Saúde
Audiência Pública na Câmara Municipal de Canoas debate alternativas ao Programa Assistir

A Câmara Municipal de Canoas foi o epicentro de discussões na tarde desta quinta-feira, ao sediar uma audiência pública com foco no Programa Assistir e a necessidade urgente de encontrar soluções para seus impactos na área da saúde em Canoas.
A vereadora Maria Eunice, do Partido dos Trabalhadores (PT), presidiu a audiência que contou com a participação de autoridades, especialistas e cidadãos preocupados com a saúde na cidade.
Programa Assistir
O Programa Assistir, lançado em 2021, foi o ponto central das discussões nesta audiência. O Deputado Estadual Miguel Rosseto (PT), um dos participantes da mesa, trouxe uma análise aprofundada sobre o programa e seus possíveis impactos em Canoas.
Rosseto frisou que o Programa Assistir implementou mudanças substanciais nos critérios de distribuição de recursos para os hospitais. Estas mudanças resultaram em uma diminuição dos recursos para muitos hospitais, incluindo os de Canoas. Essa diminuição se tornou um desafio considerável na prestação de serviços de saúde na cidade.

Miguel Rosseto participa de Audiência Pública em Canoas – Foto: Bruna Ourique
O deputado realçou que a maior preocupação gira em torno do financiamento da saúde. Os recursos repassados pelo governo federal e estadual não estão conseguindo acompanhar o aumento dos custos hospitalares, o que tem gerado um déficit significativo.
Essa disparidade impacta diretamente os municípios, que precisam cobrir esse déficit com seus próprios recursos, resultando em uma pressão adicional sobre as finanças locais.
Rosseto também salientou a importância de compreender que Canoas não serve apenas a sua própria população, mas também desempenha o papel de referência para outros 156 municípios na região metropolitana. Isso acentua ainda mais o desafio financeiro e logístico que a cidade enfrenta para manter a qualidade dos serviços de saúde.
Por fim, enfatizou que, caso a situação atual persista, o sistema de saúde da região metropolitana de Porto Alegre corre o risco de entrar em colapso, ameaçando o direito fundamental à saúde de milhares de pessoas.
Falas dos participantes:
A vereadora Maria Eunice agradeceu a todos os presentes, destacando a presença de várias autoridades, incluindo o presidente da Comissão de Saúde, Aloísio Bamberg, o deputado estadual Miguel Rosseto, o secretário de saúde Felipe Martini, a secretária extraordinária de gestão hospitalar de Canoas, Juceila Dall’Agnol e outros representantes.
Ela enfatizou a necessidade de unir os esforços dos trabalhadores, do município e do poder executivo para enfrentar a crise na saúde no estado e no município.
Cris Moraes agradeceu a iniciativa e destacou a importância de formar uma equipe unida para enfrentar a crise na saúde. Ele enfatizou que estão buscando soluções para o problema da falta de recursos e dos repasses do governo estadual para a saúde em Canoas.
Já Bamberg destacou a importância de envolver a comunidade, desde os cidadãos comuns até os deputados estaduais, a Assembleia Legislativa e o Congresso Nacional para mudar as regras do sistema de saúde.
Ele expressou sua gratidão por estarem presentes na audiência, discutindo e apresentando demandas para que as decisões beneficiem a todos.
O Secretário de Saúde Felipe Martini enfatizou a complexidade da prestação de serviços de saúde de qualidade em Canoas, salientando as dificuldades enfrentadas devido à perda de recursos estaduais que afetaram negativamente os hospitais da cidade.

Foto: Bruna Ourique
Martini ressaltou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e expressou sua solidariedade em relação a casos de problemas de atendimento de saúde na cidade e no estado do Rio Grande do Sul.
Mario Dhein, Presidente do Conselho Municipal de Saúde agradeceu a todos na plateia e destacou a importância da saúde, enfatizando que a vida das pessoas não pode ser considerada um luxo. Ele instou a exigir repasses para Canoas, enfatizando que o governo federal tem recursos para ajudar.
