Enchente 2024 Canoas
Cheque de R$ 900 mil é entregue a entidades do RS em evento em Canoas nesta terça-feira, 20
O Grupo Pereira, dono da bandeira Fort Atacadista, mobilizou funcionários e clientes para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul. A iniciativa começou ainda em maio, não só nas lojas do grupo presentes no Estado, mas nas mais de cem unidades em todo o Brasil.
Campanha
Na Campanha Juntos pelo Rio Grande do Sul, as doações do Troco Solidário de 1º de maio até o dia 30 de junho foram direcionadas para o Estado. A cada 1 Real recebido, o Grupo Pereira também adicionou 1 Real, dobrando o valor a ser doado.
A ação envolveu as lojas espalhadas pelos estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. No total, serão doados R$ 905.585,00 para diversas entidades gaúchas, que contribuem com milhares de pessoas atingidas de alguma forma pelas enchentes.
Entrega do cheque
A entrega das doações foi feita pelo CEO do Grupo, Beto Pereira, em evento nesta terça-feira, 20, Fort Atacadista Canoas. Os valores foram distribuídos para diversas entidades que atuam no apoio à população nas três cidades onde o Grupo Pereira está presente no Rio Grande do Sul: Canoas, Caxias do Sul e Viamão.
Entidades beneficiadas
De acordo com a assessoria do Grupo, cada uma vai receber um cheque de R$ 50 mil. Em Canoas, receberão as doações a Associação Criança Feliz, a Associação dos Deficientes Visuais, a Associação Pestalozzi, a Associação Cultural Beneficente Jardim de Infância Pinóquio e a Associação Grupo Chimarrão da Amizade.
Em Caxias do Sul, a Associação Mão Amiga. E, em Viamão, a Associação de Recuperação do Menor.
Além disso, o Grupo Pereira adquiriu 145 kits com cama-box e colchão, mesa com quatro cadeiras, fogão e geladeira para distribuir para funcionários atingidos e também para a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, de Canoas, que vai encaminhar para 50 famílias vítimas da enchente.
Apoio desde o resgate
Além do dinheiro que será doado para instituições que atuam no Rio Grande do Sul, o Grupo Pereira também apoiou diretamente os funcionários que perderam tudo com as enchentes. As enchentes atingiram cerca de 80% dos 292 trabalhadores do Fort Atacadista Canoas.
No início, a empresa atuou diretamente no apoio aos resgates dos colaboradores atingidos e de seus familiares de suas casas e de abrigos. Depois, colocou os colaboradores atingidos e suas famílias em hotéis e pousadas da cidade. Eles tiveram transporte gratuito (por vans ou aplicativo) para ida e volta ao trabalho no período em que precisaram ficar abrigados.
O grupo também forneceu marmitas para eles e suas famílias, além de doações de kits de sobrevivência com alimentos, materiais de higiene, roupas, calçados, cobertores e fraldas, além de kits de limpeza, de EPIs e lavadoras de alta pressão, que foram utilizados na volta para as casas depois que a água baixou.
Colaboradores de outras unidades doaram PIX para ajudar os colegas e o cartão VUON dobrou esses valores. Para ajudar na reconstrução, o grupo também concedeu férias a 20 funcionários atingidos.
Nas filiais houve também mobilização dos próprios funcionários, que doaram roupas, sapatos, cobertas e outros itens que ficaram dispostos na unidade para que as pessoas pegassem o necessário.
Além disso, o grupo disponibilizou atendimento por telemedicina com um serviço de saúde e uma equipe com psicólogos e assistentes sociais para apoiá-los.
Vagas de emprego
Outra forma de ajudar foi oferecer vagas de emprego para os desabrigados. Ainda há oportunidades disponíveis nas unidades de Canoas, de Novo Hamburgo, que deve ser a próxima a ser inaugurada no Rio Grande do Sul, e também em Santa Catarina, caso os gaúchos que perderam tudo decidam se mudar para lá.
As informações sobre vagas e o credenciamento estão disponíveis no site: https://grupopereira.pandape.infojobs.com.br/.
Enchente 2024 Canoas
Cachorro que ficou 20 dias em cima de telhado na enchente ganha lar em Canoas
Depois de 20 dias em que presenciou teve de ficar em cima de um telhado durante a enchente que assolou Canoas em maio deste ano, o cachorrinho Black foi finalmente adotado por uma família e já está totalmente adaptado ao seu novo lar, no bairro Mathias Velho.
Segundo informações da família adotante, Black se adaptou completamente, e ainda de acordo com eles, nos primeiros dias, o cão deixou de tentar fugir quando o portão era aberto e se familiarizou rapidamente com o seu novo lar.
