A biblioteca do Sesc Canoas reforça seu compromisso com a inclusão ao ampliar seu acervo com livros em braille, garantindo que mais pessoas tenham acesso à literatura de forma acessível. A iniciativa busca democratizar o conhecimento e promover a leitura entre pessoas com deficiência visual, oferecendo uma seleção diversificada de títulos voltados ao público infantil e infantojuvenil.

Entre as obras disponíveis, “O Mundinho Azul”, de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, aborda o desenvolvimento emocional na infância, enquanto “Nunca Conte com os Ratinhos”, de Silvana D’Angelo, trata de amizade e aprendizado por meio dos erros. “O Grande e Maravilhoso Livro das Famílias”, de Ros Asquith e Mary Hoffman, explora a diversidade familiar, e “Delícias e Gostosuras”, de Ana Maria Machado, conduz os leitores a uma viagem pelo universo da culinária.

O acervo também conta com títulos que destacam diferentes culturas e tradições. “As Panquecas de Mama Panya”, de Mary e Rich Chamberlin, transporta os leitores a uma vila africana, enquanto “Maracatu”, de Sônia Rosa, celebra essa tradicional manifestação cultural brasileira. “Era uma vez uma Gota de Chuva”, de Judith Anderson, apresenta uma narrativa poética sobre o ciclo da água, e “Histórias de Avô e Avó”, de Arthur Nestrovski, resgata memórias afetivas e o vínculo entre gerações.

A mais recente adição ao acervo é a edição em braille e fonte ampliada de “Lélia Gonzalez”, de Flávia Martins de Carvalho, que homenageia a trajetória de uma das intelectuais mais importantes do movimento negro no Brasil. “A leitura deve estar ao alcance de todos. Disponibilizar um acervo acessível é uma forma de garantir que mais pessoas possam se conectar com histórias, aprender e se emocionar”, afirma a Auxiliar de Biblioteca do Sesc Canoas, Bárbara Cristine da Silva Trindade.

Os interessados podem conhecer as obras disponíveis na biblioteca realizando o cadastro no SAC do Sesc Canoas. A unidade segue investindo na ampliação de seu acervo acessível e na promoção da leitura como ferramenta de inclusão e transformação social. Mais informações pelos telefones (51) 3456-2013,  (51) 3464-6909, (51) 3463-6756 e (51) 3463-6733 ou pelo Whatsapp (51) 3456-2013.

Liandra Castro é voluntária da ONG Doutorzinhos e coordenou, junto com uma equipe de professores e outros voluntários, a Comissão Organizadora do mais recente projeto: o livro “Toc-Toc! Posso Entrar?”.

Esse livro, de acordo com ela, reúne relatos e vivências de voluntários nos hospitais, narrando histórias reais e emocionantes que vivemos ao longo dos 18 anos de atuação da ONG, e foi lançada no dia 12/11, durante a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Toc, toc! Posso entrar?

O livro foi produzido de forma colaborativa por 35 voluntários da ONG, cada um contribuindo com suas habilidades profissionais e artísticas.

“É um marco para nós, pois representa a união de diferentes histórias e perspectivas sobre nosso trabalho nos hospitais”, ressalta Liandra.

ONG Doutorzinhos

A ONG Doutorzinhos foi fundada em 2006 por Mauricio Bagarollo e atua em hospitais de Porto Alegre e Região Metropolitana, incluindo o hospital da base aérea de Canoas, promovendo o riso, a arte e a cultura, contribuindo diretamente para o bem-estar de pacientes, familiares e profissionais da saúde.

“Nosso trabalho é uma ‘brincadeira muito séria’, e levamos a palhaçaria hospitalar com toda a dedicação, seguindo rigorosos processos de formação, controle de infecção e ética”, contou à reportagem.

O agricultor e advogado Mário Bertani, eventualmente escritor, lançará sua nova obra, “Maria, uma história real de combate à má política”, no dia 5 de dezembro, quinta-feira, das 17h às 21h, no Bistrô da Catedral, em Porto Alegre.

O livro oferece uma análise crítica da realidade política do Brasil, abordando questões como a pobreza e a corrupção que afetam a vida da população, detalhando em números os reais motivos que levam à atual situação.

livro

A narrativa gira em torno de Maria, uma faxineira em tratamento de câncer que nutre o sonho de proporcionar um futuro melhor às pessoas de seu bairro (o mais pobre da cidade). Dedica todo o esforço à sua filha, Daniela, uma estudante dedicada aos estudos de Filosofia, com objetivo de ensinar ética e moral, objetivando construir uma sociedade mais digna, principalmente na política.

A obra destaca também as dificuldades enfrentadas por cidadãos comuns “em meio à politicagem e à falta de ética na administração pública”, com ênfase especial na cidade de Espumoso, terra natal do autor.

Baseando-se em fatos verídicos, Mário Bertani relata a trajetória de Maria, incluindo sua candidatura à vereança de Espumoso: “a protagonista, com poucos recursos, se destacou por sua dignidade, ética e idealismo”.

O autor também narra como Maria lutou por melhorias nas áreas de saúde, habitação e emprego, mesmo enfrentando desafios pessoais ao viajar 80 km para sessões de quimioterapia.

Apesar de toda a sua dedicação e esforço, ela obteve apenas (0,27% dos votos), enquanto que o vereador adversário, de mesmo perfil, mas com suspeita de uso da máquina pública (dois processos investigativos) elegeu-se com 6,33% dos votos.

Para finalizar cita o paradoxo do Rio Grande do Sul: “nos orgulhamos dos grandes políticos, mas, na soma nacional, a classe é a culpada pela injusta e dramática situação do povo brasileiro”.