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14/07/2025
 

Comunidade

Protesto na Refap pede regionalização das vagas de trabalho

Protesto na Refap pede que postos de trabalho na cidade sejam preenchidos apenas por gaúchos

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Nesta segunda-feira, 29, trabalhadores da Refap manifestaram por regionalização das vagas de trabalho. Foto: Bruno Lara/OT

Nesta segunda-feira, 29, trabalhadores da Refap manifestaram por regionalização das vagas de trabalho. Foto: Bruno Lara/OT

 

Por Bruno Lara

 

Com a carteira de trabalho em mãos, os trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) protestaram na manhã desta segunda-feira, 29, contra a contratação de pessoas de outros estados para os postos disponíveis no município. O ato, que começou por volta das  7 horas, causou transtornos no trânsito, principalmente para quem transitava pela BRT-116, no sentido Porto Alegre – Sapucaia do Sul ou tentava acessar o município de Esteio pela avenida Getúlio Vargas.

Para Eliel Antônio Alves da Silva, 38 anos, que há 12 anos trabalha na refinaria, se trata de uma ocupação do espaço.  “Funciona da seguinte maneira: Nos outros Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, o trabalhador gaúcho não tem o direito de trabalhar. Se tu vai lá fichar, acontece que eles pegam e retalham o pessoal daqui dizendo que tem um decreto de lei no Estado deles que o pessoal não pode fichar e, aqui no Sul, é uma maravilha. Sempre foi dessa forma e a gente não aguenta mais isso, não quer mais saber de pessoal de fora tomando nosso espaço”, reclama.

Segundo ele, o município tem que fazer valer as mesmas regras. “Assim como eles não adimitem fichar gaúchos nos outros Estados, a gente não quer mais que eles venham para o nosso Estado também. Cada um no seu Estado e com a sua mão de obra”, sugere. Para ele, a desculpa da mão de obra qualificada não se aplica. “Essas empresas vem para cá alegando que não tem mão de obra qualificada e é mentira. (Os de fora) Estão vindo pelas empresas terceirizadas que estão entrando dentro da Petrobrás”, alerta.

Trabalhadores querem que as vagas no RS sejam apenas para os gaúchos. Foto: Bruno Lara/OT

Trabalhadores querem que as vagas no RS sejam apenas para os gaúchos. Foto: Bruno Lara/OT

 

Ações das autoridades

A cobrança de Eliel foi para os políticos do Rio Grande do Sul. Ele alerta que terá uma parada nos serviços em maio. “Eles estão trazendo o pessoal de fora. Estão trazendo o pessoal deles. E quando eles vem pra cá já vem com o pessoal fichado e os gaúchos ficam de fora. Isso nós não vamos aceitar mais. Não queremos aceitar mais. E a gente quer providências das autoridades, da Petrobrás. Que se coloque em contrato de trabalho com essas empresas terceirizadas e tomar uma providência. O trabalhador gaúcho não aguenta mais isso”, fala em nome do todo.

“Tem pai de família aqui que é soldador profissional, caldeireiro, encarregado, supervisor, e estão trabalhando de ajudante de pedreiro, como todo o respeito a classe da construção civil. Mas são trabalhadores qualificados, que tem uma faixa salarial muito mais alta do que ganham trabalhando qualquer tipo de trabalho fora da profissão deles”, explica.

 

Mais de seis mil desempregados

O número foi levantado pelos próprios trabalhadores e exposto por Claudionor Siqueira Rezende, 51 anos. “Mais de seis mil profissionais, mão de obra parada. Então eles não precisam trazer pessoal de São Paulo. Nós estivemos na Manserv e eles disseram que vão trazer o quadro deles. Não tem quadro. O quadro deles tem que fichar aqui. Nós estávamos com dois mil peões parados hoje ali e eles já estão com o pessoal vindo fazer o exame médico e já estão com os hotéis com o pessoal tudo fichado deles. Então nós vamos fazer essa paralisação para que esse pessoal que veio de lá não possa fichar. Nós não podemos fichar no estado deles, porque eles têm que fichar aqui?”, questiona.

