Saúde
Neurologista alerta para a importância da prevenção do AVC no Sul do Brasil

O Dia Mundial e o Nacional de Prevenção ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), celebrado em 29 de outubro, tem como objetivo conscientizar a população sobre uma das doenças mais letais do país. De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC é principal causa de incapacidade permanente e a segundo motivo de morte no Brasil. A enfermidade se manifesta em dois tipos: o isquêmico, quando há obstrução de uma artéria cerebral, e o hemorrágico, quando ocorre o rompimento de um vaso sanguíneo. Entre os casos registrados, o primeiro representa cerca de 85% das ocorrências.
No Sul do Brasil, a atenção deve ser redobrada. A região tem uma das populações mais envelhecidas do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que eleva o risco de ocorrência da enfermidade. “À medida que envelhecemos, nossos vasos sanguíneos perdem elasticidade e podem acumular placas de gordura, processo conhecido como aterosclerose. Além disso, doenças como hipertensão, diabetes e fibrilação atrial tornam-se mais comuns, e todas são fatores de risco diretos para o AVC”, explica o neurologista da Hapvida, Eduardo Savoldi.
Os dados epidemiológicos confirmam essa tendência. A combinação entre uma população mais idosa, hábitos alimentares típicos da região, com alto consumo de carnes, embutidos e sal, e o clima frio, que favorece o aumento da pressão arterial, torna o Sul especialmente vulnerável. “O inverno é uma época crítica, pois o frio causa vasoconstrição, ou seja, o estreitamento dos vasos sanguíneos. É fundamental que os idosos mantenham o controle rigoroso da pressão e o acompanhamento médico regular”, reforça.
Apesar dos riscos, a maioria dos casos de AVC pode ser evitada com hábitos simples e controle dos fatores de risco. Segundo Savoldi, manter uma rotina saudável é essencial: “A prevenção está em atitudes do dia a dia. Praticar atividades físicas leves, manter alimentação equilibrada, controlar o sal, não fumar, evitar o excesso de álcool e medir a pressão com frequência. Também é essencial tomar corretamente as medicações prescritas e comparecer às consultas de acompanhamento”.
O neurologista destaca ainda a importância de reconhecer os sinais de alerta do AVC e buscar ajuda imediata. Ele orienta o uso do acrônimo SAMU: S – Sorriso desigual (boca torta); A – Alteração da fala; M – Músculo sem força (braço, perna ou rosto de um lado do corpo); e U – Urgência, a pessoa deve ligar para o 192 imediatamente. “Cada minuto é decisivo. Costumamos dizer que ‘tempo é cérebro’, porque a cada minuto de um AVC isquêmico, milhões de neurônios morrem. O tratamento é mais eficaz quando realizado nas primeiras três horas após o início dos sintomas”, ressalta Savoldi.
Após o episódio, a reabilitação precoce e multidisciplinar é essencial para a recuperação. Fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico ajudam a estimular a neuroplasticidade cerebral, capacidade que o cérebro tem de se reorganizar e recuperar funções. “O envelhecimento é inevitável, mas as consequências do AVC não precisam ser. Conhecer os fatores de risco, cuidar da saúde desde cedo e agir rápido diante dos sintomas são atitudes que salvam vidas e evitam sequelas. Envelhecer com qualidade depende de escolhas diárias conscientes”, conclui.
Saúde
Gestão das UPAs são trocadas em Canoas e domingo tem protestos por falta de pagamentos em frente à unidade Boqueirão

