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19/04/2024
 

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Morre Tonito, cofundador do Timoneiro e grande personalidade canoense, aos 93 anos

Redação

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Faleceu nesta quinta-feira, 22, dia de fechamento de edição do jornal Timoneiro, o seu mais ilustre fundador, Canabarro Tróis filho, o famoso Tonito, aos 93 anos.

Tonito nasceu em São Francisco de Assis, no dia 27 de novembro de 1926. Reside em Canoas desde 1941. Como jornalista, colaborou nos jornais locais Correio de Canoas, Expressão, Gazeta de Notícias, O Gaúcho, Radar, Folha de Canoas e Diário de Canoas. Foi cofundador, em 1965, de O Momento, que dirigiu até 1968.

Foi cofundador do jornal “O Timoneiro”, que dirigiu de 1966 a 1992. Em 1967/68 foi redator e cronista da Folha da Tarde, de Porto Alegre. Ele seguia trabalhando como um dos colunistas mais ativos do jornal Timoneiro, sempre abordando assuntos ligados à cultura e às pessoas de Canoas. Pessoas, aliás, sempre foram o foco da obra de Tonito que, não por acaso, é autor de Gente é Mais Importante.

Em 1976, conquistou o 3º lugar em concurso nacional de crônicas promovido pelo Instituto Estadual do Livro e a Associação Rio-Grandense de Imprensa. Foi Patrono da Feira do Livro de Canoas, em 1999.

Dentre seus livros publicados estão:

– O Sal e o Blá (crônicas);
– Hino das Vilas (poemeto histórico);
– Postais (poemas);
– Boi Gordo é o Governo (versos satíricos);
– Doce Exílio (crônicas);
– Da Cabeça de Deus Todos os Pensamentos (versos sobre pensamentos clássicos);
– Urgência de Eternidade (poemas);
– Flagelo faz 40 anos (coletânea de notícias / poesia), com Moacir Ayres da Siqueira;
– Gente é mais importante (histórias sobre canoenses).

Sua última entrevista concedida à nossa equipe de reportagem, pela comemoração dos 50 anos do Timoneiro, ele falou sobre a criação do semanário, carreira, política, Canoas e vida.

Timoneiro – Como foi o processo de criação do jornal O Timoneiro?

Tonito – Eu nem pensava em jornalismo na época. Eu tinha me envolvido com um jornal, chamado O Momento, no qual a equipe era composta por mim, pelo Valter Galvani e por outros amigos. Ele durou três anos, de 1955 a 1958. Depois disso, eu escrevia esporadicamente. Um dia eu estava em casa de noite e bateram na porta o professor Otomar Elvanger e o contabilista Cirilo Rodrigues Lacerda. Na época eles queriam abrir um jornal, procuraram o Lagranha, que era prefeito e falou pra eles: “isso é com o Tonito”. Acabou que eu aceitei e fundei com eles O Timoneiro. Entrou na equipe também o Mário Porto Inda, mas com o tempo eles foram saindo e fiquei só.

Como foi a escolha da linha editorial do jornal?

Fui eu que influi mais para estabelecer esta linha que é seguida até hoje. Uma linha de independência e com alguma agressividade, não contra o governo, mas a favor do povo.

Qual era o contexto da imprensa na cidade naquela época? Algum veículo seguia linha similar?

Era um oba-oba, puro laudatório. Naquele momento os jornais estavam todos vinculados a algum interesse ou a algum partido.

Como era Canoas no período em que OT foi lançado?

Era como é hoje, mas bem menor. Havia uma vida social intensa no Centro. Tinha o Clube Comercial, o Canoas Tênis Clube e o Gremio Niterói, que foi considerado o melhor clube do interior. Foi uma judiaria o que fizeram com aquele clube, deixaram quebrar, depois de tantos anos de história.

Foi na sua gestão que OT começou a fazer frequentes reportagens sobre problemas relativos à habitação. Por que motivo esta situação parece não ter melhorado com o passar dos anos?

