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01/06/2025
 

Geral

CARNAVAL 2020: Última noite de desfiles do Grupo de Acesso

Redação

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Textos e fotos: Daniela Uequed e Douglas Angeli

Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos de Santa Cruz e Unidos de Padre Miguel foram os destaques.

Sete escolas de samba realizaram a segunda noite de desfiles da série A do carnaval carioca no sábado, 22. A campeã, que será conhecida na quarta-feira, 26, ganhará o direito de desfilar no grupo especial no próximo ano – entre as grandes da Marquês de Sapucaí. Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos de Santa Cruz e Unidos de Padre Miguel foram os destaques.

Sossego – A Acadêmicos do Sossego, escola de Niterói, abriu a noite com o enredo “Tambores de Olokum”, celebrando as raízes sagradas e a história do Maracatu. A escola inovou ao trazer o cabeleireiro Anderson Morango como porta-bandeira para promover uma reflexão sobre o preconceito. Um homem portanto a bandeira de um escola de samba é um fato novo no sambódromo, mas remonta à origem do quesito na década de 1930: antes de Dodô da Portela assumir o posto em 1935, Ubaldo conduziu o pavilhão da escola de Madureira. No século XXI, o gesto assume um caráter político: “Sou resistência”, afirmou Anderson à reportagem do jornal Timoneiro.

É a Marta! – A Inocentes de Belfort Roxo fez uma homenagem a Marta da Silva, jogadora da seleção brasileira de futebol. A artilheira desfilou no último carro da escola junto de sua mãe, D. Teresa. A escola da Baixada Fluminense fez um bom desfile, alegre e correto. O desfile destacou a nordestina Marta como um exemplo de superação.

Assista aos vídeosyoutu.be/AvGWLHvpJOg  youtu.be/ovcGkkFJUMQ

Em seguida, veio a Unidos de Bangu, escola de samba da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com o enredo “Memórias de um Griô”, a agremiação contou a história do continente africano e da escravidão na ótica de um griô, ou griot – responsável, em diversas tradições africanas, pela transmissão das narrativas orais de seus povos. Ludmila Amorim, ritmista formada na Estação Primeira de Mangueira, veio de Brasília para tocar ganzá na escola e afirmou a nossa reportagem: “Estar na Sapucaí é minha missão de cada ano. Nasci para estar aqui”.

Santa Cruz nordestina – Tradicional escola da Zona Oeste, a Acadêmicos de Santa Cruz realizou um melhores desfiles da noite. Com o tema “Santa Cruz de Barbalha, um conto popular no Cariri”, do carnavalesco Cahê Rodrigues, a escola representou elementos tradicionais do Ceará em suas alegorias – em especial a cidade de Barbalha, homenageada pelo enredo. Destaque para o belo samba, muito cantado na avenida, e para a comissão de frente representando a dança do canavial.

Imperatriz Leopoldinense – A grande expectativa da noite foi correspondida pela Imperatriz, oito vezes campeã do grupo especial e rebaixada no ano passado. Para seu retorno ao grupo principal, a escola apostou na reedição do histórico enredo de 1981 – quando foi campeã homenageando o compositor Lamartine Babo.  O samba “Só dá Lalá”, muito bem executado, empolgou o público presente no sambódromo. Destaque para as marchinhas de carnaval compostas por Lamartine, bem como os hinos dos principais clubes de futebol do Rio de Janeiro – também de sua autoria. O enredo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, que retornará à avenida neste domingo com a Mangueira. Algumas falhas não tiraram a imponência do desfile. Apesar das luzes da segunda alegoria estarem apagadas, a beleza da comissão de frente, das esculturas das alegorias e das fantasias – incluindo a ala de baianas – causou a melhor impressão da noite.

Unidos de Padre Miguel

Penúltima escola dos desfiles da série A,  a Unidos de Padre Miguel, conhecida como UPM,  do mesmo bairro da famosa Mocidade Independente, apresentou o enredo “Ginga”, sobre a capoeira. Apesar de um bom conjunto de fantasias e alegorias, a escola teve dificuldades com a segunda alegoria, que demorou a ingressar na avenida e desfilou sem uma parte – que teve de ser retirada ainda na concentração, o que também a prejudicou na evolução.