Juceila Dall’Agnol, representante da Secretaria Extraordinária de Gestão Hospitalar: Dall’Agnol expressou preocupação com o custo da rede de saúde e destacou a complexidade das questões de financiamento.
Ela enfatizou a necessidade de o estado reconhecer a grandiosidade do potencial de Canoas e o número significativo de municípios atendidos em sua rede de serviços de saúde.
Milton, representante dos Sindicatos, ressaltou a necessidade de acabar com o pagamento por tabela no sistema de saúde, tornando a saúde um direito e não uma mercadoria.
Falas da população:
Isabela Luzardo propôs a criação de um sistema de transparência para mostrar ao estado quantos municípios são atendidos em Canoas.
Ela enfatizou a necessidade de valorizar Canoas, solicitando aos deputados que direcionem recursos para a saúde no município.
Já Judite Vasconcelos sugeriu a criação de uma plenária de crise, composta por diversos setores, para manter ativa a discussão sobre a situação de saúde em Canoas. Ela também enfatizou a importância de tornar as unidades básicas de saúde mais resolutivas.
Gisele Vidal abordou o desmonte da saúde no contexto nacional, mencionando a falta de preocupação com a saúde pública em níveis estaduais e federais.
Destacou que a vulnerabilidade social afeta principalmente aqueles que vivem em periferias e comunidades com dificuldades de acesso aos serviços de saúde.
Neuza expressou sua insatisfação com políticos que cortaram recursos do SUS após suas eleições, prejudicando os mais pobres.
Maria Tereza compartilhou a história de seu irmão e ressaltou o impacto emocional e financeiro da falta de atendimento médico em Canoas.
Roberto Ferreira destacou a situação crítica da saúde pública e o projeto que acentua a crise. Ele enfatizou a importância de mobilizar a comunidade e as lideranças políticas para pressionar a assembleia legislativa.
Encaminhamentos:
– Transparência na Medicação: Estabelecer um sistema de transparência para rastrear a distribuição de medicamentos em todo o estado do Rio Grande do Sul.
– Mobilização de Deputados: Incentivar os deputados federais e estaduais a pressionarem pelo aumento de recursos para Canoas, visando diminuir o déficit na saúde.
– *UBS Resolutivas: *Transformar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) em locais mais resolutivos, onde os agentes identificam as necessidades da população e oferecem atendimento de especialidades e exames imediatos.
– Vulnerabilidade Social: Realizar um diagnóstico detalhado sobre a situação das populações vulneráveis em Canoas para direcionar recursos e atendimento adequado a essas comunidades.
– Comissão de Crise Permanente: Criar uma comissão permanente de crise com representantes do legislativo, executivo, hospitais, sindicatos, associações de moradores e mulheres para enfrentar a atual crise na saúde.
– Mobilização para Audiência Pública: Realizar uma marcha ou mobilização para pressionar os deputados federais, deputados estaduais e líderes partidários a votarem contra o projeto que afeta a saúde em Canoas.
– Reuniões com Líderes: Agendar reuniões com líderes políticos, incluindo o presidente da Assembleia Legislativa, para discutir e buscar soluções para a situação da saúde pública em Canoas.
– Evitar Perdas de Recursos: Envidar esforços para evitar a perda de 82 milhões de reais destinados à saúde em Canoas.
Saúde
Superlotada, Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas atende exclusivamente casos de risco de morte

De acordo com a instituição, na tarde de hoje, 35 crianças com situações de alta complexidade – incluindo intubação – estão sendo atendidas nas 14 vagas existentes, enquanto outras 15 crianças aguardam assistência. Estão sendo usados no limite máximo todos os recursos materiais e humanos disponíveis. Enquanto a situação se mantiver, pacientes sem gravidade serão redirecionados a outros pontos da rede.
Saúde
Conferência de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora começa no dia 13 de junho

A 4ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT) será realizada nos dias 13, 14 e 15 de junho, no Hotel Embaixador, localizado no Centro Histórico de Porto Alegre. As sete macrorregiões de saúde do Rio Grande do Sul estarão representadas. Estima-se que 600 pessoas delegadas de 151 municípios participarão da conferência.