Tem coisas irreversíveis. Antigamente os velhos coronéis facilitavam a vinda de gente do interior para morar nos banhados de Canoas. O poder público não tinha autoridade, e quando tinha não usava. Os caras chegavam aqui, faziam loteamento no banhado, vendiam os terrenos, ganhavam um monte de dinheiro e iam embora. A Prefeitura ficava com o pepino, de botar escola lá e levantar o nível da rua pra água não entrar. As enchentes que vieram em seguida completaram a tragédia. Canoas é um modelo de como não administrar uma cidade. A Estância Velha ainda está deserta em grande parte, enquanto um monte de gente mora no banhado.

Quais são as diferenças entre os políticos de hoje e os da época da fundação do jornal?

Diferença é em número, hoje tem mais deles, mas o perfil era o mesmo. Naquela época era mais difícil ser vigarista e lograr o povo. A pessoa era vista por todo mundo como o ladrão, o incompetente. Agora está pulverizado, está cheio de vigaristas aí. Gente que se aproveita e se elege sem servir o povo. Um vereador ganhar R$ 12 mil em Canoas é uma vergonha. Enquanto isso o professor ganha R$ 2 mil. E o retrato do Brasil, a ignorância bem remunerada e a sabedoria mal paga.

Por que as pessoas que vêm morar ou trabalhar em Canoas demoram para criar uma identificação com a cidade?

Naquele tempo, quando começamos o jornal, havia uma identidade, um espírito comunitário maior. Havia uma identidade dos bairros Niterói e Rio Branco, depois do Mathias Velho também. Hoje quem governa Canoas é gente daqui? O prefeito nasceu aqui e mora aqui, mas e os secretários e o diretor do fórum moram aqui? Eu acho que não moram por aqui. Naquela época, Lenine Nequette era diretor do Fórum e morava aqui. Havia um relacionamento mais direto com as pessoas. O prefeito andava a pé e tomava cafezinho na esquina. Hoje eu não sei, esse prefeito eu nunca vi na rua. A cidade fica sem feição humana, sem cheiro de gente, parece que dirigida por controle remoto. Canoas está atravessando um período muito triste.

Como você vê as lutas recentes de OT em prol do meio ambiente?

Eu não entro na Villa Mimosa desde que construíram um edifício de apartamentos no meio daquela mata virgem. Eu não boto os pés lá, me recuso. Aquilo foi um crime. Como que a Prefeitura permitiu e não fez nada contra? Eu era amigo da família Ludwig, muito frequentei aquela propriedade. Aquele espaço era para ser preservado, daria um ótimo parque. Se não tivesse outro lugar para fazer prédios eu entenderia, mas tinha. São modelos de degradação urbana. Nas esquinas da Pedro Weingartner com a Guilherme Schell e da Fioravante Milanez com a Victor Barreto existiam arvoredos maravilhosos e agora não tem mais nada, é uma pena isso.

Como você o atual posicionamento do jornal?

A imparcialidade não existe. E o jornal reflete o caráter de quem o faz. Eu vejo isso com satisfação, o jornal que eu ajudei a criar não se submeteu ao poder político e ao poder financeiro, isso é muito bom. Pena que os governos não saibam conviver com a imprensa livre.

Como era, em 1966, a relação dos políticos com o jornal?

Jogo político sempre foi assim. A estratégia é a mesma, convidam a gente pra eventos, almoços, jantares e tentam fazer um relacionamento amistoso e vão levando. Por outro lado as empresas amigas do governo ajudam quem está no poder negando comprar espaços publicitários de quem não se submete. O esquema é bem montado, mas pode nem ser intencional, é instintivo. Se o chefão da cidade não gosta do jornal, o pequeno empresário que depende do chefão não vai prestigiar o veículo.

E como lidar com aqueles que estão na oposição?

A gente deve procurar sempre um equilíbrio. Não se deve fazer uma campanha contra a Prefeitura ou contra quem quer que seja e nem devemos proteger lado nenhum.

E como foi sua passagem como vereador na Câmara?

Eu fui vereador e não concorri à reeleição na época, pois eu sou contra isso. Me elegi pelo Partido Democrata Cristão. Embora eu não seja católico praticante eu gostei do programa e em Canoas elegemos dois vereadores, para a legislatura 1964-1967, eu e a professora Lina, primeira mulher vereadora da cidade.

Como foi conciliar a função de vereador com o trabalho de jornalista?

