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28/03/2024
 

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‘Professor na rua, Jairo a culpa é tua!’

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Bruno Lara

BR-116

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Esta era a palavra de ordem dos profissionais da educação presentes na praça Emancipação, em frente à Prefeitura Municipal de Canoas (PMC), na quarta-feira, 6, das 8 até às 22 horas. A paralisação foi aprovada em assembleia na quarta-feira, 29 de abril. A PMC, após tomar conhecimento do movimento, espalhou panfletos e banners contrariando a informação do sindicato e afirmando, incisivamente, que haveria sim aula normal. O que não se concretizou.

Mais de 400 professores paralisaram as atividades como prometido pelo Sindicato dos Profissionais em Educação (Sinprocan). Destes, ao menos 300 estiveram presentes na praça Emancipação, segundo o sindicato. Segundo a PMC, dos 2.149 professores da rede, apenas 19,4% aderiram à paralisação. A SME remanejou 290 educadores que trabalham na Secretaria para as salas de aula, em uma tentativa de garantir a normalidade das aulas, segundo informações da PMC. A Brigada Militar, não avistada no protesto que teve o acompanhamento da Guarda Municipal e dos Agentes de Trânsito, informou que aproximadamente 150 pessoas se fizeram presentes. O Sinprocan garante que 70% dos discentes não compareceram nas 44 instituições de ensino do município na quarta.

Nas redes sociais, o Prefeito garantiu que nenhuma das 86 escolas foram afetadas pela manifestação. Em muitas escolas, não houve chamada de presença para os alunos, uma vez que muitos pais não enviaram os filhos à escola. A primeira-dama, Thais Oliveira Pena, também via redes sociais, comentou a foto da publicidade distribuída pela Prefeitura. “Se tem professor que não poderia reclamar são os do município de Canoas!!!”. Os gritos de ordem “Mesmo com ameaça, professor na praça!” e “Mais professor, menos vereador” foram ouvidos por quem transitava nas imediações da rua 15 de Janeiro.

Segundo o secretário municipal de Educação, Eliezer Pacheco, a paralisação foi política e as mudanças no calendário de pagamento de salários e quadrimestralidade são medidas de contingência, diante da crise. O mesmo reivindica que teve aula no dia. O presidente do sindicato, Jari Rosa de Oliveira, afirmou que os docentes foram ameaçados. “Apesar das ameaças de corte de ponto, a categoria aderiu a mobilização”, salientou. Sobre o assunto, a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) presente no evento, Vitalina Gonçalves, afirmou. “Nós lamentamos profundamente se confirmarem os relatos de repressão e perseguição”, conclui.

Uma senhora, que para não prejudicar um parente professor preferiu não se identificar, confessou a equipe de O Timoneiro que membros ligados à Prefeitura de Canoas estavam ligando para os professores de telefones públicos ameaçando cortar o contrato. Segundo ela, a frase se repetiu com todos. “Tu ainda tem um ano de contrato, mas ele pode se rescindir a qualquer momento. Fique na escola amanhã”. O sindicato informou ainda que a SME estava fazendo ata de presença dos professores nas escolas. O mesmo, instruiu os presentes na praça a não assinarem nada, pois estavam assegurados por uma lei federal. O Sinprocan também informou que desde 2011 envia ofícios ao Prefeito, mas nunca obtiveram resposta.

O prefeito Jairo Jorge (PT) receberá o Sinprocan na sexta-feira, 8 de maio, às 8h30min com os professores de Ensino Fundamental e às 16 horas com os profissionais da Educação Infantil no Auditório Sady Schiwitz, na rua XV de Janeiro, nº 1.

Paulo Ritter (PT)
Ex-secretário de educação e presidente da Câmara dos Vereadores de Canoas

O Presidente do Legislativo alegou desconhecer as reivindicações da classe. Apresentadas algumas das reivindicações vistas na rua, conversou com uma de nossas equipes. “A manifestação é democrática, livre, justa, os trabalhadores da educação tem o direito de se organizar e manifestar, dado alguma insatisfação, o que me parece o caso. O piso em Canoas é R$ 3.580,00 para os novos concursados. Canoas tem um piso que é dos maiores do Estado.

