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07/12/2025
 

Cultura

CARNAVAL RIO: Viradouro e Portela se destacam na segunda noite do grupo especial

Redação

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Viradouro - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Por Daniela Uequed e Douglas Angeli

A Unidos do Viradouro fechou o grupo especial do carnaval carioca com um enredo primoroso e original sobre o culto feminino de Dangbé, o vodun serpente e arco-íris difundido em Daomé e trazido para o Brasil. Como não podia deixar de ser, o desfile, concebido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, foi marcado por fortes coreografias e visual bastante colorido, complementado pelo azul e rosa do amanhecer de terça-feira.

Os pontos altos da apresentação da Viradouro foram a comissão de frente, com a serpente, o casal de mestre-sala de porta-bandeira, Rute Alves e Julinho Nascimento, a bateria do mestre Ciça e o conjunto de alegorias e fantasias desenvolvendo densamente o enredo. Vice-campeã no ano passado, a escola de Niterói é forte candidata ao seu terceiro título na apuração desta quarta-feira.

A Portela apresentou ao público e aos jurados sua nova proposta estética sob a criação dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, com o enredo Um defeito de cor, baseado no livro de Ana Maria Gonçalves, que desfilou no primeiro tripé juntamente com o ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida.

A comissão de frente, com bela encenação, promoveu o reencontro fictício entre Luiza Mahin e Luís Gama, mãe e filho, e a primeira alegoria representou o Benin tendo a águia, símbolo da escola, em visual diferente, com estampas e galhos retorcidos. A melhor alegoria da escola, entretanto, sofreu uma pequena avaria na parte traseira, com um dos pisos inclinando.

Estandarte de Ouro

Na manhã de terça a Portela foi agraciada com o tradicional prêmio Estandarte de Ouro, do jornal O Globo, como melhor escola e melhor enredo, mas no desfile houve erros de evolução que devem tirar a escola da briga pelo título.

A primeira escola a desfilar foi a Mocidade Independente de Padre Miguel, com o enredo sobre o caju e samba cujo refrão foi cantado com empolgação pelo público. A concepção e o desenvolvimento do enredo, entretanto, deixou a desejar, faltando densidade narrativa e apresentando soluções simplórias nas alegorias e fantasias.

A comissão de frente chamou a atenção interagindo com uma integrante fantasiada de Carmen Miranda que aparecia na arquibancada do sambódromo, facilitado pelo recurso da nova iluminação, que focava no ponto exato.

Mocidade - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Mocidade – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Após a Portela, foi a vez da Vila Isabel reeditar seu enredo Gbalá, de 1993, desta vez com o carnavalesco Paulo Barros. Na comissão de frente, Oxalá conduzia as crianças ao templo da criação na esperança de que elas possam salvar o mundo de suas mazelas, como a fome, a poluição e a corrupção, representadas no carro abre-alas. As duas primeiras alegorias tiveram nível superior em um desfile cujo apuro estético foi decaindo, prejudicando o bom desenvolvimento do enredo, distante do estilo consagrado pelo próprio carnavalesco.

Vila Isabel - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Vila Isabel – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

A Estação de Primeira de Mangueira, uma das grandes expectativas do público, trouxe sua homenagem a Alcione. Amigos da cantora participaram do desfile, como Maria Bethânia, presente no pede-passagem da escola. O enredo contou a história de Alcione desde suas origens no Maranhão, chegando ao Rio de Janeiro, à fama e à relação com a escola especialmente pelo papel na escola mirim, a Mangueira do Amanhã.

O conjunto das fantasias e alegorias apresentou desequilíbrio de qualidade entre os setores, com altos e baixos. O samba foi bem cantado pelas alas, na melhor performance do quesito harmonia da noite, com destaque também para a bateria.

Mangueira - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Mangueira – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Antes da noite culminar com a apresentação da Viradouro, o Paraíso do Tuiuti celebrou a luta de João Cândido, o almirante negro, contra os maus-tratos na Marinha. A segunda alegoria trazia um navio com imagens da escravidão e encenação dos castigos aos quais os marinheiros negros eram submetidos na época da revolta da Chibata, com representação de sangue jorrando que deixou a pista tingida. O nível das alegorias e fantasias, no entanto, foi muito baixo do meio para o fim do desfile, somado a abertura de buraco na segunda cabine de jurados.

Tuiuti - Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

Tuiuti – Foto: Daniela Uequed/O Timoneiro

A grande campeã do carnaval carioca será conhecida na apuração de quarta-feira a partir das 16h.

Cultura

Guajuviras recebe hoje sessão gratuita do CineSolar, cinema movido a energia solar

Redação

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O bairro Guajuviras, em Canoas, recebe nesta terça-feira, 2, a 9ª edição do CineSolar, primeiro cinema itinerante do país movido a energia solar. A partir das 18h30, a Praça da Contel será palco de exibições de curtas ambientais e do filme nacional Saneamento Básico, o Filme. A programação é aberta ao público, com distribuição de pipoca e recursos de acessibilidade.

O projeto é viabilizado pela Lei Rouanet, com patrocínio da CPFL RGE e apoio do Instituto CPFL e da Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria de Cultura. A realização é da Brazucah Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Idealizado para ampliar o acesso à cultura e promover a educação ambiental, o CineSolar utiliza um furgão adaptado com placas fotovoltaicas que abastecem toda a estrutura do cinema, incluindo som, projeção, iluminação, cadeiras e tela. O veículo também funciona como uma estação itinerante de ciência, arte e tecnologia, com elementos interativos que explicam a transformação da luz solar em energia elétrica.

