Comunidade
OT 50 anos – de engajamento em causas ambientais
Por Émerson Vasconcelos
À medida de o pensamento contemporâneo evoluiu, as preocupações com o meio ambiente passaram a pautar as rodas de discussões das pessoas que se preocupam com o futuro do planeta. O Timoneiro cumpriu seu papel e gradativamente passou a se engajar nas questões ambientais envolvendo Canoas. No começo do século 21 esta já era uma das principais preocupações do corpo editorial de OT e, com isso, o jornal emprega desde então sua experiência em resistir para contestar os autoritarismos do poder público, que acabam por prejudicar as lógicas do desenvolvimento sustentável.
Villa Mimosa
Em dois momentos O Timoneiro se engajou diretamente e ajudou a sociedade a resistir, enquanto foi possível, contra arbitrariedades cometidas pelo poder público. Entre 2008 e 2010. A Villa Mimosa, propriedade histórica que abrigava um grande número de árvores raras e centenárias no Centro da cidade, estava em perigo. Após ser vendida para uma construtora, a Prefeitura havia permitido que as árvores fossem derrubadas.
OT se juntou à ONG Villa Mimosa na campanha pela preservação da área. A resistência funcionou plenamente até 1º de janeiro de 2009, quando Jairo Jorge assumiu a Prefeitura e adotou postura igual ao de seu antecessor, Marcos Ronchetti. Naquela ocasião era dado como certo que Jairo protegeria a Villa Mimosa, mas ele nada fez para impedir o desmatamento e, em 2010, a maior parte da história da Villa Mimosa veio abaixo, restando apenas o Casarão e algumas poucas árvores.
Mesmo com os apelos da comunidade e com os trabalhos de entidades ambientalistas como a ONG Villa Mimosa, a Prefeitura não se sensibilizou. Foi graças a uma autorização dada pelo prefeito Jairo Jorge que as árvores foram ao chão, para permitir a construção de um empreendimento imobiliário. O documento que permitiu a ação foi assinado após uma reunião com a ONG e com representante da família Ludwig, na qual os presentes não sabiam que a autorização seria dada. Depois que os ambientalistas e o representante da família se ausentaram, a Prefeitura e a construtora assinaram o acordo, que resultou no brutal desmatamento.
A reportagem do jornal O Timoneiro seguiu os caminhões que levavam a madeira do local em que foram derrubadas, e descobriu o triste destino que muitos troncos tiveram: foram parar no lixão do Distrito Industrial Jorge Lanner, com autorização da Prefeitura. Se derrubar a Villa Mimosa foi uma violência contra a cidade, jogar uma importante parte de sua história no lixo tem um grande simbolismo de como foi tratada a questão.
Fazenda Guajuviras
Ainda em 2010, poucos meses após a devassa de Villa Mimosa, a Prefeitura aprovou, através de uma manobra junto ao governo do Estado, na época comandado por Yeda Crusius, que grande parte da área de preservação ambiental da Fazenda Guajuviras fosse utilizada para a construção do complexo prisional e de um distrito industrial. Na época, OT se junto mais uma vez à ONG Villa Mimosa e informou a população de mais este desrespeito do poder público ao meio ambiente.
Resistência reforçada
Desde 2010, OT passou a ser mais ainda mais pró-ativo em relação às causas ambientais, denunciando quaisquer abusos público ou privados nesta área. Embora a Villa Mimosa e a Fazenda Guajuviras tenham sucumbido aos interesses dos poderosos, percebemos que a resistência surtiu efeitos e trabalhamos para que a população esteja sempre informada a respeito de projetos do governo que possam prejudicar o desenvolvimento sustentável. Quanto mais cedo a informação chega às pessoas, mais eficazes são as lutas para barrar os abusos.
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Comunidade
Programa Avança Mulher Empreendedora chega a Canoas com 100 vagas destinadas aos bairros Mathias e Guajuviras

O Programa Avança Mulher Empreendedora chega a Canoas com 100 vagas destinadas a mulheres dos bairros Mathias Velho e Guajuviras. A iniciativa visa capacitar e empoderar mulheres em situação de vulnerabilidade econômica, social ou climática, promovendo o desenvolvimento econômico inclusivo através da potencialização de seus negócios.
O programa tem como pilares a qualificação profissional, a legalização de negócios informais e o fortalecimento da autonomia financeira das participantes. A formação abordará temas como boas práticas empreendedoras, desenvolvimento pessoal e de marca, análise de negócio e precificação, estratégias de venda, economia e finanças, e elaboração de plano de ação.
Além das aulas, as participantes contarão com 90 dias de mentoria individualizada. A conclusão do curso será marcada por uma feira de empreendedoras, onde poderão expor e vender seus produtos ou serviços.
A primeira reunião com lideranças locais está marcada para o dia 15 de julho. Após essa etapa, serão abertas as inscrições para as mulheres interessadas, e o início das aulas está previsto para o dia 11 de agosto. O cronograma completo, locais do curso e demais detalhes serão divulgados após a primeira reunião.
A secretária de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Patrícia Augsten, afirma que o programa vai impulsionar o empreendedorismo feminino nos bairros contemplados.
“Entramos em contato com a Junta Comercial para trazer o Avança Mulher Empreendedora para Canoas porque entendemos a importância dessa iniciativa e como ela poderá impactar positivamente na vida das mulheres canoenses e de suas comunidades. Um dos eixos de trabalho da nossa secretaria é justamente a qualificação profissional e empreendedora. Por isso, estamos ativamente em busca de mais parcerias como essa, para contemplar cada vez mais a nossa população, gerando melhores oportunidades de emprego ou fortalecendo negócios com o objetivo principal de aumentar a renda e promover a autonomia econômica”, destaca.
O programa é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, por meio da Junta Comercial, Industrial e de Serviços (JucisRS), e pela Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade (Seidape).
Em Canoas, a execução será coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, em parceria com a Secretaria da Cidadania, Mulher e Inclusão.
Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
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