Opinião
Marco Leite: “O Cosmopolita vem aí”

Por Marco Leite
O Cosmopolita vem aí
O Cosmopolita Amadeu Mota, um português, desses aventureiros cidadãos do mundo, viajante que aportou em Canoas, em 1962, para aqui se estabelece com o famoso Café do Amadeu. Nosso cosmopolita era uma pessoa forte, de acentuada capacidade de adaptação a diferentes hábitos culturais e modos de vida. Coisa bem características de viajantes, sonhadores e conquistadores.
Pois no próximo dia 9 de setembro, Avenida Victor Barreto com a Fioravante Milanez, o antigo Café Bar do Amadeu dará lugar ao Cosmopolita, uma justa homenagem ao “Seu Amadeu”. Os novos proprietários da Casa, empresários Bruno da Silva e Gilberto J. Manfroi fizeram questão de manter as tradições do antigo café. Claro que com a modernização que o mercado exige, aliás, a reforma foi grande e está ficando uma maravilha. O estabelecimento abrirá sempre às 6 horas e atenderá os freqüentadores até às 22 horas.
A ideia do Cosmopolita é muito mais que uma homenagem ao seu Amadeu, é principalmente um convite ao “sofisticado”, que é tradição desses viajantes e cidadãos do mundo. Além do tradicional café e seu vasto cardápio, o Cosmopolita quer fazer parte da história de nossa cidade e contar para todos que está fazendo parte disso tudo. Você está convidado a participar dessa galeria de Cosmopolitanos e tenha certeza isso ficará emoldurado para todos verem e lembrarem.
O Cosmopolita é de vocês, esse era o sonho do “Seu Amadeu”, e agora é dos novos administradores. Eles estão cheio de planos, e para isso mantiveram e deram treinamentos a todos os empregados da casa, pois dizem ser a garantia da qualidade, principalmente do Café.
Quem irá capitanear o Cosmopolita no dia-a-dia é Bruno Silva, ele tem 30 anos, nasceu Esteio, mas mora em Canoas desde seu primeiro dia de vida, criado pelos avós maternos.
Começou trabalhar aos 14 anos plantando e vendendo “radite” e outros produtos coloniais, as vendas eram feitas de porta em porta, nos bairros Harmonia e Mathias Velho. Essas tarefas fomentaram seu lado de comerciante e que agora, junto com Gilberto, irá explorar a magia do ramo da gastronomia e do bem servir, sucessos aos dois.
Espaço Amadeu
Uma das principais metas de Gilberto e Bruno era de manter viva a memória do português Amadeu Mota amigo de todos os canoenses. “Para isso foi criado um lugar exclusivo no Cosmopolita, o Espaço Amadeu Mota”, destinado aos tradicionais frequentadores do local, – que graças a Deus me incluo a eles – com isso manter a tradição e perpetuar o nome do tradicional cidadão e fundador do Café.
Quem conhece e frequenta o local sabe, somos recebidos com o melhor café e informações, pois sempre têm a disposição os principais jornais da cidade e da capital, como: O Timoneiro, Diário de Canoas, Correio do Povo, Diário Gaúcho, entre outros.
Munidos de informações gerais o debate parte para o espaço reservado e a discussão começa, tendo sempre como principais assuntos o esporte, cultura, economia, política. Todos passamos a ser os “entendidos” e, a conversa rola solta, com causos e histórias de nossa querida Aldeia Canoas. Histórias que se repetem desde que o Café era ainda na Tiradentes e se chamava “Café Imperial”.
A filosofia do Cosmopolita é manter a essência original do café, que é feito com o sabor da amizade e da tradição.
Um resumo da origem do Café do Amadeu
Falecido em 2018, com 79 anos, o Seu Amadeu era uma das figuras mais ilustres de nossa cidade. Foi o dono de um dos primeiros bares de Canoas, o Amadeo – fundado em 1962 e localizado onde era o “Café Imperial”, na Victor Barreto com a Tiradentes (Calçadão). Em 2005 mudou-se para a Victor Barreto, 2648, esquina Fioravante Milanez e não perdeu sua essência e tradição, assim levou consigo seus clientes fiéis e, é onde se encontra até hoje.
