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26/07/2024
 

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Deputado Nelsinho Metalúrgico defende que impostos deveriam ser apenas para os ricos

Em entrevista exclusiva no ato de apoio da Prefeitura ao projeto de reformulação de distribuição do bolo tributário, proposto pela Famurs, Nelsinho afirmou que os impostos deveriam se apenas para os ricos.

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Nelsinho Metalúrgico esteve presente na manifestação de apoio da Prefeitura à proposta de reformulação da repartição do bolo tributário no país. Foto: Bruno Lara/OT

Nelsinho Metalúrgico esteve presente na manifestação de apoio da Prefeitura à proposta de reformulação da repartição do bolo tributário no país. Foto: Bruno Lara/OT

Na sexta-feira, 25, juntamento com demais autoridades municipais e federais, proposto pela Famurs, esteve presento no município o deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT), com o intuito de rediscutir o repasse dos impostos para os municípios. Na oportunidade, concedeu entrevista exclusiva ao repórter Bruno Lara.

Movimento do Bolo

Segundo o deputado, uma das alterações nos impostos do país é direcioná-los aqueles que possuem maios poder aquisitivo.

“Da maneira com que está organizado o sistema tributário brasileiro, ele já não dá mais conta das necessidades do país e nem da mais conta da necessidade das pessoas. Nós temos um sistema tributário que penaliza quem ganha menos e o assalariado. Precisamos debater isso e inverter. Penso que quem deve pagar impostos no Brasil é quem está no topo da pirâmide social, esse tem recursos, possibilidades, e não os pobres que, afinal, é quem pagam a maior carga tributária. (…) como as famílias pobres acabam gastando todo o seu salário em consumo de bens e serviços essenciais, são os que mais pagam impostos”.

Impostos

Para ele, apenas os ricos deveriam pagar o ICMS. Defende, também a necessidade de discutir um rearranjo nacional da carga tributária.

“Os impostos não são só federais. São impostos estaduais também, por exemplo, o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que é um imposto estadual. Nós devemos discutir também a aplicação do ICMS nessa construção lógica de quem deve pagar é quem ta no topo da pirâmide social e não a maioria do povo. Mas isso, obviamente, tem que estar casado com a discussão do rearranjo nacional da carga tributária. Eu concordo que nenhum governador, nenhum prefeito pode tomar uma ação isolada, porque tem um impacto na manutenção dos serviços”

Crise

Nelsinho acredita que a aprovação do ICMS na Assembléia Legislativa (AL) foi “fazer mais do mesmo”.

“De fato, o estado do Rio Grande do Sul tem dificuldades de se financiar. A gente tem consciência disso e não é de agora. Isso vem já de 40 anos. Não foi inventada por nenhum governador especificamente. É uma soma de discrepâncias entre a receita e o orçamento. O fato de nós sermos muito dependentes da pecuária, da agricultura, então nós tivemos anos terríveis de redução nos nossos impostos por conta da seca, da estiagem. Isso, ao longo dos anos, agravou muito a nossa situação. E fizemos um acordo de pagamento da dívida pública, em 1997, que foi extremamente prejudicial no Rio Grande do Sul, que hoje estrangula a nossa economia. Então, sabemos disso. Temos que discutir como financiar o estado nessas condições. Isso passa, também, por debater como é a carga tributária do estado. Nós, na Assembléia, votamos agora na terça-feira, foi aprovado o aumento do ICMS. Nós achamos que nós acabamos produzindo mais do mesmo, isto é, jogando a conta para o povo pobre pagar e o nosso pensamento é que a tributação deveria se dar no topo”.

E se posicionou contra o aumento, que deveria, segundo ele,  ser apenas para quem tem mais dinheiro

“Da maneira de que foi apresentado, que penaliza o assalariado, quem é pobre, nós votamos contra. Achamos que o ICMS poderia ser seletivo e atingir a compra de veículos de luxo, produtos supérfluos, iates, barcos, esse tipo de mercadoria, wiskes.

Postura de Jairo Jorge

Tentando responder em nome do Prefeito, o parlamentar afirmou que a postura é a mesma.

“O Prefeito Jairo se posicionou pela discussão de uma matriz tributária que possibilitasse dar sustentação para as finanças do estado, mas nessa lógica, também, de uma matriz que protegesse determinados setores da nossa economia. Isso não está no projeto do Sartori. Por isso, nós votamos contra. Mas o prefeito Jairo é a favor que se discuta sim uma forma de financiamento do estado sem prejudicar a imensa maioria dos gaúchos.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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