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14/06/2025
 

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‘Professor na rua, Jairo a culpa é tua!’

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Bruno Lara

BR-116

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Esta era a palavra de ordem dos profissionais da educação presentes na praça Emancipação, em frente à Prefeitura Municipal de Canoas (PMC), na quarta-feira, 6, das 8 até às 22 horas. A paralisação foi aprovada em assembleia na quarta-feira, 29 de abril. A PMC, após tomar conhecimento do movimento, espalhou panfletos e banners contrariando a informação do sindicato e afirmando, incisivamente, que haveria sim aula normal. O que não se concretizou.

Mais de 400 professores paralisaram as atividades como prometido pelo Sindicato dos Profissionais em Educação (Sinprocan). Destes, ao menos 300 estiveram presentes na praça Emancipação, segundo o sindicato. Segundo a PMC, dos 2.149 professores da rede, apenas 19,4% aderiram à paralisação. A SME remanejou 290 educadores que trabalham na Secretaria para as salas de aula, em uma tentativa de garantir a normalidade das aulas, segundo informações da PMC. A Brigada Militar, não avistada no protesto que teve o acompanhamento da Guarda Municipal e dos Agentes de Trânsito, informou que aproximadamente 150 pessoas se fizeram presentes. O Sinprocan garante que 70% dos discentes não compareceram nas 44 instituições de ensino do município na quarta.

Nas redes sociais, o Prefeito garantiu que nenhuma das 86 escolas foram afetadas pela manifestação. Em muitas escolas, não houve chamada de presença para os alunos, uma vez que muitos pais não enviaram os filhos à escola. A primeira-dama, Thais Oliveira Pena, também via redes sociais, comentou a foto da publicidade distribuída pela Prefeitura. “Se tem professor que não poderia reclamar são os do município de Canoas!!!”. Os gritos de ordem “Mesmo com ameaça, professor na praça!” e “Mais professor, menos vereador” foram ouvidos por quem transitava nas imediações da rua 15 de Janeiro.

Segundo o secretário municipal de Educação, Eliezer Pacheco, a paralisação foi política e as mudanças no calendário de pagamento de salários e quadrimestralidade são medidas de contingência, diante da crise. O mesmo reivindica que teve aula no dia. O presidente do sindicato, Jari Rosa de Oliveira, afirmou que os docentes foram ameaçados. “Apesar das ameaças de corte de ponto, a categoria aderiu a mobilização”, salientou. Sobre o assunto, a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) presente no evento, Vitalina Gonçalves, afirmou. “Nós lamentamos profundamente se confirmarem os relatos de repressão e perseguição”, conclui.

Uma senhora, que para não prejudicar um parente professor preferiu não se identificar, confessou a equipe de O Timoneiro que membros ligados à Prefeitura de Canoas estavam ligando para os professores de telefones públicos ameaçando cortar o contrato. Segundo ela, a frase se repetiu com todos. “Tu ainda tem um ano de contrato, mas ele pode se rescindir a qualquer momento. Fique na escola amanhã”. O sindicato informou ainda que a SME estava fazendo ata de presença dos professores nas escolas. O mesmo, instruiu os presentes na praça a não assinarem nada, pois estavam assegurados por uma lei federal. O Sinprocan também informou que desde 2011 envia ofícios ao Prefeito, mas nunca obtiveram resposta.

O prefeito Jairo Jorge (PT) receberá o Sinprocan na sexta-feira, 8 de maio, às 8h30min com os professores de Ensino Fundamental e às 16 horas com os profissionais da Educação Infantil no Auditório Sady Schiwitz, na rua XV de Janeiro, nº 1.

Paulo Ritter (PT)
Ex-secretário de educação e presidente da Câmara dos Vereadores de Canoas

O Presidente do Legislativo alegou desconhecer as reivindicações da classe. Apresentadas algumas das reivindicações vistas na rua, conversou com uma de nossas equipes. “A manifestação é democrática, livre, justa, os trabalhadores da educação tem o direito de se organizar e manifestar, dado alguma insatisfação, o que me parece o caso. O piso em Canoas é R$ 3.580,00 para os novos concursados. Canoas tem um piso que é dos maiores do Estado.

O vereador entende que a classe evoluiu muito desde que o seu partido assumiu o Executivo. “Acho que os professores de Canoas evoluíram muito de 2009 para cá. Nós tivemos duas rodadas de debates sobre o plano de carreira”. Segundo ele, a principal reivindicação, histórica era o plano de carreira e, principalmente, a incorporação da regência. “Os professores todos, inclusive os aposentados, tiveram a incorporação da regência em seus salários”.

Sobre o piso, comentou: “É evidente que não está sendo pago. Não tem como ser pago por que esse piso foi instituído a partir deste ano e ele é referente aos professores do novo concurso. O piso é para os que começam a entrar agora”. Sobre o plano dos servidores, explicou que não atingiu a classe por possuírem outro tipo de carreira. “Sou presidente da Câmara Municipal de Canoas e tu que tá me mostrando a agenda. Ninguém manifestou para mim qual que é as reivindicações” (sic).

Vereador Ivo Lech (PMDB)
Ex-presidente do legislativo municipal

Segundo Ivo, “Para um burocrata ou tecnocrata, cinco dias são só mais alguns dias. Se as pessoas se colocassem no lugar das outras veriam que não é tão simples”. Ivo alega desconhecer a real dimensão de arrecadação de dinheiro na troca dos dias. “As pessoas fazem suas contas e depois não podem cumprir”. Falta um pouco de bom senso das pessoas públicas neste momento de crise econômica. “A situação do Estado é uma tragédia. A pior que eu já vi”.

