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31/05/2025
 

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O RENASCIMENTO DA ULBRA: Entrevistas exclusivas com presidente e vice-presidente da instituição

Redação

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Presidente da Ulbra, Carlos Melke, concedem entrevistas exclusivas falando sobre situação da entidade

“A Ulbra é patrimônio da sociedade gaúcha e é assim que a estamos tratando”, Carlos Melke, presidente da Alebra, mantenedora da Ulbra.

Sair da recuperação judicial e deixar a Ulbra mais forte do que quando ela entrou, este é o desafio de Carlos Augusto Melke Filho, presidente da Aelbra, mantenedora da Rede Ulbra de Educação. “Quando eu cheguei, um ano e meio atrás, nós encontramos realmente um desafio muito grande em relação a descrédito. Nossa instituição passou por um momento muito delicado financeiro, institucional, acadêmico”, assim Melke inicia a sua fala em entrevista exclusiva ao jornalista Vanderlei Dutra durante o Canoas Podcast.

Ele afirma que primeiro diagnosticaram estes pontos desafiadores e, a partir de uma gestão setorial descentralizada, verificaram os grandes problemas de unidade por unidade para ir reconstruindo este crédito com a sociedade. “A sociedade gaúcha cobra muito pesado e acredito que esteja correta. A Ulbra deve tudo aquilo que a história dela trouxe à sociedade gaúcha, principalmente. Ela ultrapassou os horizontes chegando ao norte e centro-oeste, mas devido ao seu crescimento aqui no Rio Grande do Sul”, disse.

Ele reforçou em vários momentos da entrevista este vínculo que a Ulbra tem com os gaúchos. “A Ulbra é vista como um patrimônio da sociedade gaúcha e é dessa forma que a estamos tratando”, afirmou.

Plano de  Recuperação Judicial

Paralelo ao trabalho de gestão, Melke salienta a importância nesta recuperação da Ulbra a alteração do Plano de Recuperação Judicial feita no ano passado. “Isto foi muito significativo. Nós aumentamos em quase R$ 100 milhões o cheque para a classe trabalhadora, que foi a mais impactada, a que sentiu mais e a que deu sangue naquele momento delicado da instituição. Perdemos muitos trabalhadores naquela ocasião e acho que os três mil colaboradores que nós temos hoje devem muito a esta classe que foi muito afetada, mas que a gente conseguiu dar um tratamento especial”.

Melke salientou que gestão e novos termos da recuperação judicial permitiram que pudessem estar desfrutando de momentos mais felizes como o vivido no momento da entrevista, o Living Lab, uma feira de empregabilidade e carreiras que recebeu 2 mil visitantes, empresas e agentes de integração durante dois dias na Ulbra. (Mais nas páginas 8 e 9 desta edição).

“Isto aqui é uma família”

Perguntado se, quando chegou há 1,5 ano atrás, ele encontrou o que imaginava, Melke disse que estava um pouquinho pior. “Não tínhamos crédito para parcelar em duas vezes uma dívida de R$ 10 mil. Essa era a realidade. E isso realmente me trouxe um receio de quanto tempo demoraríamos para trazer este crédito de volta com os fornecedores, com a comunidade gaúcha, com a comunidade canoense. Começamos a mostrar nosso propósito e colocar em dia nossos compromissos com fornecedores, com nossos colaboradores, com o FGTS, que foi um pedido especial do sindicato e que nós entendemos perfeitamente como justo e legítimo. Então, tão logo eles nos colocaram que desde 2019, ano que a Ulbra entrou em recuperação judicial, não tinha sido recolhido o FGTS, fizemos uma composição, pagamos o FGTS daquele período e hoje, graças a Deus, temos um outro cenário. De comprometimento desta gestão, ainda difícil no dia a dia, com muitos problemas, mas que a gente vem enfrentando com muita serenidade, com muito corporativismo interno. Isto aqui é uma família e eu me sinto muito agraciado por hoje fazer parte dela”, disse.