 

Prefeitura foi omissa

Segundo o soldador Marcio Bortolaci, 36 anos, a Prefeitura de Canoas foi procurada, mas foi omissa. Ele conta que a administração atual foi procurada para ajudar na solução do problema, mas que não correspondeu com as expectativas dos trabalhadores. “Nós já tivemos reunião com o secretário de desenvolvimento econômico, Mário Cardoso, a gente teve reunião dentro do gabinete do Prefeito, com o Prefeito Jairo Jorge, e nada foi feito até agora. Teve um retorno muito vago, parece que nem deram bola e a gente precisa está pedindo socorro na verdade. Essas empresas vêm de fora, trazem os funcionários deles já contratados e a nossa mão de obra aqui do estado, que é qualificada da mesma forma que a deles, está desempregada. Pai de família, cara com profissão há mais de 20 anos trabalhando de segurança para poder garantir o sustento da família. A gente tem mais de seis mil desempregados no estado do Rio Grande do Sul só na área metalmecânica”, expõe.

A tentativa é para que a Prefeitura, através de um Projeto de Lei, não permita que pessoas de fora do Estado possam ser admitidas por empresas. “A gente está pedindo para a Prefeitura que se faça, ao menos, um Projeto de Lei Municipal garantindo a vaga, a contratação de mão de obra gaúcha dentro de um raio de, no mínimo, 700 km de Canoas, para abranger o Estado, assim como é no Paraná, no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, todos já fizeram essa lei e a gente sai daqui e não pode ser contratado lá. Queremos a mesma coisa aqui, que seja contratada apenas mão de obra gaúcha”, pede.

 

Sindicato busca conciliação

Ausente na manifestação, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (STICC) foi criticado pelos trabalhadores presentes. Segundo o coordenador da sede do sindicato em Canoas, Ildemar Fagundes Alves, a instituição não viu a necessidade de um ato por já estar em tratativa com as empresas. “A gente tem caminhado via ofícios, via coisas formais e, a partir do momento que tu dá um prazo para a empresa se manifestar, não tem o porquê fazer mobilizações”, explica.

“Quando se tem um movimento muito grande fica vulnerável a muitos interesses que não caminham na mesma direção da necessidade dos trabalhadores. Algumas vezes alguns plantam que vem mão de obra de fora. Nós fomos pessoalmente nessas empresas e elas não viram problema nenhuma em cumprir isso”, explica.

Segundo ele, quando há um movimento deste tamanho, “os interesses são vários”. Em entrevista, ele conta que esse movimento se iniciou em 12 de janeiro, onde uma comissão de trabalhadores começou uma movimentação nas redes sociais buscando a regionalização das vagas de trabalho. “Uma reunião, no dia 15 de janeiro, no Sindicato dos Metalúrgicos, ocorreu para pegar opiniões”, apontou. Conforme explicou o coordenador, já existem “clausulas de acordo coletivo a obrigação de, pelo menos, 70% da mão de obra local”, explica. E quanto a isso não há uma resistência da empresa, diz ele. “Elaboramos um ofício para autoridades aderirem. O senador Paim e o deputado Nelsinho aderiram”, conta.

Ele também contou que houve conversas com o secretario Mário Cardoso. “Gostou muito da conversa”. Mas uma ação efetiva de ocorrer, segundo ele, apenas no final de maio, embasado nas tratativas que já ocorrem acerca do assunto. “Cerca de cinco mil estão desempregados na área”, lamenta.

Seleção convocada para a seleção de novos empregados na av. Farroupilha.

Seleção convocada para a seleção de novos empregados na av. Farroupilha.

Manserv Manutenção

Um dos pontos altos da mobilização seria uma chamada para vagas na empresa Manserv Manutenção. A suposta vaga, com caráter de urgência, chamava os interessados para comparecer na av. Farroupilha, 8.536, às 7 horas, munidos de currículo e carteira de trabalho. Para o coordenador do sindicato, com base em áudios recebidos pelo mesmo, “os próprios trabalhadores poderiam ter feito essa convocação”, diz.

