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18/10/2024
 

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ESPECIAL 55 ANOS ASMC: Entrevista com o presidente e história da entidade

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MARCELO GRISA*

Na próxima segunda-feira, dia 12 de junho, a Associação dos Servidores Municipais de Canoas (ASMC) completa 55 anos de história. Na data, comemorada junto com o Dia dos Namorados, é lembrada uma história de amor pelo funcionalismo e por ajudar o próximo.

O Começo

Nas décadas de 1940 e 1950, um grupo da então modesta força de trabalhadores públicos da jovem cidade organizava-se. Ao fim de cada mês, alguns deles passavam com uma caixinha para recolher doações. Com o valor arrecadado, era feita uma distribuição aos colegas que recebiam menos, ou aos que precisavam de mais ajuda para cobrir gastos com saúde e alimentação. Naquela época, a assistência social no Brasil ainda era escassa por parte do governo.

Em 1962, um dos líderes dessa iniciativa era Júlio Pereira de Souza. Ao ver o esforço dos municipários para tornar a vida de colegas mais digna, o então prefeito de Canoas, José João de Medeiros, sugeriu a criação de uma entidade associativa que tivesse essa função de assistência social. Assim, no primeiro semestre daquele ano, foram feitas as reuniões que levariam à primeira assembleia formal, em 12 de junho de 1962. Há, entretanto, membros dentre os fundadores registrados na ASMC mesmo antes disso, em datas anteriores, no começo daquele mês.

A Construção de um Patrimônio

Desde então, a ASMC é reconhecida pela defesa dos interesses e fornecimento de serviços aos funcionários públicos do município. As quatro salas no Edifício Damásio Rocha (Rua Fioravante Milanez, 85, 3º andar) têm até um acervo de filmes disponíveis aos cerca de 3000 associados. Tudo isso para oferecer o melhor: são 2462 empresas conveniadas nos mais diversos setores da economia canoense, entre serviços de saúde, farmácias, financeiras e até mesmo concessionárias de automóveis.

Além do endereço no Centro, a ASMC tem uma Sede Campestre em Nova Santa Rita, com 4500 metros quadrados, e o Camping, disponível para os associados que quiserem veranear em Cidreira. Em Canoas, há também a Sede Social, na Rua Nerci Flores Pereira, nº 179, próximo à Rua Brasil. O endereço conta com salão para receber cerca de mil pessoas, além de campo de futebol e o DTG Morada dos Guapos.
Em 1993, a Sede Social passou também a estar integrada ao Movimento Tradicionalista Gaúcho por meio do DTG Morada dos Guapos.

Dias atuais

O atual presidente é Firmo Farias dos Santos. Firmo filiou-se pela primeira vez à ASMC em 1969, e tem envolvimento nos cargos de gestão da entidade desde o final da década de 1980. Além de Firmo, passaram também pela presidência nomes como o ex-deputado estadual Luiz Antonio Posssebom, o ex-prefeito de Nova Santa Rita, Odone Machado Ramos, e o ex-vice-prefeito de Canoas Cláudio Schneider.
A diretoria também é composta pelo vice de Finanças, Leonardo Dornelles Rodrigues, pelo vice de Patrimônio, Haroldo Carvalho Leão, pelo vice do departamento Cultural e Social, José Francisco Farias dos Santos, e pela vice-presidente de Assistência Social, Miriam Oliveira da Silva.

MONIQUE LEOTE MENDES*

“Essa diretoria vai passar, mas a ASMC vai chegar a seu centenário!”

Próximo de completar 70 anos de idade, no dia 13 de novembro, Firmo Farias dos Santos, atual presidente da Associação dos Servidores Municipais de Canoas (ASMC), esbanja vitalidade, paixão pela sua atividade, e é um incentivador da informatização. Acredita que a coragem para exercer suas tarefas e enfrentar os desafios diários está ligada ao fato de estar sempre em movimento.

Ele mantém o amor pelo trabalho e brilha os olhos quando fala dos anos de atuação na diretoria da ASMC. Sempre com o celular próximo, pois monitora todas as câmeras de videomonitoramento da Associação, brinca dizendo: “temos que buscar e incentivar as pessoas a terem WhatsApp e se informatizarem, pois elas nunca mais ficarão sozinhas e tudo se tornará mais fácil e acessível.”

