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11/09/2025
 

Cultura

CARNAVAL RIO: Viradouro e Portela se destacam na segunda noite do grupo especial

Redação

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Viradouro - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Por Daniela Uequed e Douglas Angeli

A Unidos do Viradouro fechou o grupo especial do carnaval carioca com um enredo primoroso e original sobre o culto feminino de Dangbé, o vodun serpente e arco-íris difundido em Daomé e trazido para o Brasil. Como não podia deixar de ser, o desfile, concebido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, foi marcado por fortes coreografias e visual bastante colorido, complementado pelo azul e rosa do amanhecer de terça-feira.

Os pontos altos da apresentação da Viradouro foram a comissão de frente, com a serpente, o casal de mestre-sala de porta-bandeira, Rute Alves e Julinho Nascimento, a bateria do mestre Ciça e o conjunto de alegorias e fantasias desenvolvendo densamente o enredo. Vice-campeã no ano passado, a escola de Niterói é forte candidata ao seu terceiro título na apuração desta quarta-feira.

A Portela apresentou ao público e aos jurados sua nova proposta estética sob a criação dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, com o enredo Um defeito de cor, baseado no livro de Ana Maria Gonçalves, que desfilou no primeiro tripé juntamente com o ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida.

A comissão de frente, com bela encenação, promoveu o reencontro fictício entre Luiza Mahin e Luís Gama, mãe e filho, e a primeira alegoria representou o Benin tendo a águia, símbolo da escola, em visual diferente, com estampas e galhos retorcidos. A melhor alegoria da escola, entretanto, sofreu uma pequena avaria na parte traseira, com um dos pisos inclinando.

Estandarte de Ouro

Na manhã de terça a Portela foi agraciada com o tradicional prêmio Estandarte de Ouro, do jornal O Globo, como melhor escola e melhor enredo, mas no desfile houve erros de evolução que devem tirar a escola da briga pelo título.

A primeira escola a desfilar foi a Mocidade Independente de Padre Miguel, com o enredo sobre o caju e samba cujo refrão foi cantado com empolgação pelo público. A concepção e o desenvolvimento do enredo, entretanto, deixou a desejar, faltando densidade narrativa e apresentando soluções simplórias nas alegorias e fantasias.

A comissão de frente chamou a atenção interagindo com uma integrante fantasiada de Carmen Miranda que aparecia na arquibancada do sambódromo, facilitado pelo recurso da nova iluminação, que focava no ponto exato.

Mocidade - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Mocidade – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Após a Portela, foi a vez da Vila Isabel reeditar seu enredo Gbalá, de 1993, desta vez com o carnavalesco Paulo Barros. Na comissão de frente, Oxalá conduzia as crianças ao templo da criação na esperança de que elas possam salvar o mundo de suas mazelas, como a fome, a poluição e a corrupção, representadas no carro abre-alas. As duas primeiras alegorias tiveram nível superior em um desfile cujo apuro estético foi decaindo, prejudicando o bom desenvolvimento do enredo, distante do estilo consagrado pelo próprio carnavalesco.

Vila Isabel - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Vila Isabel – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

A Estação de Primeira de Mangueira, uma das grandes expectativas do público, trouxe sua homenagem a Alcione. Amigos da cantora participaram do desfile, como Maria Bethânia, presente no pede-passagem da escola. O enredo contou a história de Alcione desde suas origens no Maranhão, chegando ao Rio de Janeiro, à fama e à relação com a escola especialmente pelo papel na escola mirim, a Mangueira do Amanhã.

O conjunto das fantasias e alegorias apresentou desequilíbrio de qualidade entre os setores, com altos e baixos. O samba foi bem cantado pelas alas, na melhor performance do quesito harmonia da noite, com destaque também para a bateria.

