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28/09/2025
 

Saúde

Gestora do Hospital Universitário informa retomada de atendimentos na UTI Pediátrica

Redação

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Gestora do Hospital Universitário informa retomada de atendimentos na UTI Pediátrica

A Associação Saúde em Movimento — ASM, gestora do Hospital Universitário de Canoas, informou que foi retomada integralmente a atividade na UTI Pediátrica do HU Canoas na manhã desta sexta-feira, 26, com equipes e escalas completas.

A nota ainda destaca que esta ação atende à Notificação 212/2025, da Prefeitura de Canoas, que estabelecia prazo de até esta sexta para reabertura dos leitos intensivos pediátricos. A reabertura já foi comunicada oficialmente à Prefeitura e ao Governo do Estado, que também demanda internações no hospital.

Relembre o caso

O Sindicato Médico do RS (Simers), em pronunciamento de seu presidente Marcelo Matias pelas redes sociais na noite de segunda-feira, 22, trouxe à público que mais duas equipeshaviam suspendido atendimentos no Hospital Universitário de Canoas, as responsáveis pela retaguarda adulto e pela UTI pediátrica. “Ambos por atraso do pagamento de uma empresa que fazia o serviço. Da mesma forma, os médicos seguem com restrições e seguem com atraso do seu recebimento do trabalho executado. Nós precisamos urgentemente de mais recursos para salvar o Hospital Universitário”, disse  a nota.

Procurada pela reportagem de O Timoneiro, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria da Saúde, informou que notificou a Associação Saúde em Movimento (ASM), empresa gestora do Hospital Universitário (HU), para que restabelecesse, no prazo máximo de 72 horas, o funcionamento pleno da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do hospital. Informou, ainda, que no final da tarde desta segunda-feira os dois pacientes que ainda estavam internados na UTI Pediátrica do HU foram transferidos para outras instituições.

Saúde

Hospital Nossa Senhora das Graças perde título de filantropia e acende alerta sobre impacto fiscal em Canoas

Redação

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Hospital Nossa Senhora das Graças perde título de filantropia e acende alerta sobre impacto fiscal em Canoas

O Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, perdeu oficialmente o status de entidade filantrópica após decisão do Ministério da Saúde. O despacho, assinado pelo ministro Alexandre Padilha e publicado no Diário Oficial da União (Despacho GM/MS nº 86, de setembro de 2025), negou o recurso administrativo da Associação Beneficente de Canoas (ABC), responsável pela gestão da unidade.

Com a perda do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde (CEBAS), o hospital deixa de contar com benefícios fiscais concedidos a instituições que prestam atendimento majoritário ao Sistema Único de Saúde (SUS). A mudança pode resultar em aumento da carga tributária e pressionar ainda mais a situação financeira da instituição, que já enfrenta dificuldades de gestão e redução de serviços.

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) manifestou preocupação com os impactos da medida, tanto para o hospital quanto para a rede pública de saúde do município. Em nota, o presidente do sindicato, Marcelo Matias, afirmou que a entidade acompanha os desdobramentos do caso e seguirá atuando na defesa dos profissionais médicos e da assistência à população.

O que diz a Prefeitura

Procurada pela reportagem, a Prefeitura envidou a seguinte nota: “A Prefeitura Municipal de Canoas informa, em relação à situação da Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS) do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), que a recente decisão é administrativa e não tem caráter definitivo. A administração municipal trabalha atualmente para reverter a situação junto aos órgãos competentes. A Prefeitura de Canoas está empenhada em manter a certificação do HNSG e, acima de tudo, garantir a manutenção da assistência à população”.

 

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Saúde

Governo divulga Boletim Epidemiológico sobre lesão autoprovocada e suicídio no Rio Grande do Sul

Redação

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Governo divulga Boletim Epidemiológico sobre lesão autoprovocada e suicídio no Rio Grande do Sul

O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), disponibilizou o novo Boletim Epidemiológico com dados atualizados sobre suicídios e notificações de violência autoprovocada no Estado. Embora os dados de 2024 ainda possam variar por causa de eventuais correções de registros pelos municípios, eles mostram que o Rio Grande do Sul apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por suicídio do país.

Entre 2015 e 2023, as taxas de mortalidade por suicídio cresceram 47,7%, passando de 10,88 para 16,07 por 100 mil habitantes, o maior valor da série histórica. Em 2024, apesar de ser observada uma interrupção da trajetória de crescimento dos casos, não é possível afirmar ainda que haverá uma redução da taxa, já que o Sistema de Informação de Mortalidade permanece aberto, com óbitos ainda em processo de investigação quanto à causa básica.