Emociona-se quando fala da família e do amor que guarda pelos três filhos adotivos. Uma de suas paixões é a neta de 11 anos, que ele cria juntamente com a esposa, Terezinha Lopes dos Santos, parceira de uma vida e fruto de um casamento que iniciou quando tinha 22 anos e se mantém forte até os dias de hoje.
Firmo recebeu a equipe de O Timoneiro em sua sala na ASMC e compartilhou sua história de vida, relatou os desafios como atual presidente da associação e do futuro da ASMC.

O Timoneiro: Nos conte sua história como servidor municipal e quando ingressou na Associação dos Servidores Municipais de Canoas?
Firmo Farias dos Santos: Comecei a trabalhar na Prefeitura em 4 de fevereiro de 1967, como barqueiro no Rio dos Sinos, em Morretes. Meu pai, Normélio Andrade dos Santos, era chefe das barcas. Sa[i do quartel com 22 anos e, 15 dias após minha saída, assumi de barqueiro no governo do prefeito Lagranha. Fiquei por dois anos na barca, até que na época do Castelo Branco se criou uma lei onde dizia que filho não poderia trabalhar sobre as ordens do pai em serviços públicos. Foi então que em 1969, vim trabalhar de motorista, mesmo ano que aderi ao quadro social da ASMC. Trabalhei na Prefeitura até 1998 e já estou aposentado há 19 anos. Todo funcionário na época, quando aderia à classe social, já era apresentado à ficha de inscrições da associação.
Meu primeiro mandato foi em 1989, como diretor de patrimônio em substituição ao vice-presidente que havia pedido demissão na época. Em 1991, fui eleito pela primeira vez como vice-presidente de Patrimônio. Em 1995 fui presidente eleito pela primeira vez.

O Timoneiro: Você está aposentado, completando 70 anos, mas se mantém atuante. O que te move para continuar trabalhando e enfrentando os desafios diários?
Firmo: Terezinha Lopes de Santos, minha esposa, me diz: “ tua família é a Associação, nós somos a segunda”. Eu chego muitas vezes em casa só para dormir. Chego de madrugada, pois além da Associação eu faço parte do conselho diretor do Movimento Tradicionalista Gaúcho, sou membro da Junta Fiscal, duas vezes por semana tenho que estar lá, sou tesoureiro do Sagrado Coração de Jesus, minha paróquia. Dentro da associação tenho que representar a ASMC em várias entidades, somos cinco presidentes, mas não vencemos todos os compromissos. Chego em casa por volta das 23h30 ou meia noite quase todos os dias. Só chego para dormir. Meus colegas que se aposentaram junto comigo, muitos estão arrastando os pés, com bengalinha, ou reclamando disso ou daquilo. Se tenho esse pique é porque não parei e não pretendo parar.

O Timoneiro: Nestes anos todos atuando na Associação, o que foi feito na sua diretoria e do que te orgulha?
Firmo: Os objetivos não são somente meus, mas de um coletivo de pessoas competentes e engajadas que se preocupam com o servidor municipal. Quando assumi, muita coisa já havia sido conquistada. Eu adquiri a sede campestre em Nova Santa Rita. Quando entrei, tínhamos 450 empresas associadas, hoje chegamos a 2.100 empresas. Mas, a estrutura era outra na década de 50. Tínhamos uns 450 funcionários na Prefeitura e agora temos por volta de 7 mil funcionários. Nosso quadro social é composto por funcionários com estabilidade e concursados. Temos 26 funcionários contratados na associação. Temos uma administração central, com quatro salas, no edifício Damaso Rocha, no centro de Canoas. Aqui é nossa administração, nossa secretaria, nosso departamento pessoal. Nos orgulhamos de todas nossas conquista ao longo dos anos, de ter uma sede social, salão social, salão de esporte, camping com dois funcionários no local, e em Nova Santa Rita, nossa sede campestre com toda estrutura para o associado usufruir.

O Timoneiro: Qual a mensagem que você deixa para os associados neste ano que a ASMC completa 55 anos e quais são os planos para o futuro?
Firmo: Que continuem acreditando na associação. Quem não é associado que venha a se associar, pois é importante para o futuro da associação. Os associados precisam acreditar mais na ASMC, pois nós, dessa diretoria, vamos passar, mas a ASMC vai chegar a seu centenário.
Meu pensamento de futuro é a conscientização do associado. Ele precisa comparecer nesta assembleia para eleger nova diretoria, pois precisamos deles para nos adequar ao novo estatuto, novo código civil, novas leis. Estamos dento de uma estatuto novo, elaborado pelo advogado Jorge Uequed, gerenciado por um estatuto de 1962.
Não podemos crescer muito mais, pois perdemos associados a cada dia. Precisamos com urgência que 936 associados compareçam na assembleia para podermos aprovar o novo estatuto e ter nossa eleição por voto direto. A associação não tem projeto de expandir, os sindicatos sim. Temos parceria com todos os sindicatos, trabalhamos juntos com eles. Para a ASMC não existe partido, somos apartidários. Nosso partido é do prefeito que está eleito, que está na ativa. Minha opinião não representa a Associação. Nós somos um grupo grande e unido de associados que chegam às proposições com ideias em comum.

