Geral
Primeira noite de desfiles do Grupo Especial impactou a Sapucaí

Textos e fotos: Daniela Uequed e Douglas Angeli
Mangueira foi tecnicamente perfeita; Viradouro e Portela completaram as melhores apresentações da noite.
Sete escolas abriram os desfiles do grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro na noite de domingo, 23. Estácio de Sá, Viradouro, Mangueira, Tuiuti, Grande Rio, União da Ilha e Portela cruzaram o sambódromo da Avenida Marquês de Sapucaí realizando alguns dos melhores desfiles de domingo dos últimos anos.
Estácio de Sá – Comemorando os 50 anos de carreira de sua carnavalesca, Rosa Magalhães, a Estácio de Sá escolheu a pedra como enredo em seu retorno ao grupo especial. Abrindo os desfiles da noite, a escola apresentou um belo abre-alas, mas o padrão não se repetiu nas demais alegorias. Estando a pedra presente na origem da humanidade, o enredo destacou as pinturas rupestres da pré-história, a busca por pedras preciosas na colonização do Brasil e a relação das pedras com a religiosidade. Rosa, sete vezes campeã do carnaval com desfiles memoráveis, estava alegre desfilando como componente de uma das alegorias. A Estácio, entretanto, encontrará muita dificuldade para permanecer no grupo.
Viradouro – Vice-campeã em 2019, a Viradouro ingressou na avenida em busca de seu segundo título no grupo especial. Para isso, falou sobre as ganhadeiras de Itapuã, na Bahia, mulheres símbolo da resistência contra a escravidão no século 19 e que atualmente celebram sua tradição por meio de um grupo musical. No desfile, destaque para a qualidade das fantasias e das alegorias e para a bateria sob o comando do mestre Ciça. Entretanto, os problemas de iluminação do último carro podem comprometer a classificação da escola de Niterói.
Mangueira – A Estação Primeira de Mangueira desfilou em busca do bicampeonato. O carnavalesco Leandro Vieira, campeão em 2016 e em 2019, apresentou o enredo “A verdade vos fará livre”. Nele, Jesus voltou ao mundo como um menino negro do morro, mas também índio e mulher, em um tempo de preconceito e discriminação. A sofisticação das fantasias e das alegorias causou ótima impressão em um desfile marcado pela presença de lideranças religiosas que apoiaram a mensagem crítica da escola. A rainha de bateria, Evelyn Bastos, desfilou com uma túnica e coroa de espinhos, representando Jesus como mulher negra. Destaque para os músicos e cantores do carro de som da escola o desfile entrosado à segura bateria “tem que respeitar meu tamborim” do mestre Wesley.

Carro de som Mangueira

“Jesus também é mulher”
Tuiuti – A escola do bairro de São Cristóvão apresentou o enredo “O Santo e o Rei: encantarias de Sebastião”, sobre o santo católico, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, e o rei português que desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 e passou para o imaginário como o rei cuja volta era desejada. A escola chamou a atenção pelas belas alegorias, em especial o último carro que apresentava a imagem de São Sebastião e pelo belo samba-enredo. Outro destaque foi o casal de mestre-sala e porta-bandeira Marlon Flores e Danielle Nascimento, que desfilou acompanhada de sua mãe, a histórica porta-bandeira Vilma Nascimento – que se recupera de um acidente sofrido na última semana.
Grande Rio – A escola de samba de Duque de Caxias ingressou na avenida com aquele considerado o melhor samba de 2020: “Tatalondirá, o canto do caboclo no quilombo Caxias”. O enredo, em homenagem a Joãozinho da Goméia, liderança religiosa da baixada fluminense entre as décadas de 1930 e 1970, considerado o rei do candomblé. Além da estética afro-religiosa, a escola destacou o aspecto artístico do babalorixá que também foi músico, dançarino e destaque de carnaval. Porém, problemas na evolução e em algumas alegorias afastam a Grande Rio de um inédito título no grupo especial. Ponto alto para o entrosamento da rainha, Paola Oliveira com a bateria do mestre Fafá.
União da Ilha – Com o enredo “Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas; a sorte está lançada: salve-se quem puder”, a União da Ilha do Governador apostou na crítica social para o desfile desse ano. Contando com a direção de carnaval e de harmonia do experiente Laíla, 13 vezes campeão com a Beija-Flor de Nilópolis, a escola apresentou dificuldades de evolução, abrindo um grande buraco e estourando o tempo em 1 minuto. Na apuração de quarta-feira, à União da Ilha deverá restar uma das últimas posições, algo perigoso tendo em vista que duas escolas descerão ao grupo de acesso.
Portela – Fechando a primeira noite, a Portela desfilou com o enredo “Guajupiá, terra sem males”, falando dos povos indígenas que habitavam o Rio de Janeiro antes da dominação portuguesa. A chegada dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage à escola de Madureira impactou inclusive o seu símbolo maior: no abre-alas. Uma águia moderna com um belo movimento sincronizado de asas e luzes na alegoria. Os pontos fortes da escola foram o samba, a harmonia, a comissão de frente, representando o ritual antropofágico dos tupinambás e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre, que encenaram o nascimento de um filho. Com o desfile, a Portela se candidata a uma boa posição no desfile das campeãs.
Geral
26ª Construsul projeta mais de 32 mil visitantes em 2025

