Geral
Tradicional Bar Café Amadeu muda de proprietários

Os empresários Gilberto Manfroi e Bruno da Silva são os novos proprietários, desde o último dia 9 de abril, do local onde funcionou o tradicional Restaurante Café Amadeu.
Nossa equipe conversou com Amadeu Leandro Mota, filho de Amadeu Mota – fundador, antigo dono do Café Imperial e figura respeitada na cidade -, que nos contou que houve um impasse em relação à venda: “Desde anos atrás, tenho recebido diversas ofertas, mas eu não conseguia me desfazer. Até que veio esta proposta de uma ótima negociação, e reconsiderei”, revelou Leandro.
Novas prioridades
Contrariando o que pensávamos quando iniciamos nossa conversa, o herdeiro de uma das marcas mais queridas dos canoenses nos confidenciou que o motivo da venda do local não tem haver com uma possível crise ocasionada pela pandemia. “Modéstia à parte, onde há o café Amadeu, há uma força inabalável”, contou rindo.
Conforme relatou Leandro, o principal motivo para a decisão de deixar o negócio foi o mesmo que fortaleceu a história do Bar: a família. “Com a quarentena, senti o gosto de ficar mais em casa, conhecer melhor meus familiares e descobrir uma nova vida, pois desde sempre, eu, meu pai, minha mãe e irmã só falávamos de trabalho, desde o início lá no Calçadão, e isso soma quase 25 anos da minha vida”.
Decisão difícil
A parte mais pesada quanto à negociação vem da relação com o pai, falecido em 2018. “O pessoal no dia da assinatura estava inseguro, claro. E foi bem difícil, principalmente por todo o carinho que recebi de Canoas, em nome do meu pai. Mas é vida que segue”, declarou confiante.
Espaço de homenagem
O novo empreendimento vai contar com um espaço de homenagem a Amadeu, ideia, segundo Leandro, que veio de Manfroi, que, além de cliente assíduo do lugar, foi amigo de seu pai. Como não poderia ser diferente, um canto especial no novo estabelecimento chamará Espaço Amadeu Mota, que terá fotos, objetos pessoais de Amadeu e até mesmo documentos originais.
Lembranças da infância
“Na minha infância, minha história predileta com o Café foi muito marcada por uma babá, a Juçara, que quando terminava o serviço na casa, cuidava de mim, e da minha irmã, e tinha que ir até o Centro, me levava com ela. Ali na travessia do trem, que era muito perigoso (quem parava o trânsito na época era o brigadiano Pelé, que fazia malabarismos), se tornava uma viagem mágica, que na verdade era apenas de um quarteirão, para chegar e ficar junto do meu pai”.
“Daria um livro”
“Lá de trás, da esquina do Calçadão, até 2005, aqui na Rua Fioravante Milanez, onde já era sócio, foi inevitável não acumular inúmeras histórias para contar, desde boas, até muito ruins, que certamente dariam um livro. O pior momento foi quando houve o homicídio dentro do bar, achei que tinha acabado, e por incrível que pareça, houve uma curiosidade das pessoas e as coisas melhoraram”.
Futuro
“Ainda não sei exatamente o que farei, vislumbro três opções, inclusive talvez vá para Portugal, onde tenho parentes, ou outros países, e ainda temos outro investimento em Santa Catarina. Mas ainda há muitas coisas para pensar”, disse o empresário, que afirmou não querer mais trabalhar no ramo de produção de alimentos por considerar duro e complicado.
Novo nome
Quanto ao nome, Mota foi taxativo ao dizer que a marca não tem preço, e nos contou que ela foi cobiçada por vários outros proprietários, mas que não há coragem, e também uma dose de ciúmes, em negociá-la, o que nos deixa com uma pergunta: Qual será o nome novo do local, que manterá até os mesmo funcionários?
Quase 60 anos de história
Generoso, Leandro contou com detalhes narrativas de clientes que o surpreendiam com atos em que o pai foi um verdadeiro herói ao ajudar muitos canoenses nos quase 60 anos de vivência comercial e pessoal na cidade. “Eu aprendi muito com o meu pai. Ele me dizia: tu podes ser pobre, mas a única coisa que vai ficar na tua vida é a tua palavra”, finalizou.