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Prefeitura realiza reintegração de posse no Loteamento Pôr do Sol

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Foi realizada, na manhã da última terça-feira, 2, a reintegração de posse de uma praça localizada no Loteamento Pôr do Sol, no Bairro Guajuviras. A ação ocorre após quase dois anos de ocupação por aproximadamente 25 famílias, que tentavam a permanência no local.

De acordo com a Prefeitura, a reintegração foi possível após meses de entraves judiciais.

Participaram as secretariais de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Serviços Urbanos, Obras, Transportes e Mobilidade, além do Conselho Tutelar e da Procuradoria Geral do Município.

Protesto

Na última segunda-feira, membros das famílias protestaram em frente à Prefeitura. Eles tentavam um último recurso para evitar a reintegração de posse. “Querem nos tirar de lá. Tem casas de alvenaria, não são barracos, como falam. Nunca ninguém da Prefeitura esteve lá, nunca se lembraram da gente. Nós sempre quisemos conversar, mas nunca nos receberam”, afirma Rosenildo Correa da Silva, que morava com a esposa e seis filhos em uma das casas. Segundo os presentes, muitos não têm para onde ir.

Segundo o governo, a ação não registrou incidentes e transcorreu dentro da normalidade. De acordo com a atual gestão municipal, esta é a 37ª reintegração de posse realizada desde o início de 2017. “A praça no Loteamento Pôr do Sol será devolvida à população para que possa usufruir dos momentos de lazer em comunidade”, afirma o governo, em nota.

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CANOAS 78 ANOS: Trajetória da representação política canoense a nível estadual e nacional

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Como uma das principais cidades do Rio Grande do Sul em número de população e exemplo de pujança econômica na região, Canoas também mantém tradição de representação política a nível estadual e federal. Ao longo dos anos, foram inúmeros nomes que marcaram a trajetória na cidade.

Deputados federais

Jorge Uequed
Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Universidade do Rio dos Sinos, em 1971, advogado, jornalista e publicitário em 1974 foi eleito deputado federal pela legenda do MDB, partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Reeleito em 1978, participou outra vez da Comissão de Ciência. No pleito de 1986 concorreu a uma vaga na Constituinte pela legenda do PMDB. Foi eleito deputado federal em 1974 e depois reeleito em 1978, em 1982, em 1986 e 1990, tive cinco mandatos, entre eles o da Constituinte.

Ivo Lech
Advogado, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Unisinos, Ivo da Silva Lech foi vereador em Canoas de 1983 a 1986 e deputado federal constituinte em 1986 pelo Rio Grande do Sul.
Foi presidente da Subcomissão das Minorias, Negros, Populações Indígenas, Pessoas Portadoras de Deficiências, da Assembleia Nacional Constituinte; vice-presidente da Comissão de Saúde, Família e Seguridade Social da Câmara dos Deputados em 1989; presidente do PMDB de Canoas de 1999 a 2003. Atualmente é Secretário Especial de Integração Institucional de Canoas.

Paulo Paim
Em 1985 filiou-se ao PT e no ano seguinte foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, sendo deputado constituinte. Foi vice-líder do partido entre 1989 e 1991. Foi reeleito deputado sucessivamente em 1990, 1994 e 1998. Entre 1993 e 1994 presidiu a Comissão de Trabalho, Administração Serviço Público da Câmara dos Deputados. Nas eleições de 2002 disputou o cargo de senador, sendo eleito.

Hugo Simões Lagranha
A vida política de Lagranha iniciou em 15 de novembro de 1955, quando foi eleito vice-prefeito de Canoas pela coligação PSD, PRP e PL, tendo exercido o mandato de prefeito municipal em onze oportunidades. Foi prefeito da cidade de Canoas por quase vinte anos. Foi também eleito deputado federal pelo PTB nas eleições de 1994, tendo recebido 71.599 votos. Exerceu o mandato de 1 de janeiro de 1995 até 31 de dezembro de 1996, quando renunciou para concorrer novamente à prefeitura de Canoas.

