País
Lula assina no Rio Grande do Sul novos contratos de retomada da indústria naval brasileira
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na manhã desta segunda-feira, 24, no Rio Grande do Sul, contrato do Programa de Ampliação da Frota da Petrobras e Transpetro. A agenda compõe mais uma ação de retomada da indústria naval e de recuperação de plataformas da Petrobras que estavam em situação de desmobilização, desta vez em Rio Grande.
O município, a 300 quilômetros de Porto Alegre, abriga o o quarto terminal portuário mais movimento do País e a Refinaria Riograndense, a primeira do Brasil, inaugurada em 1937 como Refinaria Ipiranga.
O objetivo do Governo Federal é ampliar a frota de navios petroleiros e desenvolver a indústria naval, com a construção de quatro navios petroleiros do tipo Handy (embarcações de médio porte utilizadas para o transporte de petróleo bruto e derivados), com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação.
Os navios serão usados no transporte de derivados de petróleo na costa brasileira. O projeto faz parte do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras, com a expectativa de estimular a criação de 10 mil empregos diretos e renda para o setor.
Há uma semana, no dia 17, a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou durante evento de lançamento de licitações do programa, em Angra dos Reis (RJ), que a empresa está “pisando no acelerador”.
“Mostrando o que a Petrobras vem fazendo pelo Brasil para explorar, produzir petróleo e entregar energia cada vez mais limpa para a sociedade brasileira. Os senhores não tenham nenhuma dúvida, nós vamos liderar uma transição energética justa”, afirmou Magda, que enfatizou:
“Isso é um reaquecimento da indústria nacional brasileira. Não queremos jogar navios fora, queremos reaproveitar esses navios e queremos que o reaproveitamento aconteça nos estaleiros nacionais”.
A executiva saudou na ocisão trabalhadores e fornecedores da Petrobras.
“Sem eles, nossos empreendimentos não seriam possíveis. E como nós temos dito, estejam preparados porque nós estamos pisando no acelerador. Então, estejam preparados, porque seja para fazer navios, para exploração e produção de petróleo e gás, seja para fazer refinarias e ampliação de capacidade de refino, nós vamos pisar no acelerador e vocês são essenciais para o sucesso dessa empreitada”, disse Magda Chambriard.
No mesmo barco
Em sintonia com a direção da empresa, o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, observou que a indústria naval representa soberania nacional, tecnologia, e é estratégica. “Nosso mar jurisdicionado são 5,3 milhões de quilômetros quadrados. A costa brasileira tem. 7.300 quilômetros e vivem na costa 58, vivem e trabalham, 58 milhões de brasileiros.”
Alckmin celebrou o momento de “união e reconstrução” do País citando Martin Luther King, King, que dizia, referindo-se à sociedade americana, que ela era formada por povos de muitas origens. “Então, dizia ele, cada um de nós veio de um navio diferente. Mas agora, estamos todos no mesmo barco, destacando a importância do sentimento de comunidade e de unidade que deve nos unir para trabalhar pelo país.”
Na ocasião, o presidente Lula reiterou a importância da Petrobras para a soberania do país. “Quanto mais forte é a Petrobras, mais forte será o Brasil. Quanto mais forte for o Brasil, mais forte é a Petrobras, e vamos continuar construindo navios, construindo sondas, construindo plataformas, pesquisando o petróleo, produzindo o petróleo, refinando o petróleo, porque esta é uma missão que está na mão de vocês da Petrobras”, acrescentou.
O evento desta segunda-feria terá ainda a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e de autoridades políticas locais. “Por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, vamos investir mais de R$ 10 bilhões, com recursos do Fundo da Marinha Mercante, para estimular a indústria naval e fortalecer esse setor, fundamental para a economia brasileira”, afirmou.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, ressalta que essa é apenas a primeira contratação prevista pela companhia. “A aquisição dos navios da classe Handy é apenas o começo da renovação e ampliação da nossa frota. Na semana passada, em Angra dos Reis, lançamos a licitação de mais oito gaseiros. E pretendemos lançar futuramente licitações para contratar pelo menos mais 13 embarcações até 2026, ampliando a capacidade logística da Transpetro em até 25%”, afirma Bacci.”
