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26/07/2024
 

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Servidores públicos chegam a 13 anos sem aumento real

Reajustes ocorridos desde 2002 serviram apenas para repor perdas

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Reajustes ocorridos desde 2002 serviram apenas para repor perdas

Embora a Prefeitura alardeie com certa frequência que dá aumentos aos funcionários públicos municipais, o último aumento real visto pelos servidores aconteceu em 2002. De lá para cá houveram apenas reposições quadrimestrais relativas à correção em relação à inflação. Ou seja, com base na inflação oficial, os funcionários continuam com o mesmo poder de compra já 13 anos. O alerta é do presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação de Canoas (Sinprocan), Jari Rosa de Oliveira.

Jari ressalta ainda que as reposições não atendem as necessidades dos funcionários. “Eles dão esta reposição porque existe uma lei que define a obrigatoriedade deste ajuste quadrimestral com base na inflação oficial. Só que a gente sabe, todos sentimos no bolso, que a inflação é maior do que é dito oficialmente. Ou seja, na verdade estamos perdendo poder de compra ao longo destes 13 anos, já que não tivemos nenhum aumento real e a reposição é calculada com base em uma inflação menos do que ela é de verdade”, explica.

O presidente do Sinprocan ressalta ainda que mesmo o anúncio feito pela Prefeitura, de que os professores teriam recebido um aumento para estarem todos acima do piso nacional, é uma estratégia de marketing da Prefeitura. “Ele criou uma tabela de salários que não existe, mostrando como vai funcionar com esse resjuste, mas é um salário fictício., que ninguém recebe. Daí ele botou o aumento de 2,3% (para chegar ao piso) em cima do salário fictício”, explicou.

Jari explicou que os professores da classe 1 tem um salário real de R$ 1683,88, enquanto o Prefeito alterou na tabela, para parecer que recebiam R$ 1874,88. Na classe 2, o valor real é de R$ 1744,78, enquanto na tabela consta R$ 1884,27. Já na classe 3, o salário real é de R$ 1805,74, contra R$ 1893,75 do valor fictício da tabela. Por fim, a classe 4 tem um salário real de R$ 1866,53, enquanto na tabela constava R$ 1903,13. Em todos estes casos os professores estavam recebendo abaixo do piso e se o aumento fosse dado a eles sobre o valor real, continuariam abaixo. Jari ressalta que, como na tabela consta um valor diferente, na prática ninguém vai receber estes valores da lei.
Na edição anterior de OT, Jari, ressaltou que as condições continuam as mesmas para os professores, apresentando até mesmo piora em alguns sentidos. “A nova lei piorou ainda mais o nosso plano de carreira. Ao decidir pagar o piso para quem ainda não o recebia, o Prefeito não levou em consideração um aumento também para os demais. Com isso, ele achatou os níveis e a diferença entre graduados e não graduados, que era de 33%, foi reduzida para 12%”, explica.

Os baixos salários e a ausência de aumentos, impactam na continuidade de um problema crônico: A falta de professores. “A falta de professores continua e não há chances de que se resolva até o início das aulas, porque simplesmente não tem professores. A lista de aprovados, e nem foram muitos aprovados, no concurso, ainda não saiu e não há tempo para as nomeações até o começo do ano letivo. Para piorar, vários contratos de professores venceram e não podem mais ser renovados, por já terem completado dois anos. Como a tendência a cada ano é que as turmas aumentem, não tem como esperar uma solução”, analisou o presidente do Sinprocan.

Na mesma ocasião, questionado a respeito de quando poderemos ter boas notícias na área da Educação, já que, infelizmente, em todos os últimos anos letivos os professores só se depararam com mais problemas, Jari desabafou: “Espero boas notícias só em 2017, quando tivermos um novo prefeito”.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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