Luiz Carlos Busato
Bacharel em arquitetura pela Unisinos, fez pós-graduação em urbanismo e em produção e gestão imobiliária. Foi professor nas Faculdades Canoenses (hoje ULBRA). Em 2004, no município de Canoas, concorreu pela primeira vez a vereador e elegeu-se com 3.139 votos. Em 2006 foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul e reeleito em 2010. Nas eleições de 2014 foi eleito deputado federal e em 2015 assumiu o cargo. Em outubro de 2016 foi eleito Prefeito da cidade de Canoas.

Deputados estaduais

Carlos Giacomazzi
Morador de Canoas, presidiu o Lions Club, o Conselho Deliberativo do Clube de Caça, Pesca e Tiro, a Câmara de Indústria e Comércio (Cics) e a Câmara de Dirigentes Lojistas. Atuou como vice-presidente do Canoas Tênis Clube. Eleito prefeito de Canoas em 1968 e em 1985, assumiu o cargo na segunda oportunidade. Na primeira, a cidade era declarada Área de Segurança Nacional. Por quatro mandatos consecutivos, entre 70 e 82, foi deputado estadual.

Nelsinho Metalúrgico
Em 2004, Nelsinho foi eleito o vereador mais votado do PT em Canoas. Já em 2008, foi reeleito com mais de 4 mil votos. Ao tomar posse em janeiro de 2009, Nelsinho foi eleito presidente da Câmara de Vereadores de Canoas. Em 2010 foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, tomando posse em janeiro de 2011. Em 2014, foi reeleito para um novo mandato na Assembleia Legislativa.

Luiz Antônio Possebon
Luiz é ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-Coordenador de Relações Institucionais do gabinete do prefeito Jairo Jorge. Além de vereador canoense por 20 anos e presidente da Câmara, ele foi deputado estadual e ocupou vários cargos na administração pública. Foi ainda um dos fundadores da Liga Canoense de Combate ao Câncer.

Francisco Dequi
O professor Francisco Dequi é diretor do Instituto Pró-Universidade Canoense (IPUC).Elegeu-se na primeira tentativa como deputado estadual. Após cumprir dois mandatos, o IPUC e suas pesquisas voltaram a ser o principal foco de seus esforços.

Jurandir Maciel
O canoense Jurandir Maciel (PTB), tomou posse em 2011 na Assembleia Legislativa. Jurandir também foi vereador por três mandatos, vice-prefeito e secretário municipal de Saúde de Canoas por oito anos.

Sezefredo Azambuja Vieira
Candidato a deputado estadual pelo Partido da Representação Popular (PRP) em 1947, ficou como suplente até 1950, quando ingressou no cargo. Em 1957 candidatou-se à Prefeitura, mas não chegou ao cargo. No entanto, no pleito seguinte, conseguiu se tornar o prefeito, tendo Hugo Simões Lagranha como seu vice. O mandato durou de 1956 a 1959. Após o mandato de prefeito, foi ainda vereador por dois anos, eleito em 1959 com 1.080 votos.

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CANOAS 78 ANOS: “Canoas para mim é tudo de bom, só alegria e felicidade”

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SIMONE DUTRA*

PERSONAGEM CANOENSE

Marcos Antônio Lemes de Souza, 50 anos, morador do bairro Parque Universitário, onde vive com a esposa e filhos, é jornaleiro há 34 anos no calçadão de Canoas. Trabalhando de segunda a sábado, ele conta que já presenciou incontáveis acontecimentos da vista do seu estabelecimento, mas o que mais o impressiona é a mudança de visual, ao longo dos anos, após as reformas que trouxeram calçamento e estrutura para via que se tornou bastante movimentada. “Antes era uma rua sem nada, porém, havia o Carnaval aqui na Vitor Barreto, os desfiles do 7 de Setembro na XV de Janeiro e, aos domingos, o Cine Rex agitava a Domingos Martins”.

Depois da chegada do shopping, os bairros se tornaram mais independentes e o comércio se distribuiu pela cidade. “Claro que perdi um pouco de público com a descentralização. Ainda mais com o avanço tecnológico, poucos permaneceram neste ramo. Antes, meu carro chefe era a venda de revistas, hoje é recarga de celular, balas e cigarros. Mas a gente também vai se reinventando e modificando o tipo de produtos. Então, colocando na balança, o retorno de dinheiro compensa”.

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