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25/06/2024
 

ENCHENTE RS

População em abrigos no RS será imunizada contra a gripe

Redação

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Todas as pessoas com mais de 6 meses de idade que foram para abrigos por conta das enchentes no Rio Grande do Sul serão imunizadas contra a gripe. Ao menos essa é a meta do governo estadual, que já está vacinando a população desses locais.

O Palácio Piratini afirmou, em nota, que o plano de imunização contra a influenza seja aplicado até a próxima segunda-feira, 20. O governo ainda afirma que uma nota técnica do Ministério da Saúde vai orientar sobre outras ações de vacinação no Estado, incluindo esquemas contra hepatite A, tétano e raiva humana em áreas atingidas pelas enchentes.

Em nota oficial, o governo estadual informou que está sendo feito um levantamento sobre o assunto. A intenção é de que os municípios que necessitam de doses de vacina contra influenza recebam os imunizantes a partir do fluxo logístico da Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos.

Campanha

A campanha de vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul começou em março. À época, foi direcionada somente para grupos prioritários. No começo de maio, já em meio às enchentes, a campanha foi ampliada para a população em geral com as doses remanescentes.

Foram vacinados até o momento 38% do público prioritário, composto por gestantes, puérperas, idosos, crianças e povos indígenas. Ao todo, já foram aplicadas mais de 1,8 milhão de doses contra a doença.

Prevenção

Ambientes fechados e com aglomeração de pessoas são propícios ao aparecimento de doenças infecciosas respiratórias. Confira algumas medidas de prevenção:

  • Proteger a boca e o nariz ao tossir e ao espirrar com um lenço de papel (na falta de um lenço, a recomendação é usar a dobra interna do cotovelo);
  • Evitar tocar olhos, nariz ou boca com as mãos após contato com superfícies;
  • Fazer a higiene das mãos com água e sabão (caso não disponíveis, pode ser utilizado álcool em gel e, nesse caso, deixar as mãos secarem naturalmente) após tossir ou espirrar e antes de tocar olhos, boca e nariz.

ENCHENTE RS

Feira de adoção de animais tem grande sucesso com mais de 200 adoções

Redação

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Feira de adoção de animais tem grande sucesso com mais de 200 adoções

A Feira de Adoção Responsável para cães e gatos, organizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em parceria com o Exército e entidades de proteção animal, resultou em mais de 200 adoções. Esse foi o primeiro evento promovido pelo governo gaúcho para encontrar lares para animais resgatados das enchentes recentes no Rio Grande do Sul.

Encerramento do evento

A feira, que terminou neste domingo, 23 de junho, no Largo do Monumento ao Expedicionário do Parque da Redenção, em Porto Alegre, foi um sucesso. Além de promover a adoção responsável, o evento ofereceu uma nova oportunidade de vida para os animais afetados pela catástrofe meteorológica.

Números da feira

Conforme o Comando Militar do Sul, cerca de 20 mil pessoas visitaram os 30 estandes da feira entre sábado, 22 de junho, e domingo, 23 de junho. O resultado foi a adoção de 146 cães e 56 gatos, superando as expectativas dos organizadores. Amanda Munari, coordenadora do Gabinete de Coordenação de Resposta à Fauna (GCRF) do Estado, comemorou o sucesso do evento, destacando o impacto positivo do clima no número de visitantes.

Processo de adoção

Os novos tutores passaram por entrevistas com uma equipe especializada para garantir que pudessem proporcionar um ambiente seguro e adequado para os animais. Eles assinaram um Termo de Adoção e Guarda, e todos os pets adotados foram vacinados, microchipados e receberam um kit contendo ração, brinquedo, roupa, coleira e utensílios de higiene.

Histórias de adoção

Um dos adotados foi Lupi, um cãozinho de dois meses, que encontrou um novo lar com Luiz Alberto Bibiano. Ele expressou sua alegria em acolher Lupi, que será um companheiro para seu outro cão, Léo. “Tenho certeza que haverá uma troca mútua de amor em nosso convívio familiar”, afirmou Bibiano.