Consolidada como a maior feira de negócios da construção civil no Sul do Brasil e uma das principais da América Latina, a 26ª Construsul – Feira Internacional da Construção acontece de 22 a 25 de julho de 2025, no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre/RS.
A expectativa é reunir cerca de 32 mil visitantes, entre lojistas, construtoras, engenheiros, arquitetos, indústrias, representantes de órgãos públicos, estudantes e demais profissionais ligados à cadeia produtiva da construção.
Ao longo de quatro dias, mais de 300 empresas nacionais e internacionais apresentarão os principais lançamentos para o segundo semestre do ano, impulsionando negócios, ampliando networking e fomentando inovações. A feira ocupará uma área de cerca de 20 mil m², reunindo soluções em argamassas, revestimentos, impermeabilização, iluminação, ferragens, tintas, portas, ferramentas, piscinas, jardinagem, entre outros segmentos essenciais ao setor.
“Mais do que uma feira, a Construsul é um ecossistema de oportunidades. Profissionais e empresas encontrarão um ambiente propício para gerar negócios, estabelecer parcerias estratégicas e acompanhar as transformações do mercado”, destaca Wilson Richter, diretor da Sul Eventos, promotora do evento
Ele acrescenta: “o evento se consolida como um termômetro das tendências e necessidades da construção civil, estimulando a evolução constante do setor”.
Neste contexto, a Construsul desponta como uma vitrine estratégica para soluções inovadoras e sustentáveis. Para Ricardo Richter, diretor do evento, o setor vive um período de transformações.
“Apesar dos desafios econômicos e da volatilidade, vejo uma abundância de oportunidades surgindo, especialmente nas áreas de inovação e tecnologia. O Brasil possui um mercado diversificado e cheio de potencial, pronto para abraçar soluções de construção que sejam não apenas eficientes, mas também sustentáveis e duradouras. A Construsul é o espaço ideal para apresentarmos as inovações que impulsionam essa nova fase do setor”, afirma.
A edição de 2025 dá sequência ao êxito da última Construsul, que atraiu visitantes de 19 estados brasileiros e três países do Mercosul, mesmo ocorrendo fora de seu calendário tradicional devido às enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio do último ano.
O evento também reforça sua vocação como polo de conteúdo técnico e qualificação profissional. A programação incluirá seminários, congressos e workshops realizados com o apoio de mais de 40 entidades representativas, regionais e nacionais
“Um dos nossos diferenciais é proporcionar, além da exposição de produtos, uma intensa agenda de conhecimento. São eventos paralelos, em sua grande maioria gratuitos, que oferecem conteúdo técnico especializado, contribuindo para a formação continuada dos profissionais e para a competitividade das empresas”, explica Paulo Richter, também diretor da Sul Eventos.
Ele complementa que o conhecimento é fundamental para os profissionais e negócios do setor evoluírem no mercado. “A Construsul reafirma, assim, seu papel de catalisadora do desenvolvimento da construção civil, promovendo negócios, inovação e capacitação”, finaliza.
Construção civil mantém crescimento e geração de empregos em 2025
O setor da construção civil no Brasil projeta crescimento de 2,3% para 2025, conforme dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O primeiro trimestre já registrou a criação de mais de 100 mil empregos formais, mantendo o segmento como um dos maiores geradores de vagas no país, com quase 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Segundo dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em abril deste ano a construção aparece novamente como um dos setores que mais geraram empregos no período, com 34.295 novos postos de trabalho com carteira assinada. Segundo a CBIC, este número representa um crescimento de 53,16% em relação a março e uma alta de 10,20% na comparação com abril de 2024.
Em 2024, o mercado brasileiro de construção civil movimentou mais de R$359.523 bilhões em 2024, representando um crescimento de 4,3% no Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Serviço
- Evento: 26ª Construsul – Feira Internacional da Construção
- Data: De 22 a 25 de julho de 2025
- Local: Centro de Eventos FIERGS – Av. Assis Brasil, 8787 – Porto Alegre/RS
- Horário: De terça a quinta-feira das 13h às 21h – Sexta-feira das 13h às 19h
- Credenciamento: a partir de 22 de junho inscrições gratuitas para profissionais do setor através do website www.feiraconstrusul.com.br. É proibida a entrada de menores de 14 anos.
- Promoção: Sul Eventos Feiras Profissionais
Entidades apoiadoras
ABCERAM; ABCIC; ABILUMI; ABRASFE; ABTC; ABNT; ACOMAC Blumenau e Região; ACOMAC Caxias do Sul e Região-RS; ACOMAC Litoral Norte/SC; ACOMAC POA; ACOMAC Sul/SC; AGABRITAS/SINDIBRITAS; ANAPP; ANEST; ANICER; ARES; AsBEA/RS; ASBRAV; ASPEC PVC; CAU/RS; CBIC; Clube de Mão de Obra; CREA-RS; FIERGS; ICZ; ITT Performance; Mulher em Construção; SECOVI/AGADEMI RS; SENGE; SERGS; SINDICER; SINDIVIDROS-RS; SINDUSCOM VALES; SINDUSCON CRICIUMA/SC; SINDUSCON-NH; SINDUSCON Passo Fundo; SINDUSCON Pelotas/RS; SINDUSCON-RS; REDEMAC; SINDILOJAS Porto Alegre; e REDE Construir – ARESUL.
Meio Ambiente
Ulbra integra estudo que monitora espécie de abelha invasora