O circuito 2025 passou por 35 cidades do Paraná e do Rio Grande do Sul entre outubro e dezembro, tendo Canoas como ponto final da rota. As sessões incluem curtas que apresentam aspectos da cultura chinesa.

Em alguns municípios, o projeto também promove a oficina on-line Oficinema Solar, voltada à sensibilização ambiental e à introdução de técnicas audiovisuais em stop motion. Em Canoas, a atividade foi realizada com estudantes da EMEF Guajuviras, que produziram um curta exibido na programação noturna.

Para o Instituto CPFL, parceiro da iniciativa, o projeto reforça o compromisso com ações culturais acessíveis e alinhadas à sustentabilidade. “As atividades democratizam o acesso à cultura e despertam a consciência para um desenvolvimento mais sustentável”, afirma a head do instituto, Daniela Ortolani Pagotto.

PROGRAMAÇÃO – Canoas/RS

Sessões de Cinema

(filmes com recursos de acessibilidade)

Data: Terça-feira (02/12)

Horários: 18h30 – 1ª sessão: curtas-metragens

19h30 – 2ª sessão: ‘Saneamento Básico, o Filme’

Entrada: livre – não precisa de ingresso

Atração: pipoca de graça e visita ao furgão do CineSolar

Local: Praça da Contel – Rua YY, s/n – Guajuviras – Canoas/RS

Local em caso de chuva: Hangar Cultural Oli Borges – Estrada do Nazário, 3150 – Guajuviras

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Cultura

Primeira sessão do Cinema para Todos reúne crianças na Vila Esperança em Nova Santa Rita

Redação

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Crédito: Fábio Nascimento/PMNSR

A Vila Esperança recebeu, no sábado, 29, a primeira edição do projeto Cinema para Todos, a iniciativa da Prefeitura de Nova Santa Rita que levou uma sessão de cinema ao ar livre para moradores da comunidade. Cerca de 100 crianças participaram da atividade, que exibiu o filme Lilo & Stitch e ofereceu pipoca e algodão doce.

O evento foi organizado pelas Secretarias de Cultura e Turismo e de Desenvolvimento Econômico e Inovação, com apoio do Sicredi e da empresa Webmax. A parceria possibilitou a realização da atividade sem custos para o município, segundo a organização. O objetivo do projeto é ampliar o acesso à cultura e promover ações itinerantes nos bairros.

Durante o lançamento, o prefeito Rodrigo Battistella celebrou o início do projeto e o entusiasmo das famílias.

“É uma alegria imensa ver tantas crianças e famílias reunidas aqui na Vila Esperança. O Cinema para Todos nasce com o propósito de levar cultura, lazer e entretenimento direto aos bairros, aproximando ainda mais a Prefeitura da comunidade. Hoje é só o começo. Queremos que cada família de Nova Santa Rita tenha acesso a momentos como este, que fortalecem vínculos e tornam nossa cidade mais humana e acolhedora.”

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Vagner Silva, também destacou o simbolismo da primeira parada.

“Começar este projeto pela Vila Esperança é muito significativo para nós. Preparamos cada detalhe com carinho para que as crianças tivessem uma experiência inesquecível. O Cinema para Todos é um convite para ocuparmos os espaços públicos com alegria, cultura e convivência. Vamos seguir levando essa iniciativa a todos os bairros.”

Para o secretário Rodrigo Feijó, da pasta de Desenvolvimento Econômico e Inovação, o resultado da estreia confirma o propósito do projeto.

“Ver a comunidade reunida e as crianças felizes nos mostra que estamos no caminho certo. O Cinema para Todos cumpre o papel de levar cultura onde as pessoas estão, valorizando os bairros e aproximando ainda mais a gestão das famílias. Este é apenas o primeiro de muitos momentos que queremos construir junto com a população.”

A primeira sessão foi apenas o começo de um circuito cultural que vai percorrer toda Nova Santa Rita, levando diversão, arte e integração social para cada canto da cidade. O cinema saiu da sala fechada e ganhou a rua, a praça e o coração das famílias.

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Cultura

Ex-Miss Brasil Deise Nunes debate racismo e inclusão em palestra do Mês da Consciência Negra

Redação

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Foto: Bruna Ourique

A Secretaria de Cultura e Turismo realizou, na tarde desta quarta-feira, 26, a palestra “Racismo e Inclusão”, ministrada pela ex-Miss Brasil Deise Nunes, no auditório Sady Schivitz. A atividade integrou a programação do Mês da Consciência Negra e reuniu participantes interessados em discutir identidade, representatividade e inclusão.

Ao longo do encontro, Deise apresentou aspectos de sua trajetória pessoal e profissional. Ela iniciou a carreira de modelo aos 14 anos e, aos 18, tornou-se a primeira mulher negra a conquistar o título de Miss Brasil, em 1986, após vencer o Miss Rio Grande do Sul. No mesmo ano, representou o país em concursos internacionais, obtendo o terceiro lugar no Miss Sudamerica (Venezuela) e a sexta colocação no Miss Universo (Panamá). Também relembrou sua atuação na televisão em programas como Papos e Pratos, Terceiro Setor e participações em atrações como Os Trapalhões e Cassino do Chacrinha.

Durante a palestra, Deise destacou a necessidade de manter ativo o debate sobre identidade racial e os desafios enfrentados pela população negra. Segundo ela, apesar das conquistas, ainda há avanços a serem consolidados.

O secretário de Cultura e Turismo, Caio Flávio Quadros, destacou a importância de promover encontros como este, que fortalecem o debate sobre representatividade e ampliam o acesso a referências positivas.

” A atividades do Mês da Consciência Negra contribuem para inspirar jovens, valorizar trajetórias e reforçar a construção de uma sociedade mais igualitária”.

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