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27/07/2024
 

Opinião

Artigo: ‘Licença para matar’ – (por Carlos Marun – ex-Ministro de Estado)

Redação

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“O CAUSA” (por Carlos Marun - Ex-Ministro de Estado)

LICENÇA PARA MATAR

por Carlos Marun*

Só se mata reféns portando uma bandeira branca quando a prática de matar civis desarmados é a regra.

Os Nethaniahuistas de plantão continuam considerando isto como “coisas que acontecem”, mas o prisma de análise deve ser outro e bem mais profundo.

O que este episódio revela? Em primeiro lugar o completo despreparo e pavor dos militares israelenses envolvidos nos combates em Gaza. Só pessoas apavoradas poderiam cometer estes assassinatos. Na sequência vem a sua disposição para o cometimento de crimes de guerra. Estes coitados conseguiram escapar do cativeiro e seguiram em direção às suas tropas portanto uma bandeira branca. Não poderiam ter sido assassinados mesmo que fossem militantes do Hamas, pois executar adversários rendidos é crime de guerra. Dois deles morreram na hora, mas um mesmo ferido conseguiu fugir e gritar socorro em hebraico. Assim mesmo foi perseguido e assassinado por seus próprios compatriotas.

A realidade é que a falta de uma causa justa pela qual lutar está “mudando para muito pior” as FFAA de Israel. Uma coisa era lutar pela existência de sua Pátria. Outra coisa é lutar e morrer para que colonos possam continuar roubando as terras dos Palestinos ou simplesmente para matá-los. E sem uma causa moralmente justa os eficientíssimos soldados de Israel, que em 1967 em seis dias derrotaram 5 exércitos árabes, se transformaram em um bando desorganizado a executar as ordens criminosas emanadas do Governo de Israel e que em cerca de 70 dias de combates não conseguiram vencer a resistência do Hamas.

Os episódios de simples manifestações de ódio promovidas por estas tropas se repetem e são divulgados em vídeos postados por eles próprios. Além de outras barbaridades, até incendiar comida que chegou a Gaza como ajuda humanitária autorizada eles já fizeram.

Além disto os erros maiores são evidentes. Em primeiro lugar a bisonha falha da inteligência que não detectou o que iria acontecer. Na sequência, logo após os atentados terroristas de 07/10 helicópteros Israelenses chegaram ao local da festa rave atacada e mataram vários dos participantes sobreviventes por confundi-los com terroristas. De lá para cá não conseguiram libertar um único refém. (Dizem que libertaram um, mas não mostraram filmagens da operação e nem a comemoraram). Na sequência admitiram que cerca de 20% dos seus militares mortos nos combates terrestres o foram por fogo amigo ou em acidentes. E agora admitem que mataram a tiros 3 destes reféns que por seu próprio esforço tinham conseguido fugir.

O número de baixas entre os militares israelenses nos combates terrestres cresce a cada dia e hoje já é maior do que o número de reféns mantido em cativeiro.

As FFAA de Israel hoje só são eficientes no momento em que jogam bombas de aviões até porque o chão é difícil de errar. E no chão sempre existem palestinos a serem mortos até porque Gaza é a mais densamente povoada porção de território do nosso planeta. Além disto, lá pilotos não correm riscos pois em Gaza não existem armas anti-aereas.

É isto, na falta de uma causa moralmente justa pela qual lutar a outrora eficientíssimo máquina de guerra israelense se transformou em um pesado paquiderme ineficiente.

E nesta Guerra, no início até existia uma causa que, se vista isoladamente, poderia ser considerada justa: perseguir e punir o Hamas que praticou imensa barbárie contra seus cidadãos. Porém isto ficou em 2o plano quando um desmoralizado Nethaniahu decidiu-se por uma vingança contra toda a população palestina e fez das suas FFAA o “braço armado” para a execução destes massacres.   Chega!!!!

Urge que israelenses de boa índole, e eles existem e são muitos, cheguem ao Poder e demonstrem coragem de lutar pela Paz, conscientes de que ela só poderá vir a partir da implantação de um Estado da Palestina ao lado do Estado de Israel.

Sob o comando de Bibi a absoluta ruptura moral é hoje uma ameaça para Israel e isto é um perigo para a região e para o mundo.

Fora Nethaniahu!!! Que se comece a falar em Paz!!!