Eu encarava muita discussão com os outros vereadores e até com o prefeito. Por causa de uma reportagem sobre problemas no colégio André Leão Puente o Lagranha brigou comigo. Daí um dia eu botei na capa do jornal um bilhete para ele, dizendo que ele cuidasse da Prefeitura, onde ele tinha autoridade, porque no jornal ele não tinha. Apesar disso, eu acho que o Lagranha era bem melhor do que o que temos hoje.
O colégio estava com a escada podre, quase caindo. A gente fazia matéria e ele, como prefeito, tomava as dores. E eu acho que ele estava certo em se preocupar com o assunto, mesmo sendo uma instituição estadual. Tudo que acontece na cidade o prefeito tem a ver. Ele é o prefeito da cidade e não de parte dela. Mesmo que não seja da competência dele, é dever cobrar dele cobrar de quem é responsável.

Na sua visão, por que não prosperam muitas empresas em Canoas?

Em parte, pela proximidade com a capital atrapalha. E também as lideranças empresariais e oficiais parece que não gostam de Canoas e tratam a cidade como terra de garimpo. As autoridades de Canoas festejam seu aniversário em Porto Alegre. Isso cria um desânimo na população.

O gosto pelo trabalho comunitário é algo que vem de família?

Meu pai foi vereador da segunda legislatura de Canoas também foi presidente duas vezes do clube Bolão Gaúcho. Ele nasceu em Santa Maria e minha mãe em Bagé. Nos mudamos de São Francisco de Assis, onde nasci, para Triunfo, em 1939. Chegamos aqui em Canoas no dia 8 de setembro de 1941 e desde essa época eu já via meu pai se interessando pelas pessoas da cidade.

Você veio para Canoas ainda criança, com seus pais, mas depois nunca mais foi embora. Qual foi o motivo que o levou a ficar nesta cidade?

Tive três oportunidades de sair, mas eu não gostava de coisa pronta, queria eu fazer a coisa. Valter Galvani me levou para trabalhar na Folha da Tarde, no grupo Caldas Júnior. Lá ele criou uma equipe que chamou de estagiários, e me integrou nela. Chegou num ponto que eu não podia descuidar do Timoneiro para ser empregado de uma grande empresa. Mas para mim foi uma experiência de crescimento pessoal e profissional impressionante.

Como você define a relação entre ética e jornalismo?

A ética é a medida exata do uso da razão a serviço de uma causa justa e digna, é não sair do trilho e não exagerar e nem ofender o semelhante. É manter uma justa medida para que todos possam divergir, mas sem o intuito de destruir o oponente.

Em que Canoas precisa mudar?

Precisa de um novo plano diretor, para recuperar o urbanismo da cidade, valorizar o Centro Histórico. A antiga Estação Ferroviária abrigou durante 25 anos a Fundação Cultural, que prestou serviços que o atual governo, por falta de competência, jamais seria capaz de prestar. Este prefeito fechou a fundação em 2009, o prédio ficou ocioso, apodrecendo. Agora fizeram uma reforma e tiraram a identidade do prédio. Toda restauração deve preservar as características originais do prédio e agora eles trocaram a cor dele. Esse tipo de imposição não é boa. A mesma coisa acontece na feira do livro, ela não é de Canoas, ela é em Canoas. Eles fazem um evento para mostrar para os canoenses o que os de fora fazem. A Prefeitura paga R$ 200 para um escritor canoense falar e R$ 150 mil para uma cantora se apresentar. Eles estão mais preocupados em aparecer na mídia nacional às nossas custas.

Como você espera ser lembrado daqui a 50 anos, no aniversário de 100 anos do jornal?

Como um aldeão, um cronista da aldeia, que só tem a pretensão de ser compreendido por uma ou duas pessoas. Eu gosto muito de gente. Eu tenho uma série de livros chamada Gente é Mais Importante, que vai ter agora o quarto volume. Quero ser lembrado por escrever sobre pessoas que muitas vezes foram importantes para a cidade e a prefeitura nem sabe que ela contribuiu, ou sabe e não faz nada para valorizar.

Obrigada por tudo, mestre!

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Homem se passa por servidor da Prefeitura de Canoas para extorquir comerciantes locais

Redação

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Homem se passa por servidor da Prefeitura de Canoas para extorquir comerciantes locais

Foi divulgada nesta terça-feira, 26, uma matéria apurada pelo repórter investigativo Giovani Grizotti, do GZH, que mostrava um falso servidor da Prefeitura de Canoas, chamado Paulo Ricardo da Silva, extorquindo empresários locais em troca de contratos em prestação de serviços.

