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02/12/2025
 

Saúde

Conheça as 12 propostas elaboradas na 8ª Conferência Municipal da Saúde de Canoas

Redação

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Após dois meses de debates, Canoas realizou sua 8ª Conferência Municipal da Saúde e a 2ª Conferencinha, nos dias 31 de março e 1º de abril. Ao todo, 346 pessoas participaram do evento, entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais de saúde e prestadores de serviços, e 12 propostas foram elaboradas para serem levadas nas conferências de nível estadual e federal.

Dedicada às crianças, a Conferencinha também elaborou oito propostas, que vão da criação de pracinhas nas unidades de saúde até a ampliação das políticas de atendimento para autistas e do fortalecimento da rede de atendimento para pessoas vítimas de violências. “Debatemos a saúde pública aqui contando também com a visão das crianças canoenses. É desta forma que conseguimos humanizar ainda mais o atendimento em Canoas”, completou.

Debate coletivo

Quatro pré-conferências foram realizadas em preparação à 8ª Conferência Municipal, reunindo um público total de 730 canoenses, em todos os quatro quadrantes de Canoas. Ao final, 408 delegados foram habilitados para participarem da Conferência Municipal, que define as diretrizes da saúde para os próximos quatro anos e elege os representantes da cidade para as conferências estadual e nacional.

A 9ª Conferência Estadual do Estado do Rio Grande do Sul ocorre nos dias 15 a 17 de maio e contará com 28 delegados e 12 suplentes de Canoas. Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Mário Dhein, os eleitos vão representar bem a cidade. “Eles foram eleitos pelo voto e, após todos os debates que realizamos ao longo de dois meses, têm tudo para representar Canoas muito bem, cobrando pelas melhorias que todos esperam. Muitas conquistas já foram obtidas assim e esperamos conquistar ainda mais”.

Confira abaixo todas as 12 propostas:

1 – Implantar e ampliar de forma efetiva a política de atendimento e acompanhamento aos autistas e pessoas com deficiência, independente da idade, atendendo todas as suas necessidades de saúde, especialmente as psíquicas, médicas e sociais. Garantir a inclusão social em todos os seus aspectos, dando continuidade do atendimento conforme orientação médica. Ampliar faixa etária e estrutura do serviço. Incluir um centro que forneça atendimento na infância, adolescência e vida adulta. Realizar atendimento multidisciplinar para pessoas com deficiência com suporte familiar e transferir o

Centro de Referência em Transtorno do Espectro Autista (Certea) da política de saúde mental para a política de atenção básica e reestruturar o serviço;

2 – Ampliar e qualificar o atendimento e acompanhamento aos autistas, independente da idade. Possibilitando o atendimento de suas necessidades psíquicas, médicas e sociais,  transferindo a responsabilidade de inclusão dos portadores à esfera da atenção básica, valorizando seu crescimento, desenvolvimento e inclusão no meio social, reforçando sua individualidade, capacidade e respeito a formação do ser;

3 – Ampliar e qualificar as ações de atendimento e de acompanhamento de pessoas em Transtorno do Espectro Autista, Deficiência Intelectual, Deficiência Motora e Neuro Divergente, em todo o ciclo da vida, garantindo o atendimento contínuo e especializado com equipe interdisciplinar que atenda todas suas necessidades de saúde, sejam psíquicas, médicas e/ou sociais, incluindo o acesso aos serviços com transporte especializado e fiscalizados pelos órgãos competentes;

4 – Assegurar e estruturar as equipes de atenção à saúde, oferecendo acesso descentralizado de saúde, inclusive de especialidades, e promover a valorização e contratação via concurso público de profissionais de saúde;

5 – Ampliar e especializar a atenção a pessoas com autismo e deficiências intelectuais, garantindo atendimentos com a equipe multidisciplinar completa (terapeuta ocupacional, psicólogo, médicos especialistas, psicopedagogas, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, assistentes sociais, fonoaudiólogos, odontotólogos, educadores físicos), com a emissão e atualização de laudos médicos; e que garanta atendimento a todas as fases da vida, da infância ao envelhecimento, a bem de assegurar a sua inclusão social em todos os aspectos;