Sua nova tutora, Julia Vieira, adotou Black em uma das feiras da Secretaria de Bem-Estar Animal (SMBEA), após ficar comovida com a história dele e perceber uma conexão imediata ao encontrá-lo pela primeira vez.
“A situação que ele passou é muito comovente. Não só foram 20 dias em cima de um telhado, ele estava preso a uma corrente, com cadeado e foi um resgate muito difícil. É muito bom ver o quanto ele está feliz agora e aqui em casa também estamos muito felizes por recebê-lo em nossa família”, disse Julia.
“O Black sempre foi um cão especial, desde a sua chegada, muito medroso e com sinais claros de traumas. A equipe chegou a conclusão que sofria maus-tratos e, por isso, possuía vários gatilhos. Foram necessárias paciência e dedicação para que ele acreditasse que não sofreria novamente. O Black conheceu novamente o amor e voltou a acreditar nas pessoas. Para nós, foi uma alegria imensa ver a evolução dele e o dia da adoção foi marcado por alegria e lágrimas de felicidade. Na SMBEA ainda temos muitos Blacks, cada um com sua história, aguardando a adoção”, destaca a secretária adjunta de Bem-Estar Animal, Telma Moraes.
Mais de 19 mil resgatados
Canoas teve um total de 19 mil animais resgatados durante a enchente e, muitos deles, ainda podem ser adotados através das feiras da SMBEA.
“Eu super indico que, quem puder, adote um desses animais que ficaram sem lar. Foi a melhor decisão que a gente podia ter tomado. O Black só nos trouxe alegria e é ótimo saber que também fazemos a diferença na vida dele”, disse Júlia.
Enchente 2024 Canoas
Prazo para famílias atingidas pela enchente escolherem casa é de 60 dias
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Canoas alerta às famílias atingidas pela enchente que agora existe o prazo de 60 dias para que já as convocadas pela Caixa Econômica Federal (CEF), contempladas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV) Reconstrução, acessem o site do programa e escolham seus imóveis de até R$ 200 mil.
Na cidade, são 217 beneficiados habilitados até agora, e a CEF fará a convocação deles por meio de comunicação específica e formal. Somente a partir deste comunicado é que começa a contagem de 60 dias.
A medida foi definida em portaria do Ministério das Cidades, divulgada no Diário Oficial da União, em 21 de novembro. A escolha do imóvel pode ser feita no site da Caixa ou por outros meios, sendo necessário mostrar o imóvel de interesse ao banco.
Se alguém não conseguir cumprir o prazo, deve ser colocado em outro programa habitacional: o MCMV Calamidade, no qual os contemplados são encaminhados para empreendimentos que serão construídos no município de Canoas.
Educação
Alunos do Ensino Médio de Canoas realizam mostra artística com tema da enchente
Na noite do dia 19 de novembro, juntamente com os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual São Francisco de Assis, a professora Anelise Espíndola de Oliveira realizou uma mostra artística com um tema bem peculiar: “Acontece que todos os alunos dessa comunidade são vítimas da enchente ocorrida no mês de maio, inclusive eu, professora de Língua Portuguesa”, contou Anelise a O Timoneiro.
A professora contou que, assim como seus alunos, sentiu de perto todos os piores impactos da catástrofe, pois perdeu sua casa, que era feita de madeira e ficava localizada próximo à escola.
“Vi o quanto foi difícil superar esse trauma e que a ‘fuga’ não me ajudava a refazer a minha vida. Como todo o trauma, não podemos fingir que aquilo não aconteceu, ou que não nos afetou, temos de parar para avaliar o impacto que teve e que poderá continuar tendo sobre nossas vidas.
Aulas ajudam alunos
Anelise explica que dentro das disciplinas da área de linguagens sempre pode trabalhar com os alunos sobre saúde mental, positividade, lei da atração e tudo o que envolve uma vida de qualidade.
“Dessa forma, precisava, junto deles, abrir as nossas feridas para começar o nosso processo de cura, transformar a dor em arte, assim como tantos artistas já fizeram, e trazer a possibilidade tanto de que eles pudessem expressar seus sentimentos, quanto que outras pessoas pudessem acabar se identificando com os pensamentos deles”, conta.
Trauma vira arte
O resultado foi uma noite emocionante, de muito orgulho, lágrimas e superação dos momentos mais difíceis que Canoas já viveu.
A mostra contou com poemas, pinturas, desenhos, uma maquete representando a escola alagada, e relatos do dia da saída das casas e do primeiro retorno. Todos os trabalhos estarão disponíveis em um e-book que será lançado no encerramento do ano letivo.
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