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Candidatos a vice discutem suas propostas
Debate colocou frente a frente os representantes de três das quatro chapas que concorrem
[ATUALIZAÇÃO] Ouça aqui, na íntegra, o debate realizado no dia 21 de setembro:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Por Émerson Vasconcelos
O debate entre os candidatos ao cargo de vice-prefeito de Canoas, organizado por O Timoneiro, ocorreu na sede do Sindicato dos Profissionais em Educação Municipal de Canoas (Sinprocan) na noite da última quarta-feira, 21. O evento contou com a participação de Ceni Bonato (PSOL), vice de Paulo Sérgio (PSOL); Gisele Uequed (Rede), vice de Luiz Busato (PTB) e Roberto Feijó (DEM), vice de Felipe Martini (PSDB). O candidato Mário Cardoso (PT), vice de Beth Colombo (PRB), foi o único a não comparecer ao debate. Este foi o primeiro debate político organizado por OT em seus 50 anos.
O evento, mediado pelo repórter Bruno Lara e com mediação jurídica do procurador do Estado Alfredo Crosseti Simon, transcorreu em clima expositivo durante todo a sua realização. Os candidatos evitaram criticar uns aos outros e usaram seus tempos de fala para colocar em evidência os planos de governo das suas chapas. A exceção foi Mário Cardoso, que recebeu duras críticas de Gisele, Ceni e Feijó. Os três candidatos classificaram como desrespeitosa com os canoenses a atitude do petista, que optou por faltar aos dois debates de vices realizados na cidade até o momento. Além disso, todos os debatedores apontaram falhas de gestão do atual governo municipal do PT e lembraram em suas falas que o candidato que faltou ao evento representa a continuidade de quem hoje está no poder.
Os candidatos responderam perguntas feitas entre eles, com temas definidos através de sorteio e também, em um dos blocos, a perguntas feitas pela plateia. Embora o tema Educação não tenha sido abordado diretamente nas perguntas, pois não foi sorteado, os candidatos trouxeram a discussão à pauta em diversos momentos.
Dentre os temas que mais foram citados pelos debatedores estiveram saúde, segurança e mobilidade urbana. O projeto de implantação do aeromóvel foi duramente criticado pelos três, que apontaram o alto custo da obra e da manutenção como os maiores problemas do sistema, que, segundo eles, não vai resolver os problemas de transporte da cidade e ainda gera uma dívida que vai durar décadas.
Candidatos a prefeito
Na próxima terça-feira, 27, o jornal O Timoneiro realiza o debate entre os candidatos a Prefeito de Canoas. O evento ocorrerá no auditório do Sinprocan às 18 horas e inscrições para a plateia serão aceitas através da página de O Timoneiro no Facebook. A transmissão ao vivo do áudio do debate ocorrerá pelo site www.otimoneiro.com.br.
Ceni Bonato: “Vamos trabalhar com as pessoas e para as pessoas”
Logo em sua apresentação, Ceni Bonato (PSOL) explicou que esta é a primeira vez que se envolve em política. Ela pontuou que embora estejamos em uma sociedade que se diz evoluída, precisamos reavaliar muitas questões que hoje são consideradas naturais pelas pessoas. Citou uma pesquisa que, segundo ela, apontou que 1% da população mundial entende que a mulher estuprada é culpada pelo crime. Seguindo a linha de propor reavaliações de questões, ressaltou que Canoas precisa rever a Educação, uma vez que muitas crianças ficam fora da Educação Infantil enquanto seus pais e mães precisam trabalhar. “Como uma cidade como Canoas permite isso?”, questionou.
