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19/10/2025
 

Opinião

Marina Lima Leal: “Momento de voto na urna é momento de poder”

Redação

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Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim*)

Marina Lima Leal

ELEIÇÕES

O dia das eleições se aproxima e deve estar clara para nós, a responsabilidade que temos na hora de votar. Quando digito meu voto na urna, é o momento em que tenho o poder de escolher o futuro de meu país, estado ou município e isto não é brincadeira.

 Não só devemos votar, mas também ajudar pessoas ao nosso redor a se esclarecerem sobre o que está em jogo. Com mais razão ainda, porque o Brasil está atravessando uma crise política, moral e econômica que abalou gravemente a confiança do povo nas instituições republicanas e no próprio processo eleitoral. Este momento requer, portanto, um grande debate da sociedade para encontrar a melhor saída da crise.

A maioria da população brasileira está assistindo a tudo isso sem entender e, pior, sem saber que não está entendendo.

Vítima do intenso processo de despolitização neoliberal dos anos 1990 e retomado em 2013, essa massa popular tem sido alvo de todo tipo de violência – física, cultural, econômica e ideológica – sem que o Estado venha em sua defesa, salvo nos raros episódios, em que o Poder Judiciário intervém com sucesso.

 Quando deposito meu voto na urna, é importante observar se os candidatos, efetivamente, estão comprometidos com a defesa da vida.

Ao assistir aos debates de candidato/as ao Poder Executivo (presidente e governador/a), prestar atenção nos Planos de Governo apresentados. São propostas viáveis ou planos mirabolantes?

Aqui no Rio Grande o funcionalismo público e os educadores em especial, devem analisar todas as perdas de direitos, que tiveram nos últimos governos, apoiados pela maioria dos deputados. Vamos pesquisar quem foram eles, antes de votar?

É preciso que a escolha de candidato/as ao Poder Legislativo (deputado/a e senador/a), seja coerente com a opção pelo/a candidato/a ao Executivo, visto que no atual modelo político o chefe do Poder Executivo só governa com o apoio parlamentar. Isto evita os conchavos e acordos de interesse.

Se a pessoa está se apresentando à reeleição, checar como se comportou em votações, durante seu mandato. Se, por exemplo, apoiou a Emenda Constitucional nº 95/2016 (que estabelece o teto de gastos por 20 anos para políticas públicas), a favor da reforma trabalhista, da redução da maioridade penal, da reforma da previdência social ou contra os povos indígenas, ou favorável à legalização da grilagem ou ao “pacote do veneno” (autorização para uso de agrotóxicos proibidos em outros países do mundo), por exemplo.

Questionar quem se apresenta como pessoa religiosa, mas que não coloca seu mandato a serviço dos setores mais esquecidos pelas políticas sociais. Ter uma prática de compromisso com as lutas populares e dos setores marginalizados, pois não adianta “ser católico ou cristão” quem não defende os Direitos Humanos e a Mãe Terra; ter disposição para realizar um mandato popular, participativo.

Valorizar candidaturas que representem setores e entidades que estão sub representadas nos parlamentos, desde que sejam pessoas atuantes em suas lutas emancipatórias.

Com o objetivo de chamar a atenção para a importância do voto consciente, diversas Entidades publicaram o Caderno: “Encantar a Política”. Muitas das ideias lá publicadas, se encontram neste texto. Importante a leitura deste Caderno e a busca de todos os esclarecimentos possíveis, bem como cuidado com notícias e mensagens falsas.

“Vamos caminhar juntos e juntas: ninguém solta a mão de ninguém, porque buscamos o melhor para o Brasil!”

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Artigo: “PRÊMIO NOBEL DO CESSAR-FOGO?” (por Carlos Marun – ex-Ministro de Estado)

Redação

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Artigo PRÊMIO NOBEL DO CESSAR-FOGO (por Carlos Marun - ex-Ministro de Estado)

*por Carlos Marun

É evidente que Trump mudou muito depois do fiasco de sua conversação com Putin no Alasca. Estendeu tapete vermelho, trocaram abraços e afagos, falaram em paz e o russo assim que chegou em Moscou mandou bombardear Kiev. E com força até então nunca vista. Me parece que ali o Presidente Americano caiu na real: “Posso muito, mas não posso tudo” deve ter pensado. Certamente não foi fácil para ele se olhar no espelho e concluir que não é um Deus, mas é necessário admitir que as mudanças provocadas em seu comportamento foram para “muito menos pior”.