O vereador entende que a classe evoluiu muito desde que o seu partido assumiu o Executivo. “Acho que os professores de Canoas evoluíram muito de 2009 para cá. Nós tivemos duas rodadas de debates sobre o plano de carreira”. Segundo ele, a principal reivindicação, histórica era o plano de carreira e, principalmente, a incorporação da regência. “Os professores todos, inclusive os aposentados, tiveram a incorporação da regência em seus salários”.

Sobre o piso, comentou: “É evidente que não está sendo pago. Não tem como ser pago por que esse piso foi instituído a partir deste ano e ele é referente aos professores do novo concurso. O piso é para os que começam a entrar agora”. Sobre o plano dos servidores, explicou que não atingiu a classe por possuírem outro tipo de carreira. “Sou presidente da Câmara Municipal de Canoas e tu que tá me mostrando a agenda. Ninguém manifestou para mim qual que é as reivindicações” (sic).

Vereador Ivo Lech (PMDB)
Ex-presidente do legislativo municipal

Segundo Ivo, “Para um burocrata ou tecnocrata, cinco dias são só mais alguns dias. Se as pessoas se colocassem no lugar das outras veriam que não é tão simples”. Ivo alega desconhecer a real dimensão de arrecadação de dinheiro na troca dos dias. “As pessoas fazem suas contas e depois não podem cumprir”. Falta um pouco de bom senso das pessoas públicas neste momento de crise econômica. “A situação do Estado é uma tragédia. A pior que eu já vi”.

Mariana Carolo

Mariana Carolo

Vitalina Gonçalves
Professora do município de Gravataí, representando a CUT

“Nós estamos aqui hoje, juntos a este sindicato filiado, fazendo a luta dos trabalhadores em educação. Temos a convicção que nesse país, no estado e nos municípios é preciso que a gente avance no respeito e na valorização dos profissionais da educação. É preciso transformar, definitivamente, educação em prioridade e isso se faz com respeito, com negociação, sem enrolação e com avanços que signifiquem ganho real na capacidade de compra dos trabalhadores em educação, plano de carreira e condições de trabalho”.

“Nós lamentamos profundamente se confirmarem os relatos de repressão e perseguição”. Questionada sobre o município em específico salientou: “Em Canoas, especialmente, temos a convicção dos trabalhadores em educação que hoje estão aqui na rua só vai crescer esse movimento, só vai avançar. Ou o Prefeito negocia ou definitivamente vamos parar o trabalho na cidade”.

Mariana Carolo

Mariana Carolo

 

Mariana Carolo

Professora na escola Farroupilha

“Apesar de ser habilitada em história eu dou aula de geografia, ensino religioso e educação artística pela falta de professores na escola”. Segundo a mesma, a educação está em situação precária. “A educação hoje é voltada para o sucateamento e para que o aluno não tenha possibilidade de progredir. É uma educação voltada para a propaganda, para fazer mais um voto, criar mais um voto e a ideia de que professores qualificados, que formam alunos pensantes é potencialmente perigosa. A Prefeitura não quer que os alunos pensem. Então, professores qualificados, que façam os alunos progredirem, pensarem além das disciplinas, são considerados perigosos”.

Cátia Beatriz
Professora na escola Farroupilha

Para Cátia o problema está na falta de professores. “É um desrespeito com a gente. Eu sou professora de matemática, mas tenho que dar aula de artes. Eu não fiz um concurso para dar aula de artes, fiz o concurso para dar aula de matemática. Sou habilitada em matemática e quero dar somente aula de matemática”.

Débora Cristina Dender
Professora do município há 19 anos

Segundo ela, a licença-saúde também não é respeitada. “Eu tenho 19 anos de município. No ano retrasado precisei cumprir as 40 horas em três escolas diferentes, distantes. Me colocaram para substituir e atender currículo. A minha habilitação é ciências e biologia, precisei tirar uma licença-saúde para a administração resolver a minha situação e me colocarem em duas escolas no mínimo próximas uma da outra. É uma situação muito delicada. Nós somos extremamente desvalorizadas e não somos ouvidos”.