A abertura do evento será às 9 horas do dia 13/06, com a presença de gestores, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram cadastradas 1.692 propostas prioritárias provenientes da realização das etapas municipais e regionais, que foram sistematizadas pela Comissão de Relatoria, resultando em um caderno com 96 propostas que serão apreciadas pelas pessoas delegadas nos grupos de trabalho da conferência.
As delegações municipais foram analisadas e homologadas pela Secretaria Geral da Conferência, garantindo a paridade na sua composição: 50% de pessoas do segmento usuário, 25% do segmento trabalhadores e 25% do segmento gestores. Foram homologadas delegações de 151 municípios.
Serão eleitas na 4ª CESTT doze propostas prioritárias, três por eixo temático, para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que acontecerá em Brasília entre os dias 18 a 21 de agosto, bem como 64 pessoas delegadas que representarão o estado do Rio Grande do Sul no evento.
A conferência discutirá três eixos: “Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”, “As Novas Relações de Trabalho e a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora” e “Participação Popular na Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras para o Controle Social”.
Desde que a conferência foi lançada, em novembro de 2024, ocorreram as etapas municipais e regionais e uma conferência livre. Estas enviaram as propostas a serem discutidas na Conferência Estadual. As propostas aprovadas na 4ª CESTT serão envidas para a etapa nacional, a ser realizada em Brasília, de 18 a 21 de agosto de 2025.
Promovida pelo Conselho Estadual da Saúde (CES) e pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a conferência tem como objetivo debater, propor, deliberar e aprovar propostas para atualizar e fortalecer as estratégias a serem observadas pelas esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) na atualização das políticas estadual e nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora.
Confira:
- Caderno de Propostas – Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora
- Proposta de Regulamento
Programação
Dia 13/06/2025 (sexta-feira) – Plenária de Abertura
Local: Hotel Embaixador (R. Jerônimo Coelho, 354- Centro Histórico – POA/RS)
8h30min-12h – Credenciamento
8h30min – 11h – Credenciamento pessoa delegada titular
11h – 12h – Credenciamento pessoa delegada suplente
10h – Mesa de abertura
– Inara Ruas – Presidente da 4ª Conferência Estadual de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT)
– Alfredo Gonçalves – Coordenador Geral da 4ª Conferência Estadual de
Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT)
– Representante da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS)
– Agnes Soares da Silva – Diretora do Departamento de Vigilância em
Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde (DVSAT/MS)
– Maria Celeste de Souza da Silva – Superintendente Estadual do
Ministério da Saúde no Rio Grande do Sul (SEMS/RS)
– Heliana Neves Hemetério – Conselheira Nacional de Saúde (CNS)
11h – Atividade cultural
12 – 13h30min – Intervalo
13h30min – Mesa de Debates: “Conversando e Construindo a Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”
− Luiz Alfredo Scienza – Auditor-Fiscal do Trabalho na área de segurança
e saúde do trabalhador da Superintedência Regional do Trabalho e
Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS)
− Valdete Souto Severo – Juíza do Trabalho do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (TRT4)
− Heliana Neves Hemetério – Conselheira Nacional de Saúde
representante da Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras
Feministas – Candaces (CNS)
Mediação: Luciane Antes
17H – Encerramento
Dia 14/05/2025 (sábado) – Grupos de Trabalho
GTs 1 a 5 no Hotel Embaixador (R. Jerônimo Coelho, 354) –
GTs 6 a 20 no Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot (R. José
Honorato dos Santos,101)
9h – 12h – Grupos de Trabalho (GTs)
12h – 13h30min – Intervalo
13h30min – 15h – Grupos de Trabalho (GTs)
16h – Eleição da delegação para a 5ª CNSTT
Local: Hotel Embaixador (R. Jerônimo Coelho, 354)
18h – Encerramento
Dia 15/06/2025 (domingo) – Plenária Final
Local: Hotel Embaixador Rua Jerônimo Coelho, 354
9h – Deliberação do resultado dos GTs
9h30min – Início da votação das propostas prioritárias para a 5ª CNSTT
9h45min – Leitura e aprovação das moções
10h15min – Homologação da delegação eleita para a 5ª CNSTT
11h – Apresentação das propostas prioritárias eleitas para a 5ª CNSTT
11h15min – Encerramento
Saúde
Futuro da Fundação Municipal de Saúde de Canoas é debatido na Câmara com manifestação do lado de fora

A Câmara Municipal de Canoas realizou, na terça-feira 10, um Grande Expediente com foco na situação da Fundação Municipal de Saúde (FMSC). O espaço foi solicitado pelo vereador Emílio Neto (PT), com o objetivo de esclarecer informações relacionadas à possível extinção da entidade, responsável pela atenção básica de saúde no município.