Faça o bem, assim como Bibiano:

Ações da Sema

Desde o início das chuvas extremas em abril, os servidores da Sema, por meio do GCRF e com o apoio de voluntários, trabalharam em diversas frentes. Essas ações incluíram resgates de animais, acolhimento em abrigos e, por fim, a realização da feira de adoção.

“Pude acompanhar desde os resgates até esse momento da doação. Muitos desses animais, provavelmente, eu mesmo realizei o salvamento. É uma satisfação incrível de dever cumprido”

Disse, emocionado, o técnico da Sema Julio Cesar Nunes Rolhano, expressando sua satisfação em ver os animais resgatados encontrarem novos lares.

Próximas etapas

Ainda há mais de 15 mil animais em abrigos no Estado aguardando adoção. As próximas etapas da feira serão divulgadas em breve.

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ENCHENTE RS

Chinês criador das cidades-esponja diz que Brasil pode ser referência

Redação

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No momento em que ainda se acompanham consequências causadas pelos temporais de abril e maio no Rio Grande do Sul, o Brasil recebeu a visita do arquiteto e paisagista chinês Kongjian Yu, criador do conceito cidade-esponja, que se utiliza da própria natureza para melhor resistir à ocorrência crescente de tempestades.

“Espero que o Brasil possa ser referência sobre como devemos construir o mundo”, disse o professor da Universidade de Pequim, que veio ao país a convite do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele participou, na última terça-feira, 18, de um seminário na sede do banco, no Rio de Janeiro, sobre experiências nacionais e internacionais na reconstrução de cidades devastadas por tragédias ambientais.

O encontro foi motivado pela calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul, classificada pelo governador gaúcho, Eduardo Leite, como o “maior desastre climático do Brasil” em termos de extensão territorial e impacto econômico. Mais de 170 mortes foram confirmadas.

Kongjian Yu ressaltou que ficou impressionado com a ênfase que o BNDES tem dado a assuntos relacionados à busca de um futuro mais verde. “Eu nunca tinha ouvido uma instituição financeira falar tanto sobre mudanças climáticas, soluções verdes e determinação para o Brasil virar referência na construção de um futuro sustentável”, disse.

“Estou orgulhoso de estar aqui para compartilhar a minha experiência de como o planeta pode ser sustentável”, completou.

Origem camponesa

Yu contou que começou a pensar no conceito de cidade-esponja ao perceber que o vilarejo em que ele morava, em Zhejiang, província no leste da China, estava sendo recorrentemente afetada por inundações.

Segundo o professor, os problemas se agravaram à medida em que avançava o que ele chama de “infraestrutura cinza”, a presença crescente de concreto nas cidades, canalizando rios e impermeabilizando grandes áreas.

Dessa forma, ele colocou em prática projetos de paisagismo que privilegiam a própria natureza para lidar com enchentes, priorizando grandes áreas alagáveis e presença de vegetação nativa. Assim, partes de cidades se tornam uma espécie de esponja, com capacidade de receberem inundação e dar “tempo” para o escoamento da água, diminuindo danos a áreas habitadas.

“A enchente passa a não ser uma inimiga, resume.

O sucesso do projeto de Yu fez com que o paisagismo cidades-esponja fosse usado em maior escala em mais de 250 cidades chinesas e replicado também fora do país.

Em 2023, o pioneirismo e alcance do conceito renderam a Yu o Prêmio Internacional de Arquitetura Paisagística Cornelia Hahn Oberlander.

O conceito desenvolvido por Yu não se limita a criar áreas cuja única finalidade é ser um espaço alagável. Ele trabalha com a harmonização entre construções e natureza. Os exemplos mais recorrentes são parques que, durante estações de seca, são frequentados pelas pessoas. Muitos são um emaranhado de trilhas e passarelas cercadas por pequenos lagos e muito verde. “Seguros e bonitos”, descreve.

Yu atribui esse conhecimento de lidar com o ambiente sem intervenções drásticas – construção de muros de contenção e canalização de rios – à sabedoria de antepassados.

