Educação
Projeto Viva Perifa leva grafite e arte às escolas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Com o propósito de contribuir para a ressignificação de escolas no Rio Grande do Sul após as enchentes que assolaram o estado em 2024, o projeto Viva Perifa leva arte e cultura para instituições de ensino estaduais públicas que foram impactadas pelas enchentes.
A ideia do projeto é criar galerias de artes a céu aberto, levando a arte urbana para as comunidades através da grafitagem dos muros escolares. A primeira etapa do Viva Perifa já contemplou três escolas de São Leopoldo – Cândido Xavier, Castro Alves e Rui Barbosa – com mais de 600 m² de muros grafitados. As escolas escolheram previamente os temas que seriam retratados nas pinturas e todo o trabalho foi realizado por um coletivo de mulheres muralistas gaúchas.
A entrega das artes gerou muita emoção às crianças e toda comunidade escolar. Isso porque o Viva Perifa une arte urbana e sensibilidade, levando emoção e escuta ativa às comunidades atingidas pelas águas. A lembrança da destruição e do barro, agora são ressignificadas por cores vibrantes em lindos grafites retratados nos muros escolares.
O Viva Perifa tem como objetivo valorizar artistas locais, gerando trabalho e renda para comerciantes e equipes envolvidas na execução do projeto, e tem conexão direta com sustentabilidade, promovendo impacto social e cultural.
Além da arte urbana, o projeto vai realizar oficinas temáticas nas escolas. A expectativa é que a iniciativa possa envolver diretamente mais de 10 mil pessoas ao longo do ano letivo.
“É uma iniciativa sensível que registra as memórias da comunidade antes da tragédia e estimula sonhos e desejos para o futuro da comunidade. A arte urbana como expressão cultural foi escolhida para ser a base de conexão do projeto com as escolas públicas que, junto com artistas locais – que também foram impactados pelas chuvas, criam o desenho integrando a comunidade no processo de restauração”, explica Andrea Moreira, CEO da Yabá Consultoria e idealizadora do Projeto Viva Perifa.
Viva Perifa é incentivado pela Leroy Merlin, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, produzido pela Yabá Consultoria e coproduzido pela Aflora Cultural.
Em breve, o Projeto Viva Perifa chegará às escolas da cidade de Porto Alegre. Acompanhe nas redes sociais @vivaperifa .
As escolas já beneficiadas
Na periferia, a Escola Cândido Xavier, que foi inundada pelas águas, escolheu como tema para a grafitagem ancestralidade, diversidade e superação. Liderada pela muralista Marília Drago, a equipe retratou o Baobá, símbolo da ancestralidade e da árvore da vida, destacando a resistência ao fogo e capacidade de armazenar água.
“A arte no muro da escola ressignifica a simbologia da água, transformando-a em pássaro como símbolo de força e esperança. No centro, um aluno, que perdeu a vida ao brincar no rio, está representado sentado nas raízes de um Baobá, com um arco-íris saindo de seu livro, simbolizando diversidade e trazendo cor e vida aos outros alunos”, explica Marília. Ela ainda destaca que as cores inspiram a comunidade escolar, trazendo energia e renovação.
Já o muro gigante da Escola Castro Alves recebeu artes de três muralistas: Lisiane Fangueiros, Marilia Drago e Mariana Tauchen, que contaram uma história de superação, inclusão social e respeito à diversidade e Meio Ambiente.
“O mural inicia com a representação de uma mulher negra, simbolizando as raízes ancestrais da comunidade e a conexão com a natureza. O livro representa a educação como meio de transmitir esse conhecimento, enquanto as PANCS (plantas alimentícias não convencionais) destacam a biodiversidade e a resistência aos padrões de consumo hegemônicos”, explica a artista Lisiane Fangueiro.
No mural da escola, o João-de-Barro e o Araçá simbolizam a fauna e flora do Rio Grande do Sul, trazendo à tona a questão da moradia após a perda de casas na comunidade. A ave representa a memória desse evento doloroso, ressignificando a tragédia sem apagá-la. Já a parte final do mural retrata a noite e o sonho de novas possibilidades, com a mariposa simbolizando transformação e esperança.
Na Escola Rui Barbosa, o tema escolhido foi Educação Ambiental. A arte produzida representa o pássaro Quero-Quero, símbolo de resistência, e folhagens que representam a fauna e flora e destacam a importância do respeito ao meio ambiente. Já a menina com elementos escolares traz a importância da educação para formação de consciência cidadã e desenvolvimento da sociedade.
Outras escolas de São Leopoldo serão beneficiadas com oficinas de grafitagem, desenho e outras linguagens artísticas. Além disso, escolas de Porto Alegre serão grafitadas ao longo de 2025.
O projeto Viva Perifa nasce com o objetivo de impactar as comunidades periféricas, fortalecendo a sensibilidade da comunidade com a arte e os artistas, contribuindo inclusive para a formação de novos profissionais nesta área. “Ao integrar o plano de apoio ao Rio Grande do Sul, o Viva Perifa mantém um olhar atencioso para a população oferecendo trabalhos que, de fato, estão impactando a vida das pessoas”, finaliza Andrea Moreira.
Escolas beneficiadas em São Leopoldo
- Escola Cândido Xavier – R. Dos Hibiscos, 2-150 – Santos Dumont, São Leopoldo – RS, 93113-070
- Escola Castro Alves- Rua Soldado – R. Henrique Lopes, 196 – Vicentina, São Leopoldo – RS, 93025-200
- Escola Rui Barbosa – Av. João Alberto, 135 – Vicentina, São Leopoldo – RS, 93025-490
Educação
Estudante da Ulbra representará o Brasil em Congresso Internacional de Neurologia nos EUA