Átila Simões
Professora na escola Arthur Pereira

A docente reclama da alteração na data do pagamento. “A nossa situação está bem difícil. Faltam professores, melhorias na quadra de esportes que não foi acabada e também a questão salarial, que passaram para o dia seis e era sempre dia 30 do mês. Então, muitas pessoas tinham contas a pagar. Um apoio aos professores de todo o Brasil. Defendendo a educação e melhores condições para trabalharmos”.

Professor Municipal

Professor Municipal

Reginaldo Tupinambá Madruga
Professor na escola Rio Grande do Sul

O professorde religião e português da escola Rio Grande do Sul, no bairro Mathias Velho, diz que não recebe o salário que a Prefeitura divulga. “São vários os motivos (para o protesto). Eu já estou aqui no município há aproximadamente oito anos e nestes oito anos, infelizmente, o Sr. Prefeito e, também a Câmara dos Vereadores, aprovaram dois planos de carreira sem a permissão ou sem o consenso ou sem apresentar a proposto para os professores. Observação que é primordial: Eu estou há oito anos aqui no município de Canoas, como professor de escola, e não ganho estes R$3.580,00 que foram apresentadas nas propagandas veiculadas na mídia”.

Júlio César Santos

Júlio César Santos

Júlio César Santos
Vice-presidente do Sinprocan

“Esse manifestação é o sentimento que o professor está tendo em virtude das atitudes que o Prefeito tem tomado nesses últimos anos de administração dele com a classe, com a categoria. Não só dos professores como os profissionais da educação infantil. Ele amedrontou o grupo. Era para termos um grupo bem maior, mas ele amedrontou com ameaças de cortar ponto, de demitir, então nós conseguimos reunir este grupo para dar um basta nessa indiferença e nessa injustiça que ele anda cometendo com todos os profissionais na educação. Muitos não vieram porque se sentiram ameaçados pelo Prefeito que se diz um Prefeito democrático.

O que diz a Prefeitura

A PMC informou que a alteração na data do pagamento é necessária em função das datas de repasse de recursos pela União e pelo Estado e que o salário inicial do professor em Canoas é de R$ 3.580,00. Por isso, 8.864 professores participaram do concurso que, segundo eles, é “um dos melhores do país”. Salienta ainda que “Nenhum professor municipal recebe salário abaixo do piso nacional” e que uma qualificação permanente é oferecida pela Prefeitura, de forma gratuita, em cursos de pós-graduação, especialização e mestrado.

Foram chamados 278 professores para o Ensino Fundamental e Educação infantil. Estão sendo chamados 75 Técnicos de Educação Básica. Estes profissionais deverão suprir as necessidades ocasionadas pela finalização de contratos, exoneração e aposentadorias no decorrer de 2015. O Executivo nega que houveram ameaças aos professores e que, em se tratando de um dia letivo comum, a paralisação poderá ocasionar imposições administrativas. Questionados sobre os gastos com faixas, banners e panfletos informando que haveria aula no dia 06, responderam que a informação estará disponível no Portal da Transparência conforme tempo determinado por Lei.

Professores sem voz - Bruno Lara/OT

Professores sem voz – Bruno Lara/OT

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Homem se passa por servidor da Prefeitura de Canoas para extorquir comerciantes locais

Redação

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Homem se passa por servidor da Prefeitura de Canoas para extorquir comerciantes locais

Foi divulgada nesta terça-feira, 26, uma matéria apurada pelo repórter investigativo Giovani Grizotti, do GZH, que mostrava um falso servidor da Prefeitura de Canoas, chamado Paulo Ricardo da Silva, extorquindo empresários locais em troca de contratos em prestação de serviços.

Na matéria, três empresários canoenses alegaram ter repassado meio milhão de reais a Paulo Ricardo da Silva, conhecido como Paulinho, que se utilizava de um possível vínculo com o prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques (Progressistas), para aplicar os golpes.