Geral
5ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres de Canoas tem data marcada

A 5ª CMPM de Canoas será coordenada pela Diretoria da Mulher, vinculada à Secretaria Municipal de Cidadania, Mulher e Inclusão (SMCMI) e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM). O propósito da conferência será de promover debate amplo, democrático e plural sobre a realidade das mulheres do município e políticas públicas destinadas a elas; avaliar e propor diretrizes para o fortalecimento da Política Municipal para as Mulheres, além de eleger delegadas para a 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres (CEPM), que irão representar Canoas.
Com o objetivo de debater diretrizes para a realização da 5ª CMPM, ainda serão realizadas duas Pré-conferências. A 1ª Pré-conferência será no dia 11 de julho, das 13h às 17h, na Associação de Moradores da Vila Cerne (AMVIC), na Rua Engenheiro Kindler, nº 641 – Harmonia, Canoas. A 2ª Pré-conferência será no dia 16 de julho, das 13h às 17h, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Erna Wurth, na Avenida 17 de Abril, nº 430 – Guajuviras, Canoas.
Os eixos temáticos que serão abordados na Conferência são:
b) Eixo 2: Trabalho, equidade salarial e autonomia econômica;
c) Eixo 3: Territórios livres de violência e qualificação das redes de atendimento e enfrentamento às violências contra mulheres;
d) Eixo 4: Direito ao território e sustentabilidade com ênfase à resiliência climática;
e) Eixo 5: Educação não-sexista e cultura para igualdade;
f) Eixo 6: Saúde integral e bem-estar da mulher.
As inscrições podem ser feitas de forma online ou presencialmente no evento:
1° Pré-conferência https://forms.gle/
2º Pré-conferência https://forms.gle/
Conferência https://forms.gle/
O quê: 5ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres de Canoas
Data: 22 de julho
Horário: Das 13h às 17h
Local: Auditório Irmão Arsênio Both da Universidade La Salle, Rua Victor Barreto, nª 2288 – Centro, Canoas
Meio Ambiente
Batimetria está em campo para medir profundidade dos rios de grande porte do Estado

O trabalho de campo batimétrico para avaliar a profundidade dos grandes rios do Rio Grande do Sul começou na segunda-feira, 7. A primeira ação foi no Rio Taquari, em Triunfo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O objetivo é identificar pontos críticos de acúmulo de sedimentos e outras alterações no leito, especialmente após eventos extremos, como as enchentes que atingiram o Estado em 2024.
A batimetria traz informação fundamental para melhorar o sistema de alerta de inundação por meio de modelagem hidrodinâmica – simula com maior precisão o comportamento do fluxo de água – e aprimorar o planejamento de gestão de eventos críticos de natureza hidrológica no Rio Grande do Sul.
Os dados obtidos vão subsidiar decisões técnicas sobre futuras intervenções previstas no Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS). A atividade integra o Eixo 2 do programa e conta com investimento de R$ 45,9 milhões voltado aos rios de grande porte.
A ação, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), ocorre após ordem de início assinada em 30 de maio e conclusão dos planos de trabalho pelas quatro empresas contratadas. Esse é um passo importante dentro das estratégias do Plano Rio Grande, programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Conhecendo as profundezas dos rios
Se as réguas instaladas em diversos pontos estratégicos medem a dinâmica das águas na superfície, a batimetria ajuda a identificar o perfil do relevo submerso dos rios, por meio de sonar e geolocalização. Para fazer a medição é usado o ecobatímetro, instrumento que usa uma antena de receptor GNSS (semelhante ao GPS). Ela demarca pontos geoposicionados que indicam a altura da qual o equipamento está operando, como referencial do dado coletado.
Esse equipamento possui um sonar, que faz uma varredura do rio, conforme explicou o engenheiro Diego Silva, da Profill Engenharia, que está atuando no trecho Taquari-Antas.
“À medida que o barco se desloca, o dispositivo vai emitindo um sinal sonoro que bate no fundo e volta para o equipamento. Pela velocidade desse retorno é que se determina a profundidade. Fazendo diversas coletas na mesma linha, vamos obter o que se chama seção batimétrica, que é a profundidade daquela seção do rio. Com todas as seções realizadas, vamos ter um perfil do leito daquele recurso hídrico”, detalhou o engenheiro.