Mangueira - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Mangueira – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Antes da noite culminar com a apresentação da Viradouro, o Paraíso do Tuiuti celebrou a luta de João Cândido, o almirante negro, contra os maus-tratos na Marinha. A segunda alegoria trazia um navio com imagens da escravidão e encenação dos castigos aos quais os marinheiros negros eram submetidos na época da revolta da Chibata, com representação de sangue jorrando que deixou a pista tingida. O nível das alegorias e fantasias, no entanto, foi muito baixo do meio para o fim do desfile, somado a abertura de buraco na segunda cabine de jurados.

Tuiuti - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Tuiuti – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

A grande campeã do carnaval carioca será conhecida na apuração de quarta-feira a partir das 16h.

Cultura

Artista Marcelo Armani apresenta mostra individual em Canoas

Redação

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Artista Marcelo Armani apresenta mostra individual em Canoas

Na sexta-feira, 12, às 19 horas, o espaço cultural Casa das Artes Villa Mimosa, em Canoas, recebe a mostra individual Dispositivos para Alegrar o seu Dia a Dia, do artista Marcelo Armani. Aberta à comunidade, a exposição apresenta um recorte da trajetória de mais de 15 anos do artista, reunindo obras que transitam entre linguagens visuais e sonoras, com forte caráter experimental.

Selecionado no Edital Lei Paulo Gustavo do município de Canoas, a mostra propõe uma imersão sensível e crítica no cotidiano, articulando narrativas que emergem de vivências pessoais e coletivas. As obras revelam vozes internas e percepções fragmentadas, explorando a relação entre arte, tecnologia e memória. Armani constrói sua pesquisa em consonância com os debates da arte contemporânea, tensionando limites entre o estético e o político, o técnico e o poético.

Além da exposição, o projeto contempla um workshop ministrado pelo artista, voltado à introdução de técnicas, conceitos e equipamentos utilizados na produção de dobras no campo da Arte Sonora e da criação cinematográfica. Os participantes terão contato com tecnologias atuais, como softwares de edição de áudio, sistemas de reprodução multicanal e microfones especializados — direcionais, lapelas, subaquáticos, de contato por vibração e de campos magnéticos.

A programação inclui ainda um concerto de improvisação eletroacústica, que convida o público a experimentar paisagens sonoras em tempo real, em diálogo com os espaços e os afetos que os atravessam.

“Dispositivos para Alegrar o seu Dia a Dia” é um convite à escuta, à ressignificação e ao mergulho nas camadas invisíveis que compõem a experiência humana. Um projeto que entrelaça arte, técnica e reflexão, propondo novos modos de perceber e habitar o mundo.

Sinopse – “Dispositivos para Alegrar o seu Dia a Dia”

A mostra individual do artista Marcelo Armani, a ser realizada na Casa das Artes Villa Mimosa em Canoas (RS), apresenta um recorte de sua trajetória de mais de 15 anos, explorando práticas experimentais que transitam entre linguagens visuais e sonoras.

Com obras que dialogam com a arte contemporânea, tecnologia e memória, o projeto propõe uma imersão crítica e sensível no cotidiano. Além da exposição, o público é convidado a participar de um workshop sobre Arte Sonora e um concerto de improvisação eletroacústica, ampliando os sentidos e reflexões sobre o fazer artístico e suas reverberações no mundo.

Serviço:

  • Onde: Casa das Artes Villa Mimosa (Av. Guilherme Schell, nº 6270, Centro, Canoas, RS)
  • Abertura: 12 de setembro de 2025, 19h
  • Visitação: 13 de setembro a 15 de outubro, terças a sextas-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 18h; sábados, das 14h às 18h
  • Entrada gratuita
  • Mais informações: https://marceloarmani.weebly.com
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Cultura

Pautas do Carnaval 2026 em Canoas é decidido em reunião com representantes da comunidade carnavalesca

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Pautas do Carnaval 2026 em Canoas é decidido em reunião com representantes da comunidade carnavalesca

Na segunda-feira, 1, representantes da comunidade carnavalesca participaram de uma reunião para discutir as principais pautas relacionadas ao Carnaval de 2026, em Canoas. O encontro ocorreu com o objetivo de alinhar a programação e fortalecer a organização do evento.

