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15/04/2025
 

Enchente 2024 Canoas

Doenças infecciosas podem acometer o RS com mais força após a enchente

Redação

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O acúmulo de água na maior parte dos municípios gaúchos por conta das enchentes acende o alerta para surtos de doenças infecciosas. O ato de entrar em água contaminada, ação necessária por parte de muitas pessoas ao salvarem seus pertences, atuarem em resgates e até para os posteriores reparos e limpeza das ruas e estruturas pode trazer consequências para a saúde.

Essa pode ser o principal reflexo das inundações do mês de maio no RS para os sistemas de saúde públicos. De acordo com o tempo de incubação de diferentes vírus, bactérias e outros patógenos, essas enfermidades podem vir em diferentes ondas.

“Como podemos imaginar, essa água está nitidamente contaminada. Ela é escura e deve estar cheia de matéria orgânica, com excretas de humanos e outros animais”, disse o médico Alessandro Pasqualotto, presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, ao portal BBC Brasil.

Nos primeiros dias após o evento climático, as doenças que mais aparecem são infecções de pele, pneumonites ou pneumonias, infecções respiratórias virais e gastroenterites (diarreia).

As infecções respiratórias costumam ser consequência da aglomerações de milhares de pessoas em abrigos, muito próximas umas das outras. Essa condição facilita a transmissão de vírus causadores de resfriados, gripe e covid-19. Por isso a preocupação de autoridades de saúde estaduais na vacinação contra a gripe em abrigos, por exemplo.

Moradias improvisadas também reúnem as condições para a dispersão de parasitas como os que provocam a escabiose (sarna) e a pediculose (piolhos).

O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha que detalha os cuidados com água e alimentos após enchentes e outros desastres dessa natureza.

Leptospirose, tétano e hepatite

Em Canoas, uma das doenças que podem ser provocadas pelas condições da enchente que mais preocupam a Secretaria Municipal da Saúde é a leptospirose. A enfermidade pode ocorrer por contato direto ou indireto com a urina de animais na pele. Isso é facilitado em caso de arranhões ou ferimentos, que podem já ter sido causado pelas condições adversas em salvamentos e na saída dos moradores de suas casas.

Nesta terça-feira, 28, a prefeitura publicou um alerta sobre o assunto em seu portal. É recomendado que qualquer suspeita de um caso da doença seja reportada às unidades de saúde, às UPAs abertas, ao Hospital Nossa Senhora das Graças ou a um dos hospitais de campanha instalados no município.

Os principais sintomas da leptospirose são:

  • Febre
  • dor de cabeça
  • fraqueza
  • dores no corpo (em especial, na panturrilha)
  • calafrios.

A doença pode apresentar letalidade de até 40% nos casos graves.

Para as famílias que forem liberadas a retornar para casa, é necessário cuidado. Recomenda-se o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas, para limpar a lama e a água acumuladas, de forma a limitar o contato com urina contaminada.

Além da leptospirose, os médicos também se preocupam com o caso de tétano e hepatite A. Para ambas, existem vacinas disponíveis, que podem precisar de reforço.

Dengue

Grandes inundações trazem o problema da água parada, em especial em regiões onde há maior demora para que o nível abaixe. Espécies como o mosquito Aedes aegypti podem se proliferar mais facilmente do que de costume, potencializando a emidemia de dengue que já atinge o Estado, e Canoas em especial.

O município já teve mais de 5 mil casos de dengue apenas em 2024. Um em cada 69 canoenses já tiveram a doença desde o dia 1º de janeiro.

Mesmo após a retirada das águas de bairros como o Mathias Velho, há o potencial para muitos lugares terem vários pequenos focos onde o mosquito pode procriar. Tudo depende das temperaturas em junho, quando há previsão de tempo seco, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Enchente 2024 Canoas

ADEVIC reinaugura sua sede em Canoas após enchente histórica

Redação

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ADEVIC reinaugura sua sede em Canoas após enchente histórica

A Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (ADEVIC) está em contagem regressiva para a reinauguração de sua sede, marcada para o dia 8 de abril. A nova estrutura surge como símbolo de superação e reconstrução, após a instituição ter sido duramente atingida pelas enchentes de 2024, que deixaram o prédio submerso por 24 dias, com a água chegando a três metros de altura.