Império da Tijuca

Encerrando a segunda noite de desfiles, a Império da Tijuca, conhecida como o “primeiro império do samba”, por ter sido fundada antes do Império Serrano (em 1943), contou a história de Evandro Santos – fundador de uma biblioteca popular na Vila da Penha, zona Norte do Rio. Falando da educação e dos livros, a escola fez um desfile correto, mas sem grandes destaques.

Neste domingo, 23, sete escolas darão início aos desfiles do grupo especial: Estácio de Sá, Unidos do Viradouro, Estação Primeira de Mangueira, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Grande Rio, União da Ilha do Governador e Portela.

Recado pro Guajuviras direto da Sapucaí https://www.youtube.com/watch?v=cf4PnIvShgM

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Geral

No Dia da Imprensa, um tributo ao jornalismo local: a cobertura histórica de O Timoneiro na enchente de maio de 2024

Redação

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No Dia da Imprensa, um tributo ao jornalismo local a cobertura histórica de O Timoneiro na enchente de maio de 2024

Em tempos de tragédia, a informação pode ser tão vital quanto água potável ou abrigo. Neste Dia da Imprensa, celebrado em 1º de junho, relembramos uma das coberturas mais marcantes da imprensa local nos últimos anos: a atuação do jornal O Timoneiro durante a enchente que devastou Canoas e outras regiões do Rio Grande do Sul em maio de 2024.

Fundado em 1966, o jornal comunitário se viu, mais do que nunca, no papel de elo entre população e socorro. A reportagem audiovisual “Maio Sem Fim”, disponível no canal otPlay TV, no Youtube, reuniu comunicadores da equipe que viveram na pele os dias de angústia e ação ininterrupta para manter a população informada – e esperançosa.

“Numa crise todo mundo tem o seu papel, e a comunicação pode salvar vidas”, o editor-chefe do jornal, Vanderlei Dutra. Sem preparo prévio para tamanha catástrofe, a equipe se guiou por um propósito claro: ser um farol em meio à escuridão.

A estrutura da redação, como a de muitos veículos locais, era modesta. Mas o compromisso era gigante. Com celulares nas mãos e empatia no olhar, os comunicadores saíam às ruas alagadas para registrar e informar. “Cedinho com chuva, buscando a informação”, conta o comunicador Mauri Grando. E diante de vídeos falsos e desinformação, O Timoneiro apostou na precisão: informar com data, hora e localização corretas, garantindo que a população recebesse conteúdo confiável.

O Instagram do jornal tornou-se uma central de ajuda. Milhares de mensagens chegavam diariamente – pessoas pedindo socorro, notícias de parentes, orientações. “Era inacreditável, a gente não dava conta”, relatou a jornalista Simone Dutra. Muitas vezes, os próprios telefones da Defesa Civil estavam congestionados, e os comunicadores assumiam, informalmente, a função de apoio emocional. “Tenha fé, vá para tal lugar”, escreviam, tentando acalmar quem estava ilhado.

O drama também era pessoal. Um dos membros da equipe, que trabalhava em Porto Alegre, foi atingido pela enchente. Outro perdeu casa, loja e carros. Mesmo assim, todos seguiram atuando. “Difícil manter a emoção separada da razão”. A cena mais marcante? “Pessoas saindo dos barcos apenas com uma sacolinha, descalças, perguntando: ‘E agora?’”.

A experiência transformou até o perfil dos comunicadores. O colunista de cinema, Dion Cosetin, passou a visitar abrigos e contar histórias de superação. A colunista social Soraia Hütten virou elo entre voluntários e pessoas afetadas, ajudando com resgates, doações e proteção de animais. O jornalismo deixou de ser apenas informativo – tornou-se ferramenta de ação comunitária.

A cobertura, apesar de improvisada, foi marcada pela coragem, credibilidade e compromisso com a população. O legado, dizem os comunicadores, é de reinvenção: novas ideias nasceram, e o papel social da imprensa ficou ainda mais evidente.

Neste Dia da Imprensa, a história de O Timoneiro nos lembra que jornalismo vai além da notícia. É presença, é escuta, é solidariedade. Em 2024, o lema do jornal se concretizou com força: ser leme na rota de uma cidade em reconstrução.