6 – Ampliar e qualificar a rede de atenção para pessoas vítimas de violência, em especial a violência contra a mulher, para que haja garantia do atendimento integral continuado com ênfase no atendimento psicológico;

7 – Habilitar um segundo CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil) no Município, a fim de ampliar os atendimentos à população do município desta faixa etária, devido ao agravamento da saúde mental e conforme proposta já aprovada na Conferência de Saúde de 2019, garantindo efetivação da mesma;

8 – Valorizar e capacitar o profissional da área da saúde para manter a continuidade do serviço do cidadão, garantindo vínculos empregatícios por seleção pública, com salários justos e condições de trabalho dignas, para, assim, garantir a longitudinalidade no atendimento, assegurando a integralidade do cuidado (atenção básica, atenção especializada e alta complexidade);

9 – Implantar protocolos clínicos e fluxos para solicitação de exames de alta complexidade na rede de saúde a nível nacional e inclusão de especialistas para exames específicos para pessoas com deficiência;

10 – Garantir a contratação através de concurso público de profissionais de saúde que compunham equipes multidisciplinares no modelo do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) e especialistas, ampliando o suporte à atenção básica, com matriciamento e atendimento, garantindo a composição multidisciplinar na atenção secundária e vigilância em saúde, com melhor remuneração dos profissionais da saúde;

11 – Fortalecer a atenção básica com o retorno dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), cobertura de agentes comunitários de saúde em todo território, contemplando ações de saúde mental, Educação Permanente em Saúde (EPS) e a valorização dos profissionais;

12 – Garantir a execução e o funcionamento das políticas públicas de saúde, em especial, a política da pessoa com deficiência, as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) e a saúde do idoso e da população negra.

Saúde

Especialistas reforçam prevenção contínua contra dengue no Sul do país

Redação

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Especialistas alertam que, apesar da redução nos casos de dengue no Sul do Brasil, a região continua vulnerável à circulação do Aedes aegypti. A combinação entre períodos de calor e chuvas intensas mantém o risco elevado, exigindo vigilância contínua por parte da população e das autoridades de saúde.

Nos últimos anos, eventos climáticos extremos, como as enchentes registradas no Rio Grande do Sul em 2024 e no Paraná em 2025, ampliaram as condições favoráveis à proliferação do mosquito. Segundo o infectologista da Hapvida, Rafael Mialski, a presença de água acumulada em ambientes urbanos favorece o desenvolvimento do vetor mesmo em regiões historicamente mais frias.

“A combinação de clima moderado com água parada facilitou a multiplicação do mosquito em uma área antes considerada menos vulnerável devido às temperaturas mais baixas”, afirma.

De acordo com Mialski, reconhecer os sinais da dengue é fundamental para evitar complicações. O especialista explica que sintomas respiratórios, como dor de garganta, tosse ou congestão nasal, não são típicos da doença.

“A dengue causa principalmente dor intensa no corpo, febre alta e a chamada dor retro-orbitária, atrás dos olhos, um dos sinais mais característicos”, destaca.

“O que mais se destaca é a dor de cabeça atrás dos olhos, a chamada dor retro-orbitária, um dos sinais mais típicos da dengue, além da vermelhidão no corpo, que geralmente não aparece nos resfriados comuns, e a febre alta, que é menos comum nas viroses mais leves”, completa o especialista.

Sintomas exigem atenção imediata

O paciente deve procurar atendimento assim que surgirem os primeiros sintomas, para receber orientação adequada e realizar o diagnóstico diferencial com outras doenças. O infectologista reforça que, após a reclassificação das formas graves da dengue, não é necessário, nem recomendado, esperar por sangramentos para buscar ajuda, já que esse é apenas um dos possíveis sinais de complicação. Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, desmaios e outros sintomas de alerta costumam surgir justamente quando a febre desaparece, criando uma falsa impressão de melhora. Por isso, esse é um momento crítico que exige atenção. Além disso, sangramentos espontâneos na gengiva, urina ou pele também indicam risco e devem levar o paciente a procurar assistência médica imediatamente.

