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21/11/2024
 

Destaques

O RENASCIMENTO DA ULBRA: Entrevistas exclusivas com presidente e vice-presidente da instituição

Redação

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Presidente da Ulbra, Carlos Melke, concedem entrevistas exclusivas falando sobre situação da entidade

“A Ulbra é patrimônio da sociedade gaúcha e é assim que a estamos tratando”, Carlos Melke, presidente da Alebra, mantenedora da Ulbra.

Sair da recuperação judicial e deixar a Ulbra mais forte do que quando ela entrou, este é o desafio de Carlos Augusto Melke Filho, presidente da Aelbra, mantenedora da Rede Ulbra de Educação. “Quando eu cheguei, um ano e meio atrás, nós encontramos realmente um desafio muito grande em relação a descrédito. Nossa instituição passou por um momento muito delicado financeiro, institucional, acadêmico”, assim Melke inicia a sua fala em entrevista exclusiva ao jornalista Vanderlei Dutra durante o Canoas Podcast.

Ele afirma que primeiro diagnosticaram estes pontos desafiadores e, a partir de uma gestão setorial descentralizada, verificaram os grandes problemas de unidade por unidade para ir reconstruindo este crédito com a sociedade. “A sociedade gaúcha cobra muito pesado e acredito que esteja correta. A Ulbra deve tudo aquilo que a história dela trouxe à sociedade gaúcha, principalmente. Ela ultrapassou os horizontes chegando ao norte e centro-oeste, mas devido ao seu crescimento aqui no Rio Grande do Sul”, disse.

Ele reforçou em vários momentos da entrevista este vínculo que a Ulbra tem com os gaúchos. “A Ulbra é vista como um patrimônio da sociedade gaúcha e é dessa forma que a estamos tratando”, afirmou.

Plano de  Recuperação Judicial

Paralelo ao trabalho de gestão, Melke salienta a importância nesta recuperação da Ulbra a alteração do Plano de Recuperação Judicial feita no ano passado. “Isto foi muito significativo. Nós aumentamos em quase R$ 100 milhões o cheque para a classe trabalhadora, que foi a mais impactada, a que sentiu mais e a que deu sangue naquele momento delicado da instituição. Perdemos muitos trabalhadores naquela ocasião e acho que os três mil colaboradores que nós temos hoje devem muito a esta classe que foi muito afetada, mas que a gente conseguiu dar um tratamento especial”.

Melke salientou que gestão e novos termos da recuperação judicial permitiram que pudessem estar desfrutando de momentos mais felizes como o vivido no momento da entrevista, o Living Lab, uma feira de empregabilidade e carreiras que recebeu 2 mil visitantes, empresas e agentes de integração durante dois dias na Ulbra. (Mais nas páginas 8 e 9 desta edição).

“Isto aqui é uma família”

Perguntado se, quando chegou há 1,5 ano atrás, ele encontrou o que imaginava, Melke disse que estava um pouquinho pior. “Não tínhamos crédito para parcelar em duas vezes uma dívida de R$ 10 mil. Essa era a realidade. E isso realmente me trouxe um receio de quanto tempo demoraríamos para trazer este crédito de volta com os fornecedores, com a comunidade gaúcha, com a comunidade canoense. Começamos a mostrar nosso propósito e colocar em dia nossos compromissos com fornecedores, com nossos colaboradores, com o FGTS, que foi um pedido especial do sindicato e que nós entendemos perfeitamente como justo e legítimo. Então, tão logo eles nos colocaram que desde 2019, ano que a Ulbra entrou em recuperação judicial, não tinha sido recolhido o FGTS, fizemos uma composição, pagamos o FGTS daquele período e hoje, graças a Deus, temos um outro cenário. De comprometimento desta gestão, ainda difícil no dia a dia, com muitos problemas, mas que a gente vem enfrentando com muita serenidade, com muito corporativismo interno. Isto aqui é uma família e eu me sinto muito agraciado por hoje fazer parte dela”, disse.