Conforme a reportagem, as vítimas eram procuradas por Paulinho que oferecia contratos emergenciais e sem licitação em troca de propina para servir lanches e café em órgãos da Prefeitura.

Os comerciantes disseram à investigação que os falsos contratos teriam um falso brasão e o nome do Prefeito, e que, depois de assinados, os documentos seriam levados para dentro de uma subprefeitura, sendo recebidos por um funcionário municipal que se passava por secretário.

Falsa ligação com a Prefeitura e Nedy

Segundo ainda consta na matéria de GZH, o falso assessor também mandava fotos com crachá e colete da Prefeitura. Procurado pela reportagem, o prefeito Nedy confirmou que o homem é irmão da sua nora, ou seja, cunhado do filho dele, e que assim que soube do caso, no dia 21 de fevereiro, após uma denúncia de um dos comerciantes lesados, informou à Procuradoria-geral do Município.

“Quando tomei conhecimento, fiz contato com o procurador-geral e com o Coronel Pitta (atual secretário de Segurança Pública de Canoas), que elaborou um relatório técnico que foi aprontando para a Delegacia de Polícia. Ele é irmão da minha nora. Ele está afastado da família, pois é um delinquente”, disse.

Umas das vítimas do golpista teria feito boletim de ocorrência, mas afirmou continuar sendo procurado pelo criminoso.

Nota da assessoria do prefeito Nedy

Uma nota da assessoria do prefeito Nedy diz que “no dia 6 de fevereiro, a partir da denúncia de uma vítima, a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Canoas passou a levantar dados para saber quem seria o suposto estelionatário que estaria se passando por assessor do chefe do Executivo.

Na posse dos dados, foi elaborado um Relatório Técnico de Inteligência e, juntamente com o registro policial da vítima, os documentos foram encaminhados para a 1ª Delegacia de Polícia, responsável pelas investigações de estelionato.

O secretário de Segurança Pública de Canoas, tenente-coronel Marcelo Pitta, chama atenção da população para ação do estelionatário. “Esse suposto agente público está aplicando golpes em empresários do Município através de contratos falsos de serviços junto à Prefeitura”, alerta. Conforme Pitta, qualquer suspeita de irregularidade pode ser denunciada para a Guarda Municipal, pelo 153, ou para Brigada Militar, pelo 190. Quem já foi vítima deve fazer o registro na delegacia de polícia mais próxima.

A Prefeitura informa, ainda, que já foi encaminhada a abertura de um processo interno de sindicância para apurar sobre os materiais de identificação utilizados irregularmente pelo golpista e suposta utilização do prédio da subprefeitura e participação de um ex-funcionário”.

Investigação policial

Por fim, as informações da matéria de GZH dizem que a Polícia Civil investiga se existem outras pessoas envolvidas nas extorsões e diz que, nos próximos dias, deve pedir medidas judiciais contra Paulinho. O Ministério Público informou que a apuração será feita pela promotoria de Canoas.

Procurado pelo GDI, Paulo Ricardo da Silva negou envolvimento em extorsões, disse que não usou o nome do prefeito para aplicar golpes e que nem sequer conhece o chefe do Executivo de Canoas.

 

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Suspeitos da morte de Marielle Franco são presos no Rio de Janeiro na manhã deste domingo

Redação

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Suspeitos da morte de Marielle Franco são presos no Rio de Janeiro na manhã deste domingo

Na manhã deste domingo, 24, a cena política do Rio de Janeiro foi abalada com a prisão dos irmãos Domingos Inácio Brazão e João Francisco Inácio Brazão, ambos políticos com longa trajetória no estado.

Além deles, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense, também foi detido. Todos são apontados como possíveis mandantes do assassinato brutal da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Irmãos Brazão

Os irmãos Brazão, com um histórico de influência política em Jacarepaguá, região controlada por grupos paramilitares, têm enfrentado acusações desde o trágico evento que tirou a vida de Marielle. Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), teve a prisão preventiva decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar de negar veementemente qualquer ligação com o crime, sua trajetória política é marcada por controvérsias.

