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08/06/2025
 

Enchente 2024 Canoas

Clientes reclamam de cobranças de energia elétrica pela RGE no mês de maio

Redação

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Clientes reclamam de cobranças de energia elétrica pela RGE no mês de maio

Milhares de residências foram inundadas no Estado durante as enchentes no Rio Grande do Sul no início do mês de maio, fazendo com que empresas de energia elétrica e de água desligassem o fornecimento nos locais atingidos.

No dia 21 de junho, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul firmou acordo com as companhias de energia elétrica CEEE Equatorial e RGE, suspendendo a cobrança de luz dos consumidores que ficaram sem acesso ao medidor durante maio.

A medida apresentada isentava os clientes de pagar a conta referente ao mês e suspendia cobranças, cortes de energia por falta de pagamento e juros por 30 dias para todos, e por 90 dias para quem se encontrava em estado de calamidade pública – o que representou 90% do Estado.

Medida gerou confusão e surpresa

Cliente do bairro Harmonia recebeu fatura de maio

Cliente do bairro Harmonia recebeu fatura de maio

Uma frase final no texto, destacando que o acordo não isentaria moradores afetados de pagar a conta futuramente, passou desapercebida pela população, e ressurgiu nas contas da RGE que começaram a ser geradas no início de agosto (como mostra a foto acima), afirmando que o valor faturado no mês poderia ser pago em 6 parcelas divididas nas próximas faturas, pegando os clientes de surpresa.

Foi o caso da canoense Janaina Nessi, que residia em Canoas, no bairro Harmonia, antes da enchente.

“Minha casa foi alagada dia 03/05 e perdi tudo. Desde essa data, a RGE fez o desligamento do fornecimento de eletricidade. Vim morar em Porto Alegre e solicitei o desligamento da minha luz no início de junho (não havia sido reestabelecido o fornecimento lá ainda), mas hoje recebi uma fatura de luz referente ao mês de maio”, contou à nossa reportagem.

Janaina disse ainda que contatou a empresa dizendo que não tinha como cobrarem o fornecimento de maio, pois não tinha luz no imóvel no período e que a resposta foi que havia uma determinação de que poderia ser cobrado conforme a média anterior, já que a empresa não podia fazer a medição.

“Tentei argumentar, mas foi inútil, disseram que a empresa também sofreu prejuízos e por isso iriam cobrar igual”.

‘Quando houver a constatação de destruição total ou parcial da residência em decorrência do impacto da enchente, a cobrança será perdoada’

Outra informação no texto da matéria do acordo assinado pela empresa RGE confundiu consumidores. Ela destaca que em caso de perda total ou parcial da residência a conta seria perdoada, ou seja, não poderia haver cobrança posterior.

Isto representa a situação de praticamente todas as residências do bairro Mathias Velho; mas ainda assim proprietários de imóveis da região contam que estão recebendo as faturas.

Resposta da RGE

A reportagem de O Timoneiro entrou em contato com a RGE questionando a situação de Janaina e pedindo esclarecimentos quanto a dúvidas da população.

Em resposta, a empresa informou que durante a calamidade, suas equipes de campo enfrentaram dificuldades, em determinadas regiões, de acesso para a leitura do consumo e também de entrega de contas em papel, e que esses casos estão sendo tratados sem que haja prejuízo ao cliente e dentro da Resolução 1092 criada pela ANEEL para essa situação excepcional vivida pelo Estado.

Ainda que “a empresa suspendeu a cobrança de faturamento de maio para todas as unidades consumidoras que tiveram o acesso comprometido a realização da leitura. Além de suspender os cortes por inadimplência para os clientes de municípios afetados pela calamidade […] O pagamento de contas atrasadas até o dia 20 de agosto de 2024 não irá gerar encargos como multa e juros, possibilitando que as contas sejam quitadas nesse período mesmo em atraso”.

