntariamente à Polícia Federal. A ordem de prisão foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o esgotamento dos recursos no processo em que Collor foi condenado por envolvimento em um esquema de corrupção ligado à BR Distribuidora.

A defesa confirmou que a prisão ocorreu por volta das 4 horas, quando o ex-presidente estava a caminho da capital federal. No momento, ele permanece custodiado na sede da Polícia Federal em Alagoas, aguardando transferência para Brasília, onde cumprirá pena em regime fechado.

A condenação de Collor, que soma oito anos e dez meses de reclusão, é resultado das investigações da Operação Lava-Jato. Segundo a sentença, ele teria recebido R$ 20 milhões com o auxílio de dois empresários — Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos — para facilitar contratos fraudulentos entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. Em troca, oferecia apoio político para manter diretores na estatal.

Na noite anterior à prisão, Moraes rejeitou um novo recurso apresentado pela defesa (embargos infringentes), considerando-o protelatório e sem respaldo legal, já que não houve votos absolventes suficientes no julgamento para justificar tal recurso. O ministro determinou o cumprimento imediato da pena, sem necessidade de esperar a publicação do acórdão.

Além de Collor, os outros envolvidos também tiveram suas penas executadas: Pedro Paulo deverá cumprir quatro anos e um mês em regime semiaberto, enquanto Luis Amorim foi condenado a penas restritivas de direitos.

O STF ainda julgará se mantém a prisão, em sessão virtual marcada para esta sexta-feira.

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Primeiro trimestre de 2025 tem o menor número de homicídios dos últimos quatro anos

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Primeiro trimestre de 2025 tem o menor número de homicídios dos últimos quatro anos

Os números de homicídios, principal crime contra a vida, apresentaram uma significativa redução neste primeiro trimestre de 2025. De acordo com o Observatório de Segurança Pública de Canoas (OSPC), com nove mortes violentas nos primeiros três meses deste ano, a marca é a menor registrada no município em igual período desde 2021.

Na ocasião, Canoas teve cinco mortes violentas naquele primeiro trimestre, de um ano em que a sociedade atravessava momentos críticos com a pandemia da Covid-19. Posteriormente, aumentos expressivos se sucederam. Ainda segundo o observatório, de janeiro a março de 2022, foram 19 mortes – número quase quatro vezes maior que o mesmo recorte de 21; seguido de disparadas, em 2023, com 36 homicídios no mesmo trimestre; e em 2024, com 34 mortes, no mesmo período.

“Os indicadores de criminalidade deste primeiro trimestre de 2025, realmente, apresentaram uma queda importante nos números. O trabalho das polícias Militar e Civil, com a coadjuvância da Guarda Municipal (GM) fazendo policiamento comunitário, estão conseguindo debelar e reduzir cada vez mais os índices no município. As operações conjuntas ou individuais, de cada instituição, principalmente da Polícia Civil e da Brigada Militar, têm ajudado bastante no controle e redução dos números. Nós, aqui da Secretaria Municipal de Segurança Pública (SMSP), estamos empenhados em qualificar cada vez mais o sistema de videomonitoramento e ampliar o alcance do cercamento eletrônico”, destaca o secretário de Segurança Pública de Canoas, Major Alberto Rocha.

Das nove mortes classificadas como homicídios no primeiro trimestre de 2025, em 50% dos casos teve uso de arma de fogo e 43,75% das situações ocorreram em via pública. A faixa etária dos 15 aos 19 anos se destaca compreendendo a 25% das vítimas. O sexo masculino corresponde a 93,75% e a cor branca predomina com 87,5% dos vitimados no município.

Ainda segundo a SMSP de Canoas, outros dois casos com óbito entre janeiro e março foram investigados pelas autoridades – a morte de um motociclista reclassificada como homicídio doloso de trânsito e o encontro de um cadáver em março que, segundo os policiais, seria vítima de um feminicidio.

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PF arquiva inquérito sobre vídeo que mostra o prefeito de Canoas, Airton Souza, retirando dinheiro das calças

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PF arquiva inquérito sobre vídeo que mostra o prefeito de Canoas, Airton Souza, retirando dinheiro das calças

A Polícia Federal (PF) decidiu arquivar o inquérito que investigava as circunstâncias de um vídeo em que o prefeito de Canoas, Airton Souza (PL), aparece retirando um maço de dinheiro de dentro das calças. No registro, feito durante a campanha eleitoral de 2024, ele entrega o valor em espécie a uma pessoa dentro de um carro.

O arquivamento se tornou público na segunda-feira, 14. De acordo com a PF, não foram identificados indícios de crime eleitoral.

Segundo o advogado de Airton, Ricardo Breier, os R$ 10 mil mostrados no vídeo seriam referentes ao pagamento de um empréstimo pessoal feito no início do ano. Conforme a defesa, a dívida vinha sendo quitada em parcelas mensais desde março, ou seja, antes do início oficial da campanha. Em outubro, o prefeito teria optado por quitar o valor restante de uma só vez.

“Isso não tem relação com financiamento de campanha nem com questões políticas. Trata-se de um assunto estritamente pessoal, o que foi comprovado com os comprovantes de depósito que anexamos ao processo”, explicou Breier.

O inquérito foi aberto a pedido do Ministério Público (MP), que ainda pode concordar com a decisão da PF ou solicitar novas investigações.

O vídeo foi gravado em 18 de outubro de 2024, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições municipais, próximo ao comitê de campanha de Airton. A gravação foi feita pela própria pessoa que recebeu o dinheiro, sem que o político percebesse. No vídeo, o prefeito aparece usando uma camiseta com o número 22, referência ao seu partido, o PL. A campanha havia começado oficialmente em agosto.

Airton Souza prestou depoimento à Polícia Federal em novembro, em Porto Alegre. Durante aproximadamente 30 minutos, ele apresentou sua versão dos fatos e reafirmou que o valor entregue se referia a uma dívida pessoal.

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