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09/06/2025
 

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Encontro regional do sul pede saída do PMDB do governo federal

Nomes fortes como Pedro Simon, Germano Rigotto, Ibsen Pinheiro, José Ivo Sartori e Roberto Requião pediram em seus discursos que o partido deve ter candidato próprio em 2018.

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Foto: Galileu Oldenbug-PMDB

Foto: Galileu Oldenbug-PMDB

 

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) se reuniu no sábado, 5, em Porto Alegre, para decidir o futuro da sigla a nível federal. O resultado foi o já esperado. Lideranças do partido no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, com discursos inflamados, pediram a saída da sigla do governo, mesmo que o vice-presidente da república seja o filiado Michel Temer.

O partido lançou a “Carta do Sul”, o que chamou de “um grito de alerta ao partido nacional e ao povo”. As lideranças políticas pediram, inclusive que a legenda “deixe imediatamente o governo federal, retome o projeto pela candidatura própria à presidência da República, aprofunde a discussão de sua proposta para o País”, pedindo a “recondução de Michel Temer ao comando nacional na Convenção do próximo dia 12, em Brasília”.

 

Cenário atual motivou decisão

A justificativa dos membros são os últimos acontecimentos do cenário, muito influenciados pelo mandato de condução coercitiva (quando se é obrigado a ir prestar depoimento) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido na sexta-feira, 4. “Partido sem candidato acaba por ser escravo”. Dizia a JPMDB-RS em referência ao hino do estado do Rio Grande do Sul.

Ibsen Pinheiro se destacou pelo discurso inflamado chamando a militância. “Cumprida a tarefa histórica de sepultar o regime militar, neste momento de incerteza temos o papel condutor da superação da crise econômica e moral”, discursou.

Roberto Requião, Senador pelo Paraná e presidente da sigla no estado, disse que é preciso que hoje um renascimento do “velho MDB de Guerra”. “O Brasil precisa retomar o caminho do desenvolvimento e de enfrentamento do domínio do capital financeiro”, defendeu em mais um discurso voltado para a economia.

 

Pedido de mais ação em SC

Representando o estado de Santa Catarina, o deputado Mauro Mariani, comandante do PMDB-SC, defendeu que o partido esteja conectado com o novo momento do País. “É preciso prestar atenção e entender a mensagem da população brasileira. Velhos discursos não irão construir novos caminhos”, pedindo serenidade.

 

Ex-governador quer saída de Dilma

“Chega de ser vagão quando temos que ser locomotiva. A hora é agora!”. O discurso provocativo é do ex-governador do RS, Germano Rigotto. Embora tenha alertado que, neste momento, a legenda precisa ter responsabilidade para não colocar “mais combustível na crise”, foi explícito ao exigir à saída do Governo Dilma Rousseff (PT) e candidatura própria à presidência da República. Ainda sustentou que o partido do Sul leve à convenção nacional a decisão de reconduzir o presidente Michel Temer à presidência do partido.

Os deputados federais Darcísio Perondi e Osmar Terra também deixaram o seu recado. “O partido deve se afastar dessa desastrosa condução do país”, reivindicou Terra. E Perondi convocou a militância para ir às ruas na manifestação marcada para o dia 13 de março, quando estão marcadas manifestações contrárias ao governo de Rousseff. O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, também está convocando a militância para ir as ruas no dia 13 de março.

 

Simon comparou atualidade com a redemocratização

Um dos ícones do PMDB na luta das Diretas-já, Pedro Simon comparou a atual situação do país com a do passado. Para ele, “o partido que berrou pelas Diretas-Já tem uma nova responsabilidade e a hora é agora”, declarou. Otimista, o ex-senador afirmou que “o Brasil começa a mudar”.

Como é de praxe em seus discursos, relembrou o histórico encontro do MDB na capital gaúcha que levantou as bandeiras que resultaram na redemocratização. “Lula conclamou forças em sua defesa. E nós, precisamos ir às ruas, para pedir Justiça e deixar que Supremo Tribunal Federal decida”, conclamou.

 

Porto Alegre na briga

O representante da Capital no encontro foi o vice-prefeito, Sebastião Melo. Para ele, o partido “não aceita a palavra “golpe” para aqueles que foram fiadores deste direito”, afirma relembrando que o partido foi um dos que ajudou no período de redemocratização. “Quando o PT governa, os pobres pensam que governam e os ricos têm certeza” e frisou que “o governo mais benevolente com os banqueiros foi o do ex-presidente Lula”.

 

Sartori quer preservar a democracia

O contestado governador dos gaúchos, José Ivo Sartori,falou em responsabilidade do PMDB com a nação. “Estamos ressuscitando uma época como aquela em que o MDB fez o resgate democrático e é preciso respeito às instituições. Democracia é um bem tão grande que precisa ser preservado a qualquer custo”, disse pedindo serenidade e tranqüilidade.