A contratação
O consórcio entre os estaleiros Rio Grande e Mac Laren apresentou um preço final de US$ 69,5 milhões por embarcação e venceu a licitação, lançada em julho de 2024, após o cumprimento de todas as etapas do edital. Os novos navios irão ampliar a capacidade de atendimento à Petrobras da Transpetro, permitindo a redução da sua exposição ao afretamento desse tipo de unidade, que tem baixa liquidez no mercado.
Os Handy vão contemplar soluções que garantem maior eficiência energética e menor emissão de gases que provocam o efeito estufa. Além disso, as embarcações poderão ser abastecidas com bunker ou biocombustíveis. Como resultado, estima-se reduzir em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota, atendendo às determinações da Organização Marítima Internacional (IMO).
Os navios serão aptos a transportar produtos claros derivados de petróleo, como Diesel Marítimo, Diesel S10, Diesel S500 e gasolina de aviação (GAV).
País
Bibo Nunes solicita autópsia de autor das explosões para esclarecer especulações
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Na manhã desta segunda-feira, 18, o deputado federal Bibo Nunes protocolou um Requerimento de Informações solicitando o resultado da autópsia de Francisco Vanderlei Luiz, autor das explosões na Praça dos Três Poderes.
O objetivo do pedido é esclarecer as diversas especulações e versões que circulam na imprensa e nas redes sociais sobre a morte de Francisco. Entre as informações divulgadas, algumas apontam que ele teria detonado uma bomba em seu rosto, enquanto outras afirmam que ele foi alvejado por tiros disparados pela equipe de segurança local.
“Sou defensor da clareza das informações – um dos pilares da Democracia, bem como da liberdade de opinião”, declarou o deputado ao justificar a necessidade de transparência sobre o caso.
O parlamentar acredita que a elucidação dos fatos é fundamental para evitar a disseminação de desinformação e garantir que os acontecimentos sejam tratados com a seriedade que a situação exige.
Economia
Déficit primário em junho é de R$ 40,9 bilhões e fica em 2,44% do PIB
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O setor público consolidado teve déficit de R$ 40,9 bilhões em junho deste ano. O resultado é menor que o saldo negativo de R$ 48,9 bilhões observado no mesmo mês de 2023, informou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 29.
No acumulado de 12 meses, o déficit do setor público consolidado – que engloba governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais – foi de R$ 272,2 bilhões. O resultado equivale a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB) e é 0,08 ponto percentual (p.p) inferior ao déficit acumulado dos doze meses até maio.
Em junho, o governo central – o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o próprio BC – e as empresas estatais tiveram déficits respectivos de R$ 40,2 bilhões e R$ 1,7 bilhão, e os governos regionais, superávit de R$ 1,1 bilhão.
Em junho, os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 94,9 bilhões, ante os R$ 40,7 bilhões registrados no mesmo mês de 2023. Essa evolução foi influenciada pelo resultado das operações de swap cambial (perda de R$ 28,6 bilhões em junho de 2024 e ganho de R$ 20,5 bilhões em junho de 2023).
Juros nominais
No acumulado em doze meses até junho deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 835,7 bilhões (7,48% do PIB), comparativamente a R$ 638,1 bilhões (6,06% do PIB) nos doze meses até junho de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 135,7 bilhões em junho. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou 9,92% do PIB, ficando em R$ 1.108 bilhão, ante déficit nominal de R$ 1.061,9 bilhão (9,56% do PIB) acumulado até maio de 2024.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou junho em 62,2% do PIB (R$ 6,9 trilhões), um aumento de 0,1 p.p do PIB no mês.
“Esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,8 p.p.), do déficit primário (+0,4 p.p.), da desvalorização cambial de 6,1% no mês (-0,7 p.p.), e da variação do PIB nominal (-0,3 p.p.)”, disse o BC.