O fim de semana nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Canoas foi marcada pelo início de uma nova gestão após semanas de transtornos e restrições nos atendimentos causadas pela falta de pagamento, pelo IB Saúde, empresa que geria as unidades até então, dos médicos que atuam nestes locais.
De acordo com a administração municipal, com a contratação emergencial do Instituto Maria Schmitt (IMAS), as UPAS Guajuviras, Rio Branco e Liberty Dick Conter passam agora por uma reorganização para o restabelecimento dos atendimentos de forma integral.
Apesar da mudança, durante o domingo, ocorreram protestos de profissionais, que afirmam estarem com salários atrasados, em frente à UPA Boqueirão.
Restrição de atendimentos
Os médicos das UPAs optaram pela restrição nos atendimentos no início do mês, após atrasos nos seus pagamentos, que são responsabilidade da empresa que os contratou. Segundo a Prefeitura, os sucessivos problemas com as escalas médicas incompletas, e a consequente restrição da assistência à população, foram o motivo da decisão da administração municipal pela paralisação dos contratos com a empresa e a contratação emergencial de outra gestora.
A Prefeitura diz que tentou o diálogo com o IB Saúde, notificou a empresa e obteve decisão judicial da 5ª Vara Cível da Comarca de Canoas determinando o restabelecimento dos serviços de saúde das UPAs da cidade, sem que houvesse solução para a falta de médicos.
Ainda, a Prefeitura reitera que não há valores em atraso para serem pagos ao IB Saúde, que os únicos valores em aberto são cerca de R$ 2 milhões, referentes a serviços prestados no mês de setembro, e que ainda estão dentro do prazo normal de pagamento e dentro do cronograma orçamentário da administração municipal.
A Prefeitura realizou os pagamentos de todos os serviços comprovadamente prestados pela empresa. Os serviços para os quais não há comprovação de terem sido realizados, ou aqueles compromissos contratuais que a empresa deixou de cumprir, como os atendimentos médicos não realizados, foram glosados, ou seja, descontados do valor total a ser pago, conforme previsto nos contratos do Município com a empresa. A Prefeitura também reforça que o pagamento dos médicos que atuam nas UPAs é de responsabilidade da empresa que os contratou.
Por fim, de acordo com informações da gestão municipal, desde que assumiu a gestão das UPAs canoenses, ao longo do dia de sábado, o IMAS passou a restabelecer as escalas médicas e os atendimentos nas unidades.
Saúde
Prefeitura troca gestão de 3 UPAs e prevê restabelecimento de escalas até domingo

Prefeitura de Canoas troca empresa gestora das UPAs após crise nas escalas médicas
A Prefeitura de Canoas assinou neste sábado, 25, um contrato emergencial com o Instituto Maria Schmitt (IMAS) para assumir a gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Guajuviras, Rio Branco e Liberty Dick Conter. A medida foi tomada após semanas de instabilidade no atendimento, causadas por atrasos nos pagamentos a médicos e pelo descumprimento contratual da antiga gestora, o IB Saúde, que teve seu contrato rescindido no mesmo ato da assinatura do novo acordo.
Desde o dia 13 de outubro, médicos das UPAs vinham atendendo apenas casos de urgência e emergência, em protesto pelos honorários atrasados. A Dotmed, empresa subcontratada pelo IB Saúde para organizar as escalas, propôs pagar os valores em parcelas, mas os profissionais recusaram a proposta, relatando ainda pressões para retomarem o atendimento completo sob risco de não receberem os pagamentos e serem excluídos das escalas.
Mesmo após decisão judicial da 5ª Vara Cível de Canoas, emitida em 1º de outubro, que determinava o restabelecimento das escalas médicas completas em até 24 horas, a empresa não regularizou a situação, o que agravou a crise no atendimento.
Com a chegada do IMAS, a Prefeitura anunciou o restabelecimento das escalas médicas ainda durante o fim de semana. O contrato emergencial firmado tem valor de R$ 4,4 milhões por mês. A contratação se deu após análise de propostas de 11 instituições interessadas, com base em um pedido de orçamentos publicado pela Secretaria Municipal da Saúde no dia 17 de outubro e encerrado no dia 22. A administração municipal informa que, enquanto o IMAS estiver à frente das unidades, será conduzida uma licitação para definir a nova gestora de forma permanente.
“Decidimos paralisar os contratos com o IB Saúde e abrir este processo para contratação emergencial. A população tem uma expectativa de melhora dos serviços e este é o momento de tomarmos essa decisão”, afirmou o prefeito Airton Souza (PL). “A assinatura deste contrato é para que possamos entregar serviços de qualidade para a população. Queremos que o cidadão canoense seja bem atendido.”
O vice-prefeito Rodrigo Busato ressaltou a importância do consenso entre diferentes setores da administração:
“O resultado para a população é muito melhor quando se faz com diálogo e união, como foi feito hoje”.
Já a secretária municipal da Saúde, Ana Boll, destacou os esforços anteriores para evitar a ruptura contratual:
“Tentamos resolver esta situação com a empresa anterior por diversas semanas, sem sucesso. O usuário do sistema de saúde precisa ser atendido, as UPAs precisam dar conta da assistência da população.”
Saúde
Prefeito anuncia retomada das obras do HPSC com ritmo acelerado e projeto mais completo

