ENCHENTE RS
Apenas 15 cidades cadastraram moradores para Auxílio Reconstrução

Das 497 cidades do Rio Grande do Sul, 469 foram afetadas pela catástrofe climática fruto dos volumes fortes de chuva entre o final de abril e o começo de maio. Dessas, apenas 15 conseguiram habilitar, até esta segunda-feira, 27, seus moradores para receber o Auxílio Reconstrução do governo federal. O benefício dará R$ 5,1 mil para cada família atingida.
O balanço preliminar foi divulgado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Um total de 44.592 famílias estão habilitadas para receber o benefício no estado.
Com isso, os responsáveis por essas famílias já podem fazer a confirmação dos dados e serem encaminhados para pagamento. Desse total, mais de 42,5 mil são de Canoas.
Outras duas 2.020 famílias das cidades de Arambaré, Bom Princípio, Colinas, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Feliz, Harmonia, Imigrante, Lajeado, Nova Bassano, Rolante, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Triunfo.
Dificuldades
Procurada, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que representa todas as 497 cidades gaúchas, apontou que o número de municípios que fizeram o cadastro para o auxílio ainda é reduzido, mas diz “não ter o controle” desse processo.
A entidade informou que vai disparar uma pesquisa sobre o tema para “saber quais as dificuldades encontradas e quais as necessidades mais urgentes”, e que muitas prefeituras não “têm nem funcionários para isso [fazer o cadastro para o auxílio]”. O resultado dessa consulta deve ser concluído em dois dias.
O coordenador-geral da Famurs, Professor Nado, explica que a falta de estrutura, agravada pelas consequências da própria enchente, criam um desafio adicional para responder as solicitações com velocidade.
“Algumas pessoas não têm documentos, não estão tendo acesso até mesmo a computador. A estrutura de Roca Sales, a estrutura de Muçum, de Eldorado do Sul, Cruzeiro do Sul, para citar alguns, não têm nem sede mais. É um quadro complexo, e todas as solicitações hoje que o governo federal, que o governos estadual faz, que são importantes, que é necessário, é tudo via sistema. Isso esbarra. E nas cidades maiores tem um contingente [muito grande]. Em São Leopoldo, temos praticamente 100 mil pessoas atingidas. Estão todos correndo contra o tempo”, ponderou o dirigente.
Nado acrescentou que não há condições objetivas de avaliar se há erro ou fracasso na ação até o momento por parte das prefeituras devido a fatores como esses citados.
O governo federal informou ter recebido 75.213 registros enviados pelas prefeituras até a manhã desta segunda, com informações cadastrais das famílias. A estimativa inicial do programa é alcançar cerca de 200 mil pessoas.
Pelas regras, as prefeituras dos municípios atingidos alimentam um banco de dados com os endereços alagados ou onde houve deslizamentos, assim como os dados das famílias desalojadas ou desabrigadas. São esses dados da família que precisam ser confirmados agora pelos cidadãos.
“Outras 30.621 famílias ainda estão na fase de análise, 26,4 mil delas também em Canoas. O envio das informações pelas prefeituras está sendo feito em lotes. Elas alimentam os bancos de dados e enviam as planilhas ao governo federal com frequência. Por isso, a lista de famílias por município cresce dia a dia”, informou o governo federal.
Em nota, a prefeitura de Porto Alegre informou ter encaminhado, na manhã desta terça-feira, 28, o primeiro lote para pagamento do Auxílio Reconstrução do governo federal. Até as 10h, foram enviados dados de 24.516 famílias.
A prioridade neste primeiro acesso foram pessoas desabrigadas e desalojadas. “No segundo lote a ser encaminhado será priorizado o Registro Unificado, qualificado pela mancha de inundação. Até o final da tarde de segunda-feira, 40.700 famílias foram cadastradas pela prefeitura”, informou a gestão da capital gaúcha.
Uma das ideias da Famurs é disponibilizar, a todas as prefeituras do estado, um sistema, desenvolvida pela Canoas Tech, a empresa municipal de tecnologia da cidade, para emitir atestados da Defesa Civil para população diretamente impactada pelas enchentes, com base no cruzamento de informações cadastrais e de geolocalização com base no CEP do endereço das pessoas.
“A Famurs vai colocar no ar esse sistema para que todas as prefeituras, as 497 prefeituras do estado, independente das flageladas ou não, possam acessar esse sistema e a partir dele emitir os atestados”, anunciou. Isso, segundo Nado, poderá facilitar o cadastramento da população para receber o benefício.