Caso da Janaína

“Sobre o caso da cliente do bairro Harmonia, a empresa esclarece que o valor cobrado se trata de consumo residual e já foi retirado da fatura”, afirmou em nota a RGE.

Contato com a empresa

A RGE orienta que os clientes com problemas no recebimento da conta solicitem sua segunda via pelos seguintes canais oficiais e seguros de atendimento: App CPFL Energia (disponível para Android e iOS), site: www.rge-rs.com.br, WhatsApp: (51) 9 9955.0002 ou Call Center: 0800 970 0900. Nessa consulta, o cliente poderá visualizar contas em aberto e inclusive conhecer as opções de parcelamento de débitos disponíveis. O pagamento de contas atrasadas até o dia 20 de agosto de 2024 não irá gerar encargos como multa e juros, possibilitando que as contas sejam quitadas nesse período mesmo em atraso.

Procon de Canoas registra centenas de reclamações referentes a contas de água e luz

Entramos também em contato com o Procon de Canoas para saber quantas reclamações acerca do tema haviam sido registradas pelo órgão no município e quais as orientações em situação de possíveis irregularidades.

Resposta do Procon

“Desde a enchente histórica de maio até a primeira quinzena de agosto, o Procon de Canoas já somou o recebimento de 115 reclamações referentes a companhia de energia elétrica e outras 49 relacionadas ao abastecimento de água.

A maior parte dos contatos com o órgão municipal de defesa do consumidor são a respeito de cobranças por média superior ao consumo real relatado pelo cidadão, incompatibilidades a partir da troca de relógios medidores e até mesmo pedidos de orientações de como proceder com eventuais irregularidades são recorrentes”.

Procure o Procon

Para recorrer ao Procon é importante que o consumidor registre uma foto do relógio, comprovando a leitura real, bem como levar a fatura com cobrança indevida, a ser contestada. Esclarecimentos de dúvidas podem ser obtidos pelos telefones (51) 32362051 e (51) 32362052.

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Atuação da Ulbra na enchente é reconhecida pela Câmara Federal

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Atuação da Ulbra na enchente é reconhecida pela Câmara Federal

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) receberá a Medalha do Mérito Evangélico Daniel Berg e Gunnar Vingren, concedida pela Câmara dos Deputados. Criada em reconhecimento a pessoas ou instituições que contribuíram com serviços prestados à comunidade e à promoção dos valores cristãos, a premiação será entregue durante sessão especial, no dia 17 de junho, às 10 horas, no Plenário Ulysses Guimarães do Congresso, em Brasília. A indicação partiu do deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Essa é a primeira edição da medalha que leva o nome de Daniel Berg e Gunnar Vingren, missionários suecos que foram pioneiros do evangelismo no Brasil. O capelão-geral da Aelbra, Maximiliano Wolfgramm Silva, ressalta que a Ulbra é a única instituição que está sendo agraciada com a medalha, o que evidencia nossas raízes de uma comunidade religiosa cristã que se preocupa em poder contribuir com a construção e o fortalecimento da sociedade por intermédio da educação.

“Uma medalha de um mérito evangélico vem reafirmar o nosso espírito de fé que impulsiona ações em direção ao próximo, além de reconhecer o trabalho realizado como maior abrigo do Estado. As pessoas também vivenciaram um apoio emocional e espiritual muito presente durante toda a época do abrigo.”

Em sua indicação, o deputado Marcel Van Hattem destacou a atuação da Ulbra durante a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024. Na ocasião, a universidade montou, no campus Canoas, o maior abrigo do Estado, acolhendo cerca de 8 mil pessoas e 3 mil animais que ficaram desalojados devido à catástrofe climática.

“A escolha da Ulbra para receber a Medalha do Mérito Evangélico é mais do que justa. É um reconhecimento pelo extraordinário trabalho de acolhimento, amor ao próximo e solidariedade cristã. Foram milhares de vidas impactadas, não só com assistência material, mas também com apoio espiritual e humano”, afirmou Van Hattem.