Entre os pontos debatidos estiveram a criação do Colegiado do Carnaval, a definição do regulamento para 2026 e o calendário de atividades. A programação prevista inclui o lançamento do Carnaval 2026, a escolha da Corte (Rei, Rainhas e Princesa), festival ou mostra de samba-enredo, Semana da Cultura Negra, Dia Internacional do Samba, Muamba Oficial (ensaio técnico), desfile oficial e, por fim, a premiação com o estandarte de ouro.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo, Caio Flávio Santos, a preparação antecipada garante maior participação popular e contribui para preservar a tradição carnavalesca em Canoas. Ele destacou ainda a importância do envolvimento das comunidades e do poder público na valorização da cultura do carnaval.

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Festival de Cinema de Canoas anuncia filmes selecionados e homenagens da 3ª edição

Redação

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Festival de Cinema de Canoas anuncia filmes selecionados e homenagens da 3ª edição

Na manhã desta terça-feira, 2, a organização do Festival de Cinema de Canoas (FECIC) revelou os curtas-metragens selecionados para as mostras competitivas da 3ª edição do evento. Ao todo, 195 produções foram inscritas, das quais a curadoria e a comissão de seleção escolheram 11 títulos para a categoria Estudantil, 13 para a Universitária (novidade desta edição), além de 7 produções na categoria Municipal e 18 na Estadual (lista completa no final do release).

Durante o lançamento foram reveladas também as produções convidadas para a edição deste ano. São elas: o média-metragem “1940 – CICS Canoas: A Origem”, de Andrei Fialho, que resgata a trajetória da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços da cidade e “Roma Guaporé”, dirigido por Gilberto Perin, uma obra “livremente inspirada na vida real e poeticamente manipulada”, que mergulha nas memórias e reflexões de uma mulher casada.

Entre as atividades do FECIC está ainda a Mostra Memória: Metropolitano RS Ecossistema Audiovisual, dedicada à preservação e valorização da produção cinematográfica local e regional. Este ano serão exibidos os filmes “O Cinema Gaúcho dos Anos 20”, de Antônio Jesus Pfeil, e “Sargento Garcia”, de Tutti Gregianin.

Outro ponto alto do festival será a sessão de estreia do documentário em longa-metragem “Um Filme de BR”, produzido por Wender Zanon, que traz as percepções de quatro pesquisadores enquanto caminham pela BR-116 em seu trecho que atravessa Canoas, buscando personagens que tenham suas vidas entremeadas pelo convívio com a rodovia. A obra será exibida durante a programação oficial.

“O FECIC é muito mais do que um evento de exibição de curtas e longas-metragens. Somos uma plataforma de promoção e valorização da produção audiovisual gaúcha, um estímulo à economia criativa e ao fortalecimento audiovisual com essa poderosa ferramenta de transformação social. Então, contamos com a presença de todos no 3º Festival de Cinema de Canoas, uma edição que promete ser inesquecível”, comenta Alexandre Derlam, coordenador geral e curador do FECIC.

Homenageados da 3ª edição

No lançamento oficial do evento foram revelados também os homenageados deste ano, que têm papel fundamental na valorização da cultura e do audiovisual. Serão celebrados o SESC Canoas, pelos seus 10 anos de atuação cultural; Alice Urbim, jornalista e roteirista; Gilberto Perin, cineasta e Marcos Breda, ator com carreira consolidada no teatro, cinema e televisão.

O lançamento do Festival de Cinema de Canoas foi transmitido pela TV Minuano e está disponível no YouTube https://www.youtube.com/@TV_MINUANO e também no perfil do Instagram https://www.instagram.com/festivaldecinemadecanoas/.