Vejamos: não mais falou em anexar Canadá, a Groenlândia ou o Canal do Panamá; não estendeu as sanções da Lei Magnitsky aos demais membros do nosso Supremo Tribunal Federal que condenaram Bolsonaro e seus liderados a décadas de prisão; tomou a iniciativa de abrir diálogo com o Governo Brasileiro a respeito das Tarifas; e agora obrigou um contrariado Nethaniahu a aceitar assinar um acordo de Cessar-Fogo com o Hamas. Continua aprontando as suas a nível interno, mas é “um outro Trump” visto de fora. E visto de longe pode até ser considerado um presidente normal.

Tem agora o desafio de fazer com que Nethaniahu cumpra um acordo de cessar-fogo que não deseja cumprir. Bibi precisa da guerra para se manter no poder e longe da cadeia. Chegou ao cúmulo de romper unilateralmente um acordo de cessar-fogo anterior ordenando bombardeios em Gaza minutos antes de depor para o Judiciário Israelense em um caso de corrupção. Foi dispensado do interrogatório porque a “guerra” tinha recomeçado. Vai fazer de tudo para que este cessar-fogo também não dê certo.

Ele é um inimigo declarado da Paz. Ao assumir o poder, em função do assassinato de Rabin, sepultou os Acordos de Oslo articulados por Bill Clinton, causando inclusive constrangimento. Não pense Trump que não pode tentar fazer isto também com ele.

Aí um Trump corajoso e decente, que exija o cumprimentos dos compromissos que ele avslisou, será mais do que necessário. É certo que está sendo heróica a resistência do Povo Palestino. É verdade que foram importantes as posições de países como o Brasil e África do Sul que desde o início repudiaram esta resposta genocida. Foi justa a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional contra o Primeiro-Ministro israelense por crime de genocídio. Foram também importantes os reconhecimentos ao Estado Palestino promovidos por vários países há alguns dias, em especial França, Reino Unido e Austrália. Contribuiu muito o boicote promovido na ONU por dezenas de países que se retiraram do plenário e deixaram Nethaniahu na ridícula posição de falar para as paredes. Foi louvável a coragem dos participantes da “Flotilha Humanitária” que partiu para Gaza e terminou nas prisões de Israel, mas que levou milhões de europeus as ruas em protestos contra o genocídio. É meritória a ação de todos aqueles que no mundo pelas mais diversas formas expuseram a sua indignação frente ao que acontecia.

Porém nada é tão importante quanto este novo posicionamento americano. Por que? Porque os EUA são os garantidores deste acordo e tem verdadeiro poder sobre Israel. Se não o utilizou até agora foi porque não quis. Dou um exemplo: se não fossem os mísseis americanos “Patriots”, operados por militares americanos de dentro de Israel, teríamos assistido imagens de Tel-Aviv que pensaríamos até tratarem-se de fotos de Gaza quando os Alatoiás decidiram reagir com saraivadas de mísseis as provocações israelenses. Tudo é importante, mas no caso, só os EUA e Trump são imprescindíveis.

É sabido que, na sua megalomania, Trump deseja ser agraciado com um Premio Nobel da Paz. Porém, penso que ele só será digno disto se realmente conseguir efetivar a instalação de um Estado Palestino viável ao lado de Israel, e com o reconhecimento mútuo entre ambos. Ele tem poder para isto. Que o faça e receba então este reconhecimento que será justo.
Este é o caminho para a Paz e estaremos torcendo para que ele seja percorrido…

Por enquanto merece um louvável “Prêmio Nobel do Cessar-Fogo”, mas este prêmio não existe…

*Advogado, engenheiro e ex-Ministro de Estado

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Artigo: “CESSAR FOGO JÁ!!!” (por Carlos Marun – ex-Ministro de Estado)

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Artigo CESSAR FOGO JÁ!!! (por Carlos Marun - ex-Ministro de Estado)

CESSAR FOGO JÁ!!!