 

Trânsito trancado

Segundo agentes presentes da Polícia Rodoviária Federal, o trânsito era liberado em torno de 20 minutos após ser trancado e isso se repetiu diversas vezes. Para o sargento Flores, do 15 º Batalhão de Polícia Militar (BPM), presente na manifestação, foram cerca de 100 pessoas manifestando. “Tudo tranqüilo, passivo e o trânsito normalizando”, declarou por volta das 10 horas desta segunda.

A administração da Refap foi procurada, mas não se manifestou.

 

Trânsito ficou trancado no ingresso a av. Getúlio Vargas. Foto: Bruno Lara/OT

Trânsito ficou trancado no ingresso a av. Getúlio Vargas. Foto: Bruno Lara/OT

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Quarta edição do Prefeitura na Tua Casa será no bairro Harmonia no sábado, 12

Redação

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Quarta edição do Prefeitura na Tua Casa será no bairro Harmonia recebe, no sábado, 12

A Prefeitura de Canoas informou que a quarta edição do Prefeitura na Tua Casa será no sábado, 12, no bairro Harmonia. O evento será realizado na Rua José Veríssimo, ao lado do Campo Marcílio, das 9h às 12 horas.

A ação contará com diversos serviços e atendimentos aos canoenses, além da presença das secretarias no local. Haverá vacinação, distribuição de testes rápidos, CRAS Móvel, doação de livros, entre outros.

De acordo com a gestão municipal, o evento tem como objetivo aproximar a prefeitura dos cidadãos de Canoas. As demais edições se mostraram um espaço aberto à ouvir as demandas dos canoenses e encaminhar às pastas responsáveis, o que possibilita uma solução mais eficaz e ágil.

Prefeitura na Tua Casa

  • Data: Sábado (12)
  • Horário: 9h às 12h
  • Local: Rua José Veríssimo, ao lado do Campo Marcílio – Harmonia, Canoas
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Mais um lote de beneficiários recebe apoio financeiro do programa Volta por Cima

Redação

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Mais um lote de beneficiários recebe apoio financeiro do programa Volta por Cima

O governo do Estado pagou, nesta sexta-feira, 11, o terceiro lote dos recursos previstos pelo programa Volta por Cima para famílias vítimas das chuvas intensas no Rio Grande do Sul no período de 14 a 20 de junho de 2025. O benefício foi creditado no Cartão Cidadão de 159 famílias dos municípios de Agudo, Canoas, General Câmara, Jaguari, Manoel Viana, Santa Cruz do Sul e São Sebastião do Caí.

O valor do lote soma R$ 318 mil em apoio financeiro por parte do Executivo, totalizando mais de RS 2,3 milhões em repasses nesta edição do programa. Foram destinados R$ 2 mil para famílias desabrigadas ou desalojadas, de acordo com os seguintes critérios:

  • ter sido desabrigada ou desalojada em razão das chuvas intensas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025, conforme Decreto 58.235;
  • residir em município com Decreto de Situação de Emergência ou Calamidade Pública homologado pelo governo do Estado;
  • ter sido identificada como moradora de área atingida a partir de mapeamento realizado pelo governo estadual;
  • constar no Cadastro Único (CadÚnico) na condição de pobre ou extremamente pobre, com atualização nos últimos 12 meses.

Para saber se foram contemplados com o benefício nos lotes já pagos, os cidadãos podem fazer a consulta pelo número do CPF no site do Volta por Cima.

O mapeamento de áreas atingidas está em constante atualização. Assim, famílias que atendam aos requisitos do programa e residam na mesma cidade podem receber o benefício em lotes diferentes.

O valor total dos recursos disponibilizados pelo governo para esta edição do Volta por Cima soma R$ 4 milhões, podendo ser ampliado conforme o número de famílias atingidas. A gestão do recurso do programa é da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento Governança e Gestão (SPGG) e da Secretaria da Fazenda (Sefaz), além do Banrisul.