A respeito de inclusão social, ao ser indagada por Feijó sobre os planos de sua chapa para resolver os problemas ligados a este tema, Ceni respondeu: “Nossa proposta é toda voltada à inclusão social e visa atender as prioridades de solução, que são falta de escola, de saúde e de segurança. Por exemplo, na área de segurança, pretendemos investir na justiça comunitária. Pretendemos fazer com que os jovens permaneçam na escola, participando de programas de inclusão”. Explicou ainda que pretende intensificar a segurança nas escolas. Além disso, outro ponto ressaltado por Ceni, no campo da inclusão social, foi o atual descaso do município com o saneamento básico. A candidata disse também que a função dos CRAS hoje não é adequada e que o orçamento participativo não funciona bem no atual formato. Ela afirmou que as pessoas não tem que escolher entre duas prioridades que deveriam já estar garantidas pela Prefeitura.
Perguntada pela candidata Gisele Uequed a respeito do fomento à Cultura e ao Esporte, Ceni Bonato respondeu que sua chapa tem como proposta a construção de um teatro municipal para Canoas e explicou que muitos jovens poderiam estar envolvidos em um ambiente como este na cidade. “Entendemos que dentro deste teatro podemos fazer a instalação de outros segmentos como estúdios para gravação de música. Seria possível promover dentro das escolas o estímulo da educação musical e usar o espaço do teatro para desenvolver isso. Queremos dar autonomia aos produtores culturais do nosso município, já que aqui o artista local não é valorizado”, explicou s candidata.
Em suas considerações finais, Ceni fez um panorama dos temas que sua chapa considera prioritários para a cidade de Canoas e disse: “Eu quero convidar a comunidade canoense a refletir nestes dias próximos às eleições, para analisar as políticas que estão sendo propostas para Canoas. Temos que rever como vem sendo tratadas a segurança pública, a mobilidade urbana e a coleta do lixo, que vem ocorrendo de maneira inadequada, sendo levada para outra cidade com custos altíssimos. Existe Educação, mas não para todos, e isso é inadmissível. Os professores são mal valorizados e as escolas estão sucateadas, sem tecnologias que seriam necessárias. A mobilidade urbana precisa ser repensada, mas o aeromóvel não é o que precisamos agora. A nossa proposta é de contratação de médicos especialistas. Temos hoje UPAS, mas não temos o profissional que atende. O profissional da saúde está mal estruturado, mal remunerado e mal administrado. Pretendemos reduzir em 70% os cargos em comissão na cidade. Não vamos lotear cargos, vamos administrar pelas prioridades dos canoenses. Temos muita injustiça social na cidade e temos que melhorar. Vamos trabalhar com as pessoas e para as pessoas”.
Gisele Uequed quer foco em saúde, educação e segurança
Em sua primeira fala no debate, a candidata Gisele Uequed (Rede) afirmou que atualmente a sociedade passa por um momento de descrença na política e nos políticos e que isso não é diferente em Canoas. “Quando formamos esta chapa, ela foi feita por um grupo de partidos políticos e também por agentes políticos da nossa cidade. Pessoas que não são filiadas a partidos, mas que acreditam que para as boas ideias serem colocadas em prática é preciso uma gestão eficaz, que tenha como prioridade os principais problemas que atingem a nossa cidade e que estão nas áreas da saúde, educação e segurança”, disse. A candidata ressaltou ainda que, para buscar a solução destes problemas, sua coligação traçou diretrizes essenciais para quatro anos de governo. Uma delas é a nomeação de secretários com conhecimento técnico para ocupar as áreas que estão administrando e também a valorização do servidor público. Gisele frisou que a sua coligação é programática e que não se baseará em trocas de cargos entre partidos.
Questionada por Roberto Feijó a respeito das prioridades da sua coligação para as políticas ambientais da cidade, Gisele ressaltou que Canoas ocupa o 89º lugar entre os 100 maiores municípios do país no quesito saneamento básico. “Nós temos apenas 17,8% de esgoto tratado. Os canoenses recebem uma péssima qualidade de água, com cheiro forte e coloração escura. Pagamos uma das taxas mais caras do Estado com o contrato com a Corsan, que não dá a devida contraprestação de serviços e acaba pegando muitas vezes o que é recolhido em Canoas e investindo em outras cidades”, pontuou. A candidata disse que este contrato precisa ser reavaliado e citou a possibilidade de municipalização, a exemplo da cidade de Pelotas. Além disso, frisou que o lixo deve ser encarado como uma forma de geração de renda através de cooperativas canoenses, uma vez que hoje a cidade tem custos altos para mandar seus resíduos para fora.
