Canoas 86 anos
Corrida do Aniversário de Canoas é adiada para o dia 25 de julho

A Corrida do Aniversário de Canoas e o evento com Food Trucks, inicialmente previstos para esta sexta-feira, 27, foram transferidos para o dia 25 de julho. O local permanece na Praça da Emancipação.
A decisão foi tomada em respeito ao delicado momento pelos canoenses, que ainda enfrentam os impactos causados pelas fortes chuvas da última semana. Algumas regiões foram afetadas e os esforços da administração municipal estão concentrados na recuperação e no apoio às famílias atingidas.
Canoas 86 anos
Corrida de Aniversário de Canoas acontece nesta sexta-feira, 25

Como parte da programação oficial da Semana da Cidade, em comemoração aos 86 anos de Canoas, a tradicional Corrida do Aniversário será realizada nesta sexta-feira, 25 de julho. O evento é aberto ao público e visa promover saúde, bem-estar e integração entre os cidadãos, reunindo amigos, famílias e entusiastas da prática esportiva em um momento de celebração coletiva.
Com trajetos de 3 e 5 quilômetros, a corrida terá caráter simbólico e não competitivo, sendo uma oportunidade acessível a pessoas de todas as idades e níveis de preparo físico. A organização promete uma estrutura completa para garantir conforto e segurança aos participantes, além de uma atmosfera festiva para marcar a data especial do município.
A concentração e retirada dos kits (camisetas e números) acontecerá das 12 às 19 horas, em frente ao Paço Municipal, na Rua Quinze de Janeiro. A partir das 17h30min, o espaço se transforma com o início do Happy Hour, animado por DJ e food trucks. O ato oficial que marca a abertura da corrida está previsto para as 19h30min, seguido de um momento de aquecimento coletivo, às 19h40min. A largada está programada para as 20 horas.
A Corrida do Aniversário é uma das atividades mais aguardadas da Semana da Cidade, reforçando o espírito de união e pertencimento da população canoense, ao mesmo tempo em que incentiva hábitos saudáveis por meio da prática esportiva.
Canoas 86 anos
Brava Gente Canoense: Uma cidade construída por histórias

No coração da Região Metropolitana de Porto Alegre, a apenas 14 km da capital, ergue-se Canoas — fundada oficialmente em 27 de junho de 1939, mas com raízes que remontam a séculos antes, quando tropeiros cruzavam essas terras e indígenas Tapes viviam às margens dos rios Gravataí, Sinos e Jacuí. A pequena estação férrea inaugurada em 1874, parte da linha São Leopoldo–Porto Alegre, foi o estopim de um povoado que cresceria e se transformaria em cidade.
Nome
O nome “Canoas” — herança das embarcações esculpidas na madeira local pelas margens — já dizia dos primeiros vínculos entre terra, trabalho e matéria-prima. Desde então, gerações inteiras escolheram Canoas como lar.
Essa gente veio não apenas de outras regiões do Rio Grande do Sul — como Gravataí, São Leopoldo, Uruguai e do interior gaúcho —, mas também de diversos países: Itália, Alemanha, Ucrânia, além de fluxos migratórios mais recentes do Haiti, Venezuela e outros. Cada história chegava com sonhos de moradia, esperanças de trabalho e futuro para seus filhos. Aqui, se erguiam casas, se abriam negócios, se formavam famílias — era nesse pedacinho de chão que muitos acreditavam poder recomeçar.
Geografia
A posição geográfica estratégica de Canoas — margeada pela BR-116, BR-386 e BR-448, com seis estações do Trensurb e a proximidade de Porto Alegre — fez da cidade um polo logístico natural. Aliou-se à vocação industrial — presente já nos anos 70 — e hoje ocupa a segunda economia do estado, com PIB superior a R\$ 16 bilhões, destaque em setores como gás, metalurgia, indústria e serviços. A refinaria da Petrobras (REFAP), centros como AGCO, Midea e a Base Aérea-FAB reforçam esse dinamismo.
Cheias e resiliência
Mas Canoas também conhece adversidades. Suas planícies são férteis, mas vulneráveis a cheias e enchentes; o clima subtropical favorece veranicos entre 23 °C e mais de 40 °C, assim como temporadas chuvosas intensas. Quando a água invade bairros como Mathias Velho, Niterói ou Rio Branco, transformando lares em abrigos improvisados, moradores se veem diante do desafio de reconstruir — e recomeçar.
É nesses momentos, porém, que o espírito canoense se revela: um povo que chorou, sim, mas que também se mobilizou. Vizinhos ajudaram vizinhos, voluntários deram as mãos, o comércio reabriu, as famílias se ergueram. Canoas não se rendeu ao medo — ela se afirmou na resiliência. Escolheu resistir. Escolheu seguir em frente.
Hoje, ao completar 86 anos de emancipação política, Canoas se orgulha de sua gente que escolhe ficar, que constrói o presente e acredita no futuro. Irradia força: escolas cheias, comércios pulsantes, parques e universidades (Ulbra, La Salle, IFRS) com protagonismo regional. São esses canoenses — trabalhadores, migrantes, jovens e idosos — que fazem desta cidade um lugar de pertencimento.
Brava Gente Canoense
“Brava Gente Canoense” é o título que ecoa como início do hino de Canoas, e resume nossa homenagem: mais do que tempo, é história; mais do que espaço, é território tecido por pessoas. Que celebram, com 86 anos, a coragem de morar, construir, resistir — e amar Canoas.
Canoas 86 anos
O trem, o avião e a cidade: conheça a história de Canoas