Ao justificar o pedido, o vereador Emílio afirmou que a primeira reunião entre o secretário Fernando Bermúdez e a direção da Fundação teria gerado preocupação.
“Ele externou o seu desejo de extinção da Fundação. Depois disso, veio a confirmação de um estudo de viabilidade e os rumores se espalharam”, disse.
Emílio também mencionou a fala do prefeito, negando a intenção de encerramento, mas reforçou a necessidade de esclarecimentos públicos.
“Mesmo com o vídeo do prefeito dizendo que são boatos, eu ainda acho importante essa reafirmação aqui na Casa do Povo.”
Durante o debate, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcelo Matias, defendeu a continuidade da FMSC.
“Esses profissionais representam a base da saúde pública da cidade. A Fundação consolidou vínculos com a comunidade e garantiu estabilidade no atendimento”, afirmou.
Segundo ele, o modelo atual permite que os trabalhadores desempenhem suas funções com segurança, o que impacta diretamente na qualidade da assistência.
“Não houve movimento dos médicos da Fundação por instabilidade. Houve, sim, tranquilidade para trabalhar.” Matias também alertou sobre os riscos de uma possível transição para vínculos mais frágeis.
“A substituição por contratos temporários pode romper o elo entre profissionais e comunidade. A Fundação é reconhecida por manter esse vínculo”, disse.
Ele encerrou destacando que, ao defender a Fundação, não se trata de um debate corporativista, mas sim de um posicionamento em defesa da saúde pública. “Defender os trabalhadores da Fundação é defender cada cidadão que precisa desse cuidado.”
Em nome do Executivo, o secretário de Relações Institucionais, Rossano Gonçalves, afirmou que “não há, e nunca houve, por parte do Executivo, a intenção de extinguir ou estudar a extinção da Fundação”.
Segundo ele, qualquer fala que tenha sugerido o contrário não foi autorizada pela gestão. Rossano informou que o contrato com a FMSC foi prorrogado por dois meses, conforme previsto em lei, e que está em trâmite um novo processo de contratação. O secretário também anunciou a criação de uma comissão com representantes da área da saúde para discutir o futuro da entidade.
“Essa portaria será publicada na segunda-feira. A reestruturação não será apenas da Fundação, mas de todo o sistema municipal de saúde. E não haverá decisão de cima para baixo”, declarou. Ao final, reafirmou que a Fundação continuará atuando e que o processo será conduzido com participação dos trabalhadores e das entidades representativas.
Representando os servidores da FMSC, o técnico Sérgio Willian Prinstrop disse que a forma como o tema foi conduzido gerou insegurança entre os profissionais.
“Não se trata de boato, desde a semana passada os fatos foram se confirmando. Conhecemos os trâmites administrativos, não nos mobilizaríamos à toa”, afirmou.
Segundo ele, a ausência de um novo contrato de longo prazo e a decisão por apenas um aditivo contratual de dois meses reforçaram a preocupação da categoria. Sérgio também questionou o fato de o secretário de Saúde acumular a presidência da Fundação.
“A Fundação é ordenada pela Secretaria. Se o mesmo gestor ordena e executa, onde está a autonomia administrativa?”, disse.
Ele ainda mencionou que a entidade nunca teve apontamentos por órgãos de controle e que o foco de eventuais reestruturações deveria estar nos níveis secundário e terciário da saúde.
“A atenção básica é a única área que não tem histórico de crise no município. Se é o único setor que funciona, por que mexer?”
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