Premiação

A Medalha do Mérito Evangélico é conferida por uma comissão julgadora composta por representantes da Mesa Diretora e de cada partido político com assento na Câmara dos Deputados. Os escolhidos pelos serviços evangelísticos prestados com impacto positivo para a sociedade foram:

– Universidade Luterana do Brasil – Ulbra, Campus Canoas (RS);
– Nilton dos Santos (SC);
– Firmino da Anunciação Gouveia (PA);
– Isamar Pessoa Ramalho (RR)
– Francisco Tércio de Vasconcelos Cordeiro (PE);

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Emoção durante homenagem da Ulbra aos voluntários da enchente

Redação

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Emoção durante homenagem da Ulbra aos voluntários da enchente

A dedicação de colaboradores, alunos, professores e pessoas da comunidade durante a enchente de maio de 2024 agora está eternizada, em frente ao Prédio 6 do campus Canoas da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Um evento em homenagem aos voluntários aconteceu na noite de quinta-feira, 22, com a participação do governador Eduardo Leite, e foi marcado pela emoção.

Na ocasião, foi instalada uma placa em agradecimento e reconhecimento aos esforços empreendidos durante os 64 dias em que a Ulbra serviu como abrigo para mais de 8 mil pessoas, em Canoas, com os seguintes dizeres:

“Nossa gratidão aos voluntários que, com coragem e solidariedade, apoiaram o povo gaúcho e essa instituição durante as enchentes de maio de 2024.”

O presidente da Aelbra (mantenedora da Ulbra), Carlos Melke, destacou que esse é um momento de reconhecimento, pois o mês de maio de 2024 jamais será esquecido.

“O Rio Grande do Sul sofreu, Canoas sofreu. Mas, também foi um tempo de solidariedade. Em questão de horas, e com a ajuda de todos vocês, erguemos aqui o maior abrigo do Estado, o maior abrigo de vítimas de eventos climáticos da América Latina. Vocês transformaram uma tragédia em testemunho de humanidade e solidariedade. A gratidão será eternizada e estará gravada não apenas no metal, mas na memória coletiva de um povo que virou exemplo de resiliência. Em nome da nossa instituição, agradeço a cada voluntário, a cada gesto, a cada vida alcançada”, ressaltou Melke.

O governador Eduardo Leite comentou sobre o importante papel da Ulbra no acolhimento aos gaúchos.

“A Ulbra não esperou demanda, imediatamente abriu as portas, se mobilizou e ajudou milhares de famílias. Um grande exemplo de solidariedade que deve estar presente em cada um de nós individualmente e nas instituições. Cada gesto, cada vida alcançada fez diferença. E isso renova em mim a fé no ser humano. Por isso, como governador e como cidadão, meu muito obrigado”, acrescentou o governador.

O prefeito de Canoas, Airton Souza, fez um relato dos primeiros momentos em que as águas entraram em Canoas, atingindo 70 mil residências, o Pronto Socorro e 21 mil empresas.

“Hoje é um dia de gratidão, reverência e de reconhecimento. Ficaram muitas imagens, mas nada mais forte do que a solidariedade. Eu mesmo fui acolhido durante 32 dias no bairro Igara, pois minha casa ficou com quase dois metros de água. Parabéns a todos que se envolveram. Canoas vai superar as dificuldades e voltar a crescer”, salientou.

Em uma fala emocionada, o capelão-geral da Aelbra, Maximiliano Wolfgramm Silva, lembrou que o espaço de aprendizagem se transformou num local de acolhimento, onde gestos singelos revelaram um relevante trabalho social.

