Justiça
Patrícia Rosa dos Santos recebe homenagem na Câmara de Vereadores de Canoas e familiares clamam por justiça

Na sessão desta terça-feira, 12, na Câmara de Vereadores, o Grande Expediente foi marcado por uma homenagem à enfermeira Patrícia Rosa dos Santos, vítima de feminicídio, em um ato proposto por Cris Moraes (PV).
Amigos, familiares e autoridades locais se reuniram para honrar a memória de Patrícia e reforçar o apelo por justiça. Era uma profissional admirada e uma amiga querida, conhecida por seu sorriso generoso, sua bondade e sua capacidade de iluminar a vida de quem a cercava.

Vereador Cris Moraes – Foto Mariane Silva
Patrícia, ou Enfa. Pati, como era carinhosamente chamada, deixou um vazio impossível de ser preenchido, mas também um legado de amor e luta.
Priscila dos Santos, irmã de Patrícia, emocionou ao compartilhar a dor da família e a determinação por justiça. “Minha irmã não pode ser apenas mais uma,” repetia com a voz embargada.
A luta pela condenação do autor do crime é prioridade e reconheceu a importância dos investigadores que a apoiaram e trouxeram o caso até aqui. “Eu preciso de vocês, preciso que fiquem comigo,” pediu Priscila, buscando na união daqueles presentes uma esperança.
O vereador Cris Moraes, propositor da homenagem, trouxe palavras que misturavam respeito e indignação. Para ele, a perda de Patrícia não pode se tornar apenas mais um número nas estatísticas de violência contra a mulher.
“Patrícia era mais que uma enfermeira; era uma mulher extraordinária que dedicou sua vida ao cuidado do próximo, aos pacientes, aos animais, a tudo que fosse digno de proteção,” declarou, ao relembrar a compaixão com que ela conduzia a vida. Cris falou sobre o horror do crime cometido por alguém que jurou proteger Patrícia. “Nós não podemos permitir que essa perda, essa vida, seja silenciada. Vamos ecoar, e vamos buscar essa justiça por Patrícia em cada autoridade que seja capaz de fazer com que a morte dela não seja em vão.”
Vani Piovesan, Secretaria da Coordenadoria da Mulher, também trouxe o peso de seu compromisso e de seu luto coletivo, ao lembrar que feminicídios como o de Patrícia não deveriam mais fazer parte da realidade de mulheres em nossa sociedade. Compartilhando dados sobre a violência contra a mulher, Vani reforçou a importância de sensibilizar a todos, principalmente os homens, para que a luta por um mundo sem violência seja uma responsabilidade de todos.
“É inadmissível que continuemos a ver casos como o de Patrícia. Precisamos fazer da nossa rede de apoio uma força implacável, porque cada mulher que morre representa o fracasso de nossa sociedade em garantir a segurança dela,” lamentou, pedindo que todos sigam atentos e sensíveis para prevenir novas tragédias.
A vereadora Maria Eunice falou com força sobre a importância de não permitir que o medo e o preconceito sufoquem o direito das mulheres à segurança e à dignidade. Em um discurso emocionado, reafirmou o compromisso do Conselho Consultivo da Mulher em oferecer material educativo e conscientização sobre os sinais de violência.

Vereadora Maria Eunice – Foto Mariane Silva
“É triste estarmos aqui por um motivo assim, mas é um chamado para que todos nós, mulheres e homens, possamos agir juntos. Nossa luta é diária, e vamos usá-la para garantir que essa justiça, pela qual a família de Patrícia clama, seja cumprida. Que nenhuma mulher mais precise enfrentar o que Patrícia enfrentou.”
Justiça
STF homologa acordo para devolver valores a vítimas de fraudes no INSS