3º Festival de Cinema de Canoas – Filmes selecionados: 

Categoria Estudantil 

  • Querida Irmã | IPUC (2024)
  • A Cápsula do Tempo | EEEM Bento Gonçalves (2025)
  • Vazios Despertos | EMEF Monteiro Lobato (2025)
  • Pequenos Relatos: Fernando Quiroga E Seus Antepassados | EMEF Prefeito Edgar Fontoura (2024)
  • A Arte De Ser Livre | EMEF Prefeito Edgar Fontoura (2024)
  • A Carteira | IFRS – Campus Canoas (2024)
  • A Igreja do Diabo | IFRS – Campus Canoas (2023)
  • As Minas E Os Karas em: A Droga Da Obediência E Outros Mistérios | EMEF Pernambuco (2025)
  • Influência Da Psicologia Das Cores Nas Produções Do Studio Ghibli | EEEB Santa Rita (2025)
  • Racismo | Documentário Livre (2024)

Categoria Universitária 

  • Posso Contar Nos Dedos, de Victória Kaminski | UFPEL (2024)
  • Minha Querida Bruxinha, de Brenda Magalhãe | UFPEL (2025)
  • Submersa, de Laura Viegas | Unisinos (2024)
  • Prato Principal, de Rebeka Paula e Pitagoras Nardi | UniRitter (2025)
  • Ervilhas, de Catherine Pires Pedroni | UCS (2025)
  • Desperta, de Laura Becker | Unisinos (2024)
  • Espaço de Transição, de Bruno Ramos Martins| UFPEL (2025)
  • Ça me va, de Wellington Lucas Rocha de Souza | FSG (2025)
  • Carcarás, de Gabriello Alvarez| PUCRS (2024)
  • Ternura, de Malu Ferreira dos Santos | UFPEL (2025)
  • Porto Macabra, de Ju Costenaro | PUCRS (2025)
  • A Balada de um Artista em Extinção, de Vitz Almeida e Maurício Bremm | UNISC (2024)
  • Confio, de Giovanna Plentz | Universidade Feevale (2024)

Categoria Municipal 

  • Cardo | Allan Riggs e Guilherme Suman (2025)
  • Enquanto a Partida Durar | Léo Moura (2025)
  • Canoas, um poema | Léo Moura (2024)
  • Memórias Enferrujadas – Costuras do Tempo | Tayhú Durigon Wiester (2025)
  • Diz o nome | Anne Plein, Lau Graef e Mirela Kruel (2024)
  • Gosto Estranho | Wender Zanon (2025)
  • Diários de um Slasher Canoense | Felipe Iesbick (2025)

Categoria Estadual 

  • Cardo | Allan Riggs e Guilherme Suman (2025)
  • O Correspondente | Thali Bartikoski e Bruno Barcelos (2024)
  • A Invenção | André Arteche (2025)
  • A Biblioteca de Jorge Furtado | Glênio Póvoas e Luiz Alberto Cassol (2025)
  • O Pente | Alisson Affonso (2025)
  • O Último Trem | Boca Migotto (2025)
  • 2 Batuqueiros | Claudinho Pereira e Carlos Caramez, codireção Mirian Fichtner (2024)
  • Gambá | Maciel Fischer (2025)
  • Para onde foram os dragões? | Mirela Kruel (2025)
  • Eu te escuto | Rodrigo Teixeira (2025)
  • Todos os Bebês Nascem Pelados Em Cachoeira do Sul | Thiago Beckenkamp e Eduarda Rodrigues (2025)
  • História de Pescador | Edison Rodrigues e Renato Winckiewicz (2025)
  • A casa da vó | Luiz Levandovski (2024)
  • Enfim S.O.S | Zaracla (2025)
  • F.M | Cassiano G. Zanella (2024)
  • Meu Nome É Jorge | Rafa Ferretti (2024)
  • Igni – Lembranças do fogo | Rodrigo Fraga (2024)
  • Hoje é Teu | Luiz Alberto Cassol (2025)

3º Festival de Cinema de Canoas

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Graduação Lasalle

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