Estado
Na abertura do ano legislativo, Leite relembra enchentes de 2024 e fala sobre reconstrução, equilíbrio fiscal e investimentos

O governador Eduardo Leite participou, na tarde da terça-feira, 11, da sessão solene de abertura do ano legislativo. Na ocasião, entregou ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas, a Mensagem Anual do Executivo ao Parlamento gaúcho. O documento faz um balanço do ano de 2024, a partir da perspectiva do governo estadual, e das prioridades para 2025. As mensagens do governador constituem documentos históricos entregues pelos líderes do Executivo desde 1829.
Durante a sessão, no Plenário 20 de Setembro da Assembleia Legislativa, Leite discursou para os deputados. Em sua fala, o governador lembrou as vítimas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024.
“Foi um ano que jamais será esquecido. Enfrentamos a maior tragédia meteorológica da história do Brasil, com 183 vidas perdidas e 27 pessoas que ainda permanecem desaparecidas. Foram cidades devastadas, infraestrutura destruída e setores econômicos fortemente impactados. Mas diante dessa dor, emergiu a força da união dos gaúchos e a importância de instituições sólidas e preparadas para enfrentar o desafio”, rememorou.
Leite falou ainda sobre o Plano Rio Grande para a reconstrução do Estado. “É um plano que não se limita a reconstruir o que foi destruído, mas que nos guia para construir um Rio Grande mais forte, mais resiliente e mais preparado para o futuro”.
Equilíbrio fiscal
Também destacou o equilíbrio fiscal conquistado nos últimos anos.
“Durante décadas, o governo gastava mais do que arrecadava, comprometendo até mesmo a capacidade de pagar salários em dia. Mas, com coragem e diálogo, enfrentamos essa realidade e promovemos as reformas que eram necessárias para resgatar a solvência financeira do Estado. O déficit previdenciário, que chegou a R$ 12 bilhões em 2019, foi reduzido para R$ 9,8 bilhões em 2024, um avanço que proporcionou ao governo economizar pelo menos R$ 12,5 bilhões no acumulado dos últimos cinco anos. Além disso, conseguimos reduzir a despesa total de pessoal sobre a Receita Corrente Líquida de 78,3% em 2019 para 61,6% em 2024”, afirmou.
Leite lembrou que os resultados dessa responsabilidade fiscal viabilizaram investimentos históricos e garantiram a capacidade de resposta do Estado diante da catástrofe climática.
“Possibilitaram que o Rio Grande do Sul atingisse, em 2024, o maior índice de investimentos dos últimos 25 anos. Foram aplicados R$ 6,4 bilhões, correspondentes a 10,7% da receita corrente líquida do Estado, um percentual inédito na série histórica. Com as contas equilibradas, agimos de forma rápida e eficiente diante da calamidade de 2024, investindo emergencialmente R$ 1,6 bilhão em abrigos temporários, auxílio financeiro às famílias afetadas, recuperação de estradas e pontes e repasses diretos aos municípios atingidos – sem comprometer nossa estabilidade fiscal. E isso é apenas o começo. O Plano Rio Grande canalizará ainda mais recursos para garantir que ninguém fique para trás”, enfatizou.
O governador falou ainda sobre a constante redução dos indicadores de criminalidade, que em 2024 foram os menores das últimas décadas.
“Nos últimos anos, crimes contra a vida caíram pela metade, e crimes contra o patrimônio foram reduzidos em nível ainda mais forte, como os roubos a pedestre, por exemplo, que caíram 73% nos últimos seis anos. Para garantir a continuidade dos bons resultados, já anunciamos novos concursos para pelo menos 2.700 servidores da segurança pública”, lembrou.
Também citou o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do Estado, construído com a participação de 500 lideranças dos setores público, privado e acadêmico.
“Esse plano estabelece metas ambiciosas para o Rio Grande, mas realistas. Queremos dobrar nosso crescimento econômico até 2030, atingindo 3% ao ano”, projetou.
Leite finalizou com uma mensagem de união pelo Rio Grande. “Juntos – Executivo, Legislativo e sociedade –, continuaremos escrevendo uma história de superação e progresso. A tragédia de 2024 nos ensinou uma lição valiosa: somos mais fortes quando estamos unidos. E é essa união que nos permitirá construir o futuro que os gaúchos merecem. Nós não precisamos pensar igual, precisamos apenas pensar no Rio Grande”.
Estado
Governo divulga lista de municípios classificados no programa RS Qualificação Recomeçar

“Estamos somando esforços para que milhares de gaúchos tenham acesso a oportunidades concretas de formação e inclusão no mercado de trabalho. Com atenção especial aos municípios mais impactados, o RS Qualificação Recomeçar busca promover dignidade e autonomia por meio da qualificação profissional, contribuindo para a recuperação do Rio Grande do Sul”, destacou o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella.
Próximos passos
Estado
RegeneraRS e BRDE lançam programa de matchfunding para acelerar reconstrução no Rio Grande do Sul