Identificação das famílias beneficiárias

Famílias desalojadas ou desabrigadas serão automaticamente identificadas com base no cruzamento de dados oficiais de domicílio com o mapeamento das áreas atingidas.

Estão sendo usados satélites com tecnologia SAR, que permite a observação mesmo em condições de pouca ou nenhuma luz e através de nuvens e chuva. O levantamento é conduzido pelo Departamento de Economia e Estatística da SPGG, com apoio das prefeituras.

Em casos excepcionais, em que não ocorra a inclusão automática dos beneficiários, a Sedes orientará os municípios para o cadastramento das famílias.

O pagamento

O valor do benefício é creditado no Cartão Cidadão da pessoa de referência de cada núcleo familiar. Podem utilizar o recurso, a partir desta sexta-feira, os beneficiários do terceiro lote que já têm o Cartão Cidadão em mãos em função de outro programa do governo.

Aqueles beneficiários que não possuem o cartão terão o documento emitido automaticamente, podendo retirá-lo na agência do Banrisul designada na sua cidade a partir de 28 de julho. O prazo para retirada dos cartões com o valor do auxílio vai até 30 de novembro de 2025. Após essa data, os valores não resgatados retornarão aos cofres públicos.

Quem perdeu o cartão deve ligar para 0800-5412323 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h) e solicitar a emissão da segunda via.

Transparência e controle  

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado, e denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

Sobre o programa

O Volta por Cima é fundamentado na Lei 15.977/2023, que autoriza a concessão de auxílios em situações de emergência ou calamidade pública. Desde sua criação, o programa tem desempenhado papel fundamental na assistência às vítimas de eventos meteorológicos extremos.

Em 2023, o Volta por Cima beneficiou 23.533 famílias, com mais de R$ 37 milhões em repasses. Após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, a iniciativa atendeu mais de 100 mil famílias em situação de vulnerabilidade social, desalojadas ou desabrigadas, totalizando mais de R$ 250 milhões em recursos estaduais.

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Campanha do Agasalho 2025 inicia doação de roupas nesta quarta-feira, 2

Redação

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Campanha do Agasalho 2025 inicia doação de roupas nesta quarta-feira, 2

A Campanha do Agasalho 2025 já começou e a distribuição de roupas está ocorrendo no ginásio do Centro de Esporte e Lazer São Luís (Rua Engenheiro Rebouças, 1000, bairro São Luís, local que também funciona como abrigo e está aberto 24 horas por dia. A partir desta quarta-feira, 2 de julho, as peças também estarão disponíveis para retirada em todas as subprefeituras, das 8h às 17 horas.

Com o slogan “O seu roupeiro não sente frio, desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a campanha deste ano tem como objetivo principal ampliar o acolhimento de pessoas em situação de rua e de famílias em vulnerabilidade social. A ação foi antecipada em razão das frentes frias que chegaram ao município antes mesmo do início oficial do inverno.

Para facilitar a participação da comunidade, a edição 2025 da Campanha do Agasalho contará com o serviço de tele busca de doações, agilizando a coleta de roupas e cobertores doados.

De acordo com o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, a campanha tem papel essencial no cuidado coletivo,

“A solidariedade é um instrumento poderoso de transformação social. Cada peça doada representa acolhimento e dignidade para quem mais precisa nesse momento de frio.”

Já o secretário da Defesa Civil, Vanderlei Cordeiro, destaca o esforço conjunto das equipes, “Nossas equipes estão mobilizadas diariamente, atuando nos abrigos, nas ruas e agora também apoiando a logística de doações. O envolvimento da população é fundamental para que ninguém fique desassistido.”

Reforçamos o chamado à população para que doe roupas em bom estado, especialmente agasalhos, cobertores, meias e calçados, com prioridade para itens de inverno para adultos e crianças.

Locais de retirada a partir de 2 de julho:

  • Subprefeituras Regionais (das 8h às 17h)
  • Ginásio do CEL São Luís – aberto 24h

Mais informações e tele busca de doações:

– Secretaria de Assistência Social – (51) 3236-2700
– Defesa Civil – (51) 8255-0805

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