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15/10/2025
 

Justiça

Polícia Civil arquiva denúncia de transfobia contra vereador canoense Ezequiel (PL)

Redação

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O que acontece com o vereador Ezequiel (PL) após parecer favorável em processo de cassação 

A Polícia Civil arquivou, na quinta-feira, 10 de julho, pela segunda vez, a denúncia de crime de transfobia contra o vereador Ezequiel (PL).

Em conversa com a reportagem, Ezequiel diz aguardar os próximos passos da Câmara de Vereadores, que também abriu processo para apurar os fatos, passível de impeachment.

Conclusão assinada pelo Delegado Maurício Barison Barcellos

“Destarte, em face dos elementos carreados aos autos do presente feito, remeto o presente Inquérito Policial sem indiciamento, tendo em vista a escassez de provas com relação à materialidade, uma vez que a manifestação do investigado deu-se de modo genérico e amplo, não direcionada à vítima ou grupo e, sem a utilização de termos preconceituosos e/ou pejorativos. Encaminho os presentes autos, com o respectivo relatório, e os submeto à apreciação de V. Excelência e do digno representante do Ministério Público, para os fins legais, colocando-nos à disposição desse juízo para qualquer outra diligência julgada necessária”.

Relembre o caso

A Câmara Municipal de Canoas aprovou, no dia 21 de maio, por 14 votos favoráveis e 6 contrários, a abertura de uma Comissão Processante para apurar uma denúncia apresentada contra o vereador Ezequiel Vargas Rodrigues (PL). O pedido foi protocolado por Ágata Vieira Mostardeiro, bióloga, e Mayara Luciana Terra Alves, estudante, ambas eleitoras do município.

De acordo com a denúncia, o parlamentar teria publicado, em maio de 2025, conteúdos em suas redes sociais que, segundo as autoras, apresentariam linguagem ofensiva e discriminatória contra mulheres de Canoas. As publicações teriam sido feitas no contexto do Dia das Mães e, conforme alegado no documento, incluiriam manifestações consideradas pelas denunciantes como ideológicas, misóginas e transfóbicas.

Entre os trechos mencionados no texto, estão declarações em que o vereador teria afirmado que “não admira mulheres de esquerda”, além de responder a postagens de cidadãs com comentários classificados pelas denunciantes como depreciativos. Também é citada, segundo o documento, uma publicação com referência a “militância para matar crianças no ventre”.

As autoras alegam que os conteúdos foram direcionados a eleitoras “de esquerda” do município, incluindo uma das signatárias da denúncia. A denúncia também apresenta o que as autoras descrevem como histórico de condutas públicas do vereador, mencionando situações envolvendo profissionais da saúde, da educação e do Detran-RS.

Com base nessas informações, as autoras sustentam que o vereador teria, em tese, incorrido em infração político-administrativa prevista no artigo 7º, inciso III, do Decreto-Lei 201/1967 e no artigo 23, inciso III, da Lei Orgânica do Município de Canoas, por possível quebra de decoro parlamentar. O pedido também faz menção a artigos do Código Penal e a entendimentos do Supremo Tribunal Federal, no que se refere a injúria, transfobia e violência psicológica contra a mulher.

A composição da Comissão Processante foi definida por sorteio, conforme previsto no regimento interno da Câmara. A Comissão será composta por:

  • Presidente: Heider Couto (PL)
  • Relator: Jonas Dalagna (Progressistas)
  • Membro: Rodrigo D’Avila (NOVO)

Prazo

A Comissão Processante tem até 90 dias para concluir o processo. Caso o julgamento não ocorra dentro desse prazo, a investigação será arquivada.

Justiça

Câmara de Canoas homenageia os 45 anos da OAB Canoas e reconhece atuação do presidente da seccional gaúcha

Redação

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Câmara de Canoas homenageia os 45 anos da OAB Canoas e reconhece atuação do presidente da seccional gaúcha

Durante a sessão ordinária de terça-feira, 7, a Câmara Municipal de Canoas abriu espaço no Grande Expediente para homenagear os 45 anos da OAB Subseção Canoas e prestar reconhecimento ao presidente da OAB/RS, Dr. Leonardo Lamachia. A iniciativa partiu do vereador Eric Douglas (União), que destacou a importância da advocacia para a cidade e a atuação firme da seccional gaúcha em defesa da democracia.

Ao justificar o requerimento, Eric ressaltou o papel da Ordem nos momentos mais difíceis da cidade, como a pandemia e, especialmente, as enchentes de 2024.

“A palavra hoje é gratidão. Quando a cidade mais precisou, a OAB não virou as costas. Foram buscar doações, atenderam a população, acolheram colegas que perderam tudo. Inclusive meu irmão, que também é advogado e foi diretamente afetado”, relatou.

O vereador também fez questão de mencionar a atuação do presidente da subseção, Dr. Josias Santos, e a admiração pessoal pela trajetória de Lamachia.

“Eu virei fã do senhor, presidente. Porque o senhor fala com o povo, com humildade, e mostra que dá para fazer diferente”, disse, olhando para o homenageado. Em tom emocionado, compartilhou: “Sou filho de costureira e telemontador. Estou me formando em gestão pública, e no ano que vem quero começar Direito. Porque ajudar as pessoas, como vocês ajudam, é o que eu quero pra mim.”

Representando o conjunto dos parlamentares, o vereador Emilio Neto (PT) também se pronunciou, reforçando o caráter voluntário do trabalho realizado pela OAB.