Na matéria, três empresários canoenses alegaram ter repassado meio milhão de reais a Paulo Ricardo da Silva, conhecido como Paulinho, que se utilizava de um possível vínculo com o prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques (Progressistas), para aplicar os golpes.

Conforme a reportagem, as vítimas eram procuradas por Paulinho que oferecia contratos emergenciais e sem licitação em troca de propina para servir lanches e café em órgãos da Prefeitura.

Os comerciantes disseram à investigação que os falsos contratos teriam um falso brasão e o nome do Prefeito, e que, depois de assinados, os documentos seriam levados para dentro de uma subprefeitura, sendo recebidos por um funcionário municipal que se passava por secretário.

Falsa ligação com a Prefeitura e Nedy

Segundo ainda consta na matéria de GZH, o falso assessor também mandava fotos com crachá e colete da Prefeitura. Procurado pela reportagem, o prefeito Nedy confirmou que o homem é irmão da sua nora, ou seja, cunhado do filho dele, e que assim que soube do caso, no dia 21 de fevereiro, após uma denúncia de um dos comerciantes lesados, informou à Procuradoria-geral do Município.

“Quando tomei conhecimento, fiz contato com o procurador-geral e com o Coronel Pitta (atual secretário de Segurança Pública de Canoas), que elaborou um relatório técnico que foi aprontando para a Delegacia de Polícia. Ele é irmão da minha nora. Ele está afastado da família, pois é um delinquente”, disse.

Umas das vítimas do golpista teria feito boletim de ocorrência, mas afirmou continuar sendo procurado pelo criminoso.

Nota da assessoria do prefeito Nedy

Uma nota da assessoria do prefeito Nedy diz que “no dia 6 de fevereiro, a partir da denúncia de uma vítima, a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Canoas passou a levantar dados para saber quem seria o suposto estelionatário que estaria se passando por assessor do chefe do Executivo.

Na posse dos dados, foi elaborado um Relatório Técnico de Inteligência e, juntamente com o registro policial da vítima, os documentos foram encaminhados para a 1ª Delegacia de Polícia, responsável pelas investigações de estelionato.

O secretário de Segurança Pública de Canoas, tenente-coronel Marcelo Pitta, chama atenção da população para ação do estelionatário. “Esse suposto agente público está aplicando golpes em empresários do Município através de contratos falsos de serviços junto à Prefeitura”, alerta. Conforme Pitta, qualquer suspeita de irregularidade pode ser denunciada para a Guarda Municipal, pelo 153, ou para Brigada Militar, pelo 190. Quem já foi vítima deve fazer o registro na delegacia de polícia mais próxima.

A Prefeitura informa, ainda, que já foi encaminhada a abertura de um processo interno de sindicância para apurar sobre os materiais de identificação utilizados irregularmente pelo golpista e suposta utilização do prédio da subprefeitura e participação de um ex-funcionário”.

Investigação policial

Por fim, as informações da matéria de GZH dizem que a Polícia Civil investiga se existem outras pessoas envolvidas nas extorsões e diz que, nos próximos dias, deve pedir medidas judiciais contra Paulinho. O Ministério Público informou que a apuração será feita pela promotoria de Canoas.

Procurado pelo GDI, Paulo Ricardo da Silva negou envolvimento em extorsões, disse que não usou o nome do prefeito para aplicar golpes e que nem sequer conhece o chefe do Executivo de Canoas.

 

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Suspeitos da morte de Marielle Franco são presos no Rio de Janeiro na manhã deste domingo

Redação

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Suspeitos da morte de Marielle Franco são presos no Rio de Janeiro na manhã deste domingo

Na manhã deste domingo, 24, a cena política do Rio de Janeiro foi abalada com a prisão dos irmãos Domingos Inácio Brazão e João Francisco Inácio Brazão, ambos políticos com longa trajetória no estado.

Além deles, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense, também foi detido. Todos são apontados como possíveis mandantes do assassinato brutal da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Irmãos Brazão

Os irmãos Brazão, com um histórico de influência política em Jacarepaguá, região controlada por grupos paramilitares, têm enfrentado acusações desde o trágico evento que tirou a vida de Marielle. Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), teve a prisão preventiva decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar de negar veementemente qualquer ligação com o crime, sua trajetória política é marcada por controvérsias.

