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27/07/2024
 

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Convênio com o Graças, o que a Prefeitura vai fazer?

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O Hospital Nossa Senhora das Graças se avizinha de um novo momento crítico em sua história. Após diversos problemas de sustentabilidade financeira ao longo de décadas de serviços aos canoenses, o Gracinha enfrenta dificuldades que podem interromper suas atividades.

Isto porque o convênio que sustenta as atividades com a Prefeitura de Canoas é alvo de uma Ação de Improbidade Administrativa por parte do Ministério Público Federal desde 2015. Além disso, ele termina no próximo dia 31 de julho e não há decisão anunciada se e como a Prefeitura irá continuar conveniada com a entidade mantenedora do Graças, a ABC.

São réus no processo o ex-prefeito Jairo Jorge, o ex-secretário de saúde Marcelo Bosio, a entidade ABC e a procuradora municipal Cristina Santos Tietbohl.

Ausência de Licitação

O processo de 2015 se deu por ausência de licitação no convênio nº 64/2013, teve início na gestão Jairo Jorge, no valor de R$ 87.138.215,00, com prazo de vigência de cinco anos, a contar de 31.07.13. Compreende serviços de gestão e de mão de obra nas UPAs Guajuviras, Niterói e do Idoso e nas farmácias básicas, além da higienização de diversos prédios da saúde, como UBSs e CAPS.

Segundo o MPF, o valor do contrato seria de R$ 87.138.215,40, conforme a cláusula 7ª, item a, a título de despesas operacionais. Seria, pois no item I da referida cláusula já vem um acréscimo de 20% a título de taxa de administração sobre este valor. “Portanto, o valor original do contrato seria na realidade de R$ 104.565.858,00. Seria esse valor, pois o referido contrato ainda passa um cheque em branco para a contratada ABC possa se ressarcir dos gastos com investimentos, pelo valor nominal das notas fiscais”, salienta.

Sinuca

O município se encontra em uma situação de decisão difícil e ainda não tomou decisão ou, pelo menos, ainda não anunciou como será o relacionamento com a ABC e se manterá algum tipo de financiamento ao Hospital Graças.

Posição do município

Inicialmente intimado para se manifestar ainda em 2015, o município apresentou defesa na época a qual não foi considerada porque o município não é parte da ação, apenas tinha sido intimado para ser coautor com o MPF. A novidade agora é que pela primeira vez a atual gestão foi acionada e ainda não se manifestou no processo sobre como irá se posicionar, tendo em vista que deverá ou não participar  como coautora. Por consequência, manteve um convênio tido como suspeito de irregularidade pelo MPF e terá agora que tomar uma decisão sob pena de responsabilidade do atual gestor.

Com uma relação de idas e vindas entre a atual gestão e a ABC, já noticiado pelo jornal Timoneiro, o governo precisa decidir ainda se continua de alguma forma com a parceria e a prestação de serviços com a entidade, afastando ou não a suposta irregularidade.

O que diz a Prefeitura

Procurado pela reportagem do jornal Timoneiro, o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB) respondeu, por nota, que: “Desde o início do governo buscamos manter uma relação profissional com o hospital. Investimos dinheiro público e devemos receber os serviços para a população. Nem sempre esta postura por nossa parte foi bem aceita, mas sempre nos mantemos em diálogo e construção permanente com a ABC. Diante dos novos fatos, vamos analisar junto à Procuradoria a melhor atitude para preservar a legalidade dos atos. Uma coisa a população pode ter certeza, ela não ficará desassistida em nenhuma hipótese”, salientou.

 

 

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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