Prevenção segue como principal estratégia

A dengue é uma arbovirose, termo que depende de um vetor – neste caso, o mosquito. Portanto, todas as condições que favorecem a proliferação do Aedes aegypti aumentam a circulação do vírus. Locais com acúmulo de água parada, como vasos, piscinas, caixas-d’água e calhas, representam um risco elevado. Para se precaver, é recomendado tampar ralos e limpar calhas com frequência, tratar piscinas, colocar terra nos pratinhos de vaso e até mesmo redobrar a atenção para as plantas que podem acumular água. Além disso, repelentes, telas nas janelas, roupas com mangas e calças compridas reduzem drasticamente o risco de infecção, segundo Mialski.

Dessa forma, conhecer os sintomas da dengue e identificá-la, tanto em suas formas leves quanto graves, tornou-se parte importante da rotina. Nesse cenário, a prevenção por meio do combate ao mosquito é a estratégia mais eficaz no enfrentamento da doença.

Em casos mais leves, o paciente pode recorrer a uma avaliação inicial por meio de teleconsulta. O atendimento traz comodidade e praticidade sem a necessidade de deslocamento. De acordo com as particularidades do quadro clínico, o manejo será orientado pelo médico responsável.

Atualmente, a Hapvida oferece mais de 20 especialidades médicas disponíveis nos canais de atendimento, como clínicos gerais, infectologistas e pediatras. Em casos nos quais não há emergência médica, a teleconsulta se adequa perfeitamente. Porém, diante de sintomas mais graves, não se deve deixar de procurar o serviço presencial de saúde.

Sobre a Hapvida

Com 80 anos de atuação, a Hapvida é considerada a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia atende 16 milhões de beneficiários por meio de uma rede que inclui 86 hospitais, 78 prontos atendimentos, 363 clínicas e 305 centros de diagnóstico. Segundo a empresa, o modelo integrado busca ampliar a qualidade e o acesso à assistência em todas as regiões do país.

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Saúde

Governo do Estado abre credenciamento para médicos no IPE Saúde

Redação

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Foto: Matheus Lopes

O governo do Rio Grande do Sul publicou, na terça-feira, 25, o edital de credenciamento de médicos para o Programa Mais Assistência, do IPE Saúde. O chamamento público disponibiliza 10.460 vagas em 356 municípios para 42 especialidades. As inscrições poderão ser feitas entre 8 de dezembro de 2025 e 9 de janeiro de 2026. Cada profissional poderá escolher até três localidades e duas especialidades.

A iniciativa tem como foco ampliar a oferta de médicos, especialmente no interior do Estado. Segundo o IPE Saúde, o planejamento foi baseado em dados demográficos e estruturais de cada região, a fim de identificar áreas com maior demanda. De acordo com o presidente da autarquia, Paulo Rogério Silva dos Santos, o modelo busca “qualificar o nível assistencial e redistribuir a rede credenciada”.

O processo segue as diretrizes da Lei nº 14.133/2021, que determina que credenciamentos somente ocorram após chamamento público e cumprimento de requisitos legais. Médicos que já atendem pelo IPE Saúde também precisam se inscrever. Uma campanha de divulgação será lançada em dezembro para ampliar o alcance da informação.

A secretária de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, afirma que o edital oferece previsibilidade de atendimento e condições compatíveis com o mercado, especialmente para profissionais que atuam como pessoa jurídica.

Remuneração e condições

O IPE Saúde prevê pagamento dos honorários de consulta em até 15 dias. Para atendimentos via pessoa jurídica, o valor é de R$ 108,00 por consulta, enquanto para pessoa física é de R$ 74,40. Na pediatria, haverá adicional de R$ 54,00 para consultas de puericultura (crianças de 0 a 2 anos). O contrato inicial terá validade de 24 meses, com possibilidade de prorrogação por até 60 meses.

A autarquia também anunciou que manterá o monitoramento das demandas regionais e implantará mecanismos de avaliação da rede credenciada, incluindo análise de volume de atendimentos e pesquisas de satisfação enviadas aos usuários. Um painel com informações sobre o programa será disponibilizado no site do IPE Saúde.