Em suas considerações finais, Gisele trouxe à pauta um tema que não figurou entre os sorteados nos blocos anteriores: Educação. “A Educação Infantil é um direito fundamental garantido na constituição federal e o maior desrespeito que a candidata do PT, Beth Colombo, fez nestes últimos anos foi tratar com descaso, deixando mais de 10 mil crianças sem acesso”, disse.
A candidata falou ainda: “Uma decisão do desembargador Ricardo Moreira, proferida no dia 8 de setembro de 2016, diz: ‘A Radiografia da Educação Infantil de 2014, elaborada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, revela que dos 496 municípios avaliados, o Município de Canoas encontra-se na 462ª colocação, revelando o seu descaso em garantir o acesso à educação’. Uma educadora que se coloca como candidata à Prefeitura e durante oito anos desrespeitou as crianças canoenses, ao não dar a elas o acesso à Educação Infantil, não merece estar à frente da nossa administração. Por isso, eu convido a vocês canoenses para fazerem uma reflexão: mais de 10 mil crianças sem acesso à Educação e esse governo tratando como prioridade gastar milhões em propaganda, R$ 618 mil por mês em aluguel de imóveis, R$ 600 mil por mês em locação de veículos e R$ 50 milhões por ano para cargos políticos, além do monopólio do transporte coletivo. Se você assim como eu e o Busato não concorda com essas práticas e com esse tipo de prioridades, tu não pode votar na candidata do PT, Beth Colombo”.
“Não vamos reinventar a roda”, diz Roberto Feijó
Logo nas considerações iniciais, Roberto Feijó (DEM) reiterou que a sua coligação busca a renovação política para a cidade. “Entendemos que em 40 anos os mesmos grupos vêm se revezando no poder. Isso para a democracia não é salutar. Os graves problemas que a sociedade tem enfrentado hoje são reflexo deste revezamento de legendas partidárias que nos trazem o compadrio político, a corrupção e também o atraso nas questões sociais, econômicas e financeiras do município”, explicou.
O candidato disse ainda que o plano de governo de sua coligação tem três eixos fundamentais: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e gestão administrativa e financeira. Ele ressaltou como primordiais a busca do déficit zero e a eficiência na gestão: “Pra isso é primordial que promovamos a despartidarização não só dos serviços, mas também dos órgãos que compõem a administração municipal”. Feijó ressaltou ainda o legado da dívida municipal que será herdado por quem vencer a eleição e que, por isso, será necessário um corte urgente de despesas, especialmente deixando de gastar no que classificou como investimentos equivocados, como festas e publicidade. Além de pontuar problemas na saúde e na educação, frisou como prioridade máxima a segurança pública na cidade.
Ao ser perguntado pela candidata Gisele Uequed a respeito da visão atual de gestão da saúde, e sobre a forma como a sua coligação pretende lidar com o tema, Feijó ressaltou que não acredita que quem não fez pela saúde em oito anos fará algo em mais quatro. “Temos dentre nossas propostas a criação da UPA das crianças e da UPA das especialidades médicas, além dos mutirões de exames e de cirurgias, que devem ser constantes durante todo o governo, diante da fila ainda oculta dentro do teleagendamento. Já foi apontado pelo Tribunal de Justiça que há mais de 4500 pessoas aguardando por cirurgias e exames. Essa fila não é vista e é necessário dar transparência ao processo de marcação. Ele deve ocorrer tanto por teleagendamento, que deve ser reformulado, quanto presencialmente. Não basta só eliminar filas. E necessária a contratação de mais médicos e de melhor estrutura e oportunidade para que as pessoas tenham acesso ao serviço”, disse em sua fala.