“Não é nada novo para aqueles que viviam há milhares de anos em regiões de monções”, disse, se referindo à temporada de ventos que causam tempestades no sudeste asiático.

O encontro foi motivado pela calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul, classificada pelo governador gaúcho, Eduardo Leite, como o “maior desastre climático do Brasil” em termos de extensão territorial e impacto econômico. Mais de 170 mortes foram confirmadas.

Kongjian Yu ressaltou que ficou impressionado com a ênfase que o BNDES tem dado a assuntos relacionados à busca de um futuro mais verde. “Eu nunca tinha ouvido uma instituição financeira falar tanto sobre mudanças climáticas, soluções verdes e determinação para o Brasil virar referência na construção de um futuro sustentável”, disse.

“Estou orgulhoso de estar aqui para compartilhar a minha experiência de como o planeta pode ser sustentável”, completou.

Contra infraestrutura cinza

Kongjian Yu é crítico da infraestrutura cinza.

“Gastamos bilhões de dólares canalizando rios, construindo represas, diques, tentando evitar que cidades e aldeias sejam inundadas”.

Segundo o arquiteto, essas intervenções devem ser consideradas para resolver questões imediatas no curto prazo apenas. “Não existe represa segura sempre, o que aumenta o perigo potencial de inundações”, declarou.

“Espero que o Brasil possa aprender com isso. Aprender com o que deu errado na China”, adverte, se referindo ao uso crescente de intervenções da engenharia.

Ele cita ainda que a produção de cimento é um emissor de gases do efeito estufa. Assim, diminuir a presença da infraestrutura cinza contribui diretamente para a redução do nível de poluentes liberados para a atmosfera.

O paisagista chinês defende que o conceito de cidade-esponja é uma solução sistemática para uma trajetória de resiliência, uma filosofia oposta à infraestrutura cinza, e que consiste em reter a água onde ela cai “Essa é a ideia do planeta esponja”, assinala.

O professor da Universidade de Pequim explica que parte do aumento do nível do mar – fenômeno que ameaça ilhas e países costeiros – se dá por causa do escoamento de água pluvial e, segundo Yu, caso essa água fique armazenada na região em que acontecem as chuvas, poderia ser absorvida na mesma área, diminuindo o volume levado para os oceanos.

Brasil

Yu enalteceu a biodiversidade brasileira e mostrou-se entusiasmado com o papel que o Brasil pode exercer no planeta. “Vocês são uma esperança, são um país muito jovem ainda”.

Apesar do otimismo, ele criticou a forma em que a agricultura é cultivada. “Vejo quilômetros e quilômetros de soja. Não há espaço para a água. Vocês podem estar usando técnicas erradas. Uma pequena e simples solução pode mudar a situação dramaticamente: tornem a terra em uma esponja para captar mais água”, recomendou.

O arquiteto considera que um dos primeiros passos para a elaboração de cidades-esponja é a criação de um plano diretor, em que fique claro “qual espaço ceder para água e onde não construir”.

Ele orienta que as áreas alagáveis sejam preenchidas com florestas, parques e lagos. “A nossa solução é tirar o muro. Deixar a água entrar. A água irriga o parque”.

Os muros de contenção são, na visão do paisagista, uma ameaça. Ele explica que quando acontecem transbordamentos, as superfícies de concreto funcionam como barreiras que impedem a água de retornar para o leito dos rios.

Outro fator negativo é que rios canalizados – geralmente mais retilíneos e com menos curvas que traçados naturais – aumentam a velocidade do fluxo d’água, em vez de retardá-la.

Segundo Yu, é preciso planejamento para que rios canalizados sejam transformados em rios-esponja, com vegetação, pequenas ilhas verdes que absorvam parte da água. “Nós temos que pensar grande”, incentiva.

Ele entende que, em vez de quilômetros e mais quilômetros de muros de contenção, é preferível criar uma “parede belíssima que respira, com vegetação nativa, um corredor verde, bem no meio da cidade”.