A estudante de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Anna Carolina Silveira, foi selecionada para apresentar seu trabalho, que tem como coautora a também estudante da Ulbra Júlia Oriques Bersch, no Congresso Internacional de Neurologia e Neurociência, em novembro, na Flórida (EUA). Ela será a única brasileira e também a única estudante de Medicina entre os palestrantes do evento.
O estudo foi desenvolvido sob orientação do neurologista e professor da Ulbra William Alves Martins e teve origem no acompanhamento de um caso raro atendido no Centro de Especialidades da Universidade, em Canoas. Durante o estágio curricular em Pediatria, Anna Carolina acompanhou uma criança diagnosticada com a síndrome do cromossomo 14 em anel, condição genética descrita pela primeira vez em 1971 e com pouco mais de 80 registros relatados mundialmente até hoje.
O trabalho foi desenvolvido em parceria pelas estudantes Anna e Júlia. As duas realizaram um amplo levantamento na literatura científica, analisando os 13 artigos existentes até o momento sobre o assunto, que serviram de base para a pesquisa. Júlia ficou encarregada da leitura e do resumo desses estudos, compondo a fundamentação teórica, enquanto Anna assumiu a redação e o relato do caso, tornando-se a autora principal e responsável por apresentar o trabalho no congresso.
Síndrome do cromossomo 14 em anel
De acordo com publicações científicas internacionais, a síndrome pode causar epilepsia de difícil controle, deficiência intelectual, traços de autismo, alterações imunológicas e infecções de repetição. Outros sintomas descritos são atraso no desenvolvimento, hipotonia e problemas oculares.
Por sua raridade, cada novo relato clínico é considerado valioso, pois contribui para ampliar o conhecimento médico e orientar futuros diagnósticos e tratamentos.“Durante meu estágio curricular obrigatório em Pediatria, acompanhei o caso de uma criança com essa condição rara. Esse envolvimento me motivou a aprofundar o tema e desenvolver um trabalho científico em forma de relato de caso associado a revisão de literatura. Cada descrição clínica contribui para acrescentar uma nova peça no quebra-cabeça da doença”, contou Anna Carolina.
Relevância internacional
Para o professor e neurologista William Alves Martins, orientador da pesquisa, a participação da estudante representa muito mais do que uma conquista pessoal. “No caso da síndrome do cromossomo 14 em anel, compartilhar observações clínicas, como a epilepsia grave, e genéticas não apenas amplia a compreensão global sobre esse distúrbio, mas também instiga novas perguntas: há padrões que possam orientar diagnóstico precoce ou manejo terapêutico? A cirurgia da epilepsia pode ser uma opção?”, relatou.
Ele ainda destaca que “quando estudantes mergulham em pesquisas clínicas, exercitam sua curiosidade como motor da aprendizagem e também uma postura investigativa crítica, essencial ao bom médico e cientista. Para a ciência, esse olhar fresco e curioso dos estudantes é muitíssimo valioso, pois ideias inovadoras muitas vezes surgem da inquietação de quem ainda não está preso a paradigmas e dogmas.”
A conquista também leva a Universidade, junto da estudante, para um um cenário de relevância internacional. De acordo com o professor, “é o reflexo de uma cultura acadêmica que valoriza a curiosidade investigativa como alicerce do ensino e da ciência. Para a Ulbra, é a confirmação de que estimular o olhar questionador dos estudantes gera frutos que alcançam o cenário global.”
Congressos internacionais de neurologia reúnem especialistas de todo o mundo para compartilhar descobertas recentes, debater diagnósticos complexos e discutir terapias inovadoras. Mais informações sobre o congresso estão no link: https://neurologyconference2025.com
Trajetória acadêmica
Anna Carolina Santos da Silveira é estudante no penúltimo ano do curso de Medicina na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas (RS). Tem forte interesse em Neurologia e dedicação à pesquisa científica. Já contribuiu com mais de 120 publicações em congressos, periódicos e capítulos de livros, tanto no Brasil quanto no exterior.
Além disso, atua em grupos de pesquisa e desenvolve projetos relacionados à Neurologia e áreas correlatas.
Educação
EMEF Jacob Longoni celebra Semana da Criança com o Dia do Brega nesta quinta

Nesta quarta-feira, 15, a EMEF Jacob Longoni realizou o Dia do Brega, em comemoração à Semana da Criança. Durante o recreio no turno da manhã, os alunos puderam dançar, ouvir música e participar de atividades integrativas entre professores e alunos.
O objetivo da ação era que todos fossem à escola com roupas coloridas, diferentes e criativas que normalmente não usariam no dia a dia.
Uma das alunas, Sofia Teixeira Soares, de 11 anos e estudante do sexto ano, inovou com uma peruca: “eu escolhi sozinha a minha roupa, peguei várias peças diferentes e escolhi também uma peruca e óculos de sol para ficar diferente”.
Já a aluna do terceiro ano, Giovana Cavalheiro, de nove anos explicou: “Eu vim com essa meia de quando eu tinha três anos, que tá até furada no dedão, mas ainda serve e é bem colorida”.
Educação
Governo do RS anuncia uniformes escolares para professores da rede estadual em 2026

Em comemoração ao Dia do Professor, o governo do estado anunciou a distribuição de uniformes escolares para os professores da Rede Estadual no ano letivo de 2026, com investimento de R$ 6 milhões. É a primeira vez que o Estado oferece uniformes aos docentes, atendendo a um pedido das equipes escolares após a entrega dos uniformes aos estudantes. Além disso, o governo já havia aprovado o pagamento do 14º salário por metas alcançadas. Serão beneficiados professores, orientadores, supervisores, vice-diretores e diretores das escolas estaduais.
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