*Engenheiro e Advogado e Ex-Ministro de Estado

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Opinião

Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas

Redação

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Neuropsicóloga fala sobre saúde mental nas escolas

Prof Dra.Gilca Lucena Kortmann

Psicóloga CRP-07/38742/ Neuropsicóloga

Todo aluno ao entrar na escola, traz consigo uma bagagem de valores, aptidões, angústias, um mundo interior configurado a partir de uma combinação de fatores que procedem de fontes biológica e ambiental na qual desponta como fator primacial a influência dos pais, colegas, professores. As aprendizagens de crianças e adolescentes são processos evolutivos que estão imbricados no relacionamento destes com a escola e com a figura do professor(a), e em tempos pós pandêmicos, seguidos de manifestações da natureza que colocou a todos em situação de cansaço mental ou estafa mental, estresse crônico com sobrecarga das funções do cérebro, causando desregulação no sistema nervoso, abrimos espaço para reflexão e compreensão dos sentimentos , manifestações em termos de saúde mental destes atores envolvidos no espaço escolar procurando identificar as respostas tóxicas frente a este estresse que viveram  e vivem após inúmeras perdas: de casa , escolas, pertences de recordações..

Quando as crianças e adolescentes vivenciam uma dificuldade forte frequente e prolongada,  sem apoio emocional de um adulto, entre elas estão a negligência, abuso físico e emocional, ou exposição à violência, ou elevada carga de perdas como esta que vivemos no RS no mês de maio, com as catástrofes climáticas, devemos tomar  alguns cuidados com as soluções adotadas especialmente no caso das crianças e adolescentes , pois o estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa, e quando produzido, desencadeia mudanças químicas em seus corpos que  podem afetar os sistemas imunológico, endocrinológico e psiconeurológico.

Vivemos neste momento, uma enxurrada de informações, em uma velocidade e complexidade que interpela nossa vida pessoal, profissional, com inúmeras demandas, produzimos o tempo todo e, em nosso entorno problemas sociais, angústias, depressões, cansaço dos professores: tristezas, isolamentos, problemas com o sono (Revista Nova Escola/2021).

De que forma acolher nossos alunos? Crianças e adolescentes com comportamentos disruptivos por excesso de telas, e quando os pais retiram ficam sem controle de impulsos, sem controle das suas emoções, pais desgastados faltam com ajuste parental. Portanto, o trabalho de refletir sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, fazer modificação na rotina diária, no estilo de vida é um desafio. Força de vontade, é um fator preponderante, não espere! Dê seu modelo.

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Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim)

Redação

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Catástrofe e oportunidade: Sistema de Transporte Público de Canoas e Região precisa ser repensado (Por Flavio Paim*)

Por Flavio Paim*

Conforme os Canoenses vão vendo reduzir aos poucos as agruras da Catástrofe Climática e o Sistema de Transporte Público da Cidade e da Região começa a ser restabelecido, também aparecem os velhos problemas do Sistema.

De novidade até aqui, por conta da catástrofe, O TRENSURB está operando com Tarifa Zero… Por Enquanto. Mas o preço da Passagem de ônibus, mesmo com as empresas subsidiadas por mais de R$ 1 milhão/mês pela Prefeitura, segue caro. E muitas vezes nem o número de ônibus e nem seus trajetos dão conta do que a população precisa, como tem nos mostrado matérias e mais matérias na mídia local.

E não bastasse o enorme custo para quem usa o Transporte Público, se ele não é adequado, obriga muita gente que poderia usá-lo, a andar de carro, e com isto congestionando o trânsito e em tempos de Catástrofe climática, nunca esquecendo também o poder poluente de milhares de carros movidos a combustível fóssil, contribuindo para aumentar o aquecimento do Planeta.

Em Canoas e na Região Metropolitana, o poder público deveria aproveitar toda a comoção gerada pela Catástrofe, e rever muita coisa no funcionamento de serviços na cidade, incluindo o Transporte Coletivo.

Com o TRENSURB como eixo, não só Canoas, mas a Região Inteira poderia e deveria repensar linhas de ônibus, adequando-a mais as necessidades de quem precisa, mas também de todos que tem que se locomover, melhorando a qualidade dos ônibus e oferecendo o Serviço de forma gratuita aos cidadãos, como já acontece em centenas de cidades Brasil afora.