A reforma e reconstrução só foram possíveis graças ao esforço coletivo de pessoas físicas, empresas, organizações sociais e voluntários que acreditam no trabalho da ADEVIC. Na fase inicial, essa união viabilizou a retomada dos atendimentos em espaços emergenciais, além da doação de alimentos, colchões e itens de higiene e limpeza para as famílias atingidas. Foram arrecadados recursos financeiros, materiais e serviços especializados.

Na segunda etapa, iniciou-se a reconstrução total do prédio, com obras de infraestrutura que incluíram redes hidráulica e elétrica, além de adequações nos ambientes internos para garantir acessibilidade e segurança.

ADEVIC atingida pela enchente

ADEVIC atingida pela enchente

Os recursos foram obtidos por meio do programa Reerguer Canoas 60+, do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, da Corsan, e também com investimentos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Fundação Dorina Nowill para Cegos e do Instituto Elisabetha Randon. A participação de inúmeros parceiros nesta fase foi fundamental para a aquisição de equipamentos e materiais destinados aos atendimentos especializados no local.

“Caminhar hoje pelos espaços reformados – as salas de atendimento, música, laboratório de informática, cozinha, refeitório, recepção e área administrativa – é perceber o quanto a solidariedade dos nossos parceiros foi capaz de nos ajudar a reconstruir a ADEVIC”, afirma Ênio José da Silva, presidente da entidade.

“Estou muito feliz pelo engajamento de todos, que compreenderam o nosso momento e se mobilizaram, reconhecendo a importância que temos para a comunidade. Agradeço, em meu nome, em nome da ADEVIC e de todas as pessoas que serão beneficiadas neste espaço recuperado, a cada parceiro que, dentro de suas possibilidades, tornou esse retorno possível. Aqui é um lugar de acolhimento para todos, sem distinções.”

Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos, ressalta que a Fundação tem como compromisso apoiar causas que impactam positivamente a comunidade:

“A reconstrução da ADEVIC é um exemplo claro de como podemos unir esforços para reerguer e fortalecer instituições essenciais. Estamos orgulhosos de poder contribuir para que esse espaço continue a oferecer apoio e transformação para tantas vidas. Seguiremos firmes em nossa missão de apoiar iniciativas que promovam a inclusão social.”

Atendimentos especializados para crianças, jovens, adultos e pessoas idosas com deficiência visual, deficiências múltiplas e transtorno do espectro autista.

Hoje, as 300 pessoas atendidas no local terão muito mais conforto, acessibilidade e infraestrutura qualificada. A instituição também retoma, com sua plena capacidade, as atividades culturais e de inclusão social, como as oficinas de música e informática — fundamentais para o desenvolvimento e a autonomia de crianças, jovens, adultos e pessoas idosas com baixa visão e cegas, com deficiências múltiplas e com transtorno do espectro autista.

A reinauguração, no dia 8 de abril, será voltada para apoiadores, parceiros e o público beneficiário, e marcará oficialmente esse novo ciclo. A ADEVIC segue mobilizada para manter seus atendimentos com qualidade e convida a sociedade a continuar apoiando a causa da inclusão e da garantia de direitos das pessoas com deficiência visual, deficiências múltiplas e transtorno do espectro autista.

Agradecimentos

Associação das Pessoas Cegas e com Baixa Visão do RS, Compass UOL, Corsan, Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Dell no Brasil, Du99, Fundação Dorina Nowill para Cegos, Fundação Gerações, Fort Atacadista, Grupo Ultra, Instituto Elisabetha Randon, Instituto Lojas Renner, Kappesberg, Lions Clube Canoas Centro, Lojas Colombo, Massas Romena, Maxiforja, Moradia e Cidadania RS, ONCB – Organização Nacional de Cegos do Brasil, Parceiros Voluntários, Prefeitura de Canoas, Sicredi Origens RS, Sindifisco Nacional, Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos RS, Tramontina Oficial, Unafisco Nacional.