Domingos Brazão

Domingos Brazão

Domingos Brazão

Desde seus primeiros passos na política, Domingos Brazão acumula polêmicas, incluindo acusações de abuso de poder econômico e compra de votos, além de episódios de afastamento de cargos públicos devido a denúncias de corrupção. Sua prisão temporária em 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, adicionou mais um capítulo nebuloso em sua carreira política.

Agora, as suspeitas que o envolvem no assassinato de Marielle Franco parecem alcançar um novo patamar, com relatos apontando-o como possível autor intelectual do crime. Embora tenha sido denunciado pela Procuradoria Geral da República por obstrução de justiça, sua posição privilegiada no TCE e os trâmites legais têm dificultado o avanço das investigações.

Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão

Seu irmão, João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho Brazão (União Brasil), também enfrenta uma situação delicada. Empresário e político, Chiquinho tem uma trajetória política que inclui passagens pela Câmara Municipal do Rio e pela Câmara dos Deputados. Sua ligação com Marielle Franco, durante os dois anos em que compartilharam o plenário, contrasta com as acusações que agora pairam sobre sua família.

Rivaldo Barbosa

Rivaldo Barbosa

Rivaldo Barbosa

Além dos irmãos Brazão, a prisão de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, adiciona mais complexidade ao caso. Empossado um dia antes do assassinato de Marielle, Barbosa é citado em um contexto onde sua atuação no combate à corrupção é questionada.

Enquanto as investigações avançam e a sociedade exige respostas, o Rio de Janeiro se vê mergulhado em um turbilhão político. A prisão dos suspeitos reforça a necessidade de transparência e justiça, em um episódio que transcende as fronteiras estaduais e assume dimensões nacionais e internacionais.

O desenrolar desse caso será crucial não apenas para o esclarecimento do assassinato de Marielle Franco, mas também para a própria credibilidade das instituições democráticas do país.

 

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Canoas decreta situação de emergência diante do risco de epidemia de dengue; casos passam de mil

Redação

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Canoas decreta situação de emergência diante do risco de epidemia de dengue; casos passam de mil

O prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques, declarou, nesta quinta-feira, 21, situação de emergência em saúde pública para prevenção, controle e atenção à saúde diante do risco epidemiológico decorrente da epidemia de doença infecciosa viral (dengue), transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Considerações

Para os fins deste Decreto, considera-se risco epidemiológico o reconhecimento das seguintes situações: I – presença do mosquito Aedes aegypti em 100% (cem por cento) dos bairros do Município de Canoas, aumento expressivo do número de casos prováveis de dengue, acima do limite superior endêmico do diagrama de controle, a partir da semana epidemiológica quarenta e nove (dezembro) de 2023; tendência de superação das séries históricas observadas durante as maiores epidemias de dengue no Estado, ocorridas nos anos de 2022 e 2023, conforme projeção da curva epidêmica para o ano de 2024; aumento superior de 467 por cento no número de casos confirmados nos primeiros três meses em 2024, em comparação ao período do ano de 2023 e primeira morte confirmada em decorrência da doença na cidade, dentre outras.

O Decreto vigorará pelo prazo de até 180 dias.

Casos de Dengue confirmados em Canoas 2024:

1138 casos de Dengue, sendo 1129 autóctones e 9 importados.

Segue a distribuição dos casos por bairro:
Bairros:

Estância Velha: 539 casos
Guajuviras: 199 casos ( autóctones) + 2(importados)
Olaria: 45 casos
Harmonia: 62 casos
Marechal Rondon: 16 casos autóctones e 2 (importados)
Nossa Senhora das Graças: 89 casos (autóctone) e 1 caso (importado)
São José: 12 casos autóctones+ 1 caso (importado)
Centro: 7 casos autóctone e 1 caso (importado)
Rio Branco: 15 casos
Mathias Velho: 53 casos
Niteroi: 41 casos autóctones e 2 importados
Mato Grande: 9 casos
Igara: 28 casos
Fátima: 11 casos
São Luís: 3 casos

Fonte: SinanWeb Dengue e setor de epidemiologia de Canoas (Dados atualizados dia 19/03)

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