Com o falecimento de Amadeu, o Café Bar Amadeu, mais estruturado para o deleite dos seus históricos e novos frequentadores, passou a ser dirigido por seu filho Amadeu Leandro da Mota e que agora passa a chamar-se Cosmopolita e dirigido pelos empresários Bruno da Silva e Gilberto J. Manfroi.
Opinião
“Sapatão com orgulho: nossa existência não pede licença” (por: Isabela Luzardo – Miss diversidade de Canoas 2025)

por Isabela Luzardo*
Desde cedo, a sociedade tentou me enquadrar em um molde que nunca me serviu: brincar de boneca, não jogar futebol, usar vestido, maquiagem e roupas apertadas. Quebrei cada uma dessas imposições ainda na infância. E deixo a pergunta: por que seguimos insistindo que certas práticas, comportamentos ou desejos pertencem a um “gênero exclusivo”? A resposta é simples: não pertencem.
A construção da minha identidade passou por etapas de compreensão, dúvida e coragem. Entender a diferença entre ser lésbica ou bissexual, assumir a palavra “sapatão” com orgulho, e principalmente, mostrar que amar livremente é um direito inegociável. Não é apenas sobre minha vida — é sobre tantas outras mulheres que ainda enfrentam medo, violência e silêncio para existir.
Hoje, eu vivo meu amor com transparência. Sou noiva da Taciana, estamos de casamento marcado, temos casa, emprego, uma gata e, ao lado da minha companheira, formo uma família. Essa normalidade, para muitos banal, é para nós uma conquista política. Porque quando mulheres que amam mulheres afirmam sua existência, elas desafiam séculos de invisibilização.
Neste Dia do Orgulho Lésbico, lembrar do Levante do Ferro’s Bar é lembrar que nossa liberdade foi arrancada com luta. Em plena ditadura, mulheres lésbicas se recusaram a aceitar a exclusão e o apagamento. Elas nos abriram caminho. Se hoje podemos falar em orgulho, é porque ontem houve resistência.
Ser sapatão é muito mais do que uma identidade. É enfrentar o machismo e a lesbofobia. É se recusar a ser apagada. É afirmar que amar mulheres não é desvio, mas potência.
Por isso, neste 19 de agosto, afirmo com toda força: orgulhem-se, mulheres que amam mulheres. Nossa existência é política, nosso amor é resistência.
*Miss diversidade de Canoas 2025
Opinião
Artigo: “CORAGEM” (por Carlos Marun – advogado e ex-Ministro de Estado)

CORAGEM
“A maior de todas
as virtudes é a
Coragem, até
porque sem ela
nenhuma das
outras pode ser
praticada”
Maya Angelou
Poetisa
Alexandre de Moraes é uma figura singular. Penso até que errou ao determinar a prisão, mesmo que domiciliar, de Jair Bolsonaro. Não vi descumprimento claro pelo ex-presidente das medidas restritivas determinadas por ele próprio na decisão anterior que impôs ao Capitão o uso de tornozeleira eletrônica. Penso ainda que as penas que estão sendo aplicadas aos vandalos golpistas do 08/01/2023 são demasiadamente elevadas, especialmente quando comparadas àquelas aplicadas aos autores de outras crimes, aparentemente mais graves. Porém, isto não desfaz o imenso trabalho relalizado pelo STF em defesa da nossa Democracia, trabalho este que teve como como líder o próprio Ministro.
Todos na vida erramos e acertamos. Os inimigos querem nos medir por nossos erros. Os amigos por nossos acertos. Eu já prefiro medir as pessoas pelo saldo médio. E sem nenhuma dúvida, o saldo médio da atuação de Alexandre de Moraes é altamente positivo.
Uma das características que mais admiro em um ser humano é a coragem. E isto inegavelmente Alexandre possui de sobra.