A batimetria também é feita no trecho seco das margens. O técnico caminha com a antena, demarcando os pontos, ou utiliza drones com mapeamento da área por laser. Isso ajuda a registrar a topografia das margens para auxiliar nas previsões de onde o nível do rio pode subir em níveis críticos.
Levantamento mapeou locais prioritários
Os trabalhos de preparação começaram há um ano, envolvendo etapas de planejamento e contratação. Ao todo, serão vistoriados 2.589 quilômetros de extensão. Os pontos de análise foram definidos por estudos da Sema em parceria com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS).
Para medir as seções batimétricas, o barco atravessa o rio no sentido perpendicular, de uma margem à outra. A menor seção, em afluentes, pode ser de 30 metros. A maior linha a ser mapeada, segundo o planejamento da Sema, deve atingir 1.640 metros de uma margem à outra.
As seções são realizadas em trechos distribuídos conforme o potencial de risco. Próximo a áreas urbanas serão realizadas a cada 200 metros, para maior detalhamento. Nas áreas intermediárias, a cada 500 metros. Naquelas que oferecem menor risco, a medição será realizada a cada mil metros.
A primeira medição, realizada no Rio Taquari, próximo ao clube náutico Ygara, em Triunfo, foi feita a um quilômetro da foz com o Rio Jacuí e mediu uma profundidade de 13 metros.
Dados vão ajudar a melhorar os alertas
O analista de infraestrutura do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Sema e doutor em Geociências, Fernando Scotta, explicou que o levantamento batimétrico deve aumentar a qualidade e a velocidade da resposta do Estado para alertas necessários, gerando modelos hidrodinâmicos mais assertivos.
“Essa coleta é um salto para o desenvolvimento do Estado. Vamos ter um levantamento sistemático por todo o território e permitir que os dados estejam disponíveis e uniformizados para o acesso geral. Isso vai dar agilidade para as empresas e universidades que vão rodar os modelos hidrodinâmicos com insumos já prontos. Então, tudo tende a ficar mais rápido para a emissão de alerta das áreas que podem ser impactadas ou não”, afirmou.
Sondagem no Guaíba começa nesta semana
No Guaíba, o trabalho batimétrico começa na quarta-feira. 9. A aplicação da técnica no lago, no entanto, não é uma novidade. Anualmente, as empresas que navegam por ali realizam várias batimetrias anuais, que embasam as dragagens que realizam para manter o nível seguro para as embarcações. Nestes casos, os sedimentos não são retirados do lago, apenas removidos para a manutenção da profundidade e da largura exigidas para hidrovias.
Outros rios envolvidos
Além do Guaíba e do Rio Taquari, os trabalhos de campo batimétrico abrangem outras duas regiões prioritárias: Baixo Jacuí e bloco Metropolitano, que inclui os rios Caí, Sinos e Gravataí. A previsão é que os levantamentos sejam concluídos em até 180 dias. Os primeiros dados, com o trabalho de metade da área a ser analisada, devem ser entregues pelas empresas dentro de dois meses.
Geral
Defesa Civil de Canoas recebe equipamentos para nova sala de monitoramento

A Defesa Civil de Canoas recebeu, em solenidade ocorrida na Prefeitura, nesta segunda-feira, 7, equipamentos para estruturar sua nova sala de monitoramento climático. O material foi doado pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público AVSI Brasil, parceira do município em outras ações de reconstrução após a calamidade do ano passado.
“A reconstrução da nossa cidade passa por todas as mãos. A ação desta organização parceira merece nosso reconhecimento. Com união e trabalho vamos recuperar a tranquilidade e a confiança para que as pessoas voltem a se sentir seguras e Canoas volte a ser grande”, apontou o prefeito Airton Souza.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, os equipamentos serão fundamentais para a instalação da nova sala. Ele destacou que o trabalho preventivo, baseado em permanente monitoramento do clima, tem resultado em ações de planejamento e orientação correta à população.
Representante da AVSI Brasil, o assessor de projetos Heli Mansur citou outras frentes de atuação da parceria, como o suporte a pequenos empreendedores e o assessoramento técnico e material para a criação do primeiro Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC), no bairro Mathias Velho.
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