Sobre a ADEVIC

A Associação de Deficientes Visuais de Canoas é a única organização da região metropolitana na área da deficiência visual que oferece atendimentos especializados para esse público, beneficiando cerca de 300 pessoas.

São oferecidos serviços especializados para crianças, jovens, adultos e pessoas idosas em diversas áreas, como reabilitação, orientação, mobilidade, estimulação precoce e aprendizagens múltiplas, terapia ocupacional, fisioterapia, música, alfabetização em Braille, atividades recreativas, pedagógicas e de socialização, entre outras.

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Enchente 2024 Canoas

Prefeitura de Canoas se reúne com governo do Estado para discutir reconstrução do Município

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Prefeitura de Canoas se reúne com governo do Estado para discutir reconstrução do Município

A Prefeitura de Canoas e o governo do Estado reuniram-se na manhã desta sexta-feira, 21, para trocar informações acerca dos esforços de reconstrução do Município após as enchentes de maio de 2024.

O prefeito Airton Souza, o vice-prefeito Rodrigo Busato, secretários municipais e adjuntos conversaram com a secretária estadual adjunta da Reconstrução Gaúcha, Angela de Oliveira, a informaram sobre o andamento de obras e ações de atendimento à população atingida pela calamidade, e receberam detalhes sobre o andamento de demandas do Município junto ao governo do Estado.

Segundo assessoria da gestão municipal, entre as medidas discutidas na reunião está a criação, pela Prefeitura de Canoas, de um fundo municipal para receber, de forma mais rápida e menos burocrática, recursos de fundos dos governos estadual e federal para a reconstrução do Rio Grande do Sul.

Ainda que, a administração municipal está formatando o projeto que cria o fundo para que seja enviado, nos próximos dias, para a apreciação da Câmara de Vereadores. Os secretários municipais de Obras e Reconstrução, Habitação e Regularização Fundiária, Fazenda e Projetos e Captação de Recursos apresentaram ao governo do Estado as ações e as demandas de cada pasta.

O prefeito de Canoas, Airton Souza, defendeu a importância de um olhar especial para a reconstrução da cidade e o atendimento das necessidades das pessoas afetadas pelas enchentes do ano passado.

“A gente entende a situação das pessoas. Elas perderam tudo. Este é um trauma que as pessoas vão carregar pelo resto da vida.”

A secretária estadual adjunta da Reconstrução Gaúcha, Angela de Oliveira, recebeu as informações e as demandas canoenses, explicou o funcionamento da pasta e as medidas que serão tomadas para atender às necessidades do Município.

“É extremamente necessário a gente conhecer a demanda do Município de forma completa. Conhecer os desafios, para que a gente possa avaliar a melhor forma do Estado apoiar. Nosso compromisso é de avaliar as demandas de uma forma integrada”, disse Angela.

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Prefeitura de Canoas anuncia início das obras do Muro da Cassol

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Prefeitura de Canoas anuncia início das obras do Muro da Cassol

Na próxima segunda-feira, 17, às 14 horas, a Prefeitura de Canoas, através da Secretaria Municipal de Obras e Reconstrução, inicia a construção do muro de proteção contra cheias junto à distribuidora Cassol, na avenida Guilherme Schell, próximo ao número 130.

Durante a catástrofe climática de maio de 2024, o antigo muro que existia no local, e que não era próprio para contenção de enchentes, se rompeu e foi o primeiro ponto por onde as águas começaram a entrar na cidade.

Na ocasião, estarão presentes o secretário Municipal de Obras e Reconstrução, engenheiro Victor Hampel, o prefeito Airton Souza, e o vice-prefeito Rodrigo Busato.

 

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