Justiça
Justiça do Trabalho promove mutirão de audiências para encerrar processos com dívida

A Justiça do Trabalho promoverá, de 16 a 20 de setembro, a 14ª edição da Semana Nacional da Execução Trabalhista.
Durante o período, as Varas do Trabalho e os Cejuscs (Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas) realizarão audiências extras de processos em fase de execução, na tentativa de firmar acordo entre as partes.
A execução é a etapa processual que visa garantir o pagamento de uma dívida trabalhista reconhecida pela Justiça, mas que não foi paga espontaneamente pela parte que perdeu a ação.
Na ausência de pagamento, a Justiça do Trabalho pode recorrer à penhora de bens e de valores em contas bancárias pertencentes aos devedores. Atualmente, tramitam nessa fase cerca de 167 mil processos no Rio Grande do Sul.
Como participar
Trabalhadores e empregadores com processos em fase de execução podem solicitar, até 9 de setembro, uma audiência de conciliação para a Semana. O interessado deve preencher formulário disponível na página do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS). Não sendo possível marcar a audiência para o período da semana, a unidade ou o Cejusc agendarão para outra data breve.
O parcelamento da dívida é uma boa opção para as partes chegarem ao acordo. Muitas vezes, e principalmente em épocas de crise, a empresa não tem condições de quitar o valor integral em parcela única, mas se dispõe a pagá-lo em prestações.
O número de parcelas é definido entre as partes, bem como a multa em caso de atraso ou inadimplência.
Seu Direito Vale o Ouro
A Semana é promovida pela Comissão Nacional de Efetividade da Execução Trabalhista (CNEET), do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), em parceria com os 24 Tribunais Regionais do Trabalho.
Esta edição tem como slogan “Seu Direito Vale o Ouro” e foi inspirada na jornada olímpica para a conquista de uma medalha.
Assim como nas olimpíadas, em que a vitória só é efetivamente concluída quando o (a) atleta recebe a medalha no pódio, uma ação trabalhista que reconhece algum direito violado só é efetiva quando o trabalhador ou a trabalhadora efetivamente recebe os valores reconhecidos em juízo.
Resultados do ano passado
Na edição de 2023, foram movimentados mais de R$ 265 milhões no Rio Grande do Sul. Foram expedidos 9.167 alvarás, que juntos somaram R$ 164,3 milhões em pagamentos aos trabalhadores.
As Varas do Trabalho e os Cejuscs também realizaram, durante a semana, 522 audiências conciliatórias em processos em fase de execução.
As audiências resultaram em 259 acordos (49,6%), no valor total de R$ 49 milhões. A arrecadação para os cofres públicos em imposto de renda e contribuições previdenciárias alcançou R$ 21,2 milhões no período.
A semana também computou 1.667 inclusões de inadimplentes no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT) e 136 mandados de penhora expedidos.
Além disso, as unidades judiciárias bloquearam R$ 4 milhões em contas bancárias de devedores. O Juízo Auxiliar de Precatórios do TRT-RS ainda expediu R$ 1,94 milhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs).
Justiça
Câmara de Canoas homenageia os 45 anos da OAB Canoas e reconhece atuação do presidente da seccional gaúcha