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Notícias

Iniciada a construção de estacas do Muro da Cassol em Canoas

Redação

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Iniciada a construção de estacas do Muro da Cassol em Canoas

A construção do Muro da Cassol, na Avenida Guilherme Schell, no bairro Rio Branco, avançou para uma nova etapa no começo desta semana. Operários começaram a construir as estacas que farão a fundação do muro que atuará junto ao dique e fará a proteção contra cheias na localidade.

A nova etapa teve início com a chegada da perfuratriz que abrirá o solo para a instalação das estacas.

“A equipe está construindo as estacas de concreto para a fundação do muro. Serão 52 estacas com aproximadamente 12 metros de profundidade , explica o secretário municipal de Obras e Reconstrução, Victor Hampel. “É uma etapa que deve levar cerca de uma semana para ser concluída, mas vai depender da chuva.”

O Muro da Cassol faz parte do sistema de proteção da cidade, especialmente da região dos bairros Fátima e Rio Branco. A obra foi iniciada no final do ano passado, paralisada devido a problemas com o projeto original, e retomada no dia 17 de março.

A estimativa de conclusão é de seis meses e o investimento será de aproximadamente R$ 1,1 milhão. Hampel destaca a necessidade da liberação de recursos, pelo governo estadual, para todas as obras de proteção da cidade. Os projetos de Canoas já estão cadastrados e em análise pela equipe da Secretaria Estadual de Reconstrução (Sergs).

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Meio Ambiente

Relatório do MapBiomas aponta queda de 42% no desmatamento do bioma Pampa em 2024

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Relatório do MapBiomas aponta queda de 42% no desmatamento do bioma Pampa em 2024

O último relatório divulgado pelo MapBiomas com o balanço do desmatamento de todos os biomas brasileiros no ano de 2024 trouxe uma boa notícia para o Rio Grande do Sul. O bioma Pampa, que no Brasil é exclusivo do Estado, teve uma queda de 42% no desmatamento. O bioma aparece com a menor área de desmatamento do relatório: 0,1% do total, ou 896 hectares, segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), divulgado em 15 de maio.

“O Rio Grande do Sul vem implementando uma série de ações voltadas à preservação do bioma Pampa, que ocupa 68% do território do Estado. Uma das medidas foi a inclusão do Pampa como bioma no novo Código Estadual do Meio Ambiente. Também houve a migração do Cadastro Ambiental Rural para a plataforma federal e o acordo judicial que trouxe consensos relativos às tipologias existentes no Pampa. Temos a convicção de que a preservação das espécies nativas presentes no pampa gaúcho estarão cada vez mais protegidas”, informou a titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann.

De acordo com o RAD, todos os biomas brasileiros tiveram redução na área desmatada em 2024. A exceção foi o bioma Mata Atlântica, que se manteve estável com relação a 2023. De acordo com o MapBiomas, os resultados apontados neste bioma foram influenciados pelos eventos meteorológicos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano passado. Caso esses eventos não tivessem ocorrido, o bioma teria registrado uma redução de pelo menos 20% na área afetada em relação ao ano anterior.

A perda de vegetação atribuída aos deslizamentos de terras na enchente histórica também foi registrada no relatório desenvolvido pelo SOS Mata Atlântica, divulgado neste mês de maio. De acordo com o estudo, os eventos classificados como “desastres naturais” responderam pela maior parte dos 3.307 hectares desmatados no ano.

Outras iniciativas 

  • Corredores Ecológicos

Esses corredores promovem a conservação da biodiversidade por meio de estratégias de gestão territorial que mantêm ou recuperam processos ecológicos, conectando áreas protegidas e facilitando a dispersão de espécies, além da recolonização de áreas degradadas. A Sema tem trabalhado na implementação do Corredor Ecológico da Quarta Colônia, que conecta os biomas Pampa e Mata Atlântica.

  • Rota dos Butiazais

Esse é um acordo de cooperação técnica entre a Sema e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que prevê ações de pesquisa, extensão rural e normatização do uso sustentável de espécies de butiá, fruto nativo do bioma Pampa. A rota conecta pessoas em prol da conservação e uso consciente da biodiversidade nas áreas de ocorrência dos butiazais no Brasil, Uruguai e Argentina.