Auxílio Reconstrução
O Auxílio Reconstrução é um apoio financeiro no valor de R$ 5.100 pago em uma única parcela pelo governo federal às famílias desalojadas ou desabrigadas no Rio Grande do Sul.
Serão contempladas as famílias residentes em áreas urbanas e rurais atingidas pelas enchentes no estado e identificadas pelas prefeituras. O auxílio é destinado às que tiveram perdas de bens e/ou que deixaram suas casas, de forma temporária ou definitiva. O benefício não alcança proprietários de comércios que sofreram danos.
O responsável por aquele núcleo familiar terá que acessar o site do Auxílio Reconstrução, clicar na aba Sou Cidadão e entrar com a conta registrada no portal Gov.br, com o login e senha cadastrados.
Será necessário conferir e atestar os nomes completos e os CPFs [Cadastros de Pessoa Física] dos integrantes da família, endereço completo de residência e telefone de contato.
Caso haja erro de cadastro, os cidadãos deverão procurar a prefeitura para corrigir dados.
As informações serão cruzadas com outras bases de dados do governo federal, como as da Previdência e de programas de assistência social. Só então o pagamento será autorizado.
O governo federal estima que o repasse do valor emergencial ocorra em até 48 horas. O pagamento do benefício será realizado pela Caixa Econômica Federal.
ENCHENTE RS
Governo do RS prorroga estado de calamidade pública da enchente por mais 90 dias

Como perduram os efeitos dos prejuízos econômicos e sociais por conta dos danos causados pelos eventos meteorológicos do fim de abril e de maio de 2024, o Governo do Rio Grande do Sul decidiu prorrogar o estado de calamidade pública por mais 90 dias.
O decreto 58.052 foi publicado na segunda edição do Diário Oficial do Estado desta terça-feir, 11, data em que se encerra a validade da prorrogação anterior (Decreto 57.905).
O novo texto também atualiza os decretos 57.596, de 1º de maio de 2024, 57.600, de 4 de maio, e 57.646, de 30 de maio, que declararam estado de calamidade pública no território estadual.
Os eventos meteorológicos foram considerados de grande intensidade, sendo definidos como desastres de Nível III – estragos de grande escala de acordo com a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade).
Conforme o decreto, “considerando que permanecem os efeitos decorrentes dos eventos climáticos, com danos materiais e ambientais, especialmente a destruição de rodovias e pontes, bem como de moradias”, houve a decisão pela prorrogação.
ENCHENTE RS
Gestão do governo do RS durante a enchente de 2024 recebe destaque em prêmio nacional

O governo do Estado, por meio da Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg), recebeu, na segunda-feira, 24, enchentes de 2024. O reconhecimento foi recebido na abertura do evento anual da plataforma, realizado na bolsa B3, no centro da capital paulista.
O evento tem como tema PPP’s e concessões: investimentos em infraestrutura no Brasil e reúne gestores públicos e privados, ministros do governo federal e representantes dos governos estaduais e de prefeituras.
Após a mesa de abertura, a plataforma P3C distribuiu as premiações do ano, com duas menções recebidas pelo Rio Grande do Sul por meio da Secretaria da Reconstrução Gaúcha. “O destaque recebido na conferência da P3C é um reconhecimento importante para todo o trabalho que o governo realizou desde maio do ano passado, com vários projetos de infraestrutura concentrados na Reconstrução Gaúcha”, afirmou Gabriel Fajardo, secretário em exercício da Serg.
Nesta terça-feira, 25, novas rodadas de discussão terão lugar no evento da plataforma P3C. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha estará presente no painel Viabilidade em PPP’s municipais, representada pelo secretário em exercício, Gabriel Fajardo.
A Serg conta com espaço próprio no evento e preparou, para a ocasião, um material de divulgação para gestores públicos e privados sobre os projetos do governo do Estado.
ENCHENTE RS
Governador atualiza avanços em sistemas de proteção de cheias e do Plano Rio Grande em encontro com ministros

O governador Eduardo Leite esteve reunido na manhã desta terça-feira, 28, com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e uma comitiva do governo federal para a primeira reunião do Conselho de Monitoramento das Ações e Obras para Reconstrução do Rio Grande do Sul, que trata especialmente dos projetos para sistemas de contenção de cheias.
Acompanhado de secretários, Leite também apresentou uma atualização das ações de resiliência climática desenvolvidas pelo Plano Rio Grande, que já contabiliza mais de R$ 6,7 bilhões em investimentos em todas as áreas.