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) integra o estudo do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) que verifica se a abelha mamangava europeia invasora (Bombus terrestris) já está em território brasileiro, em áreas de fronteira entre Brasil e Uruguai.
O biólogo e professor da Ulbra Jefferson Nunes Radaeski está em campo, ao lado de outros pesquisadores, avaliando áreas de cidades como Aceguá, Pedras Altas e Santa Vitória do Palmar, indicadas como portas de invasão da espécie exótica que tem potencial de trazer danos para a biodiversidade.
Docente nos cursos de Agronomia, Biomedicina e Biologia da Ulbra, Radaeski destaca que o grupo está avaliando e identificando plantas visitadas pelas abelhas nativas que podem estar ameaçadas com a chegada da abelha exótica Bombus terrestris em território brasileiro.
“Desta forma, saberemos quais plantas são importantes para as mamangavas nativas e será possível elaborações de estratégias para manejo. Essa identificação será realizada por meio de análise de pólen das flores no corpo das abelhas. O estudo deve ter um tempo mínimo de vigência de quatro anos”, ressalta.
Radaeski explica que, em relação às coletas, as abelhas mamangavas nativas serão capturadas durante suas visitas às flores ao longo de um dia, a cada dois meses, durante um ano.
“Teremos a etapa de coleta e análise das amostras, interpretação dos resultados, discussão dos dados obtidos e divulgação das informações.”
O professor lembra a importância do projeto “Status das espécies de mamangavas nativas (Bombus) em áreas suscetíveis à invasão de Bombus terrestris na fronteira Brasil-Uruguai”, pois atua em temáticas emergentes como a preocupação com os polinizadores, a produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade.
“Fazer parte de um projeto com instituições e universidades de diferentes regiões do Brasil possibilita a obtenção de resultados bem fundamentados sobre a temática e trocas de experiências com demais pesquisadores envolvidos”, ressalta.
Impactos na produção
De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), apesar da espécie de abelha mamangava ser considerada boa polinizadora, como invasora, pode se tornar altamente competitiva, causando impactos negativos na produção de mel, na polinização e até levar à extinção de espécies nativas em determinados locais.
Introduzida no Chile para polinização de culturas, a abelha mamangava europeia invasora chegou à Argentina e poderá se expandir alcançando outros países sul-americanos num futuro próximo, segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP), realizado em 2015.
O projeto é coordenado pelo DDPA, órgão ligado à Seapi, e conta com a colaboração dos pesquisadores da USP André Luís Acosta, Antônio Mauro Saraiva, Vera Imperatriz-Fonseca, da Ulbra Jefferson Radaeski, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Patrícia Nunes-Silva e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Carlos Yung-Dias.
Geral
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