“Deus me deu um desafio e todo dia quando eu acordo eu agradeço. Isto aqui é apaixonante. Tudo o que fazemos aqui tem um resultado lá no futuro e eu acredito que estes frutos que estamos plantando hoje, por serem propositivos, honestos, concretos, com certeza darão bons frutos. E ganhando nós, ganha Canoas, todos estados e municípios que a Ulbra faz parte”, salientou Melke.

Uma Ulbra mais forte

Quando perguntado sobre o futuro da Ulbra, Melke mira alto. “Quero sair da recuperação judicial e deixar a Ulbra mais forte do que quando ela entrou, este é o meu desafio. Pensando nisso nós buscamos junto ao Ministério da Educação alguns direitos que estavam represados. Conquistamos a autonomia universitária, que estava há dez anos deixada de lado. Buscamos também a nota 5 do MEC, que mostra a excelência acadêmica e que foi a primeira vez nos 51 anos da Ulbra que conquistamos esta nota. Este tipo de tratamento eu acredito que vai gerar frutos para o futuro. Porque o mercado da Educação é necessário que se olhe para 10, 15 anos para a frente. A gente enxerga uma formação de excelência, que é o que o mercado vai exigir, porque lá na frente a educação mercantilista não vai sobreviver. É nisso que eu acredito e no que estamos trabalhando”, salientou.

O presidente Melke ainda falou sobre a Ulbra Sports, sobre novidades que estão por vir, reforma do complexo esportivo, a vinda das Gurias Gremistas para morar e treinar no campus, as novidades do curso de Medicina entre muitas outras coisas. Você acompanha a entrevista completa abaixo:

“A Ulbra está renascendo. E será muito forte”

Antônio Carlos Romanoski, vice-presidente da Aelbra -Foto: OT

Antônio Carlos Romanoski, vice-presidente da Aelbra -Foto: OT

Também em entrevista exclusiva ao Grupo O Timoneiro, durante o evento Living Lab Ulbra 2023, Antônio Carlos Romanoski, vice-presidente da Aelbra, mantenedora da Ulbra, revelou que está morando há um ano e meio em Canoas. “Foi uma grata surpresa, pois não conhecíamos. Fomos muito bem acolhidos aqui em Canoas. A gente está feliz”, disse.

“Esse projeto da Ulbra nos sensibiliza muito, porque ela é um patrimônio do povo gaúcho e tem a sede aqui em Canoas. Temos mais de 320 mil formandos que estão colaborando com a sociedade brasileira. Hoje, são mais de 30 mil alunos no Ensino Superior e mais de 4,5 mil na Educação Básica”, enfatiza.

Ele, que representa sócios investidores da Ulbra, destaca que foi necessário coragem e convencimento para recuperar a Ulbra. “Quando a gente veio de fora e aplicou recursos, havia uma expectativa que fossemos trazer gente de fora, mas depois de avaliar o time que estava aqui na Ulbra, a gente não trouxe ninguém. Todas nossas chefias, nossos superintendentes são da Ulbra, a maioria com mais de 20 anos de dedicação à Ulbra. Então é um time canoense e gaúcho que, junto conosco, está fazendo a diferença. A Ulbra estava muito próxima de ser fechada. Quando nós entramos, o Plano de Recuperação Judicial era para vender a Ulbra, extinguir. Com muito esforço, com muita explicação para o fundo de investimento de que teria solução, já que é a maior recuperação judicial do Brasil, com R$ 9 bilhões, se manteve. Não tinha ninguém capaz e com coragem, a não ser o presidente Melke e o banco, que acreditou que isso poderia dar certo”, conta.

“A Ulbra está renascendo. E será muito forte no futuro. Estamos investindo no esporte, e a Ulbra sempre foi um ícone no esporte brasileiro, também na relação com a comunidade canoense e gaúcha”, diz.

Assista a entrevista completa com o vice-presidente da Ulbra abaixo:

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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