“Presidir a OAB não dá status nem salário, mas exige entrega. E o que a gente vê aqui é isso: pessoas que se doam, que lutam pela Constituição e que não se omitem nos momentos difíceis”, afirmou. Ele lembrou que Canoas tem uma das subseções mais respeitadas do estado, e citou a ex-presidente Dra. Neusa Maria Rolim Bastos e o atual presidente, Dr. Josias Santos. “Vocês são amados pela advocacia local. E é por isso que, mesmo sendo vereador, eu sigo dizendo: advogado eu sempre serei. E me orgulho disso.”

A presidente da CAA/RS, Dra. Neusa Rolim Bastos, também participou da homenagem. Em sua fala, ela relembrou as origens da subseção e exaltou a atuação das mulheres durante a enchente.

“Celebrar 45 anos é também reconhecer quem esteve à frente nos momentos mais difíceis. A ex-presidente Ana Magiel e a tesoureira Raquel Tondo conduziram uma resposta firme e solidária à maior tragédia da nossa história recente”, destacou. Neusa também elogiou a condução atual da subseção. “O presidente Josias tem sido acolhedor, sensível e firme. Canoas é hoje referência dentro da advocacia gaúcha.”

Em nome da Subseção Canoas, o presidente Dr. Josias Santos agradeceu o reconhecimento e lembrou o impacto emocional de liderar a entidade em tempos de crise.

“Foi um ano difícil. Advogados perderam seus escritórios, suas casas, mas não deixaram de atender. Fomos para os abrigos, organizamos mutirões, buscamos doações. E seguimos atuando”, afirmou. Para ele, a homenagem da Câmara reafirma o compromisso da advocacia com a população. “Nós não somos apenas operadores do Direito. Somos servidores da cidadania. Estar à frente da OAB Canoas é uma honra, mas também uma grande responsabilidade.”

Encerrando a cerimônia, o presidente da OAB/RS, Dr. Leonardo Lamachia, agradeceu a homenagem e falou da importância simbólica de ser reconhecido pelo poder legislativo municipal.

“A tribuna de uma Câmara é um espaço sagrado da democracia. É aqui que a sociedade tem voz”, disse, logo no início da sua fala. Lamachia fez questão de dividir a homenagem com seus colegas.

“Essa distinção não é só para mim. É para todos os advogados e advogadas que seguem firmes na defesa da democracia, da justiça e da cidadania.” Ele também destacou a atuação da OAB Canoas durante a enchente. “Eu estive aqui. Vi o que vocês passaram. E vi uma advocacia unida, solidária, incansável. Essa atuação comoveu o estado inteiro.”

Além de reforçar pautas históricas da Ordem, como a luta contra o calote dos precatórios e a crítica ao aumento da carga tributária, Lamachia encerrou sua fala com uma citação pessoal.

A sessão terminou com a entrega simbólica da homenagem à OAB Canoas e ao presidente da OAB/RS, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela advocacia na defesa do Estado de Direito e na proteção da cidadania.

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Justiça

STF inicia votação sobre tentativa de golpe; Moraes vota por condenar Bolsonaro e mais sete réus

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STF inicia votação sobre tentativa de golpe; Moraes vota por condenar Bolsonaro e mais sete réus

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira, 9, a fase de votação do julgamento dos oito réus apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrantes do “núcleo crucial” da suspeita de tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Entre os acusados está o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar e se posicionou pela condenação de todos os réus por todos os crimes imputados pela PGR. Segundo Moraes, “os réus praticaram todas as infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República, em concurso de agentes e em concurso material”.

Crimes imputados

A PGR acusa os réus pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

  • Golpe de Estado

  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União

  • Deterioração de patrimônio tombado

A única exceção é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que teve parte do processo suspenso após votação na Câmara dos Deputados. Com base na prerrogativa de foro e no entendimento de imunidade parlamentar, ele responde apenas por três dos crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

Próximos votos e continuidade da sessão

Após o voto de Moraes, a sessão foi suspensa pelo ministro Cristiano Zanin. A votação será retomada ainda nesta tarde de terça-feira, às 15h30, com os votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e do próprio Zanin.

O julgamento é considerado um marco no enfrentamento institucional aos atos de 8 de janeiro e pode estabelecer jurisprudência sobre responsabilização de autoridades por ataques ao regime democrático.

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Justiça

2ª Turma do STF forma maioria a favor de Airton Souza em recurso contra condenação de improbidade administrativa

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2ª Turma do STF forma maioria a favor de Airton Souza em recurso contra condenação de improbiadde administrativa

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na segunda-feira, 8, a favor do recurso do prefeito de Canoas, Airton Souza (PL), que pedia reversão da condenação por ação por improbidade administrativa nas instâncias anteriores.

Três ministros (Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes) votaram pela absolvição, acolhendo a tese da defesa de que é necessário comprovar intenção no ato ilícito, como determina a nova Lei de Improbidade. O relator, Edson Fachin, foi o único voto contrário até o momento.

O julgamento ainda não terminou, faltando Nunes Marques votar, mas a maioria está formada. Nas redes sociais, o prefeito comemorou citando Romanos 8:28, com destaque para “Deus é bom o tempo todo!”.

Dois dias antes, já havia publicado uma imagem com o logotipo do STF ao fundo e com a mensagem de que faltava pouco para a tempestade passar. Naquele momento, a votação estava em 2 a 1. O caso se refere a uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público por ato de quando Airton Souza foi presidente da extinta CIEL, uma empresa vinculada à Corsan.

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