Questionado por Ceni Bonato (PSOL) sobre propostas para melhorias na mobilidade urbana, Feijó citou os engarrafamentos em pontos críticos da cidade. “O túnel da Domingos Martins tem que sair do papel. Se não fizer o túnel, não desafoga o transito. Quem cruza da Mathias em direção ao Guajuviras no final da tarde sabe disso, assim como quem cruza da Ramiro em direção a Santos Ferreira também sabe. É crônico o problema. Entra ano e sai ano e a conversa é a mesma”, pontuou. Além disso, explicou que anéis rodoviários e elevadas fazem parte do plano de governo da sua coligação. O candidato criticou ainda a forma como a atual administração está implantando o aeromóvel que, segundo ele, não resolve o problema da cidade: “Eu tenho 46 anos e não vou ver esse aeromóvel concluído e ainda vamos estar pagando essa conta”.
Nas considerações finais, Feijó apontou ainda que, se sua chapa foi vitoriosa, conquistas de governos anteriores serão mantidas, por terem sido alcançadas com dinheiro do povo: “Obras precisam ser feitas, e serão concluídas. E não vamos reinventar a roda. E necessário sim garantir o que foi conquistado pelo dinheiro dos canoenses e também garantir novas conquistas”.
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STF define pena de 27 anos e três meses para Jair Bolsonaro em processo sobre trama golpista

Na quinta-feira, 11, a Primeira Turma do STF decidiu condenar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro por cinco crimes no contexto da trama liderada por ele para tentar se manter no poder.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou a pena de 27 anos e três meses de prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista. Desse total, a Primeira Turma fixou 24 anos e 9 meses de reclusão e 2 anos e 9 meses de detenção.
A pena fixada foi proposta pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo penal contra o chamado núcleo crucial da trama golpista.
A sugestão de Moraes foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux, que propôs a absolvição de Jair Bolsonaro durante o julgamento, não votou.
Crimes
- Organização criminosa: 7 anos e 7 meses.
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 6 anos e 6 meses.
- Golpe de Estado: 8 anos e 2 meses.
- Dano qualificado: 2 anos e 6 meses.
- Deterioração de Patrimônio: 2 anos e 6 meses.
- TOTAL: 27 anos e 3 meses, 124 dias multa, cada um no valor de dois salários mínimos.
A denúncia da PGR apontou que o núcleo crucial da trama – formado por Bolsonaro e sete ex-ministros e militares – organizou e executou uma série de ações, entre 2021 e 2023, para tentar impedir a posse e o exercício de mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para os ministros que votaram pela condenação, as provas apresentadas — como lives, reuniões, documentos, planos golpistas e atos violentos — configuram uma tentativa concreta de ruptura da ordem democrática.
A maioria dos ministros entendeu que a PGR apresentou provas suficientes para condenar o ex-presidente e seus aliados.
Demais condenações
Braga Netto: 26 anos – Seguindo o voto do relator Alexandre de Moraes, a maioria da Primeira Turma do STF determinou pena de 26 anos, inicialmente em reclusão, para o general Walter Braga Netto.
Anderson Torres: 24 anos – Os ministros formaram maioria pela pena de 24 anos de reclusão e multa para Anderson Torres.
Almir Garnier: 24 anos – Seguindo voto do relator Alexandre de Moraes, a maioria da Primeira Turma confirmou pena de 24 anos para o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Foi determinado 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção.
Augusto Heleno: 21 anos – Seguindo o voto do relator Alexandre de Moraes, a Primeira Turma do Supremo condenou o general Augusto Heleno a 21 anos de reclusão e multa.
General Paulo Sérgio Nogueira: 19 anos – A maioria da Primeira Turma confirmou pena de 19 anos para o general Paulo Sérgio Nogueira — ministro da Defesa no último ano do governo Bolsonaro.
Alexandre Ramagem: 17 anos – O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, pediu pena de 17 anos para Alexandre Ramagem, que foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Ramagem é o único réu no julgamento que foi acusado e condenado por três crimes, e não cinco.