Enfrentou internamente um movimento político dos mais raivosos da nossa existência enquanto nação que é o Bolsonarismo Fanático. Esteve, hoje se sabe, na lista de alvos da operação “Punhal verde-amarelo” tramada dentro do Palácio do Planalto por auxiliares próximos do ex-presidente. Esteve até sob a mira dos fuzis dos militantes desta seita política que haviam sido escolhidos para por em prática a operação. E nada disto o fez recuar.
Agora, enfrenta sem vacilações o mais poderoso e nefasto ser que existe sobre a terra que é Trump, que ataca nosso país sob aplausos dos entreguistas, que insistem em manter os dentes arreganhados diante desta ameaça a nossa soberania e deste bombardeio a nossa economia.
Há mais de 200 anos conquistamos, não sem luta, a nossa Independência. Hoje assistimos brasileiros apoiarem e até desejarem o retorno do Brasil à condição de colônia. Não existem outros termos. E nem meio termo. Aplaudir ou desejar que ordens de Trump sejam aceitas pelo nosso Judiciário é desejar que o Brasil volte a ser colônia, agora americana no lugar de portuguesa.
E esta conspiração interna sobre a nossa Soberania é feita às claras, sem pudores ou subterfúgios. Há alguns dias discuti isto em um grupo de zap e ouvi de um empresário que nos transformarmos em um protetorado americano não seria um “mau negocio”. Não é fácil lutar contra adversários externos apoiados por americanófilos internos.
A coragem é a primeira qualidade que deve possuir um Advogado. Escrevi este artigo no “Dia do Advogado” e por isto este 11 de Agosto é dia também de homenagearmos Alexandre de Moraes.
Concluo rogando, como nos ensinou o colega Advogado João de Almeida Neto na bela canção “Vozes Rurais”, Que não falte coragem a estes Homens, contra o tempo e aguentando o repuxo, e que diante de estranhas tendências preservem as nossas Independência e Soberania!
CARLOS MARUN – Advogado e ex-Ministro de Estado
Opinião
‘Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres’ (por Patrícia Alba – deputada estadual)

Patrícia Alba*
Se a punição severa é a única maneira de frear os crimes contra as mulheres, quando se trata de uma autoridade, como o primeiro mandatário de uma grande cidade como Viamão, a sociedade saúda e aplaude a decisão da Justiça. O prefeito Rafael Bortoletti foi condenado pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Viamão a mais de nove anos de prisão, por divulgar áudios íntimos trocados com uma mulher e por tentar silenciar testemunhas que poderiam depor contra ele na Polícia Civil.
Em qualquer sociedade, quem ocupa um cargo público deve prezar pelo respeito, integridade física, moral e intelectual dos seus cidadãos. Agora, cabe ao Legislativo municipal a reparação diante do povo de sua cidade. Votos legitimam uma eleição, mas é a conduta e comportamento do eleito que consagra sua permanência no cargo. É imperioso que os vereadores investiguem e até abram um processo para cassar o mandato. Não podem aceitar essa condenação como um evento banal ou de menor importância. Aliás, em qualquer país ou sociedade civilizada, os ocupantes de cargos dessa representatividade já teriam renunciado, imediatamente.
É inaceitável o ato vil cometido contra a vítima que, seis anos depois, ainda é obrigada a se recolher em uma vida de vergonha. Vejam o absurdo: a vítima foi condenada à humilhação, e o agressor segue livre, no comando do sétimo município mais populoso do Rio Grande do Sul.
Vamos acompanhar esse caso de perto, para que a Justiça seja efetivamente cumprida, dando exemplo para os agressores em potencial e evitando outros casos. Sabemos que há muito trabalho e ações a serem feitas para reduzir a violência contra a mulher – seja física ou moral.
Viamão, uma cidade pujante, com um povo ordeiro e trabalhador, uma comunidade em que praticamente a metade da população é de mulheres, tem a oportunidade de mostrar para o Brasil que não aceita nem banaliza a violência, seja contra quem for e de onde venha, principalmente contra as mulheres.
*Deputada estadual (MDB-RS) e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
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