“Deus me deu um desafio e todo dia quando eu acordo eu agradeço. Isto aqui é apaixonante. Tudo o que fazemos aqui tem um resultado lá no futuro e eu acredito que estes frutos que estamos plantando hoje, por serem propositivos, honestos, concretos, com certeza darão bons frutos. E ganhando nós, ganha Canoas, todos estados e municípios que a Ulbra faz parte”, salientou Melke.

Uma Ulbra mais forte

Quando perguntado sobre o futuro da Ulbra, Melke mira alto. “Quero sair da recuperação judicial e deixar a Ulbra mais forte do que quando ela entrou, este é o meu desafio. Pensando nisso nós buscamos junto ao Ministério da Educação alguns direitos que estavam represados. Conquistamos a autonomia universitária, que estava há dez anos deixada de lado. Buscamos também a nota 5 do MEC, que mostra a excelência acadêmica e que foi a primeira vez nos 51 anos da Ulbra que conquistamos esta nota. Este tipo de tratamento eu acredito que vai gerar frutos para o futuro. Porque o mercado da Educação é necessário que se olhe para 10, 15 anos para a frente. A gente enxerga uma formação de excelência, que é o que o mercado vai exigir, porque lá na frente a educação mercantilista não vai sobreviver. É nisso que eu acredito e no que estamos trabalhando”, salientou.

O presidente Melke ainda falou sobre a Ulbra Sports, sobre novidades que estão por vir, reforma do complexo esportivo, a vinda das Gurias Gremistas para morar e treinar no campus, as novidades do curso de Medicina entre muitas outras coisas. Você acompanha a entrevista completa abaixo:

“A Ulbra está renascendo. E será muito forte”

Antônio Carlos Romanoski, vice-presidente da Aelbra -Foto: OT

Antônio Carlos Romanoski, vice-presidente da Aelbra -Foto: OT

Também em entrevista exclusiva ao Grupo O Timoneiro, durante o evento Living Lab Ulbra 2023, Antônio Carlos Romanoski, vice-presidente da Aelbra, mantenedora da Ulbra, revelou que está morando há um ano e meio em Canoas. “Foi uma grata surpresa, pois não conhecíamos. Fomos muito bem acolhidos aqui em Canoas. A gente está feliz”, disse.

“Esse projeto da Ulbra nos sensibiliza muito, porque ela é um patrimônio do povo gaúcho e tem a sede aqui em Canoas. Temos mais de 320 mil formandos que estão colaborando com a sociedade brasileira. Hoje, são mais de 30 mil alunos no Ensino Superior e mais de 4,5 mil na Educação Básica”, enfatiza.

Ele, que representa sócios investidores da Ulbra, destaca que foi necessário coragem e convencimento para recuperar a Ulbra. “Quando a gente veio de fora e aplicou recursos, havia uma expectativa que fossemos trazer gente de fora, mas depois de avaliar o time que estava aqui na Ulbra, a gente não trouxe ninguém. Todas nossas chefias, nossos superintendentes são da Ulbra, a maioria com mais de 20 anos de dedicação à Ulbra. Então é um time canoense e gaúcho que, junto conosco, está fazendo a diferença. A Ulbra estava muito próxima de ser fechada. Quando nós entramos, o Plano de Recuperação Judicial era para vender a Ulbra, extinguir. Com muito esforço, com muita explicação para o fundo de investimento de que teria solução, já que é a maior recuperação judicial do Brasil, com R$ 9 bilhões, se manteve. Não tinha ninguém capaz e com coragem, a não ser o presidente Melke e o banco, que acreditou que isso poderia dar certo”, conta.

“A Ulbra está renascendo. E será muito forte no futuro. Estamos investindo no esporte, e a Ulbra sempre foi um ícone no esporte brasileiro, também na relação com a comunidade canoense e gaúcha”, diz.

Assista a entrevista completa com o vice-presidente da Ulbra abaixo:

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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