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Estado inicia repasse de R$ 179,7 milhões para sistemas de proteção contra cheias de Canoas

Foi efetivado pelo governador Eduardo Leite na quinta-feira, 24, o início do repasse que terá um total de R$ 179,7 milhões para o município de Canoas, por meio do programa Fundo a Fundo da Reconstrução, que integra o Plano Rio Grande.
O investimento se dará em diversas frentes de ação, como o hidrojateamento de redes de água e esgoto, a modernização de oito casas de bombas do município e a recuperação dos diques de proteção da cidade, danificados durante o evento meteorológico de 2024. Do valor total destinado a Canoas, R$ 62,8 milhões já foram depositados como primeira parcela. O restante será encaminhado conforme as entregas e obras forem sendo realizadas pela prefeitura.
“Não estamos apenas assinando um convênio, mas efetivamente depositando os recursos. Hoje, o Estado já transferiu R$ 62,8 milhões à conta do Fundo de Reconstrução do município. É a primeira parte dos R$ 179,7 milhões aprovados. A liberação é feita por etapas, à medida em que os projetos são executados”, afirmou Leite.
A destinação do Funrigs prioriza a recuperação de sistemas de proteção existentes, como forma de garantir eficácia e execução dentro do prazo previsto até 2027.
“Temos muito cuidado com a aplicação dos recursos. Cada projeto é analisado tecnicamente e validado pelo Comitê Científico, para assegurar que estamos financiando soluções consistentes e que protejam a população”, completou.
Obras vão minimizar o impacto das chuvas
O hidrojateamento permitirá a limpeza e desobstrução das redes pluviais e de esgoto, reduzindo entupimentos e prevenindo problemas futuros nas tubulações, especialmente em períodos de chuvas intensas.
A modernização das casas de bombas também está entre os projetos aprovados pelo governo do Estado. Os recursos serão utilizados na melhoria dos equipamentos e na realização de manutenções necessárias para garantir o funcionamento adequado das estruturas. Os diques que fazem a contenção da água no município receberão obras de recuperação.
“Essas obras são complexas e envolvem várias frentes e regiões densamente povoadas da cidade. Com esse apoio do Estado, vamos acelerar o ritmo e avançar nas etapas que já estavam preparadas. Estávamos tocando com recursos próprios e da venda da Corsan, mas agora podemos acelerar com segurança. O mais importante é devolver a tranquilidade às pessoas”, destacou o prefeito de Canoas, Airton de Souza.
Diques
Entre os projetos contemplados, estão a recuperação do dique da Niterói, com R$ 500 mil para contratação de projetos, e a reestruturação dos diques do Rio Branco e Matias Velho, com valores de R$ 62 milhões e R$ 34,2 milhões, respectivamente. As casas de bombas, que tiveram seu funcionamento comprometido durante a enchente, receberão R$ 78,7 milhões em obras estruturais, eletromecânicas e de automação.
O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, reforçou que a liberação para Canoas é resultado de intenso trabalho técnico e colaboração entre as equipes estaduais e municipais. “Essa entrega só foi possível porque tivemos um esforço conjunto, com muito diálogo, ajustes de projeto e foco na solução. Canoas tem papel estratégico na proteção da Região Metropolitana, e o Estado está fazendo sua parte para garantir essa segurança”, pontuou.
Além de Porto Alegre e Canoas, que já tiveram repasses confirmados, cerca de 30 municípios manifestaram interesse e estão em diálogo com o Executivo Estadual para receber recursos do programa Fundo a Fundo da Reconstrução.
Também participaram da reunião o secretário em exercício da Fazenda, Itanielson Cruz, o vice-prefeito Rodrigo Busato e secretários municipais.
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CHUVAS: Mais de 7 mil pessoas desalojadas, quatro mortos e 146 municípios afetados no RS

Devido às fortes chuvas que causam estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul, o governo do Estado passou a divulgar boletins com informações para a população.
