Opinião
Tito Guarniere: “Teoria de Safatle é ‘fake news’ no estado da arte”

FAKE NEWS NO ESTADO DA ARTE
Certos marxistas descrevem o capitalismo como uma distopia mortífera. É o caso do professor de filosofia da USP, Vladimir Safatle. E como lhe dão espaço para divulgar suas teorias extravagantes!
O marxismo é um caso bizarro de algo que, onde foi aplicado, deu errado, mas continua a fazer grande sucesso, ao menos em círculos como a academia. A mídia, e mais precisamente a mídia burguesa, costuma abrir suas páginas para que os marxistas como Safatle continuem a expor suas diatribes contra o mundo que os cerca, onde eles habitam, ganham a vida com folga e conforto e vivem em liberdade para dizerem o que lhes vem à cabeça.
Em entrevista recente Safatle afirmou que o Estado brasileiro, historicamente, está configurado para uma “guerra civil não declarada contra parte do seu povo”. Segundo ele, as estruturas do poder não existem para organizar as formas de vida, mas para definir as condições de morte (da população).
Esse Estado, então, é um instrumento de genocídio (a expressão é minha), e gerir a população significa, em essência, definir as franjas que devem ser exterminadas, “sem dolo, sem luto, sem nada”.
A polícia, o Exército, nesse contexto, existem para defender os grupos com maior capacidade de espoliação, “herança colonialista que nunca se desfez”. Não há democracia, segundo Safatle, onde há polícia militar.
Ora, nas estruturas do Estado, trabalham milhões de militares e civis, funcionários dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, professores, médicos, advogados, engenheiros, e o que mais queiram. Safatle, ele mesmo, é um servidor do Estado, o mesmo Estado que ele critica e combate um dia sim e o outro também. Pois na alucinante projeção do professor da USP toda essa gente – incluindo a ampla parcela de simpatizantes da esquerda que ocupa aqueles cargos – está a serviço da eliminação física dos pobres, dos negros, das mulheres e sabe-se lá mais de quem.
O Estado burguês, no capitalismo, pois, não é senão uma máquina de extermínio dos excluídos, dos que não merecem viver, no juízo crudelíssimo, impiedoso das elites que o dominam e controlam.
Se o Estado existe para assassinar os seus concidadãos pobres, então por que até um governo de direita e ultraliberal, abre os cofres na pandemia, para socorrer desempregados e trabalhadores informais? Não seria hora de aproveitar o ensejo – no raciocínio mirabolante de Safatle – para acelerar o extermínio em massa?
Se há tal empenho sinistro de eliminar os pobres, por que ainda está de pé e em razoável funcionamento o SUS, um dos maiores sistemas de saúde do mundo, aberto e gratuito a todos? E por que se distribui gratuitamente tantos medicamentos de uso contínuo, se o objetivo é a morte dos seus usuários?
E se o Estado é essa máquina infernal ocupada em eliminar os pobres, por que a população brasileira está vivendo cada vez mais, inclusive no Nordeste e entre os mais pobres? Por que continua pagando milhões de benefícios mensais a idosos, aposentados rurais que nunca contribuíram para a previdência, pessoas portadoras de deficiência que não têm outro meio de vida?
A teoria de Safatle é “fake news” no estado da arte.
Opinião
“Sapatão com orgulho: nossa existência não pede licença” (por: Isabela Luzardo – Miss diversidade de Canoas 2025)

por Isabela Luzardo*
Desde cedo, a sociedade tentou me enquadrar em um molde que nunca me serviu: brincar de boneca, não jogar futebol, usar vestido, maquiagem e roupas apertadas. Quebrei cada uma dessas imposições ainda na infância. E deixo a pergunta: por que seguimos insistindo que certas práticas, comportamentos ou desejos pertencem a um “gênero exclusivo”? A resposta é simples: não pertencem.