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quinta-feira (3) o acordo que garante a devolução de valores a aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos no INSS. O ressarcimento será feito diretamente na folha de pagamento, sem necessidade de ação judicial.
A devolução começa em 24 de julho, em lotes quinzenais de 1,5 milhão de beneficiários, com correção pelo IPCA. Segundo o governo, 2,1 milhões de segurados já têm direito à devolução.
O plano, firmado entre AGU, INSS, DPU, MPF e OAB, prevê ainda canais de atendimento como o Meu INSS e a central 135. O INSS também deve revisar normas para evitar novas fraudes.
A Polícia Federal investiga um esquema de descontos ilegais, que movimentou R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Até agora, R$ 2,8 bilhões em bens de envolvidos foram bloqueados.
Toffoli determinou que os gastos com o ressarcimento fiquem fora do limite do Arcabouço Fiscal.
Justiça
TRF-4 mantém condenação de Jairo Jorge por contratar Graças para gerir UPAS em 2013

Na tarde desta quarta-feira, 21, a 8ª Turma do TRF-4 acabou mantendo a decisão que condenou o ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge, em processo criminal sobre irregularidades no contrato celebrado entre a Prefeitura de Canoas e o Hospital Nossa Senhora das Graças, em 2013, para a gestão das UPAS Boqueirão e Niterói.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Jairo Jorge, além de anunciar a decisão judicial relembrou que, em 2015, o Ministério Público Federal ingressou com a ação civil sobre o mesmo assunto e que ele foi inocentado na primeira instância e a decisão mantida pelo órgão de segunda instância.
Ele conta que somente em 2019 o Ministério Público entrou com uma ação, desta vez criminal, na qual ele foi condenado na primeira instância e que agora foi mantida pelo Tribunal. Jairo finalizou a postagem dizendo que “não faz sentido“ e que irá recorrer ao STJ, pois existiria uma jurisprudência no Brasil.
Justiça
STF decide e Bolsonaro e mais 7 viram réus por tramar golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta quarta-feira , 26, tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus aliados. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, acatou integralmente a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Os acusados são investigados por estarem envolvidos em uma alegada conspiração para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. O processo começou a ser analisado na terça-feira , 25, e foi retomado na quarta-feira com o voto do relator, ministro Moraes.
Com a aceitação da denúncia, inicia-se a fase de instrução processual, onde serão colhidos depoimentos de testemunhas e réus, além da apresentação de provas. Após essa etapa, o STF realizará um novo julgamento para decidir se os acusados são culpados ou inocentes.
No início de seu voto, Moraes destacou que a Procuradoria-Geral da República descreveu de maneira clara os fatos e as circunstâncias dos crimes, proporcionando amplo conhecimento aos acusados sobre as acusações. Para ele, Bolsonaro e seus aliados foram responsáveis por uma “tentativa de golpe de Estado extremamente violenta”.
Moraes explicou que os crimes previstos no artigo 359 M do Código Penal, que tratam da tentativa de depor o governo legítimo por meio de violência ou grave ameaça, se concretizaram através de uma série de atos com o intuito de interromper o processo sucessório eleitoral. O ministro também apontou ataques recorrentes ao processo eleitoral, manipulação indevida das forças de segurança e tentativas de obter apoio militar para formalizar o golpe.
Em seu voto, Moraes citou episódios de 2023, incluindo ataques à sede da Polícia Federal e a descoberta de explosivos perto do Aeroporto, para mostrar que esses eventos fazem parte de uma sequência de ações golpistas. Para ele, o 8 de janeiro de 2023 foi um dia desastroso para a democracia brasileira.
O ministro ainda afirmou que há indícios razoáveis de que Bolsonaro foi o líder da organização criminosa e que sua participação no plano de desinformação e ataques ao sistema eleitoral remonta a 2021, quando iniciou a divulgação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.
A acusação contra o ex-presidente inclui crimes como liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos ao patrimônio da União e destruição de patrimônio tombado. A denúncia foi reforçada após as defesas dos denunciados, que tentaram refutar as acusações, mas a PGR se manteve firme em seus argumentos.
O julgamento prosseguiu com os votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que acompanharam o relator, formando uma maioria de 4 a 0 a favor da denúncia.
Os principais denunciados nesta fase do processo incluem Jair Bolsonaro, ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, e outros membros do governo Bolsonaro e das forças armadas.
Agora, com a aceitação da denúncia, o caso segue para a fase seguinte, onde os réus enfrentarão novas audiências e decisões do STF sobre sua culpabilidade.
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