Domingos Brazão

Domingos Brazão

Domingos Brazão

Desde seus primeiros passos na política, Domingos Brazão acumula polêmicas, incluindo acusações de abuso de poder econômico e compra de votos, além de episódios de afastamento de cargos públicos devido a denúncias de corrupção. Sua prisão temporária em 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, adicionou mais um capítulo nebuloso em sua carreira política.

Agora, as suspeitas que o envolvem no assassinato de Marielle Franco parecem alcançar um novo patamar, com relatos apontando-o como possível autor intelectual do crime. Embora tenha sido denunciado pela Procuradoria Geral da República por obstrução de justiça, sua posição privilegiada no TCE e os trâmites legais têm dificultado o avanço das investigações.

Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão

Seu irmão, João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho Brazão (União Brasil), também enfrenta uma situação delicada. Empresário e político, Chiquinho tem uma trajetória política que inclui passagens pela Câmara Municipal do Rio e pela Câmara dos Deputados. Sua ligação com Marielle Franco, durante os dois anos em que compartilharam o plenário, contrasta com as acusações que agora pairam sobre sua família.

Rivaldo Barbosa

Rivaldo Barbosa

Rivaldo Barbosa

Além dos irmãos Brazão, a prisão de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, adiciona mais complexidade ao caso. Empossado um dia antes do assassinato de Marielle, Barbosa é citado em um contexto onde sua atuação no combate à corrupção é questionada.

Enquanto as investigações avançam e a sociedade exige respostas, o Rio de Janeiro se vê mergulhado em um turbilhão político. A prisão dos suspeitos reforça a necessidade de transparência e justiça, em um episódio que transcende as fronteiras estaduais e assume dimensões nacionais e internacionais.

O desenrolar desse caso será crucial não apenas para o esclarecimento do assassinato de Marielle Franco, mas também para a própria credibilidade das instituições democráticas do país.

 

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Canoas decreta situação de emergência diante do risco de epidemia de dengue; casos passam de mil

Redação

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Canoas decreta situação de emergência diante do risco de epidemia de dengue; casos passam de mil

O prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques, declarou, nesta quinta-feira, 21, situação de emergência em saúde pública para prevenção, controle e atenção à saúde diante do risco epidemiológico decorrente da epidemia de doença infecciosa viral (dengue), transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Considerações

Para os fins deste Decreto, considera-se risco epidemiológico o reconhecimento das seguintes situações: I – presença do mosquito Aedes aegypti em 100% (cem por cento) dos bairros do Município de Canoas, aumento expressivo do número de casos prováveis de dengue, acima do limite superior endêmico do diagrama de controle, a partir da semana epidemiológica quarenta e nove (dezembro) de 2023; tendência de superação das séries históricas observadas durante as maiores epidemias de dengue no Estado, ocorridas nos anos de 2022 e 2023, conforme projeção da curva epidêmica para o ano de 2024; aumento superior de 467 por cento no número de casos confirmados nos primeiros três meses em 2024, em comparação ao período do ano de 2023 e primeira morte confirmada em decorrência da doença na cidade, dentre outras.

O Decreto vigorará pelo prazo de até 180 dias.

Casos de Dengue confirmados em Canoas 2024:

1138 casos de Dengue, sendo 1129 autóctones e 9 importados.

Segue a distribuição dos casos por bairro:
Bairros:

Estância Velha: 539 casos
Guajuviras: 199 casos ( autóctones) + 2(importados)
Olaria: 45 casos
Harmonia: 62 casos
Marechal Rondon: 16 casos autóctones e 2 (importados)
Nossa Senhora das Graças: 89 casos (autóctone) e 1 caso (importado)
São José: 12 casos autóctones+ 1 caso (importado)
Centro: 7 casos autóctone e 1 caso (importado)
Rio Branco: 15 casos
Mathias Velho: 53 casos
Niteroi: 41 casos autóctones e 2 importados
Mato Grande: 9 casos
Igara: 28 casos
Fátima: 11 casos
São Luís: 3 casos

Fonte: SinanWeb Dengue e setor de epidemiologia de Canoas (Dados atualizados dia 19/03)

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