Dos 1.528 óbitos registrados em 2024, cerca de 80% foram de homens. A taxa mais elevada foi observada entre aqueles com mais de 80 anos, com 49,69 óbitos por 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o risco é maior na faixa entre 60 anos e 69 anos, com taxa de 8,35, mas apresenta queda nas idades superiores, ao contrário do padrão masculino.

Na velhice, especialmente entre os homens, fatores de risco como perda de autonomia, interrupção da vida laboral, doenças incapacitantes e sensação de inutilidade podem agravar o sofrimento psíquico e aumentar o risco de morte autoprovocada.

Distribuição territorial e municípios com maiores taxas

A distribuição dos óbitos por suicídio no território gaúcho apresenta desigualdade significativa. As maiores taxas foram registradas nas regiões das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) com sede em Cruz Alta (9ª CRS), Santa Cruz do Sul (13ª CRS), Ijuí (17ª CRS) e Frederico Westphalen (2ª CRS).

Entre os municípios com mais de 50 mil habitantes, Venâncio Aires lidera com uma taxa de 33,81 óbitos por 100 mil habitantes, seguido por São Borja (23,16), Sapiranga (22,56) e Ijuí (22,56). Ao todo, onze municípios apresentaram índices superiores à média parcial de 2024 no RS (14,87 óbitos por 100 mil habitantes).

Os dados preliminares do boletim não confirmam a preocupação inicial de que as enchentes ocorridas em setembro de 2023 e em abril e maio de 2024 provocariam aumento nas taxas de suicídio no Estado. A análise reforça, porém, que os efeitos emocionais de desastres ambientais nem sempre são imediatos.

Segundo a publicação, após eventos traumáticos, sintomas como ansiedade, insônia, tristeza e memórias intrusivas são comuns, mas muitas vezes não chegam aos serviços de saúde, dificultando o cuidado adequado. Impactos mais graves – como transtornos mentais, abuso de substâncias e comportamentos autolesivos – tendem a surgir com o tempo, exigindo atenção contínua e estratégias de prevenção duradouras.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram a dimensão global do suicídio como problema de saúde pública. Em 2021, cerca de 727 mil pessoas morreram por suicídio no mundo, número superior ao de mortes por HIV/AIDS, câncer de mama ou conflitos armados no mesmo período.

Embora geralmente associado à morte, o comportamento suicida pode se manifestar de várias formas antes do desfecho fatal, como ideação suicida, com ou sem plano, tentativas de suicídio e comportamentos autolesivos. Nesse último caso, o objetivo não é morrer, mas aliviar uma dor emocional intensa por meio da dor física. Essas práticas podem representar regulação emocional, punição pessoal ou pedido de ajuda.

As autolesões – como cortes, queimaduras e mordidas – ocorrem em todas as idades, mas são mais comuns na adolescência. Além de indicarem sofrimento psíquico, podem ser fatores preditivos da tentativas de suicídio, principal risco para o óbito.

Ações e estratégias de prevenção

O suicídio é um fenômeno complexo, influenciado por fatores biológicos, psicológicos, sociais e econômicos. Sua prevenção exige ações articuladas entre diferentes setores e políticas públicas voltadas à promoção da saúde mental, acolhimento e cuidado contínuo.

A publicação do Boletim Epidemiológico busca subsidiar gestores, profissionais e sociedade civil na formulação de estratégias eficazes, com foco nas regiões e grupos mais vulneráveis. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento dos sistemas de informação em saúde, com ênfase no registro e na análise de dados sobre lesões autoprovocadas e óbitos por suicídio, fundamentais para orientar políticas e definir prioridades.

Com as maiores taxas de suicídio do país, o Rio Grande do Sul enfrenta desafios como o enfrentamento ao preconceito sobre sofrimento psíquico e ao estigma do comportamento suicida. A promoção da vida deve ser contínua e não restrita ao mês de setembro, sendo essencial incluir o tema na educação permanente.

Falar sobre suicídio exige preparo técnico e responsabilidade. Abordagens inadequadas podem gerar efeitos adversos, especialmente entre os mais vulneráveis. Profissionais da comunicação devem priorizar conteúdos voltados à promoção da vida, evitando foco na morte e divulgando serviços de apoio à população.