Durante a sessão ordinária de terça-feira, 7, a Câmara Municipal de Canoas abriu espaço no Grande Expediente para homenagear os 45 anos da OAB Subseção Canoas e prestar reconhecimento ao presidente da OAB/RS, Dr. Leonardo Lamachia. A iniciativa partiu do vereador Eric Douglas (União), que destacou a importância da advocacia para a cidade e a atuação firme da seccional gaúcha em defesa da democracia.
Ao justificar o requerimento, Eric ressaltou o papel da Ordem nos momentos mais difíceis da cidade, como a pandemia e, especialmente, as enchentes de 2024.
“A palavra hoje é gratidão. Quando a cidade mais precisou, a OAB não virou as costas. Foram buscar doações, atenderam a população, acolheram colegas que perderam tudo. Inclusive meu irmão, que também é advogado e foi diretamente afetado”, relatou.
O vereador também fez questão de mencionar a atuação do presidente da subseção, Dr. Josias Santos, e a admiração pessoal pela trajetória de Lamachia.
“Eu virei fã do senhor, presidente. Porque o senhor fala com o povo, com humildade, e mostra que dá para fazer diferente”, disse, olhando para o homenageado. Em tom emocionado, compartilhou: “Sou filho de costureira e telemontador. Estou me formando em gestão pública, e no ano que vem quero começar Direito. Porque ajudar as pessoas, como vocês ajudam, é o que eu quero pra mim.”
Representando o conjunto dos parlamentares, o vereador Emilio Neto (PT) também se pronunciou, reforçando o caráter voluntário do trabalho realizado pela OAB.
“Presidir a OAB não dá status nem salário, mas exige entrega. E o que a gente vê aqui é isso: pessoas que se doam, que lutam pela Constituição e que não se omitem nos momentos difíceis”, afirmou. Ele lembrou que Canoas tem uma das subseções mais respeitadas do estado, e citou a ex-presidente Dra. Neusa Maria Rolim Bastos e o atual presidente, Dr. Josias Santos. “Vocês são amados pela advocacia local. E é por isso que, mesmo sendo vereador, eu sigo dizendo: advogado eu sempre serei. E me orgulho disso.”
A presidente da CAA/RS, Dra. Neusa Rolim Bastos, também participou da homenagem. Em sua fala, ela relembrou as origens da subseção e exaltou a atuação das mulheres durante a enchente.
“Celebrar 45 anos é também reconhecer quem esteve à frente nos momentos mais difíceis. A ex-presidente Ana Magiel e a tesoureira Raquel Tondo conduziram uma resposta firme e solidária à maior tragédia da nossa história recente”, destacou. Neusa também elogiou a condução atual da subseção. “O presidente Josias tem sido acolhedor, sensível e firme. Canoas é hoje referência dentro da advocacia gaúcha.”
Em nome da Subseção Canoas, o presidente Dr. Josias Santos agradeceu o reconhecimento e lembrou o impacto emocional de liderar a entidade em tempos de crise.
“Foi um ano difícil. Advogados perderam seus escritórios, suas casas, mas não deixaram de atender. Fomos para os abrigos, organizamos mutirões, buscamos doações. E seguimos atuando”, afirmou. Para ele, a homenagem da Câmara reafirma o compromisso da advocacia com a população. “Nós não somos apenas operadores do Direito. Somos servidores da cidadania. Estar à frente da OAB Canoas é uma honra, mas também uma grande responsabilidade.”
Encerrando a cerimônia, o presidente da OAB/RS, Dr. Leonardo Lamachia, agradeceu a homenagem e falou da importância simbólica de ser reconhecido pelo poder legislativo municipal.
“A tribuna de uma Câmara é um espaço sagrado da democracia. É aqui que a sociedade tem voz”, disse, logo no início da sua fala. Lamachia fez questão de dividir a homenagem com seus colegas.
“Essa distinção não é só para mim. É para todos os advogados e advogadas que seguem firmes na defesa da democracia, da justiça e da cidadania.” Ele também destacou a atuação da OAB Canoas durante a enchente. “Eu estive aqui. Vi o que vocês passaram. E vi uma advocacia unida, solidária, incansável. Essa atuação comoveu o estado inteiro.”
Além de reforçar pautas históricas da Ordem, como a luta contra o calote dos precatórios e a crítica ao aumento da carga tributária, Lamachia encerrou sua fala com uma citação pessoal.
A sessão terminou com a entrega simbólica da homenagem à OAB Canoas e ao presidente da OAB/RS, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela advocacia na defesa do Estado de Direito e na proteção da cidadania.
Justiça
STF inicia votação sobre tentativa de golpe; Moraes vota por condenar Bolsonaro e mais sete réus

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira, 9, a fase de votação do julgamento dos oito réus apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrantes do “núcleo crucial” da suspeita de tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Entre os acusados está o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar e se posicionou pela condenação de todos os réus por todos os crimes imputados pela PGR. Segundo Moraes, “os réus praticaram todas as infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República, em concurso de agentes e em concurso material”.
Crimes imputados
A PGR acusa os réus pelos seguintes crimes:
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União
Deterioração de patrimônio tombado
A única exceção é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que teve parte do processo suspenso após votação na Câmara dos Deputados. Com base na prerrogativa de foro e no entendimento de imunidade parlamentar, ele responde apenas por três dos crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
Próximos votos e continuidade da sessão
Após o voto de Moraes, a sessão foi suspensa pelo ministro Cristiano Zanin. A votação será retomada ainda nesta tarde de terça-feira, às 15h30, com os votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e do próprio Zanin.
O julgamento é considerado um marco no enfrentamento institucional aos atos de 8 de janeiro e pode estabelecer jurisprudência sobre responsabilização de autoridades por ataques ao regime democrático.
Justiça
2ª Turma do STF forma maioria a favor de Airton Souza em recurso contra condenação de improbidade administrativa

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na segunda-feira, 8, a favor do recurso do prefeito de Canoas, Airton Souza (PL), que pedia reversão da condenação por ação por improbidade administrativa nas instâncias anteriores.
Três ministros (Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes) votaram pela absolvição, acolhendo a tese da defesa de que é necessário comprovar intenção no ato ilícito, como determina a nova Lei de Improbidade. O relator, Edson Fachin, foi o único voto contrário até o momento.
O julgamento ainda não terminou, faltando Nunes Marques votar, mas a maioria está formada. Nas redes sociais, o prefeito comemorou citando Romanos 8:28, com destaque para “Deus é bom o tempo todo!”.
Dois dias antes, já havia publicado uma imagem com o logotipo do STF ao fundo e com a mensagem de que faltava pouco para a tempestade passar. Naquele momento, a votação estava em 2 a 1. O caso se refere a uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público por ato de quando Airton Souza foi presidente da extinta CIEL, uma empresa vinculada à Corsan.
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