E dirão: “Mas já vamos ter que gastar uma naba de dinheiro pra reconstruir a Cidade. E aí tu propõe gastar mais ainda?”

Mas aí é que está: Se temos que reconstruir e refazer serviços, incluindo o Transporte Público, não é o caso de reconstruirmos de forma diferente, já que da forma como estava, já não dá mais?

Há anos atrás, na época de gestão anterior do Prefeito Jairo Jorge, um Estudo mostrou que o custo total do financiamento da Tarifa Zero para os Canoenses, não custaria mais do que 2% do PIB do Município.

Este Estudo a época aliás, foi encomendado por conta de termos aqui na Cidade a Refinaria Alberto Pasqualini, pela qual a Cidade recebe volumosos Royalties, mas que também é responsável pela produção dos combustíveis fósseis que ajudam no aquecimento Global, responsável sim pelas ,mudanças climáticas que estão acontecendo aqui e em todo o Planeta.

Não se trata de voltarmos aos tempos das cavernas, mas de adaptarmos o que temos, incluindo por enquanto o Petróleo, para financiar uma nova forma de vivermos coletivamente na nossa Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

E de quebra ainda sermos referência no tema para o Brasil e o mundo, já que além de Canoas, poderíamos ter toda a Região cortada pelo Trensurb adotando não Sistemas municipais de Transporte Público, mas um Sistema Único e Integrado de todo o Transporte Público da Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Quem imaginou que um dia você poderia andar de ônibus sem pagar passagem? Agora, isso é uma realidade em centenas de cidades no país. Agora já acontece em muitas Cidades no Brasil”, diz o Deputado Federal Gilmar Tatto, da FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA TARIFA ZERO, criada em 2023 para discutir isto a nível Federal e inclusive ver formas de Custeio, além das que a Prefeitura pode oferecer.

Depois de várias reuniões com trabalhadores do Transporte Público de Canoas e da Região Metropolitana, me convenci de que esta é uma demanda Urgente e Necessária, seja do ponto de vista da mobilidade, da economia, como também do Meio Ambiente.

*Coordenador Instituto Solidariedade

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Opinião

PSICOLOGIA: Mutirão de cuidados (por Marianna Rodrigues)

Redação

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PSICOLOGIA: 'Esgotamento do trabalho' (por Marianna Rodrigues)

Mutirão de cuidados

Por Marianna Rodrigues*

As águas baixaram, mas não necessariamente isso significa um alívio. Para milhares de pessoas, aqui começa outro momento doloroso: reencontrar-se com os objetos perdidos e conhecer o tamanho das suas perdas.

Se você conhece alguém que está nessa situação, essa não é a hora de pedir calma e dizer que vai ficar tudo bem. Estar ao lado auxiliando nas tarefas práticas e, em meio a isso, estar disponível para escutar todo tipo de desabafo é o caminho mais recomendado para fornecer o devido cuidado em saúde mental neste momento.

Eu sei, intuitivamente o que queremos é dizer alguma coisa que faça quem está do outro lado sentir-se melhor. No entanto, diante de necessidades tão urgentes, o que irá produzir uma mudança no estado emocional de quem está em meio ao luto são ações concretas que possibilitem a reconstrução das suas vidas com dignidade.

Em outras palavras, estamos falando, no mínimo, de comida na mesa, de um teto seguro e de renda para poder seguir em frente. Não estamos lidando com um processo de luto comum, estamos lidando com o luto após efeitos de uma catástrofe.

Além disso, o choro, a raiva, a dor, possuem um papel importante aqui. “Ficar bem” não será um processo rápido, ou seja, não será através de uma conversa ou de um medicamento que iremos “conter” a dor do outro. Inclusive, qualquer tentativa de contenção pode aprofundar o trauma.

Por essas razões, se você pode estar ao lado de quem está lutando para reconstruir-se, contribua com as ações concretas e esteja disponível para escutar. Lembre-se: A volta para os bairros e o contato com as casas destruídas pode provocar muitas emoções. Não deixe de acionar a Rede de Atenção Psicossocial da cidade, através das UBS, dos CAPS ou das equipes de psicólogos que foram montadas, caso você entenda que precisa de ajuda.

*É psicóloga clínica (CRP 07/30799), Mestre e Doutoranda em Psicologia Social e
Institucional (UFRGS) e pesquisadora.

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