No ano, o impacto dos juros nominais, de +4,1 p.p., do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-1,7 p.p.) e do efeito da desvalorização cambial de 14,8% acumulada no ano (-1,6 p.p.) resultou numa elevação da DLSP de 1,3 p.p. do PIB.
Dívida Bruta
Já a Dívida Bruta (DBGG) – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 77,8% do PIB (R$ 8,7 trilhões) em junho de 2024, aumento de 1,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Segundo o BC, esse aumento decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), das emissões líquidas (+0,6 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (+0,3 p.p.), e da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.).
“No ano, o aumento de 3,4 p.p. do PIB resulta, sobretudo, da incorporação de juros nominais (+3,8 p.p.), da emissão líquida de dívida (+0,9 p.p.), da desvalorização cambial (+0,6 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (-2,1 p.p.)”, informou o Banco Central.
Economia
Demanda por títulos do Tesouro Direto bate recorde em junho
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Com 760.086 operações que totalizam R$ 5,68 bilhões em junho, os investimentos em títulos do Tesouro Direto registraram o maior número da série histórica em um mês.
De acordo com o Tesouro Nacional, foram registrados R$ 3,27 bilhões em resgates e R$ 2,41 bilhões em emissões líquidas.
A maior parte (54,2%) teve como origem aplicações de até R$ 1 mil no mês. O valor médio por operação ficou em R$ 7.476,39.
Com relação ao prazo, títulos com vencimento entre 1 e 5 anos foram os mais procurados, representando 60,3% do total. Aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 27,3%. Já os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam a 12,3% do total.
O total de investidores ativos no Tesouro Direto (pessoas com saldo de aplicações) chegou a 2.663.214 em junho, número que registra 44.213 investidores a mais no mês. Já o número de investidores cadastrados aumentou 17,4% em relação a junho de 2023 – percentual que corresponde a 295.379 novos cadastros, em um total de 28.962.851 de pessoas.
Segundo o Tesouro, a maior demanda entre o grupo de títulos foram os indexados à inflação, com um total de R$ 3,06 bilhões, o que representa 53,8% do total observado em junho.
Títulos indexados à taxa Selic, que está em 13,5% ao ano, representaram 36,1% das vendas, somando R$ 2,05 bilhões. Já os títulos prefixados foram responsáveis por uma fatia de 10,1% do total, o que corresponde a um total de R$ 575,2 milhões em vendas.
“Destaque para os novos títulos Tesouro RendA+, com R$ 218,1 milhões em vendas (3,8% do total), e Tesouro Educa+, com R$ 69,1 milhões em vendas (1,2% do total)”, informou o Tesouro Nacional.
Títulos indexados à taxa Selic foram os que predominaram nas recompras (resgates antecipados), somando R$ 1,99 bilhão (60,8%). Títulos remunerados por índices de preços totalizaram R$ 917,6 milhões (28,1%), enquanto os prefixados totalizaram R$ 364,4 milhões (11,1%).
Estoque
O estoque total do Tesouro Direto fechou junho em R$ 143,2 bilhões. O resultado é 2,5% maior do que o observado em maio, quando fechou em R$ 139,6 bilhões.
Os títulos que se mantiveram como os mais representativos foram os remunerados por índices de preços, somando R$ 72,1 bilhões, o que representa 50,4% do estoque. Os títulos indexados à taxa Selic totalizaram R$ 52,2 bilhões (36,5% do total), enquanto os prefixados somaram R$ 18,9 bilhões (13,2%).
Os títulos com vencimento em até 1 ano responderam por 21,8% dos títulos em estoque no mês, totalizando R$ 31,2 bilhões. Os com vencimento entre 1 e 5 anos corresponderam a 46,7% das operações com títulos em estoque, totalizando R$ 66,8 bilhões. Já os com prazo de vencimento acima de 5 anos representaram 31,5%, somando R$ 45,2 bilhões.
Captação de recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.
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