Pessoas com comportamentos suicidas – como ideação, autolesão ou tentativa – devem ser acolhidas pela rede de atenção psicossocial. A Atenção Primária tem papel estratégico na identificação precoce, evitando agravamentos que chegam aos serviços de urgência ou aos hospitais.

Além do cuidado individual, a prevenção exige estratégias coletivas que garantam direitos sociais básicos, como educação, saúde, alimentação, trabalho e moradia. Também é necessário enfrentar formas de violência que elevam o risco, como discriminação contra a comunidade LGBTQIA+, abuso sexual, bullying, negligência com idosos, violência contra mulheres, racismo, assédio moral e padrões de masculinidade tóxica.

Em alusão ao Setembro Amarelo, a SES promoverá dois seminários macrorregionais voltados à promoção da vida e à prevenção ao suicídio. O primeiro evento será realizado no dia 17 de outubro, em Santa Cruz do Sul. A programação inclui palestras com especialistas da área, entre elas a da gestora em Políticas Públicas da SES, Cláudia Cruz, que abordará os aspectos individuais e sociais relacionados ao suicídio. O segundo seminário ocorrerá no dia 4 de novembro, em Palmeira das Missões. As inscrições para o seminário de Santa Cruz do Sul estão abertas no link abaixo:

Alguns dados do boletim

Série histórica de suicídios no RS (Ano: Número de óbitos / Taxa por 100 mil habitantes)

  • 2015: 1.140 / 10,88
  • 2016: 1.168 / 11,10
  • 2017: 1.348 / 12,76
  • 2018: 1.240 / 11,68
  • 2019: 1.425 / 13,36
  • 2020: 1.419 / 13,24
  • 2021: 1.517 / 14,09
  • 2022: 1.570 / 15,28
  • 2023: 1.651 / 16,07
  • 2024 (parcial): 1.528 / 14,87

    Taxa de mortalidade parcial por faixa etária e por sexo em 2024 (Idade: Taxas por 100 mil        habitantes)

  • 10 a 14 anos: masculino – 0,93 / feminino – 1,30
  • 15 a 19 anos: masculino – 11,75 / feminino – 5,17
  • 20 a 29 anos: masculino – 22,93 / feminino – 5,32
  • 30 a 39 anos: masculino – 25,04 / feminino – 6,67
  • 40 a 49 anos: masculino – 29,62 / feminino – 7,35
  • 50 a 59 anos: masculino – 31,27 / feminino – 7,61
  • 60 a 69 anos: masculino – 32,47 / feminino – 8,35
  • 70 a 79 anos: masculino – 40,86 / feminino – 6,99
  • 80 anos ou mais: masculino – 49,69 / feminino – 5,05

    Número de óbitos e taxa de mortalidade por suicídio nas CRSs (CRS – Sede: Número de óbitos / Taxa por 100 mil habitantes)

  • 9ª CRS – Cruz Alta: 31 / 26,40
  • 13ª CRS – Santa Cruz do Sul: 77 / 23,88
  • 17ª CRS – Ijuí: 51 / 23,69
  • 2ª CRS – Frederico Westphalen: 42 / 23,57
  • 12ª CRS – Santo Ângelo: 61 / 23,24
  • 8ª CRS – Cachoeira do Sul: 38 / 21,25
  • 16ª CRS – Lajeado: 65 / 19,32
  • 14ª CRS – Santa Rosa: 40 / 18,44
  • 15ª CRS – Palmeira das Missões: 27 / 18,05
  • 6ª CRS – Passo Fundo: 107 / 17,2
  • 13ª CRS – Pelotas: 126 / 16,30
  • 7ª CRS – Bagé: 28 / 16,17
  • 4ª CRS – Santa Maria: 83 / 15,45
  • 5ª CRS – Caxias do Sul: 150 / 13,43
  • 11ª CRS – Erechim: 29 / 13,15
  • 1ª CRS – Porto Alegre: 504 / 12,44
  • 18ª CRS – Osório: 37 / 9,34
  • 10ª CRS – Alegrete: 32 / 7,63
  • Média do RS: 1.528 / 14,87

    Número de óbitos e taxa de mortalidade por suicídio nos 20 municípios do RS com as maiores taxas parciais em 2024 entre municípios com mais de 50 mil habitantes (Município: Número de óbitos / Taxa)