A construção da minha identidade passou por etapas de compreensão, dúvida e coragem. Entender a diferença entre ser lésbica ou bissexual, assumir a palavra “sapatão” com orgulho, e principalmente, mostrar que amar livremente é um direito inegociável. Não é apenas sobre minha vida — é sobre tantas outras mulheres que ainda enfrentam medo, violência e silêncio para existir.
Hoje, eu vivo meu amor com transparência. Sou noiva da Taciana, estamos de casamento marcado, temos casa, emprego, uma gata e, ao lado da minha companheira, formo uma família. Essa normalidade, para muitos banal, é para nós uma conquista política. Porque quando mulheres que amam mulheres afirmam sua existência, elas desafiam séculos de invisibilização.
Neste Dia do Orgulho Lésbico, lembrar do Levante do Ferro’s Bar é lembrar que nossa liberdade foi arrancada com luta. Em plena ditadura, mulheres lésbicas se recusaram a aceitar a exclusão e o apagamento. Elas nos abriram caminho. Se hoje podemos falar em orgulho, é porque ontem houve resistência.
Ser sapatão é muito mais do que uma identidade. É enfrentar o machismo e a lesbofobia. É se recusar a ser apagada. É afirmar que amar mulheres não é desvio, mas potência.
Por isso, neste 19 de agosto, afirmo com toda força: orgulhem-se, mulheres que amam mulheres. Nossa existência é política, nosso amor é resistência.
*Miss diversidade de Canoas 2025
Opinião
Artigo: “CORAGEM” (por Carlos Marun – advogado e ex-Ministro de Estado)

CORAGEM
“A maior de todas
as virtudes é a
Coragem, até
porque sem ela
nenhuma das
outras pode ser
praticada”
Maya Angelou
Poetisa
Alexandre de Moraes é uma figura singular. Penso até que errou ao determinar a prisão, mesmo que domiciliar, de Jair Bolsonaro. Não vi descumprimento claro pelo ex-presidente das medidas restritivas determinadas por ele próprio na decisão anterior que impôs ao Capitão o uso de tornozeleira eletrônica. Penso ainda que as penas que estão sendo aplicadas aos vandalos golpistas do 08/01/2023 são demasiadamente elevadas, especialmente quando comparadas àquelas aplicadas aos autores de outras crimes, aparentemente mais graves. Porém, isto não desfaz o imenso trabalho relalizado pelo STF em defesa da nossa Democracia, trabalho este que teve como como líder o próprio Ministro.
Todos na vida erramos e acertamos. Os inimigos querem nos medir por nossos erros. Os amigos por nossos acertos. Eu já prefiro medir as pessoas pelo saldo médio. E sem nenhuma dúvida, o saldo médio da atuação de Alexandre de Moraes é altamente positivo.
Uma das características que mais admiro em um ser humano é a coragem. E isto inegavelmente Alexandre possui de sobra.
Enfrentou internamente um movimento político dos mais raivosos da nossa existência enquanto nação que é o Bolsonarismo Fanático. Esteve, hoje se sabe, na lista de alvos da operação “Punhal verde-amarelo” tramada dentro do Palácio do Planalto por auxiliares próximos do ex-presidente. Esteve até sob a mira dos fuzis dos militantes desta seita política que haviam sido escolhidos para por em prática a operação. E nada disto o fez recuar.
Agora, enfrenta sem vacilações o mais poderoso e nefasto ser que existe sobre a terra que é Trump, que ataca nosso país sob aplausos dos entreguistas, que insistem em manter os dentes arreganhados diante desta ameaça a nossa soberania e deste bombardeio a nossa economia.
Há mais de 200 anos conquistamos, não sem luta, a nossa Independência. Hoje assistimos brasileiros apoiarem e até desejarem o retorno do Brasil à condição de colônia. Não existem outros termos. E nem meio termo. Aplaudir ou desejar que ordens de Trump sejam aceitas pelo nosso Judiciário é desejar que o Brasil volte a ser colônia, agora americana no lugar de portuguesa.
