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18/08/2025
 

Comunidade

Trânsito continua caótico em frente às escolas particulares

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Trânsito é intenso nas escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

Trânsito é intenso nas escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Por Bruno Lara e
Émerson Vasconcelos

Na última semana, o jornal O Timoneiro abordou, em uma de suas reportagens, o caos no trânsito que se forma na avenida Victor Barreto nos momentos de entrada e saída dos alunos do Colégio La Salle Canoas. Se a reclamação dos pais, neste caso específico, é de que a Prefeitura os multa e não toma nenhuma providência para que o trânsito funcione de forma satisfatória, o problema muda em frente a outras instituições de ensino particulares. Em frente aos colégios Espírito Santo, na rua Tamoio, e Cristo Redentor, na avenida Inconfidência, os agentes de trânsito não aparecem nem mesmo para multar.

Fila dupla

Tanto em frente ao Espírito Santo quanto ao Cristo Redentor a fila dupla e a obstrução do trânsito são uma realidade diária. Os pais entrevistados em ambos os locais apontaram que parar em fila dupla é a única opção, já que, segundo eles a fiscalização de trânsito não se faz presente para organizar o fluxo de veículos.

Por outro lado, eles acreditam que se a Prefeitura atuasse naqueles locais, aconteceria o mesmo que ocorre em frente ao La Salle, com muitas multas sendo aplicadas e nenhuma medida visando facilitar a vida de quem precisa levar ou buscar o filho e só para em fila dupla porque não se sente seguro para estacionar nas ruas do entorno.

Roubos de veículos

Segundo pais de alunos das duas escolas, as áreas próximas às instituições de ensino têm sido alvo da atuação de ladrões de veículos. Com isso, a melhor alternativa acaba sendo enfrentar o engarrafamento e estacionar ao lado de outro.

O administrador Rafael Gomes, 29 anos, pai de aluno do Colégio do bairro Nossa Senhora das Graças, Espírito Santo, lembra que a presença dos guarda de trânsito só ocorre no começo e no final do ano letivo, mais especificamente nos meses de dezembro e março. Ele também relatou o temor em relação aos roubos de veículos na região. “Eles vêm aqui nestas épocas e não ajudam a coordenar o trânsito, só multam. Uma vez fui pedir uma informação para um dos agentes e ele me atendeu de má vontade, disse só ‘se botar ali é multa”. Acaba que a fila dupla acontece porque a rua aqui é estreita e a gente tem medo de estacionar nas ruas em volta, já que tem muito roubo a veículos por aqui”, relatou.

Em frente ao Colégio Cristo Redentor, no bairro Marechal Rondom, nossa equipe de reportagem conversou com pais e funcionários que preferiram não se identificar. Os entrevistados relataram que a incidência de roubos de veículos naquela redondeza também é alta e, por isso, os responsáveis pelos alunos acabam optando por parar em frente ao portão principal.

Como amenizar?

O militar José Luiz da Silva, 36 anos, pai de aluno do Colégio Espírito Santo, também pontuou a questão do roubo de veículos, mas sugere que medidas sejam tomadas pela escola para amenizar os problemas da fila dupla. “De manhã seria muito útil ter uma equipe da escola para receber os alunos. Assim os pais não precisariam estacionar, já que viria uma pessoa até o carro logo que ele parasse e levaria a criança para dentro da escola. Agora, a única alternativa é estacionar, descer do carro, levar a criança até a escola e, com isso, acaba acontecendo a fila dupla, é inevitável. Por outro lado, se mandarem guardas de trânsito aqui, eles só vão multar e os pais terão que pagar estacionamento privado, já que estacionando nas quadras em volta do colégio podemos ter os carros roubados na rua” , afirmou.

Patrícia Miranda, 19 anos, que trabalha no setor de robótica de uma empresa que funciona dentro do Colégio Cristo Redentor, testemunha diariamente a confusão gerada em frente à escola. Ela sugere que uma mudança importante seja realizada naquela região: “Acredito que uma sinaleira ali na esquina da avenida Inconfidência com a rua São Pedro poderia ajudar a organizar melhor o fluxo e não daria tanto congestionamento”.

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) informou que tem realizado ações, “uma ou duas vezes por semana, diretamente nestas escolas, no sentido de conscientizar os pais de alunos quanto ao trânsito e estacionamento em frente às escolas”. Referente à questão de segurança, disse que o tema “vem sendo tratado no âmbito do Gabinete de Gestão Integrada do Município (GGI-M), da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania, que já determinou a inclusão destes locais às ações de fiscalização, que vem ocorrendo”.

 

As ruas ficam intransitáveis em horários de entrada ou saída de alunos das escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

As ruas ficam intransitáveis em horários de entrada ou saída de alunos das escolas particulares de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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Canoas retoma acordo para regulamentar comércio indígena no Centro

Redação

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Canoas retoma acordo para regulamentar comércio indígena no Centro

O comércio indígena no Centro de Canoas passará por mudanças nos próximos meses. Representantes de quatro aldeias, do Ministério Público Federal (MPF), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SMDEI) definiram a retomada do acordo firmado em 2019, que estabelece 12 pontos fixos para a comercialização de produtos.

O pacto original foi firmado após o Município relatar ao MPF a expansão das bancas indígenas, a venda de produtos industrializados e problemas de circulação de pedestres e veículos, especialmente na Rua Quinze de Janeiro. Na época, ficou determinado que, fora dos pontos autorizados, valeria a legislação municipal que proíbe o comércio transitório na área central.

Em vistoria realizada em julho deste ano, a SMDEI identificou 29 bancas ativas no Centro, número superior ao acordado. O levantamento motivou pedidos de providências de entidades empresariais e levou à retomada das negociações.

Com o novo entendimento, será mantido o limite de 12 bancas, que receberão placas e crachás de identificação para facilitar a fiscalização. Três boxes da Praça da Bíblia serão disponibilizados para depósito de materiais.

Segundo a SMDEI, a medida busca equilibrar a preservação do direito de comercialização dos povos indígenas com a organização do espaço público e o cumprimento da legislação municipal.

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

Redação

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

A Campanha do Agasalho deste ano em Canoas atingiu os quantitativos de 28.340 peças recebidas e 15.774 itens distribuídos. Nesta quarta-feira, 6, a ação ocorreu com parceria entre agentes da Defesa Civil do município e voluntários para estender solidariedade aos moradores do bairro Rio Branco.

Em uma busca cuidadosa, pilha após pilha, sem desdobrar nem desarrumar os itens separados sobre uma grande mesa, propiciou que a dona de casa Tânia de Jesus, 46 anos, encontrasse roupas para proteger seus quatro filhos, de 13, 11, 8 e dois anos de idade.

Conforme o secretário de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas, Vanderlei Marcos, a ação é estratégica para fazer com que os bens doados pela comunidade cheguem efetivamente para quem precisa. “A parceria com lideranças e pessoas que são referências nas localidades é fundamental para ampliar o acesso daqueles que precisam dos agasalhos”, descreve o gestor.

Ao lado da parceira de voluntariado Celi Oliveira, Vera confirma que o elo se fortalece e a corrente de solidariedade estende sua proteção.

“Fazemos isso há dez anos. Abro minha casa para receber quem precisa da ajuda. Cada pessoa que sai daqui com uma roupinha para sua família faz valer o trabalho da gente”, define Vera.

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