Kongjian Yu considera que iniciativas individuais também podem contribuir para que as cidades exerçam melhor a função de esponjas. Ele dá o exemplo de prédios e apartamentos que podem absorver a água da chuva. “É possível coletar e levar para a varanda, irrigando hortas”, detalha.

“Nós precisamos repensar a maneira com que reconstruímos nossas cidades. Buscar uma solução baseada na natureza”, finaliza.

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RESGATE SEM FRONTEIRAS: Humanos e cães ajudam no trabalho humanitário em Canoas desde as enchentes de maio

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O Grupo O Timoneiro entrevistou, na semana que passou, alguns dos muitos heróis que a cidade de Canoas teve durante a crise climática e social que atravessou boa parte da cidade durante as enchentes do mês de maio.

A entrevista faz parte da série Histórias da Enchente de 24, parte do especial Canoas +85 Anos

O criador e líder da organização Resgate Sem Fronteiras, Benedito Rodrigues Correa, veio de São Paulo para atuar no auxílio humanitário e também pela causa animal, tirando de telhados e terrenos muitos animais que hoje estão no Abrigo Pata Molhada, no bairro Mathias Velho.

Morador de Guarulhos, na Grande São Paulo, há 45 anos, Correa, como é conhecido, é ecologista e ambientalista, e sempre plantou muitas árvores. “Isso tudo tem a ver com o meio ambiente. Estamos prejudicando demais ele. Por isso a importância do plantio de árvores dentro das cidades, assim como a reciclagem”, aponta.

Desde o começo de maio, muitas árvores também foram plantadas em torno do Pata Molhada por conta da atuação de Correa e das equipes que o auxiliam.

No estúdio também estiveram as cachorras Fronteiras e Resgate, que nos últimos anos atuam no projeto que tem mais de quatro décadas de existência com trabalhos em catátrofes em diferentes regiões do Brasil, como as tragédias de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.

Correa também explicou como funciona o uso dos cães nos trabalhos de resgate. Os animais pegam o cheiro do alvo com o uso de roupas ou outros objetos da pessoa desaparecida, e são colocados na área para procurar. Ao encontrar, algo, as cachorras sentam, deitam ou mesmo cavocam a terra no ponto indicado. “Aí eu só sinalizo para quem da Defesa Civil, dos Bombeiros ou quem estiver de fato no resgate oficial para procurar, com uma vareta ou algo do tipo, e saio de cena”, disse.

O ambientalista acredita que nunca teve tantas tarefas como na recente crise climática no Rio Grande do Sul. Ele e outros membros do grupo foram não apenas a Canoas e Porto Alegre, mas também a cidades como Eldorado do Sul, mas também para o Vale do Taquari, dada a proximidade e oportunidades de resgate nesses locais. “Nem em Brumadinho ou Mariana eu vi a gente ser tão necessário”, comentou.

No RS, Correa também conheceu novos membros para o grupo. “Depois eu volto para São Paulo, mas o trabalho aqui vai continuar”, declarou.

Juntos, cães e humanos continuam o trabalho junto de veterinários e protetores dos animais que atuam em Canoas desde as enchentes.

Correa ainda lembrou de um caminhão de mantimentos que chegou ao Pata Molhada com 50 toneladas de mantimentos, de produtos de higiene a alimentos. Uma caixa, porém, despertou seu interesse.

Eram 50 cartas de crianças do Ensino Fundamental da cidade de Rio das Pedras, interior de São Paulo. Elas vinham com alimentos e doces para as crianças. Num primeiro momento, não era possível destinar essas mensagens às crianças. Em junho, com a passagem das águas, as cartas foram entregues.

“Pedimos para os pais lerem as cartinhas para os filhos. Elas mandaram para a gente vídeos agradecendo e mandando mensagens para as crianças que enviaram tudo aquilo. Isso é muito puro. Me dá esperança que o ser humano tem ainda muita capacidade para fazer o bem”, afirmou.

Confira a entrevista completa também pelo YouTube da OTPlayTV:

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