Comunidade
Resgate histórico: um compromisso de O Timoneiro
Embora tenha começado a circular em 1966, OT já recuperou histórias de períodos anteriores
Por Émerson Vasconcelos
@emerson_rs
Embora O Timoneiro complete 50 anos de idade no próximo dia 29, o jornal sempre teve como compromisso a preservação da memória da cidade. Além de reportar, a cada semana, os principais fatos contemporâneos de Canoas, OT também tem uma preocupação constante com o resgate de fatos que precedem a sua fundação e até mesmo a instalação do município. Durante esta pesquisa que nossa equipe de reportagem faz para a edição especial do cinquentenário, que será veiculada daqui a duas semanas, verificamos desde a fundação do jornal à preocupação com a preservação da história da cidade e de seus moradores.
Na edição de 30 de outubro a 6 de novembro de 1968, O Timoneiro publicou em suas páginas uma matéria que merece ser lembrada pelo trabalho de pesquisa e pelo seu resultado. A entrevista feita naquela ocasião resgatou não apenas a história de um morador de Canoas, mas também um importante capítulo da história brasileira. Na ocasião, a equipe de reportagem descobriu em Canoas, residindo na rua Marechal Rondon, um homem que havia feito parte da Coluna Prestes.
Zacarias, como se apresentou a OT, foi recrutado por Prestes em 1924 e lutou ao lado de grandes nomes da revolução, como tenente Portella e Miguel Costa. Relatou na época impressionantes episódios de sua vida, que só foram publicados por este jornal. O entrevistado afirmou que chegou a atravessar o rio Paraguai cheio de piranhas para salvar-se junto dos companheiros. Conheceu Lampião e em suas andanças pelo país chegou a ser preso. Em 1926, dois anos depois de ter partido, retornou ao RS e acabou, mais tarde, fixando residência em Canoas.
E não foi um caso isolado na história de OT. Com a ajuda de valorosos colaboradores este jornal trabalha de forma constante para que os canoenses saibam cada vez mais sobre suas raízes. Antonio Canabarro Tróis filho, fundador deste veículo de comunicação, escreve em todas as edições a coluna “A História de Canoas – mês a mês” e também faz a curadoria do espaço “Memória da Cidade”, que sempre apresenta uma imagem de alto valor histórico para o município. O historiador Antonio Jesus Pfeil é outro importante nome dentre aqueles que ajudaram a resgatar momentos importantes.
A preservação da história de Canoas não é uma promessa, mas sim um compromisso de OT. Esta é uma cruzada que estamos trilhando há 50 anos e que pretendemos manter por tempo indeterminado, já que a memória de um povo é aquilo que faz dele o que ele é.
Comunidade
Restaurante Popular de Canoas serve marmita especial de Natal
“É um investimento destinado a famílias em vulnerabilidade social e situação de rua. Durante a enchente, o Restaurante Popular chegou a funcionar até as 18h, entregando mais de 55 mil refeições, uma vez que os moradores do lado Oeste de Canoas tiveram de migrar para a região Leste”, relembra.
O cardápio de Natal incluiu arroz colorido com cenoura e bacon, sobrecoxa de frango à milanesa, macarrão ao molho alho e óleo, feijão, batata inglesa corada, repolho com uva passa, pêssego e suco. Normalmente é servida água. A dona de casa Cristina Pereira, 42 anos, levou os três filhos para almoçarem no Restaurante Popular.
“Daqui, eles vão direto para a escola. Essa ajuda que a Prefeitura dá com a alimentação é muito importante”, conta a moradora do bairro Mathias Velho.
Segundo a nutricionista da SMAS, Anelise Ribeiro, para ter acesso ao Restaurante Popular, é preciso ter Cadastro Único e apresentar documento de identidade.
“Quem chegar sem esses requisitos, entretanto, não vai ficar com fome. Será servido e orientado a fazer seu cadastro nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)”, explica.
Comunidade
Praça Max Oderich tem obras de revitalização iniciadas em Canoas
Na terça-feira, 17, o prefeito Jairo Jorge assinou a ordem de início do serviço de revitalização da Praça Max Oderich, localizada no bairro Mato Grande. A obra será realizada em parceria com o Ministério da Cidadania e contará com um investimento total de R$ 395.800,00.
A revitalização da praça prevê uma série de melhorias, incluindo a construção de uma nova quadra poliesportiva, a revitalização dos calçamentos e das calçadas, pista de caminhada com acessibilidade, e melhorias na academia ao ar livre e no playground.
Segundo a administração municipal, as intervenções integram o plano da Prefeitura de Canoas para promover a qualidade de vida dos cidadãos e incentivar a prática de atividades físicas ao ar livre. A previsão de conclusão é abril de 2025.
Durante o ato de assinatura, o prefeito Jairo Jorge ressaltou a importância da obra para a região.
“É um compromisso que havíamos firmado com a comunidade. Vamos entregar a quadra, os calçamentos e permitir um uso mais adequado desse espaço. A praça será revitalizada em duas etapas, e já estamos colocando em prática essa promessa”, afirmou.
O secretário adjunto de Esporte e Lazer, Dimi Tresoldi, destacou que a obra atende a uma demanda antiga dos moradores, especialmente após os estragos causados pelas enchentes.
“Essa praça foi inaugurada em 2014, mas sofreu muito ao longo dos anos. Agora, com a nova pista de caminhada ao redor do quarteirão e a quadra poliesportiva, o espaço vai ganhar uma nova vida”, concluiu.
Comunidade
Com o tema “Unidos pela Reconstrução”, 12ª Parada Livre de Canoas coloriu o Parque Eduardo Gomes
A 12ª Parada Livre de Canoas, realizada no domingo, 15, no Parque Eduardo Gomes, reuniu centenas de pessoas em uma celebração de diversidade, luta e união. O evento, organizado pelo Conselho Municipal LGBT com apoio da Prefeitura de Canoas, teve como tema “Unidos pela Reconstrução”.
O secretário especial da Coordenadoria da Diversidade, Israel Valladas, destacou a importância do evento, especialmente em um momento de superação após as enchentes que atingiram a cidade.
“A tragédia nos ensinou a necessidade de união. Diferenças não importam: somos todos humanos, querendo ser felizes e celebrar a vida. A Parada Livre simboliza resistência e inclusão”, afirmou.
Segundo Fábulo Rosa, movimentos sociais se mobilizaram para garantir que a Parada acontecesse, com o apoio de uma vaquinha virtual para custear a estrutura do evento, reforçando o simbolismo da ocasião. “Unidos na reconstrução, enfrentamos a chuva e o tempo ruim para mostrar que a resistência é nossa força. A Parada é história e luta”, enfatizou.
Entre os participantes, o casal de Porto Alegre, Robert Oliveira e Angelo Niz, destacou a importância do evento. “Não é só festa, é também luta e direitos. É o momento de mostrar que estamos aqui e queremos nossos direitos garantidos”, disse Robert.
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