O novo Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) está novamente com as obras de reconstrução em ritmo intenso após a aprovação, pela Caixa, dos projetos de reformas do primeiro e do segundo pavimento. Os trabalhos foram intensificados a partir de segunda-feira 13, com a ampliação de equipes e aumento gradual no número de trabalhadores. A previsão de entrega do novo HPSC é para o segundo semestre de 2026.
As obras contemplam a reforma do primeiro pavimento, que foi completamente destruído pela enchente de 2024, e melhorias no segundo pavimento, incluindo o telhado do hospital, que receberá novas placas fotovoltaicas para geração de energia elétrica. Os trabalhos no primeiro pavimento, que já estavam ocorrendo, foram intensificados com a aprovação dos projetos da obra pela Caixa, e a Prefeitura de Canoas está formatando a licitação para o projeto executivo e as obras do segundo pavimento e telhado. Além disso, a compra dos novos equipamentos para a operação do hospital está em fase de orçamentação na Secretaria Municipal da Saúde.
Para o segundo pavimento, com área de 2,2 mil metros quadrados e cujo orçamento é de R$ 10.138.416,58, está prevista a troca de revestimentos, rede de gases medicinais e instalação elétrica, implementação de novo sistema de climatização, reparos no telhado com instalação de placas fotovoltaicas para a geração de energia elétrica e sistema de proteção contra descargas atmosféricas, e Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI). O projeto prevê ainda a execução de espaços de descompressão da equipe, espaços de acolhimento para pacientes e acompanhantes e jardins terapêuticos.
Além das reformas na estrutura do prédio, a Prefeitura já está formatando o edital da licitação para a compra de equipamentos para o novo HPSC. Serão investidos R$ 25,2 milhões para equipar o hospital, com R$ 19 milhões do governo federal e R$ 6,2 milhões do governo do Estado. A Prefeitura também já está trabalhando nos detalhes para a licitação para a contratação da empresa que realizará a gestão do hospital quando ele for reaberto.
O prefeito Airton Souza lembra que a enchente de 2024 destruiu boa parte do Município, afetou a vida de milhares de canoenses e que o que veio a seguir foi o desafio de reconstruir a cidade e restabelecer serviços.
“Essa tragédia que levou muitas lembranças, muitas histórias, também atingiu o nosso HPSC. Com essa obra de reconstrução nós queremos uma casa de saúde moderna para que as pessoas, quando chegarem aqui, sejam bem amparadas e tenham a sua saúde recuperada.”
O vice-prefeito Rodrigo Busato destaca que o novo HPSC será um hospital melhor que o antigo hospital destruído pela enchente.
“Reconstruir Canoas passa por colocar este hospital novamente em pleno funcionamento. É uma missão que assumimos e que agora, graças a muito trabalho e perseverança, poderemos cumprir de forma mais ágil. E, mais do que isso, entregar um novo HPSC ainda melhor do que aquele que a enchente nos tirou.”
A secretária municipal da Saúde, Ana Boll, ressalta a importância do restabelecimento do hospital não só para Canoas, mas para todo o Rio Grande do Sul, e lembra que a destruição e necessidade de reconstrução tem reflexos em todo o sistema de saúde.
“Canoas viveu as enchentes de forma muito aguda, foi um quadro muito dramático. Nosso HPSC foi atingido gravemente pela enchente e a aceleração desta obra vai ser benéfica para todos os canoenses e para a região.”
A secretária municipal de Projetos e Captação de Recursos, Daniela Fontoura, destaca ainda que o HPSC que será entregue em 2026 será um hospital melhor do que havia antes, com equipamentos novos e mais conforto para pacientes, acompanhantes e funcionários.
“A população vai ter um novo HPSC. Não só o térreo: a obra vai contemplar o hospital todo.”

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