  • Venâncio Aires: 22 / 33,81
  • São Borja: 13/ 23,16
  • Sapiranga: 16 / 22,56
  • Ijuí: 18 / 22,56
  • Farroupilha: 13 / 19,61
  • Santa Cruz do Sul: 24 / 19,04
  • Cruz Alta: 10 / 18,10
  • Santa Rosa: 13 / 18,00
  • Santo Ângelo: 13 / 17,99
  • Rio Grande: 32 / 17,69
  • Lajeado: 15 / 17,10
  • Bento Gonçalves: 17 / 14,63
  • Bagé: 16 / 14,42
  • Carazinho: 8 / 13,79
  • Alvorada: 24 / 13,68
  • Pelotas: 42 / 13,63
  • Campo Bom: 8 / 13,50
  • Montenegro: 8 / 13,23
  • Santa Maria: 33 / 12,84
  • Caxias do Sul: 56 / 12,78
  • Média do RS: 1.528 / 14,87

 

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Saúde

HU inicia restrição de atendimentos eletivos mesmo após anúncio de pagamento parcial de salários

Redação

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HU inicia restrição de atendimentos eletivos mesmo após anúncio de pagamento parcial de salários

O Hospital Universitário de Canoas (HU) passou a restringir os atendimentos eletivos a partir desta quarta-feira, 17, apesar do anúncio de pagamento parcial de salários realizado pelo prefeito Airton Souza durante Sessão da Câmara no Parque do Gaúcho, na terça-feira, 16.

A medida foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 1º de setembro e é motivada por uma série de dificuldades enfrentadas pela instituição, incluindo problemas financeiros, falta de profissionais e deficiência na infraestrutura.

Entre os principais fatores apontados para a decisão estão a escassez de médicos, especialmente pediatras e anestesiologistas, o que tem provocado sobrecarga em plantões. Segundo relatos, há profissionais cumprindo turnos de 12 horas e permanecendo até 36 horas devido à ausência de substitutos.

Também foi registrada a ausência de um diretor técnico, o que configura situação irregular e já foi denunciada ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers). Além disso, médicos denunciam atrasos recorrentes nos pagamentos de honorários e rescisões, com débitos pendentes desde janeiro.

A estrutura do hospital também enfrenta problemas. Entre os equipamentos citados como inoperantes ou ausentes estão:

  • Cardiotocógrafo (utilizado para monitoramento fetal);

  • Manta térmica (necessária em procedimentos com recém-nascidos);

  • Fibrobroncoscópio (para avaliação das vias aéreas);

  • Equipamento de ressonância magnética;

  • Serra de gesso (para atendimentos ortopédicos).

Segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), os serviços considerados essenciais à vida serão mantidos. Os profissionais que atuam no HU utilizarão fitas pretas e adesivos nos jalecos como forma de protesto.

O Simers afirma que a restrição dos atendimentos é resultado da falta de condições estruturais e financeiras para a continuidade plena dos serviços. A mobilização será mantida até que todos os médicos recebam os valores devidos e que as condições de trabalho sejam regularizadas.

A entidade reforça que está aberta ao diálogo com os gestores públicos e demais envolvidos, buscando soluções imediatas para o restabelecimento da normalidade no hospital.

O que diz a Prefeitura

Procurada pela reportagem, a gestão municipal enviou a seguinte nota:

“A Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que está em constante e permanente diálogo com as entidades de classe na área da saúde, tem recebido as demandas e preocupações dos médicos que atuam no Hospital Universitário (HU) e já se comprometeu em realizar o pagamento de valores em atraso com a Associação Saúde em Movimento (ASM), empresa gestora do HU, para que estes profissionais sejam pagos pelos serviços prestados no hospital.

No final da tarde de terça-feira (16), a administração municipal informou ao Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) que, ainda na terça, já haviam sido depositados R$ 720 mil para a ASM, para a realização destes pagamentos. Nesta quarta-feira (17), serão depositados mais R$ 600 mil para o mesmo fim, e, no dia 25 de setembro, a Prefeitura repassará mais R$ 1,3 milhão. Estes valores colocam em dia o calendário de pagamentos dos profissionais médicos que atuam no HU por meio do regime de Pessoa Jurídica (PJ).

A Secretaria Municipal da Saúde ressalta que não foi informada com precisão acerca dos serviços que terão restrição no HU e recebeu com preocupação as informações sobre condições de trabalho dos profissionais no hospital. A Prefeitura também está em contato permanente com a ASM para que os problemas apontados pelos médicos sejam solucionados e o atendimento integral da população seja retomado no HU”.

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