*por Carlos Marun

Desejo a aceitação pela Resistência Palestina do plano de trégua proposto por Trump. É óbvio que existem razões de sobra para a desconfiança em torno das intenções da besta-fera genocida chamada Nethaniahu. E confiar em garantias oferecidas pela metamorfose ambulante chamada Trump é coisa difícil. Mas é o que temos. E é urgente uma trégua que possa avançar para a paz antes que todos os habitantes de Gaza encontrem a morte provocada por bombas, fome, sede ou falta de remédios.

Os habitantes de Gaza já ofereceram ao mundo um inédito exemplo de resiliência, de coragem e de amor a sua terra. Mas agora merecem uma chance de sobreviver. E Nethaniahu já demonstrou que é suficiente mau para levar a efeito uma “Solução Final” para os Palestinos, coisa que Hitler tentou e felizmente foi impedido de concluir em relação aos Judeus.

Além dos Palestinos, os reféns ainda vivos também merecem sobreviver e os jovens soldados israelenses merecem parar de morrer. Já são 913 os militares israelenses mortos em enfrentamentos terrestres, tudo isto para a libertação de somente 7 reféns em combates.

A reação interna em Israel, onde os israelenses de bem que são muitos repudiam este massacre e exigem a volta dos reféns vivos, os últimos reconhecimentos ao Estado Palestino e o vexame imposto a Nethaniahu com a saída de diversas delegações do plenário da ONU no momento da sua fala pelo jeito abriram os olhos de Trump. E os interresses dos EUA na região são muitos e maiores do que simplesmente permanecer sustentando e apoiando o sanguinarismo de Bibi.

Pelo menos a perspectiva de retirada das tropas israelenses de Gaza e da instalação do Estado da Palestina estão presentes no documento proposto e este é o único caminho para a Paz.

Na sequência será hora de os homens e mulheres de bem que vivem na Terra buscarmos a punição de Nethaniahu. Os líderes do bárbaro atentado terrorista de 07/10/2023 já estão mortos. Falta agora a punição daqueles que desde aquele dia praticaram o Terrorismo de Estado matando e esfolando civis em uma Gaza onde não existe sequer uma única arma anti-aérea.

Julgamento e cadeia para Nethaniahu!!!
O Mundo precisa deste exemplo…

*Ex-ministro de Estado

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“Sapatão com orgulho: nossa existência não pede licença” (por: Isabela Luzardo – Miss diversidade de Canoas 2025)

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por Isabela Luzardo*

Desde cedo, a sociedade tentou me enquadrar em um molde que nunca me serviu: brincar de boneca, não jogar futebol, usar vestido, maquiagem e roupas apertadas. Quebrei cada uma dessas imposições ainda na infância. E deixo a pergunta: por que seguimos insistindo que certas práticas, comportamentos ou desejos pertencem a um “gênero exclusivo”? A resposta é simples: não pertencem.

A construção da minha identidade passou por etapas de compreensão, dúvida e coragem. Entender a diferença entre ser lésbica ou bissexual, assumir a palavra “sapatão” com orgulho, e principalmente, mostrar que amar livremente é um direito inegociável. Não é apenas sobre minha vida — é sobre tantas outras mulheres que ainda enfrentam medo, violência e silêncio para existir.

Hoje, eu vivo meu amor com transparência. Sou noiva da Taciana, estamos de casamento marcado, temos casa, emprego, uma gata e, ao lado da minha companheira, formo uma família. Essa normalidade, para muitos banal, é para nós uma conquista política. Porque quando mulheres que amam mulheres afirmam sua existência, elas desafiam séculos de invisibilização.

Neste Dia do Orgulho Lésbico, lembrar do Levante do Ferro’s Bar é lembrar que nossa liberdade foi arrancada com luta. Em plena ditadura, mulheres lésbicas se recusaram a aceitar a exclusão e o apagamento. Elas nos abriram caminho. Se hoje podemos falar em orgulho, é porque ontem houve resistência.

Ser sapatão é muito mais do que uma identidade. É enfrentar o machismo e a lesbofobia. É se recusar a ser apagada. É afirmar que amar mulheres não é desvio, mas potência.

Por isso, neste 19 de agosto, afirmo com toda força: orgulhem-se, mulheres que amam mulheres. Nossa existência é política, nosso amor é resistência.

*Miss diversidade de Canoas 2025

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