Universidade virou uma cidade

Em maio de 2024, o campus Canoas se tornou uma grande central de solidariedade. A estimativa inicial era de receber 300 pessoas. Em menos de 24 horas, a Universidade transformou-se em uma cidade com os seus prédios acolhendo milhares de famílias e mais de 3 mil animais desalojados de suas casas devido às águas. Helicópteros da Força Aérea Brasileira pousavam a todo momento na Instituição trazendo crianças, adultos e idosos resgatados.

Ambulatórios foram instalados nos prédios, houve atendimento especializado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), auxílio jurídico e encaminhamento para emissão de documentos perdidos e a orientação quanto aos benefícios concedidos pelos governos. As ações de solidariedade e acolhimento reforçam o compromisso social e os princípios praticados pela Ulbra em seus mais de 50 anos de história.

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Enchente 2024 Canoas

Projeto do Instituto Justiça beneficia 420 alunos canoenses que foram afetados pela enchente de maio 

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Projeto do Instituto Justiça beneficia 420 alunos canoenses que foram afetados pela enchente de maio 

As águas que destruíram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 provocaram comoção nacional e a mobilização de milhares de voluntários que, em uma corrente de solidariedade, se uniram para ajudar o povo gaúcho. Uma dessas entidades foi o Instituto Justiça (IJ), de São Paulo, que trouxe para o estado quatro projetos sociais que auxiliaram os atingidos pela enchente a reconstruírem seus lares.

Três deles durante a calamidade e um quarto – o Recria-se – que permanece ativo, dando nova vida aos milhares de resíduos têxteis que sobraram das doações, beneficiando o meio ambiente e as comunidades mais afetadas pelo desastre.

Reestruturação da Escola, que beneficiou 420 alunos da Escola Municipal de Educação Fundamental Arthur Pereira de Vargas, de Canoas, foi um dos importantes projetos encampados pelo IJ.

“O impacto que a enchente provocou na educação de muitas crianças foi significativo, interrompendo o aprendizado e afetando diretamente suas vidas, de suas famílias e da comunidade”, relembra Indiara Dias de Souza, fundadora e diretora geral do IJ, ao destacar que foram doados 463 itens entre móveis, computadores e brinquedos.

Outros projetos que beneficiaram o RS

O Recria-se, em sua primeira fase, reciclou mais de uma tonelada de resíduos têxteis – doações de roupas inapropriadas que seriam descartadas – transformando-os em seis mil ecobags. E os planos não param por aí.

Com o objetivo de reduzir ao máximo as sobras que ainda estão armazenadas no RS, a segunda fase do projeto prevê a elaboração de um portfólio de brindes sustentáveis que serão ofertados à iniciativa privada.

O Recria-se, que tem como parceiro implementador a Ciclo Reverso – empresa especializada em gestão de economia circular – alcança diretamente 64 mulheres de comunidades vulneráveis de Porto Alegre que são capacitadas e remuneradas por suas produções.

Baita Ajuda Humanitária

O projeto Baita Ajuda Humanitária (BAH) apoiou o RS no auge da crise com o envio de duas mil toneladas de doações emergenciais que garantiram vestimenta, alimentação e produtos de higiene e limpeza a mais de 40 mil famílias.

De acordo com Indiara Dias de Souza, fundadora e diretora geral do IJ, o BAH também promoveu a campanha Volta às Aulas com a doação de 500 kits escolares e organizou uma Cozinha Comunitária na Ilha da Pintada, em Porto Alegre, que distribuiu mais de 15 mil marmitas aos moradores que limpavam suas casas.

Ao analisar o resultado das ações do IJ, a dirigente estima que as ações alcançaram 19% dos municípios atingidos pelas águas, onde vive 78% da população afetada.

Reestruturação de Lares foi outro projeto encampado pelo Instituto Justiça no RS. De acordo com Indiara 530 famílias de oito municípios – Muçum, Encantado, Relvado, Putinga, Roca Sales, Lajeado, Arroio do Meio e Cruzeiro do Sul – receberam 1.135 itens essenciais como fogões, geladeiras e roupeiros para recomporem suas casas.

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