RegeneraRS e BRDE lançam programa de matchfunding para acelerar reconstrução no Rio Grande do Sul
Iniciativa colaborativa de até R$ 1 milhão vai triplicar arrecadações de projetos voltados à regeneração social, ambiental e econômica no estado. Inscrições estão disponíveis a partir desta quinta-feira, 10.
O RegeneraRS, plataforma colaborativa que atua na reconstrução e regeneração do Rio Grande do Sul após em enchente de maio do ano passado, e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) estão unidos em mais uma frente para apoiar soluções transformadoras diante dos desafios da transição climática.
Através do TrilhaRS — um programa de matchfunding com aporte total de até R$ 1 milhão, as duas instituições irão selecionar projetos em áreas como habitação, soluções urbanas, saúde mental, educação e cultura, enfrentamento à violência contra a mulher e negócios regenerativos.
As inscrições estarão abertas a partir desta quinta-feira, 10, e prosseguem até o dia 31 de agosto. Na prática, o matchfunding funciona como um catalisador de impacto: a cada R$ 1 arrecadado por um projeto na plataforma, o TrilhaRS investe mais R$ 2 (R$ 1 do RegeneraRS, e outro R$ 1 do BRDE), triplicando o valor das doações e potencializando a capacidade de transformação das iniciativas. Desta forma, o programa poderá alcançar R$ 1,5 milhão em apoio às propostas selecionadas.
A iniciativa tem a parceria da plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria e a chamada é voltada para organizações com sede ou atuação no estado. Os valores de apoio variam conforme o porte dos projetos: até R$ 30 mil, R$ 60 mil ou R$ 120 mil.
Resiliência
O edital prevê a seleção de até 50 projetos, com proponentes que possuam no mínimo um ano de existência, e estejam aptos a mobilizar redes, executar suas propostas e prestar contas. Os projetos escolhidos passarão por um ciclo completo de capacitação, construção de campanha e arrecadação coletiva na plataforma da Benfeitoria até a viabilização prática das ações.
Segundo Marcel Fukayama, cofundador da Din4mo, organização responsável pela coordenação do RegeneraRS, a ação busca fortalecer a resposta da sociedade civil no processo de reconstrução do estado.
“O TrilhaRS é uma inovação em políticas de reconstrução pós-desastre. É mais do que captar recursos — é cocriar soluções a partir da inteligência coletiva e da força das redes locais. Cada real mobilizado representa esperança, reconstrução e futuro mais resiliente para o Rio Grande do Sul”, destaca Fukayama.
O diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, o novo programa irá reforçar o conceito coletivo na execução dos projetos.
“Os gaúchos deram enormes demonstrações de solidariedade com a tragédia climática, mas não podemos simplesmente recomeçar do mesmo jeito. Precisamos reconstruir com maior resiliência, algo que o TrilhaRS pretende deixar como legado”, projetou Busatto.
As inscrições e todas as informações estão disponíveis em: https://benfeitoria.com/TrilhaRS
Estado
Governo do Estado disponibiliza plataforma com dados atualizados sobre abrigos temporários devido às chuvas

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), monitora os abrigos temporários abertos devido a eventos meteorológicos no Rio Grande do Sul. Desde sábado, 21, a ferramenta foi atualizada para incluir também os espaços abertos durante as chuvas de junho deste ano, garantindo maior transparência nos dados.
No BI, hospedado no site da Sedes, na seção “Monitoramento”, é possível acessar informações detalhadas, como o número de pessoas acolhidas, o município onde o espaço está localizado, além do nome e endereço do abrigo. Também é possível filtrar informações por regiões e conferir em um mapa os locais dos abrigos.
Durante a fase emergencial, os dados preliminares sobre pessoas em abrigos são informados pelas Defesas Civis municipais à Defesa Civil do Estado, que concentra e contabiliza essas informações. Após a fase emergencial, a gestão dessas informações passa a ser feita pelas secretarias municipais de Assistência Social, responsáveis pela administração dos locais de acolhimento.
Segundo o titular da Sedes, Beto Fantinel, as equipes do governo estão em contato constante com os gestores municipais para organizar as informações e orientar sobre o uso de recursos federais e estaduais destinados ao custeio dos abrigos.
“Esse contato é fundamental para que possamos oferecer suporte técnico e garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente”, afirmou.
A plataforma, desenvolvida pela equipe da Sedes, entrou em operação em 13 de maio de 2024. O objetivo é facilitar o acesso às informações essenciais durante momentos de emergência, promovendo transparência e agilidade no atendimento às famílias afetadas.
Na atualização deste sábado, havia 43 abrigos ativos em 25 municípios do Estado, acolhendo um total de 1.332 desabrigados. Segundo a Defesa Civil, com a melhora no tempo e a tendência de normalização dos níveis dos rios, os desabrigados e desalojados começam a retornar para suas casas, o que leva ao encerramento de abrigos.
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