Confira abaixo o relatório mais recente
- Municípios afetados: 146
- Pessoas em abrigos
- Pessoas desalojadas: 7098
- Pessoas desaparecidas: 1
- Óbitos confirmados: 4
- Feridos: 2
- Pessoas resgatadas*: 733
- Animais resgatados*: 139
- Município com decreto de estado de calamidade pública: 1
Jaguari - Municípios com decreto de situação de emergência: 26
Dona Francisca
Cerro Branco
Agudo
Nova Palma
Cruzeiro do Sul
Passa Sete
São Sebastião do Caí
Cacequi
Rosário do Sul
Tupanciretã
Nova Santa Rita
São Francisco de Assis
Liberato Salzano
Amaral Ferrador
Toropi
Montenegro
Silveira Martins
São Vicente do Sul
Júlio de Castilhos
Paraíso do Sul
Dilermando de Aguiar
Canoas
General Câmara
São Gerônimo
Capão do Cipó
*Apenas as pessoas e os animais resgatados pelas forças de segurança do Estado.
Nível dos rios e lagos
A chuva deixou rios e lagos do Estado em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação. Confira:
- Rios retornando à normalidade:
Taquari (Santa Tereza a Bom Retiro do Sul) – Declínio dos níveis até o retorno para normalidade, com pequenas elevações em função das chuvas das últimas 24h.
Quaraí – Tendência de declínio.
Dona Francisca – Já declinou até retornar aos níveis normais. - Rios em cota de atenção:
Taquari (Encantado) – tendência de declínio.
Caí (Nova Palmira e Costa do Rio Cadeia) – Tendência de declínio em Nova Palmira e estabilidade em Costa do Rio Cadeia. - Rios em cota de alerta:
Taquari à montante de Encantado (entre Santa Tereza a Muçum) – Tendência de lento declínio dos níveis.
Taquari à jusante de Encantado (de Estrela/Lajeado a Porto Mariante) – Tendência de lento declínio em Estrela/Lajeado, devendo entrar em estabilidade entre Bom Retiro e Porto Mariante.
Caí (São Sebastião do Caí) – Tendência de lento declínio.
Guaíba – Tendência segue em estabilidade, devendo manter os níveis elevados durante os próximos dias, não tendo previsão de que os níveis atinjam as cotas de inundação do Cais Mauá (3 metros) ou da Usina do Gasômetro (3,6 metros).
Gravataí (Gravataí e Alvorada) – Tendência de estabilidade, mantendo os níveis elevados.
Paranhana (Taquara) – Tendência de lento declínio. - Rios em cota de inundação:
Uruguai (São Borja a Uruguaiana) – Tendência de estabilidade entre São Borja e Itaqui e lenta elevação em Uruguaiana.
Ibirapuitã (Alegrete) – Tendência de declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
Ibicuí (Manoel Viana) – Tendência de lento declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
Caí (Montenegro) – Tendência de estabilidade.
Taquari (Taquari) – Tendência de lenta elevação, devendo entrar em estabilidade ao longo do dia.
Jacuí (Cachoeira do Sul até São Jerônimo) – Constante declínio em Cachoeira do Sul e Rio Pardo, e variando entre estabilidade e lenta elevação em São Jerônimo.
Jacuí (Ilhas da RMPOA) – Tendência entre estabilidade e lenta elevação, mantendo os níveis elevados nos próximos dias.
Sinos (Campo Bom e São Leopoldo) – Tendência de lento declínio, já retornando para cota de alerta em Campo Bom. - Nível de rios e lagos
Mais informações
Informações sobre os pontos com bloqueios parciais e totais nas estradas do RS e situação das barragens, além dos avisos e alertas da Defesa Civil e imagens do radar meteorológico podem ser conferidas nos links abaixo.
Alertas
Para aumentar o nível de prevenção, as pessoas podem se cadastrar para receberem os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que elas forem divulgadas.
Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando aqui. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”.
Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual.
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