O processo de seleção ficará sob responsabilidade da empresa Legalle Concursos e Soluções Integradas, conforme normas definidas no edital. O documento e outras informações estão disponíveis nos sites do IPE Saúde e da banca organizadora.

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Saúde

1ª vacina de dose única contra dengue é aprovada pela Anvisa no Brasil

Redação

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Foto: Butantan/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) finalizou a avaliação técnica da Butantan-DV, primeira vacina de dose única contra a dengue no mundo, e iniciou os trâmites administrativos para conceder o registro definitivo.

Nesta quarta-feira, 26, em São Paulo, a agência assina o Termo de Compromisso com o Instituto Butantan — etapa obrigatória que estabelece responsabilidades do fabricante e antecede a publicação oficial do registro.

Segundo informou a Anvisa, a assinatura funciona como o último procedimento antes da formalização. Fontes consultadas pela reportagem afirmam que o imunizante atendeu a todos os parâmetros de segurança, eficácia e qualidade exigidos. Assim, embora o ato administrativo ainda não tenha sido publicado, a aprovação técnica já está concluída, o que permitiu ao governo iniciar preparativos para futura incorporação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Ainda não há previsão para a inclusão da vacina no calendário nacional.

 

Produção já iniciada e 1 milhão de doses prontas

Mesmo antes da aprovação regulatória, o Instituto Butantan iniciou a fabricação do imunizante e já dispõe de mais de 1 milhão de doses para entrega ao PNI.

Para o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), os dados apresentados justificam a expectativa de rápida incorporação.

“A vacina demonstrou eficácia elevada, em torno de 75% contra a doença e acima de 90% para formas graves e hospitalizações”, diz.

Kfouri destaca que a produção nacional é um diferencial estratégico.

“Além da eficácia, temos o benefício de ser uma vacina produzida no país. Isso facilita o acesso e a escala de distribuição”, diz.

Com o objetivo de aumentar a oferta, o Butantan firmou parceria internacional com a empresa chinesa WuXi, que deverá viabilizar a entrega de cerca de 30 milhões de doses no segundo semestre de 2026.

 

Resultados dos estudos clínicos

A decisão da Anvisa se baseou em 5 anos de acompanhamento dos participantes do ensaio clínico de fase 3. Entre voluntários de 12 a 59 anos, os resultados foram:

Eficácia geral: 74,7%

Proteção contra dengue grave ou com sinais de alarme: 91,6%

Proteção contra hospitalizações: 100%

Mais de 16 mil voluntários de 14 estados participaram da pesquisa, realizada entre 2016 e 2024. A vacina, composta pelos quatro sorotipos do vírus, demonstrou segurança tanto para pessoas que já tiveram dengue quanto para aquelas sem infecções prévias.

Segundo Kfouri, a duração da proteção é outro ponto de destaque.

“A eficácia foi mantida ao longo de mais de cinco anos de estudo após uma única dose. E o perfil de segurança é bastante satisfatório”, afirma.

As reações mais comuns foram leves a moderadas, como dor e vermelhidão no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos graves foram raros e todos os voluntários se recuperaram.

 

Primeira vacina de dose única

A Butantan-DV é o primeiro imunizante contra dengue administrado em dose única. Segundo estudo publicado na revista Human Vaccines & Immunotherapeutics, esquemas reduzidos favorecem maior adesão, simplificam campanhas e aceleram a cobertura vacinal, especialmente em cenários de emergência sanitária.

Kfouri lembra que o imunizante já se mostrou comparável à vacina da Takeda, disponível no Brasil.

“Os resultados são muito semelhantes aos da vacina da Takeda. A grande diferença é justamente a possibilidade de aplicar apenas uma dose, o que tem impacto direto na cobertura vacinal”, explica.

Expansão para outras faixas etárias

A Anvisa também autorizou a continuidade de estudos para avaliar a segurança e a eficácia da vacina em pessoas de 60 a 79 anos. A inclusão de crianças de 2 a 11 anos depende de análises adicionais, embora dados clínicos já apontem segurança nesse público.

O Ministério da Saúde ainda vai definir quando a vacinação começará e como será feita a distribuição das doses pelo país.

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