E esta conspiração interna sobre a nossa Soberania é feita às claras, sem pudores ou subterfúgios. Há alguns dias discuti isto em um grupo de zap e ouvi de um empresário que nos transformarmos em um protetorado americano não seria um “mau negocio”. Não é fácil lutar contra adversários externos apoiados por americanófilos internos.
A coragem é a primeira qualidade que deve possuir um Advogado. Escrevi este artigo no “Dia do Advogado” e por isto este 11 de Agosto é dia também de homenagearmos Alexandre de Moraes.
Concluo rogando, como nos ensinou o colega Advogado João de Almeida Neto na bela canção “Vozes Rurais”, Que não falte coragem a estes Homens, contra o tempo e aguentando o repuxo, e que diante de estranhas tendências preservem as nossas Independência e Soberania!
CARLOS MARUN – Advogado e ex-Ministro de Estado
Opinião
‘Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres’ (por Patrícia Alba – deputada estadual)

Patrícia Alba*
Se a punição severa é a única maneira de frear os crimes contra as mulheres, quando se trata de uma autoridade, como o primeiro mandatário de uma grande cidade como Viamão, a sociedade saúda e aplaude a decisão da Justiça. O prefeito Rafael Bortoletti foi condenado pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Viamão a mais de nove anos de prisão, por divulgar áudios íntimos trocados com uma mulher e por tentar silenciar testemunhas que poderiam depor contra ele na Polícia Civil.
Em qualquer sociedade, quem ocupa um cargo público deve prezar pelo respeito, integridade física, moral e intelectual dos seus cidadãos. Agora, cabe ao Legislativo municipal a reparação diante do povo de sua cidade. Votos legitimam uma eleição, mas é a conduta e comportamento do eleito que consagra sua permanência no cargo. É imperioso que os vereadores investiguem e até abram um processo para cassar o mandato. Não podem aceitar essa condenação como um evento banal ou de menor importância. Aliás, em qualquer país ou sociedade civilizada, os ocupantes de cargos dessa representatividade já teriam renunciado, imediatamente.
É inaceitável o ato vil cometido contra a vítima que, seis anos depois, ainda é obrigada a se recolher em uma vida de vergonha. Vejam o absurdo: a vítima foi condenada à humilhação, e o agressor segue livre, no comando do sétimo município mais populoso do Rio Grande do Sul.
Vamos acompanhar esse caso de perto, para que a Justiça seja efetivamente cumprida, dando exemplo para os agressores em potencial e evitando outros casos. Sabemos que há muito trabalho e ações a serem feitas para reduzir a violência contra a mulher – seja física ou moral.
Viamão, uma cidade pujante, com um povo ordeiro e trabalhador, uma comunidade em que praticamente a metade da população é de mulheres, tem a oportunidade de mostrar para o Brasil que não aceita nem banaliza a violência, seja contra quem for e de onde venha, principalmente contra as mulheres.
*Deputada estadual (MDB-RS) e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
- Eventos1 semana atrás
Canoas realiza 1º Fórum do Mercado Imobiliário com foco na melhoria dos processos do setor
- Geral1 semana atrás
Aula inaugural marca início do Programa Avança Mulher Empreendedora em Canoas
- Justiça4 dias atrás
2ª Turma do STF forma maioria a favor de Airton Souza em recurso contra condenação de improbidade administrativa
- Eventos3 dias atrás
Semana Farroupilha terá programação especial no Parque Eduardo Gomes
- Cultura20 horas atrás
31ª Semana Farroupilha inicia programação no Parque Eduardo Gomes a partir desta sexta; confira programação
- Serviços1 semana atrás
Corsan moderniza tratamento de água para maior segurança no trabalho e benefício ambiental
- Empresas & Negócios1 semana atrás
Termolar inicia tratativas para instalar fábrica em Canoas
- Oportunidade4 dias atrás
Inscrições para concurso do BRDE com salário inicial de R$ 10,1 mil para nível superior terminam quinta-feira, 11