“A reunião que tivemos pela manhã e as demais que teremos ao longo de todo o dia representam nosso empenho nesse esforço de coordenação federativa, que não é simples. As instâncias municipal, do Estado, e da União precisam dialogar permanentemente e construir conjuntamente as soluções. Por isso, saúdo a vinda dos ministros para este dia de interação e compatibilização de projetos e programas para reconstrução”, afirmou Leite.
O encontro, realizado na sede da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, consolidou a governança e o funcionamento do Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Firece).
Com recursos de R$ 6,5 bilhões da União, o fundo irá financiar a construção de sistemas de proteção de cheias, cujas obras serão geridas pelo governo do Estado, em parceria com os municípios envolvidos. Na reunião, o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, também atualizou o andamento dos trabalhos.
A revisão dos anteprojetos será contratada pelo Estado, o que dará condições seguras para avançar com a licitação integrada de projetos e obras. As contratações mais adiantadas são as dos projetos do Arroio Feijó e para Eldorado do Sul, com publicação de editais previstas para o primeiro semestre de 2025.
Novo lotes de casas temporárias e edital para batimetria de rios
Na atualização de projetos do Plano Rio Grande, entre as principais novidades está a publicação, nesta terça-feira, 27, do edital para credenciamento de empresa interessadas em disputar a contratação para o serviço de batimetria e topografia dos principais rios do Estado.
O investimento será de R$ 45,9 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Esse levantamento é essencial para orientar políticas públicas de prevenção, além de fornecer dados precisos para o desenvolvimento de medidas corretivas nas áreas mais vulneráveis.
O Funrigs concentra os recursos do Estado que deixam, temporariamente, de ser repassados para pagamento da dívida com a União, suspensa pelo período de três anos desde a calamidade.
Na área de habitação, o governo estadual anunciou um novo lote de casas temporárias para Eldorado do Sul, com investimento de R$ 16,6 milhões. A política pública já entregou 332 casas das 500 previstas no primeiro lote, com investimento de R$ 66,7 milhões.
O governador e secretários também destacaram os avanços na contratação de ações para prevenção e gerenciamento de riscos de desastres como a modelagem hidrodinâmica, que prevê o comportamento de rios em situações de grandes chuvas, além da implantação de novas estações hidrometeorológicas e radares de monitoramento.
Ainda foi destacado o investimento de R$ 1,2 bilhão do Furings para reconstrução de três pontes e 11 rodovias, dividida em 15 lotes, em diversas regiões do Estado.
Avanço com BNDES para Projeto RioS e centro integrado de desastres
O encontro também alinhou os próximos passos para evolução do acordo de cooperação técnica com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para execução pelo governo gaúcho do Projeto RIOs e do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (Cegird).
O governador ressaltou ao ministro Rui Costa e ao diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, a importância estratégica das duas ações para tornar mais robusta a resposta do Estado a eventos climáticos extremos.
O Projeto RioS – Resiliência, inovação e obras para o futuro do Rio Grande do Sul – é uma das iniciativas de longo prazo do Plano Rio Grande que visa à recuperação resiliente do Estado. Ele consiste na contratação de serviços para a realização de estudos relativos à estratégia estadual de resiliência climática, considerando eventos de origem natural extremos, sendo priorizadas intervenções nas áreas com maior vulnerabilidade.
O RioS resultará em um portfólio de programas, planos e projetos viáveis e sustentáveis para o redesenho territorial e paisagístico em áreas vulneráreis a serem identificadas no decorrer do projeto, de forma que não voltem a ser ocupados por moradias e empreendimentos, promovendo uma convivência mais harmônica entre a população e o ambiente que habitam.
Sob coordenação da Defesa Civil estadual, o Cegird terá uma estrutura organizacional projetada para gerenciar operações de resposta a emergências e desastres, com tecnologia avançada para monitoramento em tempo real dos acontecimentos e incidentes acarretados por situações de emergência decorrentes dos eventos extremos, permitindo uma resposta rápida e eficaz.
Ao final, o governo federal fez um balanço de investimentos realizados na reconstrução do RS. À tarde, no Palácio Piratini, além de um almoço, governador e ministros terão novas reuniões de trabalho, com foco em atualização de projetos do Novo PAC.
Participam das agendas os secretários estaduais Artur Lemos (Casa Civil), Danielle Calazans (Planejamento, Governança e Gestão) e Carlos Mallman (Desenvolvimento Urbano e Metropolitano). Pelo governo federal, também acompanham a programação a ministra Nísia Trindade (Saúde) e o ministro em exercício da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valder Ribeiro.
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