Mariana Carolo

Mariana Carolo

Vitalina Gonçalves
Professora do município de Gravataí, representando a CUT

“Nós estamos aqui hoje, juntos a este sindicato filiado, fazendo a luta dos trabalhadores em educação. Temos a convicção que nesse país, no estado e nos municípios é preciso que a gente avance no respeito e na valorização dos profissionais da educação. É preciso transformar, definitivamente, educação em prioridade e isso se faz com respeito, com negociação, sem enrolação e com avanços que signifiquem ganho real na capacidade de compra dos trabalhadores em educação, plano de carreira e condições de trabalho”.

“Nós lamentamos profundamente se confirmarem os relatos de repressão e perseguição”. Questionada sobre o município em específico salientou: “Em Canoas, especialmente, temos a convicção dos trabalhadores em educação que hoje estão aqui na rua só vai crescer esse movimento, só vai avançar. Ou o Prefeito negocia ou definitivamente vamos parar o trabalho na cidade”.

Mariana Carolo

Mariana Carolo

 

Mariana Carolo

Professora na escola Farroupilha

“Apesar de ser habilitada em história eu dou aula de geografia, ensino religioso e educação artística pela falta de professores na escola”. Segundo a mesma, a educação está em situação precária. “A educação hoje é voltada para o sucateamento e para que o aluno não tenha possibilidade de progredir. É uma educação voltada para a propaganda, para fazer mais um voto, criar mais um voto e a ideia de que professores qualificados, que formam alunos pensantes é potencialmente perigosa. A Prefeitura não quer que os alunos pensem. Então, professores qualificados, que façam os alunos progredirem, pensarem além das disciplinas, são considerados perigosos”.

Cátia Beatriz
Professora na escola Farroupilha

Para Cátia o problema está na falta de professores. “É um desrespeito com a gente. Eu sou professora de matemática, mas tenho que dar aula de artes. Eu não fiz um concurso para dar aula de artes, fiz o concurso para dar aula de matemática. Sou habilitada em matemática e quero dar somente aula de matemática”.

Débora Cristina Dender
Professora do município há 19 anos

Segundo ela, a licença-saúde também não é respeitada. “Eu tenho 19 anos de município. No ano retrasado precisei cumprir as 40 horas em três escolas diferentes, distantes. Me colocaram para substituir e atender currículo. A minha habilitação é ciências e biologia, precisei tirar uma licença-saúde para a administração resolver a minha situação e me colocarem em duas escolas no mínimo próximas uma da outra. É uma situação muito delicada. Nós somos extremamente desvalorizadas e não somos ouvidos”.

Átila Simões
Professora na escola Arthur Pereira

A docente reclama da alteração na data do pagamento. “A nossa situação está bem difícil. Faltam professores, melhorias na quadra de esportes que não foi acabada e também a questão salarial, que passaram para o dia seis e era sempre dia 30 do mês. Então, muitas pessoas tinham contas a pagar. Um apoio aos professores de todo o Brasil. Defendendo a educação e melhores condições para trabalharmos”.

Professor Municipal

Professor Municipal

Reginaldo Tupinambá Madruga
Professor na escola Rio Grande do Sul

O professorde religião e português da escola Rio Grande do Sul, no bairro Mathias Velho, diz que não recebe o salário que a Prefeitura divulga. “São vários os motivos (para o protesto). Eu já estou aqui no município há aproximadamente oito anos e nestes oito anos, infelizmente, o Sr. Prefeito e, também a Câmara dos Vereadores, aprovaram dois planos de carreira sem a permissão ou sem o consenso ou sem apresentar a proposto para os professores. Observação que é primordial: Eu estou há oito anos aqui no município de Canoas, como professor de escola, e não ganho estes R$3.580,00 que foram apresentadas nas propagandas veiculadas na mídia”.

Júlio César Santos

Júlio César Santos

Júlio César Santos
Vice-presidente do Sinprocan

“Esse manifestação é o sentimento que o professor está tendo em virtude das atitudes que o Prefeito tem tomado nesses últimos anos de administração dele com a classe, com a categoria. Não só dos professores como os profissionais da educação infantil. Ele amedrontou o grupo. Era para termos um grupo bem maior, mas ele amedrontou com ameaças de cortar ponto, de demitir, então nós conseguimos reunir este grupo para dar um basta nessa indiferença e nessa injustiça que ele anda cometendo com todos os profissionais na educação. Muitos não vieram porque se sentiram ameaçados pelo Prefeito que se diz um Prefeito democrático.

O que diz a Prefeitura

A PMC informou que a alteração na data do pagamento é necessária em função das datas de repasse de recursos pela União e pelo Estado e que o salário inicial do professor em Canoas é de R$ 3.580,00. Por isso, 8.864 professores participaram do concurso que, segundo eles, é “um dos melhores do país”. Salienta ainda que “Nenhum professor municipal recebe salário abaixo do piso nacional” e que uma qualificação permanente é oferecida pela Prefeitura, de forma gratuita, em cursos de pós-graduação, especialização e mestrado.

Foram chamados 278 professores para o Ensino Fundamental e Educação infantil. Estão sendo chamados 75 Técnicos de Educação Básica. Estes profissionais deverão suprir as necessidades ocasionadas pela finalização de contratos, exoneração e aposentadorias no decorrer de 2015. O Executivo nega que houveram ameaças aos professores e que, em se tratando de um dia letivo comum, a paralisação poderá ocasionar imposições administrativas. Questionados sobre os gastos com faixas, banners e panfletos informando que haveria aula no dia 06, responderam que a informação estará disponível no Portal da Transparência conforme tempo determinado por Lei.

Professores sem voz - Bruno Lara/OT

Professores sem voz – Bruno Lara/OT

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Redação

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Redação

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Redação

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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