  • Trilhas de Longo Curso

Essa iniciativa visa promover experiências turísticas, incentivar a cultura, o esporte e o lazer, além de gerar renda e trabalho para as comunidades locais. Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 12 Trilhas de Longo Curso implementadas e lançou, em 2024, o decreto que institui o Programa Estadual de Trilhas de Longo Curso, que busca ampliar as experiências positivas do contato dos visitantes com o ambiente natural.

  • Certificação Ambiental para Extrativismo Sustentável

A Sema emite certificações para aqueles que possuem áreas de flora nativa e desejam extrair ou coletar produtos e subprodutos, como frutos, folhas, sementes e óleos essenciais, respeitando os limites da legislação atual e praticando métodos sustentáveis. Essa certificação aproxima o órgão ambiental das ações no campo e ajuda a monitorar o impacto das atividades humanas na natureza.

  • Cadastro Ambiental Rural (CAR)

É um registro eletrônico de informações ambientais, obrigatório para todos os imóveis rurais. A ferramenta do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) promove a identificação e integração das informações das propriedades, contribuindo para o planejamento ambiental, monitoramento, combate ao desmatamento e regularização ambiental.

  • Reposição Florestal Obrigatória (RFO)

Medida legal para atenuar, compensar ou reparar impactos ambientais causados pelo corte de árvores nativas, buscando a recuperação de áreas degradadas. A Sema é responsável por analisar e emitir pareceres técnicos para os projetos de RFO, que no bioma Pampa envolvem o manejo conservacionista dos campos nativos, estratégias para a reintrodução de espécies ameaçadas e a erradicação de espécies exóticas invasoras.

  • Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (GEF – Pró-espécies)

Esse projeto, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente e executado pela Sema, visa mitigar impactos sobre espécies ameaçadas que não estão em áreas protegidas nem contempladas pelos Planos de Ação Nacional (PAN). Por meio do GEF – Pró-Espécies, são promovidas ações para combater a caça, pesca e extração ilegal de espécies silvestres.

  • Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Rio Grande do Sul (Proveg-RS)

Tem como objetivo promover, integrar e articular políticas e ações que induzam à restauração e conservação da vegetação nativa no Estado. O Proveg-RS contribui para a conservação dos ambientes nativos e a recuperação de áreas degradadas, preservando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

  • Campos do Sul

Visa garantir a conservação dos campos nativos dos biomas Pampa e Mata Atlântica. Por intermédio da oferta de assistência técnica especializada, o Campos do Sul incentiva proprietários rurais a adotarem boas práticas ambientais e de manejo, assegurando a proteção dos serviços funcionais e ecossistêmicos dos ambientes campestres e sua diversidade biológica.

  • Implementação de Planos de Ação Territoriais para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PATs)

Essa iniciativa, adotada em nível nacional, visa definir estratégias para a conservação de espécies criticamente ameaçadas de extinção que carecem de planejamento. A Sema é executora de dois PATs: o PAT Planalto Sul, que envolve os campos de altitude e a Floresta Ombrófila Mista no bioma Mata Atlântica; e o PAT da Campanha Sul e Serra do Sudeste, abrangendo os Campos da Campanha e a Serra e Encosta de Sudeste, no bioma Pampa.

No âmbito do bioma Pampa, a Sema coordena o Plano de Ação Territorial (PAT) – Bagé, que busca melhorar o estado de conservação das espécies focais e seus habitats, promovendo práticas sustentáveis.

  • Projeto GEF – Terrestre

Desenvolvido pelo governo federal em parceria com a Sema, esse projeto envolve comunidades locais e proprietários nas áreas ao redor das Unidades de Conservação (UCs). Ele atua por meio de estratégias que visam qualificação, regularização e ações nas unidades existentes, trabalhando na restauração da vegetação nativa e na proteção de espécies ameaçadas.

Sobre o MapBiomas

O MapBiomas é uma iniciativa colaborativa criada em 2015 que reúne diversas instituições para mapear anualmente o uso da terra no Brasil e monitorar mensalmente a água e o fogo desde 1985. Utilizando tecnologias como o Google Earth Engine, o projeto busca tornar acessíveis informações sobre o território, além de apoiar a conservação ambiental e o combate às mudanças climáticas.

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