Educação
Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira
No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, 151,5 milhões sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples e 11,4 milhões não têm essa habilidade mínima. O resultado indica taxa de alfabetização em 93%, em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 7% do contingente populacional.
Os dados são de um estudo baseado no Censo Demográfico 2022, divulgado na sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais ao longo dos censos. Em 1940, menos da metade da população era alfabetizada, 44,%. Após quatro décadas, em 1980, houve aumento de 30,5 pontos percentuais na taxa de alfabetização, passando para 74,5% e, finalmente, depois de mais quatro décadas, o país atingiu um percentual 93% em 2022, representando um aumento de 18,5 pontos percentuais em relação a 1980.
De acordo com o IBGE, em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%).
Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais era de 4,3% e de 2,5%, respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas na mesma faixa etária era de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.
Segundo o IBGE, as mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive melhores taxa de alfabetização. Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 93,5%, enquanto o de homens era 92,5%.
Essa vantagem das mulheres foi verificada em praticamente todos os grupos etários analisados, exceto entre os mais velhos de 65 anos ou mais de idade. A maior diferença em pontos percentuais a favor das mulheres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 2,7 pontos percentuais, ainda que as mulheres pertencentes aos grupos de idade abaixo de 45 anos sigam apresentando maiores taxas de alfabetização comparadas aos homens dos mesmos grupos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 79,9%, comparado ao de 79,6% das mulheres.
A Região Sul se mantém com a maior taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais. O percentual passou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, com maiores taxas, vem a Região Sudeste, que variou de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.
O percentual de alfabetização da Região Nordeste permaneceu o mais baixo do país, embora tenha apresentado aumento – de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização foi encontrada na Região Norte tanto em 2010 quanto em 2022. Nessa região, o indicador seguiu a tendência nacional, passando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, situando-se um pouco mais próximo do índice da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.
População indígena
A taxa de alfabetização das pessoas indígenas – incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento –, foi 85% em 2022. De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo dessa população caiu de 23,4% para 15,1%. A queda mais expressiva foi observada na região Norte (de 31,3% para 15,3%).
A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 anos (de 22,9% para 12%), 55 a 64 anos (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%).
Educação
Estudante de escola municipal de Nova Santa Rita conquista medalha de ouro em competição nacional de tecnologia
Luana Lopes da Rosa, 15 anos, aluna do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Hélio Fraga, localizada no Centro de Nova Santa Rita, conquistou a medalha de ouro na Maratona Tech, a maior competição de tecnologia entre escolas do Brasil.
A estudante, que reside no bairro Sanga Funda, foi uma das 10 vencedoras entre mais de 200 mil participantes de todo o país. No Rio Grande do Sul, apenas ela e outra aluna de Caxias do Sul receberam a premiação máxima.
Promovida pelo Movimento Tech e organizada pela Associação Cactus, a Maratona Tech tem como objetivo despertar o interesse de jovens pela tecnologia, conectando-os com oportunidades na área, independentemente de seu nível de conhecimento ou recursos escolares.
Um projeto com impacto local
Incentivada pelo professor de matemática e técnico Maker da escola, Edwin Vaz de Moraes, Luana desenvolveu um projeto com foco em problemas cotidianos da comunidade.
“O desafio deste ano era olhar para a comunidade e identificar problemas que poderiam ser resolvidos com o auxílio da tecnologia”, explica o professor.
A ideia vencedora foi a criação de um aplicativo ou site para que cidadãos possam relatar problemas em calçadas da cidade.
“Por exemplo, se há um buraco na calçada ou falta de acessibilidade, a pessoa acessa a plataforma e informa diretamente o órgão responsável, que estará vinculado ao sistema”, explica.
Etapas da competição
Luana enfrentou duas etapas para conquistar o ouro. Na primeira, submeteu seu projeto com o apoio do professor, que o avaliou antes de encaminhá-lo à banca da Maratona Tech.
Na segunda fase, a banca analisou os projetos por meio de entrevistas realizadas via WhatsApp, garantindo que todas as exigências fossem cumpridas.
“Por enquanto, tenho a ideia estruturada, mas preciso de apoio para colocá-la em prática”.
Reconhecimento para a educação de Nova Santa Rita
O prefeito Rodrigo Battistella recebeu a notícia com muita alegria. Segundo ele, nos últimos anos a Administração investiu em educação, desde capacitação para professores, novas tecnologias para as salas de aula e novas estruturas para a rede municipal de ensino.
“É com imensa alegria e orgulho que celebramos a conquista da Luana, que demonstra o talento e o potencial de nossos(as) jovens.”
Battistella salienta que a medalha de ouro na maior competição de tecnologia do país não apenas coloca Nova Santa Rita em destaque nacional, mas também reforça o impacto positivo de uma educação pública de qualidade, focada no desenvolvimento integral dos(as) estudantes.