 

Simon e Padilha na executiva nacional

A indicação dos estados do sul para compor a executiva nacional do partido foi conservadora e apostou em grandes nomes do passado como Pedro Simon e Eliseu Padilha, isso em função de dos gaúchos reivindicarem duas vagas na discussão nacional. “Não vamos a Brasília para receber um pacote pronto. Vamos buscar uma composição que contemple o Brasil”, disse o vice-prefeito de Porto Alegre.

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Redação

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Doze meses depois, qual é a real situação dos diques de proteção em Canoas

Ao completar um ano da enchente, os canoenses que foram afetados estão ansiosos e aflitos para saber como está o sistema de proteção da cidade. Na prática e de forma geral, ele está muito parecido com a época que a tragédia ocorreu.

Isto porque o ponto frágil onde o rio Gravataí invadiu o lado sul junto à Cassol ainda não tem um muro construído e porque os dois grandes diques, do Rio Branco e do Mathias Velho, foram remendados e reforçados onde romperam, mas os demais trechos ainda não tiveram revisão e manutenção por completo e nem foram elevados, já que os projetos ainda aguardam aprovação e verba por parte dos governos estadual e federal.

No Mato Grande, as obras para elevação dos atuais 3 metros e meio de altura estão em andamento, porém não finalizadas. Para deixar ainda mais complicado, o prefeito Airton Souza (PL) tem dito que até agora nenhum centavo de fora veio para estas obras, e que os recursos da Prefeitura oriundos da PPP da Corsan estão acabando, o que poderá resultar na paralização das obras atuais. Abaixo, confira a situação atual do sistema de proteção.

Fechamento

Nos diques Mathias Velho e Rio Branco foi concluída a etapa de fechamento definitivo das rupturas e neste momento se encontra em andamento o projeto para recomposição da altura das estruturas dos diques.

Niterói

O dique Niterói está em fase de construção do aterro que servirá de base para a pavimentação da rua que passa por cima do dique e que elevará a estrutura.

No Muro da Cassol, a obra foi iniciada no dia 17 de março, pois a antiga estrutura não era adequada para contenção de cheias e, agora, segundo a Prefeitura, será construído um sistema completo e que realmente funcione para proteger a cidade.

Mato Grande

Já no Mato Grande, estão sendo executados serviços de escavação, aplicação de manta geotêxtil e aterro com argila, e a próxima etapa será o reassentamento das famílias que estão sobre o trecho da obra no lado leste das pontes.

Casas de bombas

A respeito das casas de bombas, a administração municipal destacou a entrega da manutenção e energização da Casa de Bombas Cinco Colônias e Casa de Bombas 6.

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Redação

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Prefeitura de Canoas decreta situação de emergência em decorrência do temporal desta semana

Depois de mais uma ocorrência de chuva intensa e ventania que causou danos a cerca de 300 residências na última segunda-feira, 31, o prefeito de Canoas Airton Souza assinou, nesta quinta-feira, 3, o decreto que declara situação de emergência nas áreas afetadas pelo evento climático.

Foi registrado um acumulado de chuva superior a 78 mm em curto período de tempo e rajadas de ventos que chegaram a 100 Km/h.

O Decreto Nº89 levou em consideração danos como queda de árvores e de postes, além de prejuízos generalizados na rede elétrica, prédios públicos e privados.

“É uma ação importante para que a cidade consiga recursos que ajudarão centenas de famílias afetadas pelo temporal”, explica o prefeito Airton Souza.

Em consequência do temporal, os efeitos ambientais, materiais, sociais e econômicos serão relatados no Formulário de Informações do Desastre (FIDE), quando forem apurados todos os danos.

A sugestão para o decreto de emergência partiu do secretário municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos.

“Basta circular pela cidade para verificarmos os danos no município, nas escolas, postos de saúde e residências das pessoas. Muitos que sofreram agora estavam reconstruindo suas casas devido às enchentes do ano passado”, comentou.

O governo municipal buscará, a partir da publicação do decreto, nesta quinta-feira, 3, o reconhecimento por parte das administrações estadual e federal.

“Nossa cidade ainda está se recuperando da tragédia de maio passado e este temporal causou novos custos. Vamos buscar recursos para reestabelecimento e para que a população de Canoas tenha acesso a programas estaduais e nacionais destinados aos afetados do temporal”, reitera o secretário, que começa a trabalhar na sexta-feira, 4, em reuniões em busca do reconhecimento da situação de emergência.

Cerca de 120 mil pessoas foram afetadas por falta de energia elétrica ou abastecimento de água em Canoas e cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas danificadas. Após a publicação do decreto, o documento terá validade de até 180 dias.

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Redação

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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Graduação Lasalle

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