Legenda: Almoço comemorativo à emancipação de Canoas em 27 de junho de 1939, no Salão Paroquial da cidade. Foto: Arquivo Histórico Municipal/Divulgação/OT
Nesta sexta-feira, 27 de junho, Canoas completa 86 anos de emancipação política ainda em meio à maior crise de sua história. Entretanto, é necessário conhecer a história da cidade para pensar nas próximas décadas. Muitos indivíduos e organizações tornaram o munícipio uma realidade, e outras tantas possibilitaram o seu crescimento até os dias atuais.
Origens e nome
A primeira estação de trem, de madeira, foi inaugurada em 1874, há 150 anos, onde hoje fica a Av. Victor Barreto. O local era uma das estações de uma linha férrea anterior à Trensurb. Essa linha chegou a ser usada no caminho entre Porto Alegre e cidades como Caxias do Sul e Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Estado.
À época, o território canoense e de outras cidades da Região Metropolitana era a Fazenda Gravataí. Sua sede ficava onde hoje é o bairro Estância Velha. O povoamento foi ideia do Coronel Vicente Ferrer da Silva Freire, marido de Rafaela Pinto Bandeira, uma das herdeiras daquelas terras.
Os trabalhadores aproveitavam as toras derrubadas na construção para fazer canoas, necessárias para a travessia dos córregos e arroios da região. Por isso, a vila que cresceu em volta da estação passou a se chamar Capão das Canoas. Era, na época, ponto de veraneio das famílias de Porto Alegre.
Ao longo das décadas, o território, então pertencente a Gravataí, foi se expandindo. Em 1908, os irmãos lassalistas chegaram à cidade e fundaram o que viria a se tornar, atualmente, a Unilasalle, que fica hoje em frente à antiga estação de trem.
A autonomia religiosa pela Igreja Católica foi o primeiro de uma série de movimentos que viria a culminar na emancipação política.
Década de 1930 e a emancipação

Trabalhadores constroem via férrea em Canoas
Em 1934, há 90 anos, o atual prédio da estação férrea passava a funcionar. O local hoje abriga um espaço para encontros, ensaios e apresentações de grupos culturais.
Três anos depois, em 1937, instalava-se o 3º Regimento de Aviação Militar (RAV). A ocupação pela Aeronáutica colocava o local como uma base aérea estratégica próximo da capital. Isso viria a ser provado em várias ocasiões, tais como a enchente de 2024, com o local sendo usado como aeroporto na impossibilidade de uso do Salgado Filho, em Porto Alegre.
Depois disso, em 1938, Canoas é elevada à condição de vila pelo governo do Estado. Esse movimento foi encabeçado pelo médico Victor Hugo Ludwig, que levou à Porto Alegre uma carta, ainda no ano anterior, expondo os motivos para a emancipação.
Canoas se tornaria uma cidade de fato apenas um ano depois, em 27 de junho de 1939. O primeiro prefeito, apontado pelo interventor federal no Estado, o general Flores da Cunha, foi Edgar Braga da Fontoura, em 15 de janeiro de 1940.
A pessoa que passou mais tempo como prefeito de Canoas foi Hugo Simões Lagranha. Além de ter sido eleito para três mandatos, também foi nomeado em duas oportunidades, somando 18 anos no comando do Executivo municipal. O Museu Histórico Municipal, inaugurado por ele em 1990, mais tarde passaria a levar seu nome.
Desenvolvimento
O que começou como um ponto de veraneio passou a se expandir de forma ainda mais rápida após a emancipação. Na década de 1970, o município teve ampla expansão populacional, e hoje é o terceiro maior do RS, com 347.657 habitantes, atrás apenas de Caxias do Sul e da capital.
Canoas também tem forte presença da indústria ao longo dos anos. A construção da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) pela Petrobrás incluiu a cidade no polo petroquímico estadual, atraindo outras empresas.
O município também conta com sedes de grandes empresas de máquinas e implementos agrícolas, por exemplo. Essas e outras empresas, junto com os setores de serviço e comércios da cidade, fizeram dela o terceiro maior PIB do Estado.
Segundo dados relativos a 2021, Canoas tem um Produto Interno Bruto de cerca de R$ 21,99 bilhões, o 56º maior resultado do país. A cidade produz R$ 63.267,42 por habitante, o chamado PIB per capita.
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