“Iniciativas como essa mostram que, quando investimos em educação e incentivamos nossos jovens, os resultados vão além do esperado, transformando ideias em soluções concretas para a comunidade. Parabéns à Luana, aos(as) professores(as) e a todos(as) os(as) envolvidos(as)”.
Para o secretário municipal de Educação, Eduardo Fagundes, a premiação reflete o compromisso com o ensino.
“Educação nunca é gasto, é investimento. Com a qualificação de nossos(as) docentes, despertamos o talento de nossos(as) alunos(as). Este é o resultado de uma política educacional séria e responsável.”
O diretor da Hélio Fraga, Giovane Ribeiro, celebrou a conquista:
“Reconhecimentos como este qualificam nossa educação e incentivam os alunos a desenvolverem projetos empreendedores”.
Uma medalha especial
Um detalhe curioso é que a medalha de ouro entregue na competição foi produzida a partir de ouro reciclado de materiais eletrônicos, como computadores e tablets, reforçando o compromisso sustentável da iniciativa.
Educação
Alunos do Ensino Médio de Canoas realizam mostra artística com tema da enchente
Na noite do dia 19 de novembro, juntamente com os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual São Francisco de Assis, a professora Anelise Espíndola de Oliveira realizou uma mostra artística com um tema bem peculiar: “Acontece que todos os alunos dessa comunidade são vítimas da enchente ocorrida no mês de maio, inclusive eu, professora de Língua Portuguesa”, contou Anelise a O Timoneiro.
A professora contou que, assim como seus alunos, sentiu de perto todos os piores impactos da catástrofe, pois perdeu sua casa, que era feita de madeira e ficava localizada próximo à escola.
“Vi o quanto foi difícil superar esse trauma e que a ‘fuga’ não me ajudava a refazer a minha vida. Como todo o trauma, não podemos fingir que aquilo não aconteceu, ou que não nos afetou, temos de parar para avaliar o impacto que teve e que poderá continuar tendo sobre nossas vidas.
Aulas ajudam alunos
Anelise explica que dentro das disciplinas da área de linguagens sempre pode trabalhar com os alunos sobre saúde mental, positividade, lei da atração e tudo o que envolve uma vida de qualidade.
“Dessa forma, precisava, junto deles, abrir as nossas feridas para começar o nosso processo de cura, transformar a dor em arte, assim como tantos artistas já fizeram, e trazer a possibilidade tanto de que eles pudessem expressar seus sentimentos, quanto que outras pessoas pudessem acabar se identificando com os pensamentos deles”, conta.
Trauma vira arte
O resultado foi uma noite emocionante, de muito orgulho, lágrimas e superação dos momentos mais difíceis que Canoas já viveu.
A mostra contou com poemas, pinturas, desenhos, uma maquete representando a escola alagada, e relatos do dia da saída das casas e do primeiro retorno. Todos os trabalhos estarão disponíveis em um e-book que será lançado no encerramento do ano letivo.
Educação
Sesc/RS abre mais de 1.300 vagas gratuitas de conclusão do Ensino Médio para jovens e adultos
O Sesc/RS abre na quinta-feira, 14, as inscrições para as novas turmas do projeto de Educação à Distância para Jovens e Adultos (EAD EJA), que oferece formação gratuita no Ensino Médio, com qualificação profissional em Produção Cultural.
Serão 1.301 vagas distribuídas em 32 municípios gaúchos, voltadas a pessoas que não tenham concluído o ensino básico no tempo regular. O curso tem duração de três semestres e carga horária de 1.200 horas, sendo 80% das aulas em formato virtual e 20% em formato presencial.
Os candidatos devem ter mais de 18 anos, Ensino Fundamental completo e renda familiar de até três salários mínimos. Comerciários e dependentes têm preferência no preenchimento das vagas.
Matrícula
A matrícula permite, ainda, a participação dos estudantes em atividades de cultura, esporte e lazer oferecidas pelo Sesc nas Unidades. O edital e as inscrições, que podem ser feitas até o dia 14 de janeiro de 2025, estão disponíveis em sesc.com.br/ead e diretamente nas Unidades do Sesc. As aulas têm início previsto para o mês de março.
“A EAD EJA do Sesc/RS nos enche de orgulho, por nos lembrar, constantemente, do papel transformador da educação. Desde o início do projeto, milhares de gaúchos retomaram e concluíram os estudos no Ensino Médio gratuitamente conosco, e são diversas as histórias dos participaram que, a partir da formação, continuaram os estudos, encontraram novas oportunidades no mercado de trabalho e também novos sentidos para as suas vidas”, exalta a gerente de Educação do Sesc/RS, Regina Tatsch.
Canoas e mais 31 cidades
As 32 Unidades que oferecem vagas para o próximo semestre são de Alegrete, Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Camaquã, Canoas, Carazinho, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Farroupilha, Flores da Cunha, Gravataí, Ijuí, Lajeado, Montenegro, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, São Borja, São Leopoldo, Taquara, Torres, Tramandaí, Três de Maio, Uruguaiana e Venâncio Aires.
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